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29/08/2017 - 15:00

29 de Agosto – Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

Em vídeo comemorativo, Conselho Federal de Psicologia reforça a defesa da Resolução 01/1999 que impede psicólogas/os de propor tratamento para as homossexualidades

29 de Agosto – Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

O Brasil comemora em 29 de agosto o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica para relembrar as lutas das mulheres que têm seus direitos de cidadania violados diariamente pelo fato de terem uma orientação sexual fora do padrão heteronormativo.

Para marcar a data e demonstrar o apoio da Psicologia à resistência dessas mulheres, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) lança o vídeo “Dia da Visibilidade Lésbica – Psicologia e Arte na defesa dos direitos e contra o preconceito”.

No vídeo, as psicólogas Sandra Sposito (conselheira do CFP) e Bruna Falleiros (conselheira do CRP-SP) falam do papel essencial dos profissionais da Psicologia no combate ao preconceito contra as orientações sexuais e identidades de gênero. “Temos que pesquisar sobre isso, temos que produzir referências, produzir teoricamente e cientificamente e continuar dando visibilidade. Porque quando se precisa tratar da visibilidade é porque essas pessoas permanecem silenciadas e fora do cuidado necessário e as demandas delas não aparecem como deveriam aparecer na sociedade”, explica Faleiros.

Sandra Sposito lembra que a Resolução 01/1999, ao ratificar que as homossexualidades não constituem doença, nem distúrbio, nem perversão, é um marco da Psicologia na defesa dos direitos humanos. “Temos uma grande força de proteção ao preconceito que é a Resolução CFP 01/1999 que impede os profissionais da Psicologia de patologizarem, tratarem e curarem as homossexualidades”.

O vídeo traz ainda depoimentos das atrizes Elisa Lucinda, Éllen Oléria, Gabriela Correa, Luiza Guimarães, Tainá Baldez e Renata Celidonio que formam o elenco do espetáculo L, O Musical, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil. A peça, dirigia pelo jornalista Sérgio Maggio, que conta histórias de amor entre mulheres lésbicas leva o público a refletir sobre temas muito importantes como lesbofobia e crimes de ódio contra pessoas LGBT.

Nos depoimentos espontâneos, as atrizes falam sobre a importância de abordar esse tema em todos os espaços, incluindo o teatro, para impedir que absurdos como as tentativas de patologiar as homossexulidades se materializem.  “Voltar a classificar a homoafetividade como uma patologia é um retrocesso imenso para a sociedade”, avalia Elisa Lucinda.