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01/10/2015 - 14:34

CFP organiza segunda oficina regional de Psicologias de Emergências e Desastres

Organizado pela Comissão Nacional de Emergências e Desastres do CFP, o evento buscou sensibilizar profissionais sobre a gestão integral de riscos e desastres na região Norte

CFP organiza segunda oficina regional de Psicologias de Emergências e Desastres

Aconteceu no último dia 25 de setembro, em Belém (Pará), a II Oficina Regional de Psicologias de Emergências e Desastres durante o Seminário de Psicologias das Emergências e Desastres – “Como trabalhar da prevenção à recuperação”. Como aconteceu na região Centro-Oeste, no mês de agosto, este segundo evento, agora na Região Norte, foi organizado pela Comissão Nacional de Emergências e Desastres do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Representante da comissão na região, José Mário Brito foi o articulador do evento junto ao Conselho Regional de Psicologia do Pará e Amapá (CRP-10ª Região).

Para Brito, o Seminário em Belém atendeu às expectativas desde a primeira reunião de preparação, quando a proposta do CFP foi apresentada ao CRP: “Foi uma construção coletiva com o objetivo de sensibilizar gestores, psicólogas e psicólogos das políticas públicas sobre a gestão integral de riscos e desastres na região”.

Segundo ele, até pelas peculiaridades e dimensões geográficas de região, o grupo da oficina acabou sendo bem heterogêneo, com representantes da Defesa Civil Estadual, Universidades, Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema Único de Assistência Social (SUAS), além da participação de profissionais da Psicologia em várias áreas de atuação e estudantes.

Representando também a comissão do CFP, a psicóloga Ionara Rabelo explicou que essa participação da categoria é fundamental. “Minha intervenção foi no sentido de mobilizar toda a categoria sobre como podemos pensar a gestão dos riscos e desastres em qualquer área de atuação da Psicologia, já que se trata de uma pauta envolvendo todos os profissionais da área atuantes tanto na Saúde Pública como no Sistema Único de Assistência Social. Isso porque são profissionais que estão nos municípios, e, portanto, os primeiros ou as primeiras a lidar com os desastres e, ainda, com grande possibilidade de já terem algum vínculo com as famílias, com as comunidades”, explica.

Ainda de acordo com a representante da comissão, as experiências desse tipo de encontro são importantes para mapear situações típicas da categoria e da localidade de cada região. “Na região Norte, por exemplo, discutimos como os psicólogos podem trabalhar em muitos municípios que passam por situações de emergências e desastres e muitas vezes estes municípios não chegam a decretar situação de emergência, nas há grande sofrimento da comunidade”, destacou Ionara.

Integrante da comissão na região Nordeste, Conceição Pereira também acredita que este contato com a categoria é fundamental e pode resultar em novos eventos tratando do tema. “Fiquei muito sensibilizada com as exposições realizadas, considerando as características peculiares das situações de risco e desastres na Região Norte do Brasil, e creio que ao relatar minhas experiências dentro do contexto dos desastres tecnológicos, de forma especial o desastre aéreo, foi possível abrir boas discussões que se entrelaçaram aos demais debates. E isso, com toda certeza, nos ajuda a refletir no desafio que significa a atuação da Psicologia na gestão de riscos, emergências e desastres”.