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14/05/2015 - 18:39

9º Conpsi: CFP debate direitos das mulheres e a Psicologia

Os avanços e os desafios dos direitos das mulheres e suas relações com a Psicologia foram abordados em debate realizado pelo CFP

9º Conpsi: CFP debate direitos das mulheres e a Psicologia

9º Conpsi: CFP debate direitos das mulheres e a PsicologiaOs avanços e os desafios dos direitos das mulheres e suas relações com a Psicologia foram abordados em debate realizado pelo CFP na tarde desta quinta-feira (14), durante o 9º Congresso Norte-Nordeste de Psicologia (Conpsi).

A representante do CFP no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Valeska Zanello, reforçou a necessidade de fortalecimento da escuta de gênero no fazer profissional da Psicologia, além da ampliação da cobrança de políticas públicas para as mulheres. Segundo Valeska, o cenário atual das políticas de Saúde ainda envolve a desqualificação da fala da mulher no que se refere à violência que ela sofre.

“Precisamos começar a construir um saber sobre as mulheres na Psicologia que seja produzido por mulheres, fazendo uma faxina epistemológica, abrindo a escuta de algo que permanece inaudito nas falas das nossas pacientes”, pontuou.

9º Conpsi: CFP debate direitos das mulheres e a PsicologiaLenira Pontes, psicóloga do Ministério Público Estadual do Acre (MPAC), apresentou trechos e reflexões sobre o documento produzido na CPMI da Violência Doméstica, em que identificou diferentes formas de atuação da Psicologia no país, além de relatos de condições de trabalho precárias, atendimento insatisfatório e recursos insuficientes, tanto na Assistência quanto no Judiciário. Ela também resgatou um estudo OPAS de 2000 que mostra que os(as) psicólogos(as) focam, em geral, seu trabalho nas manifestações e nos sintomas e não nas causas da violência contra a mulher. “É um quadro desanimador enquanto possibilidades que políticas públicas colocam para a nossa atuação. Até que ponto a Psicologia está contribuindo para humanizar o atendimento ou apenas fazendo documentos para subsidiar juízes e delegados? Será que nessas condições, e mediante a indefinição na especificidade da Psicologia, é possível criar oportunidades para inovações na prática?”, questionou.

Como possibilidades de avanços, Lenira apontou a elaboração, por parte do CFP, de editais de concursos públicos ou contratos provisórios, a revisão de normas técnicas e da resolução 07/2003 (que regulamenta o Manual de Elaboração de Documentos Escritos pelo Psicólogo), a ampliação dos debates em torno do sigilo profissional e a inserção da disciplina Psicologia e Gênero nos cursos de formação em Psicologia.

Confira abaixo vídeo sobre a atividade: