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09/10/2014 - 12:40

CFP criará comissão para discutir corte etário nas escolas

Presidente da Autarquia destaca o fato de o CNE procurar a entidade para subsidiar uma decisão

CFP criará comissão para discutir corte etário nas escolas

Por solicitação de audiência dos representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) Raimundo Moacir Mendes de Feitosa e Antônio Ibañez, ambos da Câmara de Educação Básica do CNE, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) – representado pela presidente Mariza Monteiro Borges – reuniu-se, na última segunda-feira (6), com os integrantes daquela entidade para discutir a questão do corte etário no ingresso do Ensino Fundamental.  Também participou do encontro a Profª Drª Maria Cláudia Oliveira, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB).

O CNE editou resoluções (20/09, 01 e 06/10) que tratam da Educação Infantil e de questões operacionais que fazem transição do tempo de matrícula, respectivamente.  A entidade cita a fixação de datas para matrícula aos que completam 4 e 6 anos até o dia 31/03.

Na reunião, os representantes do CNE pediram ao CFP um parecer sobre a questão.  A Autarquia se comprometeu a criar uma comissão, comandada pela Profª Drª Raquel Guzzo, psicóloga integrante do Coletivo Ampliado do XVI Plenário (Educação Social), com a colaboração de outros profissionais (entre eles, Maria Cláudia Oliveira) para a elaboração de um documento técnico. 

Propostas 

Mariza Borges sugeriu a produção de documento técnico para subsidiar o CNE no processo de tomada de decisão e garantia de direitos da criança. Mariza explica que a comissão específica será composta por integrantes de diferentes áreas da Psicologia que se dedicam às questões escolares em geral.

Mariza Borges comemorou o fato de o CNE procurar o CFP para subsidiar uma decisão em torno de um impasse. Segundo ela, “a Psicologia tem sim o que dizer, tem produção de conhecimento para colocar à disposição para os profissionais da área de Educação. Ao mesmo tempo, há o reconhecimento do CFP como instância representativa da classe no nível de participação de tomada de decisões de políticas públicas”, ressaltou.

Sobre a comissão a ser criada para a elaboração do documento, a presidente do CFP destaca que o objetivo é que “o documento que seja exaustivo, no sentido de mostrar todas as contribuições que podemos dar nesse âmbito, para muito além de participar de processos classificatórios sobre a inclusão ou exclusão das pessoas”, reforçou.

Presidente do CFP, Mariza Borges, e a professora da UnB, Maria Cláudia Oliveira com representantes do CNE: Raimundo Moacir Mendes de Feitosa e Antônio Ibañez.

Presidente do CFP, Mariza Borges, e a professora da UnB, Maria Cláudia Oliveira com representantes do CNE: Raimundo Moacir Mendes de Feitosa e Antônio Ibañez.