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16/09/2015 - 11:10

Mito da periculosidade dá prosseguimento a segundo dia de debates

Estado é apontado como responsável pelas diversas formas de violência na sociedade

Mito da periculosidade dá prosseguimento a segundo dia de debates

O Mito da periculosidade e as medidas de segurança. Este foi o tema da mesa que iniciou o segundo e último dia do Seminário “A desconstrução da lógica manicomial – construindo alternativas, organizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília .

Os debatedores foram José Luiz Quadros de Magalhães  (Professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG) e Nasser Haidar Barbosa (Coordenador do Centro dos Direitos Humanos de Joinville – CDH – Joinville).

José Quadros de Magalhães discorreu sobre a violência do Estado e como esse fenômeno gera uma lógica de subalternidade entre diversos setores da sociedade, classificados por ele como “Nós X Eles”. O professor aborda que essa lógica é colocada para dar legitimidade a um Estado dominante, que dita as regras e leis. Ao final de sua fala, Quadros destaca o desafio de se acabar com o viver apenas o presente, classificado por ele como “presentismo”.

Ao relatar sobre o mito da periculosidade, Nasser Barbosa relatou três histórias de pessoas que cometeram violências também foram vítimas durante suas vidas. O psicólogo reiterou que todas essas histórias têm em comum delito, desproporcionalidade e agressividade. “Todas essas pessoas poderiam ser tachadas de perigosas. Sob determinadas circunstâncias podemos ser também, diante de fatos que acontecem em nossas vidas”, alertou.

Confira a entrevista com o professor José Luiz Quadros de Magalhães: