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12/01/2016 - 17:07

CFP participa de campanha contra caixa 2 nas eleições

Evento organizado pela OAB convoca entidades e diversos setores da sociedade civil

CFP participa de campanha contra caixa 2 nas eleições

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi convidado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a participar do lançamento da campanha contra o caixa 2 nas eleições municipais deste ano. O evento, também organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), ocorreu na sede federal da Ordem dos Advogados nesta terça-feira (12).

O presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Côelho, abriu o evento destacando a luta das entidades pelo fim do financiamento empresarial de campanha e a plena eficácia da Lei Complementar 135/09 (Lei da Ficha Limpa). Para Côelho, o próximo passo é a repressão à prática de “caixa 2” nas campanhas eleitorais e, por isso, pediu ajuda de todas as entidades e organizações presentes para a instalação dos comitês de combate a esse crime. “Além disso, a população tem que chamar a responsabilidade para si e ter posicionamento. Vamos apresentar um manifesto conjunto subscrito por todas as entidades na formação desses comitês pelo Brasil”, reforçou.

Representando o CFP, a presidente Mariza Monteiro Borges reforçou que investirá todos os esforços da Autarquia para mobilizar a categoria dos (as) psicólogos (as) para que participem dos comitês de combate ao Caixa 2 nos estados e municípios. “Temos que nos aproximar daquele sonho da ética na política que, certamente, não se faz só depois do mandato, da posse, mas se inicia antes em uma luta contra toda e qualquer forma de coerção ou de fraude nos processos eleitorais ou de restrição da livre manifestação individual para o seu voto”, destacou.

Borges lembrou ainda em seu discurso da importância das parcerias realizadas por entidades, como as do CFP e da OAB. Uma delas, por exemplo, resultou nas inspeções realizadas nos manicômios em 2015 e na publicação do livro “Inspeções aos manicômios – relatório Brasil 2015”, além de um seminário conjunto sobre o tema. “Empreendemos um belíssimo trabalho de fiscalização dos manicômios judiciários, dando um passo a mais para que possamos nos aproximarmos do sonho de que a doença mental não seja um instrumento de exercício da prisão perpétua que não existe no País”, ressaltou.