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11/11/2016 - 16:13

CFP é reeleito para o Conselho Nacional de Direitos Humanos

A autarquia foi reconduzida como uma das nove titulares dentre as organizações da sociedade civil que compõem o plenário do CNDH

CFP é reeleito para o Conselho Nacional de Direitos Humanos

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi reeleito, nesta quinta-feira (10), para integrar o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) em 2017 e 2018. A autarquia foi reconduzida como uma das nove titulares dentre as organizações da sociedade civil que compõem o plenário do colegiado.

“Temos um largo histórico na área, e na atual gestão fomos muito ativos nessas pautas. Isso foi valorizado pelos colegas, que nos reconduziram”, comenta a psicóloga Vera Paiva, que representa o CFP no Conselho Nacional desde 2015. Trinta e quatro entidades foram habilitadas para participar do processo eleitoral. A votação foi realizada durante encontro em Brasília, na Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) do Ministério da Justiça e Cidadania, à qual o órgão é ligado.

“Ontem, defendemos a continuidade do CFP na nova gestão e destacamos sua história de dedicação aos direitos humanos na área da mulher, na área da criança, deficientes físicos, na luta contra o racismo e o genocídio da população negra, nas questões de direitos da população LGBT, população encarcerada e população indígena, entre outras”, relata Paiva, integrante da Comissão de Direitos Humanos da autarquia.

A representante lembra que essa será a segunda gestão depois que o CNDH foi aprovado em lei como o órgão nacional que monitora direitos humanos, que todos os países associados à Organização das Nações Unidas (ONU) devem ter. “É uma comissão de Estado, que reforça o trabalho dos psicólogos do Brasil inteiro que trabalham no Sistema Único de Assistência Social (Suas), no Sistema Único de Saúde (SUS) e em outras áreas nas quais nós somos atravessados permanentemente pela violação ou negligência de direitos humanos”, pontua. “Por isso é tão importante a gente estar presente, trazendo a estrutura e a tradição do CFP e ao mesmo tempo aprendendo num espaço que é interdisciplinar e intersetorial.”

Vera Paiva também ressalta o diálogo estabelecido com a futura gestão do Conselho Federal, à qual coube indicar a pessoa que vai representar a autarquia no CNDH no novo biênio. “Fizemos o que tínhamos que fazer: uma transição republicana, que expressa o compromisso de ambas as gestões com essa agenda e com a defesa do Estado de direito, tão ameaçado no Brasil hoje”, conclui.

Composição

As outras organizações com assento como titulares serão: Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil; Central Única dos Trabalhadores (CUT), Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Justiça Global, Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil (Unisol Brasil) e Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR).

Também foram eleitas as nove suplentes: União Brasileira de Mulheres (UBM), Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), Coletivo Nacional de Juventude Negra – Enegrecer, Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab), Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Associação Direitos Humanos em Rede – Conectas Direitos Humanos e Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced).

Fotos: Cleber Mariano, CNDH e CFP