O Fórum Mundial de Educação reuniu entre os dias 23 e 26 de março cerca de 30 mil pessoas para debater o tema Educação Cidadã para uma Cidade Educadora. Ao todo foram promovidas 300 atividades, entre conferências e debates, incluindo um Fórum Infanto-Juvenil com mais de 5 mil meninos e meninas, que discutiram sobre a construção de uma nova educação para uma nova sociedade.
No documento “Carta de Nova Iguaçu”, divulgado no final do evento, educadores, militantes sociais, estudantes e delegados de 25 países reafirmaram o compromisso com a defesa e a transformação democrática da escola pública, gratuita, laica e de qualidade para todos e todas. Neste espaço aberto e plural, os princípios e lemas das edições anteriores do evento, realizadas em Porto Alegre, São Paulo, Córdoba (Espanha) e Caracas (Venezuela), foram reforçados e os participantes buscaram contribuir para a construção de um processo de mobilização e de luta pela defesa irrestrita da educação como um direito humano e social.
Neste sentido, o Conselho Federal de Psicologia, juntamente com os Conselhos Regionais da 5ª, 6ª e 12ª regiões e com o Fórum de Educação Inclusiva de São Paulo, promoveu o Seminário Educação Inclusiva: Por uma Escola Mundo Onde Caibam Todos os Mundos, no dia 25 de março. Trabalhar para que a Psicologia esteja a serviço da educação inclusiva no Brasil e pelo fortalecimento da organização e participação dos psicólogos no movimento foram os objetivos do seminário.
O Fórum Mundial também relembrou a chacina de 29 jovens, mortos de forma brutal no dia 31 de março de 2005, quando quatro homens atiraram indiscriminadamente, durante a madrugada, contra as pessoas pelas ruas de Queimados e Nova Iguaçu. As investigações indicam que o grupo de extermínio era formado por policiais militares. O desafio do fórum é construir um mundo onde a justiça social e os direitos humanos sejam patrimônio de todos e todas, evitando a repetição de fatos como este.