Em audiência realizada nesta quinta (24) em Brasília pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e a ONU Mulheres – a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres –, a representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres (CNDM), Valeska Zanello, entregou uma carta em que solicita a retomada das atividades do Conselho a Silvia Souza, assessora da secretária especial de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes.
No documento – assinado pelas conselheiras integrantes da sociedade civil no CNDM – é exigida a realização de um encontro extraordinário e urgente em substituição à reunião de 28 e 29 de junho, não realizada conforme planejada e que tinha como objetivo cumprir os encaminhamentos necessários à finalização dos trabalhos da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em maio, além da regularização do funcionamento do Conselho.
“Precisamos nos apropriar das ações concretas e das medidas que estão sendo tomadas por essa nova Secretaria vinculada ao Ministério da Justiça e que nos assegurem exercer nosso papel de monitoramento em relação ao desenvolvimento de programas e ações, necessárias à efetivação das políticas públicas para as mulheres”, reforça o texto.
Segundo a representante do CFP no CNDM, Valeska Zanello, a assessora de Fátima Pelaes assinou o documento e comprometeu-se a agendar a reunião. “Não podemos coadunar com o desmonte das políticas para as mulheres em nosso país. O CNDM é um conselho com ampla participação das mais diversas entidades de mulheres (negras, indígenas, do campo, trabalhadoras domésticas etc) e tem legitimidade própria, a qual precisa ser respeitada”, completa.
Confira a íntegra da carta: CARTA PARA SECRETARIA FATIMA PELAES (1)
Vídeo
Em junho deste ano, o CFP lançou o primeiro vídeo “Violência contra as mulheres: o que os profissionais de saúde têm a ver com isso?”, que discute o papel dessas pessoas no que se refere ao tratamento oferecido às vítimas no país.
Uma das principais vias de identificação desse tipo de agressão está em locais de atendimento à saúde, como hospitais, ambulatórios e na rede de atenção à saúde mental. Por esse motivo, a peça pretende apresentar ao público, com foco nos profissionais da área, aspectos como os tipos de violência contra as mulheres existentes, o impacto da violência na saúde mental, a Lei Maria da Penha, quais os serviços disponíveis para atendimento na rede e o que o profissional de saúde deve fazer ao se deparar com uma situação de violência contra a mulher.