A Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos da Área Sociojurídica do Brasil (AASPSI Brasil) prepara uma pesquisa junto a assistentes sociais, psicólogas e psicólogos para identificar a realidade do trabalho executado pelas equipes técnicas dos Tribunais de Justiça estaduais. O objetivo é compreender de forma aprofundada as atividades desempenhadas por profissionais da Psicologia e do Serviço Social que atuam nas cortes estaduais.
O levantamento conta com o apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e será realizado por meio de aplicativo, a partir de fevereiro de 2025, com previsão de término em agosto do mesmo ano. As inscrições para participação na pesquisa podem ser feitas por meio de formulário eletrônico. As respostas serão utilizadas para fins exclusivos da consulta com anonimato garantido.
A conselheira federal Clarissa Guedes aponta que o CFP apoia a iniciativa por contribuir para evidenciar a relevância do trabalho executado pela Psicologia nos Tribunais de Justiça, como forma de proporcionar justiça social e garantia de direitos e, ao mesmo tempo, evitar a precarização dos vínculos de trabalho nestas instituições.
“É muito importante que um número grande de profissionais dos diversos tribunais e em todo território brasileiro participem detalhando o seu quotidiano de trabalho, suas questões e dificuldades. Desta forma, estarão contribuindo para que a AASPSI tenha um retrato fiel da situação e possa estruturar, de forma mais estratégica, a sua atuação de suporte às atividades de psicólogas e de psicólogos”, destaca a conselheira.
O levantamento da AASPSI Brasil também tem o apoio do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e da Associação Catarinense dos Assistentes Sociais do Poder Judiciário (Acaspj).
Saiba mais
De acordo com a AASPSI Brasil, a iniciativa deve-se aos inúmeros apelos de associadas e associados que atuam nos Tribunais de Justiça. Dentre as reclamações, a Associação informa relatos de desgaste físico e mental, em razão de insuficientes profissionais nos quadros técnicos, bem como, de assédio de gestores pelo cumprimento de prazos e metas.
“Queremos com essa pesquisa sistematizar e dar visibilidade à complexidade do trabalho realizado por esses profissionais, bem como explicitar o tempo necessário para um trabalho de qualidade, que não pode estar restrito ou refém da lógica da produtividade numérica de processos que causa prejuízo ao jurisdicionado e à saúde do(a) trabalhador(a)”, pontua a associação.
O cronograma da atividade estabelece o lançamento da pesquisa no dia 25 de novembro. No dia 2 de dezembro, a Associação realizará uma reunião de acolhimento das pessoas que se inscreveram para a pesquisa. Em 2 de fevereiro, será realizado treinamento para participação no levantamento. E, no dia 10 de fevereiro, terá início a fase de coleta de informações da pesquisa.
Mais informações:
Site da AASPSI