O Conselho Federal de Psicologia (CFP) recebeu com consternação a notícia da morte do cardeal D. Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo – o “amigo do povo”, como disse que gostaria de ser lembrado, ou o “Cardeal dos Direitos Humanos”, como também ficou conhecido.
Desde o início, a atuação pastoral de D. Paulo foi voltada às e aos mais pobres e vulneráveis, com ênfase na presença ativa e horizontal da Igreja nas comunidades.
Durante os “anos de chumbo”, lutou com tenacidade pelo fim da tortura, pela libertação dos presos políticos e pelo restabelecimento da democracia. Foi fundamental sua atuação como figura pública e como interlocutor das entidades civis – e até de forma clandestina, no projeto Brasil: Nunca Mais, focado em preservar a memória dos crimes da ditadura e evitar o desaparecimento de documentos durante a redemocratização.
O Brasil perde muito com sua partida e tem sua trajetória como espelho para seguir nas inevitáveis lutas deste momento histórico.