O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta a perda do psiquiatra Rogelio Casado, militante de referência da Luta Antimanicomial.
Um dos responsáveis pela implementação da Reforma Psiquiátrica no Amazonas, ele foi defensor dos direitos e da qualidade de vida das pessoas em sofrimento mental. Participou da consolidação da rede de atenção psicossocial no estado e, no lugar do receituário violento então praticado, difundiu práticas ligadas à arte e a atividades conectivas como a produção de alimentos, além do contato estreito com a família dos pacientes. Também organizou eventos criativos e integradores.
Sua contribuição à área de Saúde Mental no Amazonas passa pela gestão pública, pela formação de recursos humanos, pela sensibilização da sociedade e pelo atendimento propriamente dito – e tem projeção nacional.
Rogelio Casado morreu aos 63 anos, de parada cardiorrespiratória, às vésperas do Dia Nacional da Luta Antimanicomial. “Fará falta como arquiteto e praticante de um serviço de saúde alicerçado nos direitos humanos, especialmente num momento como este que o país atravessa”, diz o conselheiro do CFP Rogério Oliveira.