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27/09/2011 - 10:34

CFP participa da Primavera da Saúde e pede continuidade da reforma psiquiátrica

CFP participa da Primavera da Saúde e pede continuidade da reforma psiquiátrica

O Conselho Federal de Psicologia participa na terça-feira, 27 de setembro de 2011, das manifestações da Primavera da Saúde, que pede mais recursos para a saúde pública no Brasil e a regulamentação da Emenda Constitucional 29. A mobilização tem unido esforços de gestores, trabalhadores da saúde e parlamentares em torno da causa da melhoria dos direitos à saúde, buscando colocar o debate no centro da agenda política do Brasil.

O Conselho Federal de Psicologia participa da manifestação reivindicando o tratamento dos usuários de drogas com cidadania, em meio aberto, sem internação e sem segregação. Ou seja, pede a continuidade do processo da reforma psiquiátrica antimanicomial em curso no Brasil, regulamentada pela Lei nº 10.216/2001, que criou os serviços de atenção psicossocial de caráter substitutivo ao modelo asilar, para o cuidado de pessoas com sofrimento mental e problemas no uso de álcool e outras drogas.

Assim, reitera seu posicionamento contrário ao financiamento das chamadas comunidades terapêuticas com verba do SUS. O CFP entende que o isolamento em instituições tais como manicômios ou comunidades terapêuticas gera mais dor, sofrimento, violação dos direitos humanos e propõe que o atendimento seja feito por uma rede de serviços substitutivos do tipo: Centros de Atenção Psicossocial III (CAPS III), leitos em hospitais gerais, Casas de Acolhimento Transitório, Consultórios de Rua e outras invenções que se fizerem necessárias para garantir o cuidado em liberdade.

Por fim, atentar para o fato de que as cenas públicas de uso de drogas, que tanto incomodam, são também consequência da má distribuição de renda no país, que retira dos jovens a perspectiva de vida futura. Para minimizar tal cenário são necessários recursos das diversas políticas públicas para a inclusão social, tais como: moradia social, geração de renda, esporte, lazer, transporte, cultura e educação de qualidade.

Veja aqui o documento com as 13 razões para defender uma política para usuários de crack, álcool e outras drogas sem exlusão.