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11/11/2015 - 8:56

CFP participa de reunião em defesa do SUS e assina manifesto

O documento foi assinado durante a Reunião de Adesão à Frente em Defesa do SUS, organizada pelo grupo Saúde + 10

CFP participa de reunião em defesa do SUS e assina manifesto

Diversas entidades e grupos organizados ligados à área da Saúde participaram nesta terça-feira (11) da Reunião de Adesão à Frente em Defesa do SUS, quando foi assinado um manifesto em defesa do Sistema Único de Saúde, além da apresentação de uma proposta do Conselho Nacional de Saúde (CNS) para a construção da Plataforma Unificadora da Defesa do SUS e organização da marcha em Defesa da Saúde do Brasil, da Saúde do Povo Brasileiro, da Democracia e do SUS, que será realizada no próximo dia 1º de dezembro, na abertura da 15ª Conferência Nacional de Saúde.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) assinou o manifesto e esteve representado no evento por Semiramis Vedovatto,  representante da autarquia no Conselho Nacional de Saúde (CNS). A reunião aconteceu na sede do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em Brasília.

O encontro foi organizado pelo grupo do Saúde + 10 [http://www.saudemaisdez.org.br/], movimento formado por um conjunto de esforços de diversos cidadãos, entidades e voluntários que acreditam na necessidade de maior financiamento para a saúde no país. De acordo com os organizadores, a reunião foi proposta em face das questões relacionadas ao subfinanciamento do SUS, que aponta um déficit orçamentário em 2016 — o que pode colapsar atividades, principalmente aquelas voltadas à atenção hospitalar e manutenção de serviços e projetos.

Para Vedovatto, “alguns programas iriam sofrer muitas transformações, como a provável extinção do programa da Farmácia Popular, já que pode extinguir os contratos com farmácias particulares e somente manter as unidades próprias do Ministério da Saúde”.

IMG_20151110_130033502Entre outras entidades, estiveram presentes à mesa diretora do CNS conselheiros nacionais de saúde, representantes do Conselho Nacional de Assistência Social (CONAS), Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME), Associação Brasileira de Consultórios de Rua e de movimentos organizados de comunidades indígenas, da população negra e da população em situação de rua. Pelo Ministério da Saúde, participou o secretário-executivo José Agenor Álvares da Silva.

Também participaram da reunião os deputados Odorico Monteiro (PT-CE), Chico Lopes (PCdB-CE) , Jorge Solla (PT-BA), Carmem Zanotto (PPS-SC), Raimundo Gomes De Matos (PSDB-CE),  Adelmo Leão (PT-MG), Leandre dal Ponte (PV-PR) e Erika Kokai (PT-DF).

“Todos os presentes foram enfáticos com relação ao financiamento e manutenção dos serviços de saúde, inclusive com atrasos importantes de pagamentos de ações de média e alta complexidade, que impactam diretamente nos municípios. Desta forma, os gestores terão que planejar muito bem as ações e não abrir leitos, porque não vai ter como mantê-los sem a garantia de recursos. A diminuição dos recursos fecha serviços, atrasa pagamentos e diminui a cobertura. Devemos defender a nossa maior política pública no país”, ponderou Vedovatto.

Em sua fala durante a reunião, Vedovatto lembrou que hoje há psicólogos atuando em diferentes áreas, que vão dos serviços de atenção básica a consultórios de rua, Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e hospitalares. “Ainda há a necessidade de consolidação da RAPS (Rede De Atenção Psicossocial) e da expansão de serviços como CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) para acolhimento 24 horas, serviços substitutivos e residências terapêuticas. Não dá pra pensar em estagnação”, afirmou.

Todos foram convidados a assinar o manifesto, que trata da universalização, legitimidade do SUS e eleição das seguintes prioridades: apoio à aprovação da Emenda Constitucional PEC 01/A/2015, defesa de contribuições, como a CPMF e taxação de grandes fortunas, e mudanças, em âmbito federal, na atual politica econômica de caráter recessivo.

Clique aqui e confira a íntegra do manifesto.