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09/10/2015 - 17:09

CFP participa de Seminário Nacional sobre Saúde em Desastres

A coordenadora da Comissão Nacional de Psicologia nas Emergências e Desastres do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ionara Rabelo, representou a autarquia na atividade

Aconteceu em Brasília, entre os dias 7 e 9 de outubro, o 7º Seminário Nacional sobre Saúde em Desastres. A coordenadora da Comissão Nacional de Psicologia nas Emergências e Desastres do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ionara Rabelo, representou a autarquia na atividade – promovida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, Secretarias Municipais e Estaduais, Fiocruz, Funasa, Anvisa e Institutos de pesquisa/universidades.

Entre os temas debatidos, estiveram as inundações e seus efeitos na saúde, seca e estiagem e impactos na saúde, atuação em emergências associadas a agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares, mudanças do clima e saúde.

Para Rabelo, a participação da Psicologia foi importante para a ampliação do diálogo com diferentes atores na área de desastres no Brasil e no exterior. “Conversamos com representantes da OPAS e pessoas que fizeram um panorama internacional, além de integrantes de diferentes secretarias de saúde de estados e municípios que têm trabalhado tanto na preparação de grandes eventos quanto na área de acidentes com produtos químicos, e discutimos como a gente estabelece um diálogo da Psicologia e saúde mental com os atores da vigilância e da atenção. É importantíssimo dialogar com outros atores, para que saibam que existe uma comissão do CFP que pode apoiar esses municípios quando houver desastres”, avalia.

Ela destaca, ainda, que o trabalho da Psicologia em emergências e desastres envolve menos o nível clínico individual e mais estratégias psicossociais de intervenção para que as pessoas afetadas que voltem à rotina, à normalidade, e possam se apoiar para que tenham autonomia. “Os psicólogos e psicólogas dos municípios precisam saber que, desde a prevenção, quando já trabalham em áreas de risco, é importante desenvolver estratégias psicossociais para empoderar a comunidade, para que ela própria construa as alternativas, pense áreas de fuga, e no momento da resposta também deve-se pensar em estratégias psicossociais que vão dar informação às pessoas afetadas e criar estratégias que vão ajuda-las a voltar à rotina. Quanto mais os psicólogos e psicólogas souberem trabalhar a comunidade, empoderar, reativar redes de cuidado suporte, menos pessoas vão desenvolver problemas psicológicos mais graves”, alerta.