Ao longo de três dias, o XI Seminário Nacional de Psicologia e Políticas Públicas: Amazônia como espaço de conexões territoriais e a produção de vida nas diversidades realizou debates com especialistas, coletivos e movimentos sociais sobre questões diversas que afetam a Psicologia – desde meio ambiente, povos indígenas e comunidades tradicionais, até questões sobre mulheres, população LGBTI+, pessoas em situação de rua, políticas sobre drogas, laicidade, neoliberalismo e direitos humanos, entre outros.
Na cerimônia de encerramento, realizada no último sábado (17/9), Ana Sandra Fernandes, presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), destacou que o evento superou as expectativas iniciais, tecendo pontos de contato com outros biomas, diversas culturas e, ainda, toda a diversidade que compõe a sociedade brasileira. “Os eventos promovidos pelo CFP precisam ter essas características: provocar, refletir, transformar e construir redes”, salientou.
A presidente do Conselho destacou que psicólogas e psicólogos trabalham nas diversas políticas públicas, levando a Psicologia a um número cada vez maior de brasileiras(os). “Uma profissão que compreende como as diversas questões sociais que afetam a população produzem sofrimento e traumas. Mas também é uma profissão que tem uma potência gigantesca em contribuir, inclusive criticamente, para que beneficiários, usuários e pacientes possam lutar por direitos, transformar suas vidas e seus territórios”, afirmou.
Representando o Conselho Regional de Psicologia do Maranhão (CRP-MA), a conselheira Nelma Pereira da Silva destacou o sentido de se fazer as conexões propostas pelo seminário para orientar e potencializar as ações da categoria no estado. “Este seminário faz com que a gente coloque na pauta de forma mais contundente a necessidade das políticas públicas para as populações mais vulnerabilizadas”, ressaltou.
A psicóloga Nita Tuxá considerou importante que o evento tenha possibilitado o diálogo sobre as questões indígenas, e ressaltou que ainda é necessário avançar nesse protagonismo para que as políticas públicas sejam, de fato, construídas para essas populações, sendo a Psicologia um elemento essencial dessa presença. “Eu quero me encontrar em todos os lugares”, ressaltou Nita ao reafirmar a necessidade de compreensão dos territórios, o que, para as(os) indígenas, se traduz no direito de viver a diferença.
A mesa de encerramento foi transmitida ao vivo, mas pode ser assistida a qualquer momento no YouTube do CFP.
Confira as fotos do XI Seminário Nacional de Psicologia e Políticas Públicas (primeiro dia, segundo dia, terceiro dia).
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