Notícias

06/05/2014 - 17:15

Congresso de Psicodrama

CFP participa de encontro

A Federação Brasileira de Psicodrama (Febrap) realizou em Foz do Iguaçu/PR, entre os dias 30 de abril a 3 de maio, o 19º Congresso Brasileiro de Psicodrama.  O evento, cujo tema foi “Psicodrama e humanidade no século XXI”, contou com a presença de mais de 600 psicodramatistas (psicólogos, psiquiatras e outros profissionais) de todo o País.

Para a presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Mariza Monteiro Borges, a presença do CFP no evento foi no sentido de aproximar a Autarquia a uma área (Psicodrama) que a entidade não tem estado tão próxima e, segundo ela, a meta da atual gestão é trabalhar com a diversidade da Psicologia. Mariza disse que uma das próximas ações nesta parceria é buscar a inserção da Febrap no Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb).

CONGRESSO

O 19º Congresso Brasileiro da Psicologia contou com 101 atividades (conferências, mesas redondas, vivências e debates), durante os quatro dias de encontro. Os objetivos do evento foram promover a integração e desenvolvimento profissional dos participantes; contribuir para a promoção da saúde e o desenvolvimento humano. Nesta última edição, também se analisou a estrutura e a dinâmica psicossocial da humanidade no “aqui-agora”, a fim de criar um espaço onde todas as expressões do movimento psicodramático brasileiro se concretizem.

Os participantes do 19º Congresso apresentaram trabalhos de Psicodrama nas áreas clínica, organizacional, escolar e comunitária. O modelo se deu por meio de cursos, vivências, palestras, workshops, comunidades em cena e mesas-redondas, nos quatro eixos de aplicação do Psicodrama: Psicoterápico, Socioeducacional, Comunitário e Organizacional.

Mariza Borges participou de duas mesas do evento: a de abertura oficial (30 de abril) e de “Psicologia, psicoterapia e psicodrama no século XXI” (1º de maio). Na abertura, a presidente do CFP disse que ouviu bastante sobre a história do psicodrama do Brasil, que existe desde a década de 1970. Segundo ela, embora outros profissionais (médicos, educadores e outros) também exerçam a atividade, ela destacou que a maioria (aproximadamente 80%) são psicólogas (os) por formação.

Sobre a mesa “Psicologia, psiquiatria e psicodrama no Século XXI”, a qual também contou com a participação de Itiro Shirakawa, Wilson Castello de Almeida e Rosa Lídia Pacheco Pontes,  Mariza Borges relatou que a questão principal do debate foi pensar e discutir sobre o exercício profissional na área de Saúde, incluindo psicólogas (os), psiquiatras, psicodramatistas e outros profissionais.  Ela fez uma apresentação sobre os dados gerais da profissão de psicólogo no Brasil, baseada na pesquisa de 2010, coordenada por Virgílio Bastos e Sônia Gondim, na qual apresenta quantas (os) psicólogas (os) trabalham, quantas (os) são.

Mariza Borges Monteiro também fez considerações com relação à inserção do psicólogo no setor público de Saúde, principalmente na questão referente às relações de trabalho, “nós iremos prestar mais atenção, melhor trabalhar com essas relações e condições de trabalho, para conhecer aquilo que os psicólogos fazem, como também para poder garantir e assegurar à população um melhor atendimento. E uma contribuição substantiva para o atendimento multiprofissional. Os (as) profissionais psicólogos (as) não devem atender objetivos de barateamento da atenção, com salários mais baixos, atendimento menos qualificado e sucateamento da profissão. Devem oferecer uma atenção de qualidade e com o melhor que a nossa profissão pode oferecer para a população”, ressaltou.