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14/08/2019 - 11:16

Mesa Nacional de Diálogo contra a Violência será lançada nesta quinta (5) com a participação do CFP

Iniciativa tem o objetivo de estimular debate na perspectiva dos direitos humanos sobre clima de intolerância no país

Mesa Nacional de Diálogo contra a Violência será lançada nesta quinta (5) com a participação do CFP

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e representantes de diferentes setores da sociedade civil se reúnem na sede nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nesta quinta-feira (15), às 11h, para instalação da Mesa Nacional de Diálogo Contra a Violência.  A iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, tem o objetivo estimular um debate plural, democrático e sempre na perspectiva dos direitos humanos, com a toda sociedade civil brasileira, como reação ao clima de intolerância instalado no país.

O evento contará com a participação de organizações representativas, como Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Núcleo de Estudos da Violência (NEV/USP), Instituto Sou da Paz, Centro Nacional de Africanidades e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), além de OAB e Comissão Arns, que presidirão o ato.

O Brasil é hoje um dos países mais violentos do mundo, com 65.602 homicídios registrados em 2017 – dos quais 72,4% decorreram de mortes por armas de fogo – segundo dados do Atlas da Violência, publicação elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Além disso, os dados indicam que a maioria desses mortos no Brasil é jovem e 75,5%, negros.

Diante dessa grave realidade, a Mesa Nacional de Diálogo contra a Violência inicia a construção de um amplo debate com a sociedade, procurando dar voz aos que hoje são vítimas preferenciais do preconceito, da discriminação e também de equivocadas políticas de segurança pública. Trata-se de iniciar um processo de mobilização pelo país, voltado para o fortalecimento da cultura de paz e a promoção dos direitos humanos.

Com informações do UOL e Comissão Arns