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20/01/2017 - 18:01

Primeira reunião do XVII Plenário tem início nesta sexta

Novas (os) conselheiras(os) do CFP iniciaram o encontro, que segue até amanhã (21), apontando expectativas

Primeira reunião do XVII Plenário tem início nesta sexta

O XVII Plenário do Conselho Federal de Psicologia (CFP) iniciou sua primeira reunião plenária nesta sexta-feira (20), na sede da autarquia, em Brasília. As (os) novas (os) conselheiras (os) iniciaram o encontro, que segue até amanhã (21), com uma breve apresentação individual, e expuseram suas expectativas em relação ao trabalho de agora em diante.

A intenção de promover uma gestão colegiada, não hierarquizada e democrática, capaz de promover o enfrentamento ao corrente cenário de desmonte de políticas públicas e conquistas sociais mais amplas, sobretudo em áreas relacionadas à Psicologia, foi a tônica das intervenções.

O atual momento político brasileiro, marcado por retrocessos, ensejou falas que denotam especial preocupação com áreas como formação, direitos humanos, comunicação com a sociedade e com a categoria – e o papel ainda mais estratégico que o Conselho passa a ter nesse contexto. “Somos a contramola que resiste. Não devemos acumular apenas para a nossa profissão, mas disputar um projeto de sociedade mais justa, mais solidária”, disse Clarissa Guedes, secretária da região Nordeste.

A pluralidade dos fazeres da Psicologia na composição do novo pleno, assim como a necessidade de que o conjunto do Sistema Conselhos de Psicologia atue de forma unificada, também foram aspectos destacados nas falas.

“Estamos vendo a sociedade retroceder em políticas públicas e a mídia construindo determinadas subjetividades que geram percepções do real e comportamentos, ações e agrupamentos retrógrados. A Psicologia também sofre essa influência e tem se movimentado no sentido de uma adaptação elitizante, corporativista e de exclusão, para se impor nos espaços. Uma Psicologia que avalia, julga e exclui por critérios que sustentam a lógica neoliberal ‘nível barbárie’. Precisamos retomar a lógica de trabalho no Sistema Conselhos, espaço ético-político de luta para retomar a discussão crítica quanto ao papel da Psicologia”, ressaltou a suplente da região Sudeste, Sandra Sposito.

Matraga, presente

O psicólogo e professor aposentado da Universidade Federal da Bahia Marcus Vinicius de Oliveira, conhecido como Marcus Matraga, assassinado no ano passado, foi lembrado com emoção pelo novo plenário. Defensor dos direitos humanos e militante histórico da Reforma Psiquiátrica e da Saúde Mental no Brasil, é referência central para o grupo que assume a gestão do CFP. “Ele é uma referência importantíssima que está sempre conosco. Que essa memória nos estimule”, afirmou Rogério Giannini, que assumiu a autarquia como presidente.

Ele lembrou, ainda, da atividade que o CFP promove amanhã (21), na capital federal, que vai apresentar publicamente as (os) novas (os) conselheiras (os), além de promover uma análise da conjuntura política nacional – apontando desafios e potencialidades para a Psicologia nesse contexto.

Após a assinatura do termo de posse dos conselheiras (os), foi referendada a nova diretoria, empossada em 20 de dezembro, e oficializados as e os responsáveis pelas secretarias.