Hoje é um dia histórico, o 18 de maio é data emblemática de reafirmação da luta contra os manicômios, as prisões da miséria brasileira. Se há cerca de um ano e meio vivíamos em plena construção da democracia, hoje o cenário demanda articular a resistência para agregar fôlego e atravessar fase de retrocessos e perdas de direitos fundamentais.
É preciso prosseguir a reconstrução democrática, criticando a lógica manicomial, de patologização do diferente e medicalização da vida. É necessário lutar para que o Sistema Único de Saúde (SUS), o Sistema Único de Assistência Social (Suas), a Política Nacional sobre Drogas, a Educação e a Política Nacional de Saúde Mental e as iniciativas de saúde coletiva não sejam extintas.
Não podemos recuar nem retroceder. Apesar dos pesares, a coragem é o que nos move e não há como abrir mão dessas lutas. Pensar a saúde mental em conexão com os direitos humanos é agenciar um plano de forças complexo e híbrido, fundamental na esfera da integralidade, da intersetorialidade, da da equidade e da universalidade.
As psicólogas e os psicólogos precisam novamente se posicionar a favor de uma atenção à saúde mental antimanicomial.
Por uma sociedade sem manicômios.
Rosimeire presente.
Comissão Nacional de Direitos Humanos
Conselho Federal de Psicologia