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10/12/2018 - 15:20

Pouco a comemorar, muito a resistir

O Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos é lembrado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) como marco de força e resistência em defesa dos direitos da pessoa humana

Pouco a comemorar, muito a resistir

Há setenta anos, o mundo se erguia atônito dos escombros da Segunda Guerra Mundial. O inacreditável acontecera. Outra vez, milhões de mortes. O que iniciara como a defesa da pátria e de Deus, o combate ao comunismo e o culto ao militarismo terminou como uma impensável escalada de ódio, de intolerância e violência, culminando no genocídio de populações inteiras.

Diante de tal horror, o mundo civilizado decidiu tomar medidas para impedir que tal se repetisse e as Nações Unidas proclamaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Qual avaliação podemos fazer sobre a situação dos Direitos Humanos no mundo e no Brasil? Avanços? Retrocessos?

“Direitos Humanos não é pra bandido”; “Bandido bom nasce morto”; “Se tá na rua, boa coisa não é”; “Viado tem que morrer”; “Índio é preguiçoso, não serviu nem pra escravo”; “Isso é coisa de preto”; “Tão bonita, pena que é lésbica”; “Vadia”; ”Drogado é tudo criminoso”.

As frases acima fazem parte da atual campanha de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia. Elas foram extraídas das redes sociais. Intolerâncias e preconceitos que não só violam os Direitos Humanos, mas provocam e legitimam violência, sofrimentos, mortes e extermínios.

No mundo e no Brasil vivemos tempos sombrios de aumento da desigualdade social, do desemprego, de destruição de políticas públicas de saúde, de fundamentalismo, de xenofobia. Onde as diretrizes “A dignidade é inerente à pessoa e é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”; “Os Direitos Humanos são universais, independentes de cor, raça, credo, orientação política, sexual e religião”, proclamadas há setenta anos, são absolutamente necessárias.

Portanto, nesse dia 10 de dezembro de 2018, o Conselho Federal de Psicologia e sua Comissão de Direitos Humanos reafirmam a continuidade da construção de uma profissão que promova a liberdade, dignidade, igualdade e integridade do ser humano e contribua para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Por um mundo onde caibam todos os mundos!

Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia