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12/04/2017 - 14:44

14 de abril: Psicologia na luta por uma educação inclusiva de fato

A Psicologia lança campanha em defesa de políticas de inclusão escolar de pessoas historicamente excluídas

14 de abril: Psicologia na luta por uma educação inclusiva de fato

#CFPAcessível #PraCegoVer: Descrição da imagem: Imagem mostra quatro quadrados grandes, nas cores amarelo, roxo, azul e salmão. No centro, vários lápis de cor, de diferentes tamanhos, cores, larguras, e formas. O lápis vermelho representa a linguagem em Braille. O verde tem um desenho indígena que significa “Festa onde todos dançam”. O lápis roxo tem um formato que facilita o manuseio. Referências textuais na imagem: 14 de abril Dia Nacional De Luta Pela Educação Inclusiva, hashtag #PsiEducaçãoInclusiva e site do CFP www.cfp.org.br.

A Psicologia brasileira comemora o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva em 14 de abril e lança campanha digital para divulgar e debater o tema. Às 18h30 do dia 25 de abril, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizará um debate sobre o tema “Quais as contribuições da Psicologia para Educação Inclusiva?”, com representantes de entidades das áreas de educação, pesquisa e ensino da Psicologia. A atividade será transmitida em tempo real pelo site e mídias digitais do CFP.

Instituído pelo Sistema Conselhos de Psicologia em 2004, o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva tem como objetivo mobilizar as (os) psicólogas (os) na defesa de políticas construídas em favor da inclusão escolar de pessoas historicamente excluídas do processo educacional: mulheres, povo negro, populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e ciganas, imigrantes e refugiados, pessoas com deficiência e com habilidades/superdotação, pessoas em sofrimento psíquico, usuárias (os) dos serviços de saúde mental, adolescentes e jovens em conflito com a lei.

As diferenças humanas nos enriquecem. Todos têm direito ao acesso à educação de qualidade. Venha participar do debate. Envie sua opinião e pergunta pelo Facebook e Twitter com a #PsiEducaçãoInclusiva.

Confirme presença no Facebook: https://www.facebook.com/events/292491681192194/

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14 de abril: Psicologia na luta por uma educação inclusiva de fato!

 Em 14 de abril, a Psicologia brasileira comemora o Dia de Nacional de Luta pela Educação Inclusiva. Uma data, instituída pelo Sistema Conselhos de Psicologia em 2004, para mobilizar as (os) psicólogas (os) na defesa de políticas construídas em favor da inclusão escolar de pessoas historicamente excluídas do processo educacional.

As (os) profissionais da Psicologia têm buscado, nas diferentes produções teóricas e campos de atuação, avançar no compromisso com processos inclusivos. Aliada a outras áreas do conhecimento, nossa ciência e profissão têm contribuído para a ressignificação da escola e da superação dos conhecidos processos de exclusão explícitos e implícitos que a estruturam.

Ao apoiar os movimentos sociais pela reivindicação de direitos e efetivação de políticas sociais em favor da universalização destes, não podemos deixar de avaliar de forma crítica, entretanto, a nossa histórica contribuição para a exclusão de muitos setores da sociedade. Durante décadas, a educação foi tomada como instrumento de manutenção dos privilégios sociais e econômicos das elites nacionais, restringindo sua incidência junto à classe trabalhadora apenas com vistas à constituição de mão de obra apta ao mercado de trabalho em postos menos valorizados.

Desde a Declaração de Salamanca, em 1994, o Brasil figura entre os países que reconhecem que o sistema escolar vigente produz exclusão e que aprender é um processo contínuo e árduo, sendo absolutamente esperado que todo sujeito humano experimente dificuldades em algum momento. No início dos anos 2000, as políticas inclusivas de educação, fomentadas pelos debates sobre a desigualdade social e o caráter excludente do sistema escolar, ganharam força no Brasil. Tornou-se imperativa a reflexão sobre a garantia do direito à educação a segmentos populacionais reiteradamente hostilizados e impedidos de participar da vida escolar.

Assim, começamos a pensar uma escola que respeite e valorize as mulheres; o povo negro; a população indígena, ribeirinha, quilombola, cigana; imigrantes ou refugiados; pessoas com deficiência e com altas habilidades/superdotação; pessoas em sofrimento psíquico, usuárias dos serviços de saúde mental; adolescentes e jovens em conflito com a lei.

 

#CFPAcessível #PraCegoVer: Descrição da imagem: Imagem mostra figuras desalinhadas nas cores roxo, amarelo, azul e salmão. No canto inferior direito da imagem há uma figura com lápis de cor de diferentes tamanhos, cores, larguras e formas. O lápis vermelho representa a linguagem em Braille. O verde tem um desenho indígena que significa “Festa onde todos dançam”. O lápis roxo tem um formato que facilita o manuseio. Referências textuais na imagem: Parte superior esquerda – 14 de abril Dia Nacional de Luta escrito em letras amarelas. A escola precisa repensar diferenças e desigualdades escrito em letras brancas. Parte inferior esquerda, escrita em cor branca: Debate ao vivo dia 25 de abril às 18h30. Site do Conselho www.cfp.org.br e hashtag #PsiEducaçãoInclusiva.

A consideração das diferenças e das desigualdades presentes na escola leva, necessariamente, a repensarmos o sistema de ensino em suas inúmeras dimensões: estrutura, organização, currículo, práticas, processos formativos e avaliativos, entre outros. As escolas, na perspectiva da inclusão, devem ser ambientes acolhedores para as diferenças humanas, proporcionando experiências de convívio social que enfatizem a riqueza da pluralidade que constitui a sociedade brasileira.  Para tanto, são urgentes políticas, projetos e ações consistentes na área educacional que reconheçam as necessidades específicas de sujeitos e de comunidades.

A educação inclusiva é um tema sobre o qual a Psicologia tem se debruçado com profundidade, o que tem resultado na oferta de farto material teórico e metodológico, disponível nos relatórios de Congressos Nacionais da Psicologia, Seminários e Anos Temáticos da Psicologia na Educação. Há também registros de práticas bem-sucedidas, como o documento do Crepop sobre Psicologia na Educação Básica e o livro Educação Inclusiva, experiências profissionais em Psicologia.

Temos muito a contribuir e, exatamente por isso, defendemos a inserção da Psicologia na Política Nacional de Educação. Muito mais que um mero anseio corporativista, entendemos que a presença de psicólogas (os) nos diversos contextos educacionais – desde a formação de professoras (es) até a gestão das políticas públicas – se fundamenta na certeza de nossa contribuição para que a inclusão não seja mais um termo vazio, bonito no plano das ideias, mas impossível na realidade.

Com convicção, reafirmamos que as diferenças humanas nos enriquecem e seguimos lutando para que todo sujeito tenha acesso à educação de qualidade e em uma perspectiva inclusiva.