30 horas

logo_pl30h

O Projeto de Lei 3.338/08, que garante a jornada de trabalho de 30 horas semanais para psicólogas (os) brasileiras (os), ganhou novo relator na quinta-feira, 11 de abril. O deputado Manoel Junior (PMDB-PB) será o relator do PL que se encontra na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), desde novembro de 2012.

O Conselho Federal de Psicologia acompanha o assunto e continua mobilizado pela aprovação do PL. Após passar pela CFT, o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Caso nenhum deputado solicite análise pelo Plenário da Câmara, o PL vai para sanção presidencial.

Psicólogas, psicólogos, vocês podem ajudar na mobilização, envie email ao relator: dep.manoeljunior@camara.leg.br

Com informações do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo

Saúde+10

banner-saude10-final

A semana do Dia Mundial da Saúde (7/4) será marcada por um grande ato do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, popularmente conhecido por Saúde + 10.  A marcha, que conta com o apoio de mais de 70 entidades, entre elas o Conselho Federal de Psicologia (CFP), será realizada no dia 10 de abril, e terá início em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. A ideia é seguir até o Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios.

A principal meta do Saúde + 10  é a coleta de assinaturas para um projeto de lei (PL) de iniciativa popular que, ao ser aprovado, assegure o repasse efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública brasileira. Para que o PL seja viabilizado, é necessário alcançar 1,5 milhão de assinaturas. No dia 10, será realizada a primeira contagem oficial das assinaturas recolhidas.

Na ocasião, a Psicologia pretende se manifestar contrariamente à intolerância e ao  pouco investimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para usuários de drogas, por isso pede a todas (os) que compareçam com camisetas de cor branca.  O entendimento do CFP  é de que é preciso fazer a defesa incondicional do Sistema Único de Saúde (SUS)  e expressar mais uma vez o apoio à promoção de direitos humanos e repúdio a qualquer forma de atentado à dignidade do ser humano. É o caso do PL 7663, que trata da internação compulsória de usuários de drogas, marcando um dos retrocessos na área da Saúde.

Para o Sistema Conselhos, a internação compulsória expressa uma forma de intolerância por não se tratar de acolhimento nem tratamento e não se revestir de nenhum objetivo terapêutico ou humanitário. Sob a perspectiva de dizer não à intolerância, o movimento Saúde + 10 luta pelo acolhimento e tratamento dos usuários de drogas na perspectiva da saúde pública e por meio de dispositivos do SUS, como Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e consultórios de rua.

O artista goiano Siron Franco também fará uma instalação interativa sobre o tema durante a mobilização. Siron expõe desde 1968 no Brasil e no exterior. Em 2002, realizou a Instalação “Intolerância”, no Memorial da Liberdade, em São Paulo, onde participou também de Bienais de arte. A intervenção terá como matéria prima 400m de tecido, com 2,8m de largura.

O artista gráfico e psicólogo João Campelo, que participa do Coletivo Fotográfico Lente Cultural de Brasília, que trabalha na inclusão visual e promoção da arte fotográfica no Distrito Federal, principalmente nas cidades do entorno, fará as fotos do evento.

Mais sobre o movimento

O Saúde + 10  foi  criado por diversas entidades representativas de todo o Brasil no dia 13 de março de 2013, na sede do CFP, e tem como objetivo assegurar aos brasileiros um sistema de saúde pública mais justo e de maior qualidade. A Psicologia esteve presente desde a fundação do movimento, com a participação na Primavera da Saúde, em 2012.

Assinaturas

Para leis de iniciativa popular, a Câmara dos Deputados admite somente assinaturas físicas – não virtuais – , que contenham o número do título de eleitor e estejam dentro dos padrões de abaixo-assinado disponíveis no site da Casa – http://www2.camara.leg.br/participe/sua-proposta-pode-virar-lei/formulario_assinaturas . As assinaturas devem ser entregues em postos de recolhimento que estarão disponíveis na mobilização de 10 de abril e em outros eventos realizados em todo o país durante a semana da saúde.

Serviço

Ato Público em Defesa da Saúde  pelo Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública (saúde + 10)
Onde: Início em frente à Catedral, em Brasília (DF)
Hora: 9h

Câmara debate projeto de lei que prevê internação forçada

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participará nesta terça-feira (2/4) da audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que analisará o Projeto de Lei 7.663/10 – que pretende reformar da Lei Antidrogas 11.343/06.

O PL – de autoria do deputado Osmar Terra (PMDB/RS) assegura, em seu texto, a possibilidade de internações forçadas. O projeto está pronto para ir à votação no Plenário da Câmara, já que foi aprovada a tramitação em regime de urgência.

Acesse aqui o parecer Conselho Federal de Psicologia PL 7663-2010.

2 de abril

No dia 2 de abril, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) chama a atenção de todas (os) as (os) psicólogas (os) para a importância da atenção integral às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo e suas famílias. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial da Conscientização do Autismo em 18 de dezembro de 2007 e, desde então, diversas campanhas “azuis” são feitas pela causa.

O autismo é mais comum do que se pensa: atinge 70 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, a estimativa é de mais de 2 milhões de autistas, de acordo com a ONU. Por isso a importância de avançar na formação de profissionais de saúde para atuar nesta área, já que no Brasil as ações em torno do tema ainda são pontuais e individualizadas.

A integralidade do cuidado, a garantia da cidadania e a inclusão do tema na Rede de Atenção Psicossocial, com a construção de projetos terapêuticos individuais, são pontos que devem ser amplamente discutidos para garantir uma inserção social cada vez maior das pessoas com autismo.

Combate às drogas

No combate às drogas ilícitas, vamos de mal a bem pior. Até quando insistiremos nesse autoengano policialesco-repressivo-ridículo que corrompe a sociedade e abarrota as cadeias do País?

Faço essa observação, leitor, porque será votado na Câmara um projeto de lei que endurece ainda mais as penas impostas a usuários e traficantes.

Em primeiro lugar, não sejamos ingênuos; a linha que separa essas duas categorias é para lá de nebulosa: quem usa, trafica. O universitário de família privilegiada compra droga só para ele? O menino da periferia resiste à tentação de vender uma parcela da encomenda para diminuir o custo de sua parte? Como amealha recursos o craqueiro da sarjeta, que tem por princípio não roubar nem pedir esmola?

Nas ruas, quem decide como enquadrar o portador de droga apanhado em flagrante é o policial. Entre o universitário branco de boas posses e o mulato do Capão Redondo, você consegue adivinhar quem irá preso como traficante?

Embora considerada tolerante, a legislação vigente desde 2006 agravou a situação das cadeias. Naquele ano, foram presas, por tráfico, 47 mil pessoas que correspondiam a 14% do total de presos no país. Em 2010, esse número saltou para 106 mil, ou 21% do total.

O projeto a ser votado propõe várias ações controversas, para dizer o mínimo.

Entre elas, a ênfase descabida na internação compulsória, enquanto os estudos mostram que o acompanhamento ambulatorial é a estratégia mais importante para a reinserção familiar e social dos dependentes. Isolá-los só se justifica nos casos extremos em que existe risco de morte.

O projeto propõe uma classificação surrealista das drogas de acordo com sua capacidade de causar dependência, segundo a qual alguém surpreendido com crack seria condenado à pena mais longa do que se carregasse maconha. No passado, os americanos adotaram lei semelhante, que condenava o vendedor de crack a passar mais tempo na cadeia do que o traficante de cocaína em pó. As contestações judiciais e os problemas práticos foram de tal ordem que a lei foi revogada, há mais de dez anos.

O projeto reserva atenção especial à criação de um incrível “cadastro nacional de usuários”. No artigo 16, afirma que “instituições de ensino deverão preencher ficha de notificação, suspeita ou confirmação de uso e dependência de drogas e substâncias entorpecentes para fins de registro, estudo de caso e adoção de medidas legais”.

Nossos professores serão recrutados como delatores dos alunos para os quais deveriam servir de exemplo? Os colégios mais caros entregarão os meninos que fumam maconha para inclusão no cadastro nacional e “adoção de medidas legais”?

O mais grave, entretanto, é o endurecimento das penas. Segundo a lei atual, a pena mínima para o fornecedor clássico é de cinco anos; o novo projeto propõe oito anos. Os que forem apanhados com equipamento utilizado no preparo de drogas, apenados com três a dez anos na legislação de hoje, passariam a cumprir 8 a 20 anos. As penas atuais de dois a seis anos dos informantes, que trabalham para grupos de traficantes, seriam ampliadas para seis a dez anos. E por aí vai.

Enquanto um assassino covarde responde o processo em liberdade, quem é preso com droga o faz em regime fechado.

Não quero entrar na discussão de quanto tempo um traficante merece passar na cadeia, estou interessado em saber quanto vamos gastar para enjaulá-los.

Vejam o exemplo do Estado de São Paulo, que conta com 150 penitenciárias e 171 cadeias públicas. Apenas para reduzir a absurda superlotação atual, deveríamos construir mais 93 penitenciárias.

Se levarmos em conta que são efetuadas cerca de 120 prisões por dia, enquanto o número de libertações diárias é de apenas 100, concluímos que é necessário construir dois presídios novos a cada três meses.

Nos padrões atuais, a construção de uma cadeia para 768 presos consome R$ 37 milhões, o que dá perto de R$ 48 mil por vaga, mais da metade do custo de uma casa popular com dois quartos, sala e cozinha, com a qual é possível retirar uma família da favela. O que vai na construção é dinheiro de pinga, perto dos custos para mantê-la funcionando 365 dias por ano.

O projeto que suas excelências votarão pode estar repleto de boas intenções, mas, como dizia minha avó, o inferno anda cheio delas.

Testes Psicológicos

 

arte3

Com o avanço da internet, os testes psicológicos, um dos principais instrumentos de trabalho dos profissionais de Psicologia, estão passando por um processo de banalização. Para evitar a disseminação indiscriminada desses testes e garantir a qualidade do trabalho de milhares de psicólogas (os) do país, o Conselho Federal de Psicologia, em parceria com o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb), está lançando uma campanha nacional para conscientização de profissionais e estudantes.

O objetivo é defender o uso responsável e os bons resultados que podem advir dos testes psicológicos. Recentemente, vários instrumentos de avaliação psicológica estão sendo divulgados em redes sociais e canais do YouTube. O uso de testes psicológicos considerados desfavoráveis, segundo os critérios estabelecidos na Resolução CFP n.º 002/2003, é considerado falta de ética e o profissional pode responder administrativamente.

A avaliação psicológica é uma atividade restrita a profissionais da Psicologia. Isso implica que seus instrumentos, com destaque para os testes psicológicos, são de uso restrito a esses profissionais. Desse modo, o Conselho Federal de Psicologia alerta a sociedade para os riscos decorrentes do emprego desses instrumentos por profissionais que não estejam habilitados e credenciados para esse fim. Por outro lado, conclama a população e os profissionais a comunicar aos Conselhos Regionais de Psicologia quaisquer irregularidades ocorridas por ocasião do uso dos testes psicológicos.

Além disso, a avaliação psicológica é reconhecida pela sociedade e amplamente utilizada como instrumento da organização das relações de trabalho entre outros campos. É preciso dizer ainda que o processo de organização que a avaliação psicológica media não possui, sob nenhum aspecto, caráter excludente.

Satepsi

Para garantir a qualidade técnica desses instrumentos e o atendimento aos princípios éticos e dos direitos humanos, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) criou, em 2003, o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi).

O site do Satepsi é constantemente atualizado e suas informações podem ser localizadas facilmente. Além de resoluções, editais, grupo de pareceristas, comissão consultiva em avaliação psicológica e novidades, os usuários podem encontrar ainda respostas para as mais frequentes perguntas dirigidas ao CFP sobre o tema.

PL 7.663/10

A presença do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara não é um fato isolado. Faz parte de uma estratégia mais ampla da Frente Parlamentar Evangélica, que reúne 68 deputados. Ela tem direcionado forças para as comissões que tratam das reivindicações dos gays por direitos iguais aos dos outros grupos da sociedade, da flexibilização das normas sobre aborto e de políticas sobre drogas.

Os atritos com grupos de direitos civis, movimentos de direitos humanos, pró-aborto e em defesa da laicização do Estado só tendem a intensificar nas comissões que tratam desses temas. Desde o início do ano, a frente ocupa 18 das 72 cadeiras da Comissão de Seguridade Social e Família, cuja atribuição é analisar projetos ligados à saúde pública, como consumo de drogas e bebida alcoólica por jovens, e à família, como aborto e proteção à criança. Do grupo evangélico, seis são titulares na comissão e os outros 12, suplentes.

Na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a frente conquistou 14 dos 36 postos e a presidência – na partilha das comissões, o colegiado ficou para o PSC, partido essencialmente formado por evangélicos. Isso significa quase 40% das vagas. Sua tarefa é avaliar denúncias e projetos ligados àviolaçãodos direitos humanos. Passa por ali o debate do projeto que pretende classificar a homofobia como crime.

Rádios. Outra comissão que desperta o apetite dos evangélico é a de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Eles controlam com 14 das suas 42 cadeiras, com sete titulares e sete suplentes. Entre as atribuições dessa comissão está a análise de pedidos de concessão para rádios. Passa por ali, entre outras propostas, a que visa proibir o aluguel de horários em canais de TV aberta – expediente usado com freqüência por igrejas para transmissão de seus programas.

Outro foco de interesse é a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa, com a tarefa de analisar aspectos constitucionais e legais dos projetos. Do total de suas 132 cadeiras, 18 estão com a frente (sete titulares e nove suplentes).

Drogas. A frente ainda concentra forças em comissões criadas para analisar temas específicos. Uma delas é a do Sistema Nacional de Políticas Sobre Drogas, que aprovou, em dezembro, projeto de lei que aumenta a pena de traficantes e permite a internação compulsória de viciados. De autoriade um deputado da frente, o projeto deve ser votado nos próximos dias na Casa, em regime de urgência.

Para entidades e movimentos que atuam no setor, a aprovação significará um retrocesso. Em carta enviada aos parlamentares na semana passada, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) chegou a dizer que se trata de “grave ameaça aos direitos civis e caminho totalmente equivocado “.

A carta acirrou as divergências entre o conselho e a frente. Os deputados evangélicos consideram intolerável a decisão do CFP que impede psicólogos de prometerem a chamada “cura gay” e já tentaram em duas ocasiões, sem sucesso, derrubá-la na Justiça.

Por não ter maioria nas comissões, a Frente Evangélica se articula com outros grupos religiosos em torno das chamadas questões morais. De acordo com a pesquisadora Maria das Dores Campos Machado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), evangélicos e católicos carismáticos vem atuando em conjunto para impedir qualquer liberalização sobre aborto.

Essa unidade foi selada em 2011, quando os dois grupos se juntaram na Frente Parlamentar em Defesa da Vida – Contra o Aborto. Entres os carismáticos que articularam o movimento estavam Salvador Zimbaldi (PDT- SP), Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Givaldo Carimbão (PSB-AL).

Estupro

Entre os projetos que opõem evangélicos e feministas na Câmara, está o que cria uma bolsa para mulheres vítimas de estupro que ficarem grávidas e decidirem não abortar. (Fonte: Estado de S. Paulo)

 

Acesse aqui o parecer do CFP sobre o PL 7.663/10.

Debate do PL 7.663/10

O Projeto de Lei 7.663/10, que muda a política antidrogas no país, foi tema do programa Expressão Nacional, transmitido na terça-feira (26/03), pela TV Câmara e pela Rádio Câmara.

Entre os deputados que participaram do programa estão o autor da matéria, Osmar Terra (PMDB-RS) e o relator, Gilvaldo Carimbão (PSB-AL). Os parlamentares Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulo Texeira (PT-SP) também estiveram no debate.

Opiniões e perguntas foram enviadas durante o debate pelo link “Comentar” na parte de baixo da página da TV Câmara, ou pelo telefone 0800-619-619. A participação poderia ser via e-mail, enviando mensagem para expressaonacional@camara.leg.br ou “tweet” que com a palavra @xnacional.

Assista o debate

CDHM

O Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB) aprovou, por unanimidade, a subscrição da nota da Plataforma Dhesca. Veja a seguir a íntegra da nota:

Organizações cobram posicionamento público da Secretaria de Direitos Humanos e do Governo Federal com relação à presença de um racista, sexista e homofóbico na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara

As organizações abaixo assinadas vem, publicamente, requerer um posicionamento da Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR) quanto à eleição do Dep. Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.

Com surpresa, temos acompanhado a falta de empenho político da SDH/PR, quanto a um fato que coloca em risco a garantia dos direitos humanos no país. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara sempre foi uma instituição parceira dos movimentos sociais e da própria SDH/PR na promoção dos direitos humanos. Até o momento, não tomamos conhecimento de nenhum posicionamento oficial da pasta sobre a presidência da Comissão ser ocupada por um deputado declaradamente racista e homofóbico. Além disso, também não há nenhuma manifestação ou ação tomada pela SDH/PR quanto às movimentações da Bancada Evangélica na Câmara, capitaneada pelo Partido Social Cristão (PSC), com o objetivo de monopolizar a CDHM com uma explícita agenda de retrocesso de direitos. Isso nos leva a questionar qual o posicionamento da Presidência da República e do Governo Federal no que diz respeito à questão.

Lamentavelmente, esta atitude, que remete a uma omissão da Secretaria de Direitos Humanos e do Governo Federal, ocorre desde o início da atual gestão, quando foram desmobilizados todos os esforços dos movimentos de direitos humanos para a implementação do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, o PNDH3, publicado por meio do Decreto nº 7037 de 21/12/2009. A atual gestão da Secretaria desconstituiu o Comitê Interministerial de Acompanhamento e Monitoramento do programa, previsto no Decreto, e publicamente afirmou que o PNDH traria uma “imagem negativa” para o governo.

A Secretaria de Direitos Humanos tem como missão institucional a defesa e garantia dos Direitos Humanos, especialmente de grupos historicamente discriminados e em situação de vulnerabilidade. É estarrecedora a falta de posicionamento público do Ministério também quanto a outras ações do Governo Federal, como o retrocesso da política de combate à homofobia nas escolas; à internação compulsória de usuários de crack e outras drogas e ao financiamento de comunidades religiosas terapêuticas. A SDH deveria questionar interna e publicamente medidas do próprio governo que retrocedem na garantia dos direitos humanos e fortalecem o fundamentalismo religioso, em uma clara violação da laicidade do Estado. Essas omissões contradizem os discursos emitidos pela Presidenta da República que, internacion almente, defende a universalidade dos direitos humanos.

Diante dessas questões e tendo em vista que a SDH é o Ministério responsável por garantir a perspectiva de Direitos Humanos estabelecida pelo Governo Federal, requeremos posicionamento deste Ministério e da presidenta Dilma sobre a recente usurpação da CDHM por interesses privados contrários a efetivação dos direitos e sobre os recentes recuos na agenda dos direitos humanos no Brasil, em razão de alianças e pressões de setores religiosos conservadores.

Atenciosamente,

1.    ABECIPSI – Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia
2.    ABEP – Associação Brasileira de Ensino de Psicologia
3.    ABL-Articulação Brasileira de Lésbicas
4.    ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais
5.    ABOP – Associação Brasileira de Orientação Profissional
6.    ABPD – Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento
7.    ABPJ – Associação Brasileira de Psicologia Jurídica
8.    ABPP – Associação Brasileira de Psicologia Política
9.    ABPSA – Associação Brasileira de Psicologia da Saúde
10.  ABRANEP – Associação Brasileira de Neuropsicologia
11.  ABRAP – Associação Brasileira de Psicoterapia
12.  ABRAPEDE –  Associação Brasileira de Psicologia nas Emergências e Desastres
13.  ABRAPEE – Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional
14.  ABRAPESP – Associação Brasileira de Psicologia do Esporte
15.  ABRAPSO – Associação Brasileira de Psicologia Social
16.  AMB – Articulação de de Mulheres Brasileiras
17.  AMNB – Articulação das Organizações de Mulheres Negras Brasileiras
18.  ANCED – Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente
19.  ANPEPP – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia
20.  ASBRO – Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos
21.  ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
22.  Associação Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú
23.  CEN – Coletivo de Entidades Negras
24.  Centro de Direitos Humanos e Educação Popular
25.  CEBI – Centro de Estudos Bíblicos
26.  Centro de Referência em Direitos Humanos – CRDH/CCJ/UFPB
27.  Centro Nordestino de Medicina Popular
28.  CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço
29.  CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria
30.  CFP – Conselho Federal de Psicologia
31.  Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência
32.  Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes
33.  Conectas
34.  CONEP – Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia
35.  Conselho Federal de Psicologia
36.  Conselho Indigenista Missionário
37.  Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
38.  CRIOLA
39.  Dignitatis – Assessoria Técnica Popular
40.  FENAPSI – Federação Nacional dos Psicólogos
41.  FIAN Brasil – Rede de Informação e Ação pelo Direito a se Alimentar
42.  FLAAB – FEDERAÇÃO LATINO AMERICANA DE ANÁLISE BIOENERGÉTICA
43.  Fórum Cearense de Mulheres
44.  FULANAS – Mulheres Negras da Amazonia Brasileira
45.  Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT
46.  Grupo Curumim-Recife-PE
47.  Grupo Elos LGBT do DF e Entorno
48.  Guaimbê – espaço e movimento criativo
49.  IBAP – Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica
50.  IBASE  Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
51.  INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
52.  Instituto de Mulheres negras do Amapá
53.  Instituto DH: Promoção, Pesquisa e Intervenção em Direitos Humanos e Cidadania
54.  Instituto Negra do Ceará.
55.  Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
56.  ISER – Instituto de Estudos da Religião
57.  JusDh – Articulação Justiça e Direitos Humanos
58.  Justiça Global
59.  MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
60.  MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
61.  MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos
62.  Movimento D´ELLAS
63.  Observatório de Favelas
64.  Plataforma Dhesca Brasil – Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais
65.  Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco
66.  Rede ECPAT Brasil
67.  Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde
68.  Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
69.  Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação
70.  Relatoria Nacional do Direito Humano à Saúde Sexual e Reprodutiva
71.  Relatoria Nacional do Direito Humano à Terra, Território e Alimentação
72.  Relatoria Nacional do Direito Humano ao Meio Ambiente
73.  SBPH – Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
74.  SBPOT – Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho
75.  Secretaría de Mulheres – ABGLT
76.  SARES – Serviço de ação, reflexão e educação social
77.  SOBRAPA – Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura
78.  Sociedade Maranhense de Direitos Humanos
79.  SDDH – Sociedade Paraense de Direitos Humanos
80.  Tambores de Safo
81.  Terra de Direitos
82.  THEMIS – Assesoria Jurídica e Estudos de Gênero
83.  Uiala Mukaji Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco
84.  Via Campesina Brasil