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24/06/2016 - 19:06

Violência contra a mulher é discutida em vídeo e debate

Debate online e vídeo “Violência contra as mulheres: o que os profissionais de saúde têm a ver com isso?” já estão no ar

Violência contra a mulher é discutida em vídeo e debate

Dois novos conteúdos audiovisuais sobre a violência contra a mulher estão no canal do Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Youtube: a íntegra do debate online realizado nesta sexta-feira (24) e o vídeo, lançado também hoje, com vistas a sensibilizar profissionais da área sobre a questão.

Transmitida em tempo real com participação pelas redes sociais, a mesa “Violência contra a mulher e o papel dos profissionais da Psicologia” abordou a ocorrência desse tipo de crime no Brasil e como psicólogas e (os) podem e devem atuar em seu enfrentamento.

Participaram do debate Valeska Zanello, professora da Universidade de Brasília (UnB) e representante do CFP no Conselho Nacional de Direitos da Mulher (CNDM); Ben-Hur Viza, juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e coordenador do Centro Judiciário da Mulher; Thiago Pierobom, promotor do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e coordenador do Núcleo de Gênero Pró-Mulher, e Miriam Pondaag, psicóloga da Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social do Governo de Brasília (Sedest) e ex-coordenadora da Casa da Mulher Brasileira do DF.

Lançamento

Lançado ao final da atividade, o vídeo “Violência contra as mulheres: o que os profissionais de saúde têm a ver com isso?”, produzido pelo CFP, discute o papel dessas pessoas no que se refere ao tratamento oferecido às vítimas no país.

Uma das principais vias de identificação desse tipo de agressão está em locais de atendimento à saúde, como hospitais, ambulatórios e na rede de atenção à saúde mental. Por esse motivo, a peça pretende apresentar ao público, com foco nos profissionais da área, aspectos como os tipos de violência contra as mulheres existentes, o impacto da violência na saúde mental, a Lei Maria da Penha, quais os serviços disponíveis para atendimento na rede e o que o profissional de saúde deve fazer ao se deparar com uma situação de violência contra a mulher.

Dados do Mapa da Violência de 2015 mostram que entre 2003 e 2013, o número de vítimas de homicídio do sexo feminino passou de 3.937 para 4.762; um aumento de 21% na década. O país tem taxa de 4,8 homicídios por cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo em um ranking com 83 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Mapa mostra ainda que, em 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu a 23.630 mulheres vítimas de violência sexual. Dados da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180 (serviço da Secretaria de Políticas para Mulheres), registrou em 2015 cerca de dez casos de violência sexual por dia, com um aumento de 165,27% no número de estupros em relação ao levantamento anterior, computando a média de oito estupros por dia, um a cada três horas.

Assista também à entrevista concedida por Valeska Zanello à TV Senado em 20/6 sobre o assunto e confira matéria relativa à participação da representante do CFP em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) daquela casa legislativa.