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01/09/2014 - 16:19

CFP participa da I Semana Psi da UDF

Autarquia foi representada pela presidente Mariza Borges, que destacou a importância da profissão para os (as) estudantes

CFP participa da I Semana Psi da UDF

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), representado pela presidente Mariza Monteiro Borges, participou, no dia 25 de agosto, em Brasília, no auditório do Centro Universitário UDF, da I Semana de Psicologia da entidade. O tema da palestra foi “Repensando a Avaliação e a Intervenção na Psicologia” e, além de Mariza, os demais expositores foram o professor de Psicologia Harmut Gunther (UnB) e o psicólogo Danilo Pereira (presidente do IBNeuro – Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Ciências Cognitivas).

Depois da exposição, a presidente respondeu questionamentos dos estudantes de Psicologia sobre o PL das 30 horas, piso salarial, neurociência, gerontologia e outras áreas que têm afinidades com a Psicologia.

Apresentação

Mariza Borges iniciou sua apresentação mostrando dados da criação da profissão da Psicologia no Brasil, do Conselho Federal de Psicologia e Sistema Conselhos, bem como o Código de Ética do profissional e as modalidades de títulos de especialista reconhecidos pela Autarquia. Mariza também abordou as agendas traçadas no XVI Plenário (Exercício profissional e Psicologia e Temas da Categoria).

Após essa introdução, a presidente do CFP fez uma exposição sintética e comentários sobre os dados do livro “O Trabalho do Psicólogo no Brasil”, de Antônio Bastos, Sônia Guedes e colaboradores. Entre os pontos destacados por Borges, figuram o aumento de cursos de Psicologia no interior do país e o número de psicólogos que investem em qualificação. Segundo a pesquisa, 42,3% investem até 10% da sua renda com qualificação; 39,1% entre 11 a 30% da renda mensal; e 10,6% colocam valores iguais ou superiores a 31% da renda. “Vejo com muita alegria, que os profissionais de Psicologia têm consciência da incompletude e buscam ser cada dia melhores”, destacou.

Ela também mostrou os dados dos rendimentos dos (as) psicólogos (as) entrevistados na pesquisa que gerou a publicação. Segundo o livro, 9% de psicólogos (as) ganham acima de 21 salários mínimos; 46% ganham entre 3 e 9 salários mínimos, e 1,4% de psicólogos (as) que atuam não têm rendimentos (voluntários). Nesse tópico, porém, Mariza fez uma advertência. “A pesquisa do livro é de 2010.

Então, eu temo que, atualizando, esses valores sejam ainda menores, pelo simples fato de que, para os concursos assistência social e saúde, os vencimentos são tão baixos, como se fossem para profissionais de nível médio, e estamos autuando contra isso. No Ceará, por exemplo, teve um concurso que oferecia um salário mínimo. Portanto, há uma política de inserção no setor público, mas não vejo de bom grado pelas referências e condições de trabalho ruins como as que oferecem”, alertou.

Professor de Psicologia da UnB, Harmut Gunther, relatou sua trajetória acadêmico-profissional e abordou aspectos da avaliação e da intervenção na Psicologia. Gunther abordou duas suposições para esses aspectos: a Psicologia como o estudo do ser humano e de tudo que ele faz e quanto mais diversidade na Psicologia melhor é para se compreender as relações do ser humano.

Danilo Pereira destacou o interesse pela hipnose e como isso o levou a pesquisar e trabalhar com avaliação psicológica. Para o psicólogo, repensar a avaliação e a intervenção na Psicologia é o principal estudo, para medir o que de fato está sendo feito na profissão. “Esse é o chamado. Essa é a grande curiosidade. O que de fato podermos fazer com a Psicologia? Não posso separar o ser humano do que ele é. Somos interações com nosso próprio arcabouço biológico”, reforçou.

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