Notícias

16/09/2014 - 11:21

CFP acompanha credenciamento de cursos de Saúde pelo CNS

Em reunião do colegiado, representante da Autarquia discutiu pareceres para cursos de Psicologia

CFP acompanha credenciamento de cursos de Saúde pelo CNS

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizou, nos dias 10 e 11 de setembro, sua 261ª Reunião Ordinária. No encontro, entre os assuntos tratados, destacaram-se a reunião da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos (CIRH) – responsável pela emissão de pareceres para criação de cursos superiores em Saúde (Psicologia, Medicina e Odontologia) – e a proposta de criação do Instituto da Saúde Indígena (INSI) pelo Ministério da Saúde.

Além disso, foram discutidos o Balanço da Gestão 2008/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a 15ª Conferência Nacional de Saúde e a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

Credenciamentos

De acordo com o representante do CFP no CNS, Cláudio Garcia Capitão, dos sete cursos de Psicologia avaliados, cinco receberam pareceres “Satisfatórios com Recomendações” e dois cursos foram avaliados como “Insatisfatórios” pela Comissão Intersetorial de Recursos Humanos (CIRH). Capitão destaca a importância desse procedimento, pois “é neste ponto em que o representante do CFP pode discutir detalhadamente os pareceres referentes aos cursos de Psicologia e de suas particularidades. Resta apontar que o trabalho do CNS, por meio da CIRH, tem sido criterioso no que se refere à avaliação dos cursos de Psicologia, entendendo sua complexidade e possibilitando que tanto as solicitações de abertura de novos cursos quanto o recredenciamento dos que já existem ganhem relevância, pois são referendados pelo controle social no que diz respeito à sua importância em certa região, sua articulação com o SUS – perdendo, assim, o caráter essencialmente mercantilista de algumas instituições de Ensino”, aborda.

Uma das atribuições do CNS é emitir pareceres quanto à criação de novos cursos de Ensino Superior na área de Saúde, no que concerne à caracterização das necessidades sociais, segundo estabelecido pelas leis 8.080/90, 8.142/1990, pelo Decreto nº 5.839/06 e pela Resolução CNS 435/10. Atualmente, três cursos da área da Saúde vêm sendo acompanhados pelo CNS, por meio da CIRH: Medicina, Psicologia e Odontologia.

Segundo Cláudio Capitão, os membros designados pela CIRH acompanham as visitas do Ministério da Educação (MEC) na abertura e no recredenciamento dos cursos de Psicologia. “A CIRH tem sido bastante criteriosa, não apenas seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, a serem observadas pelas instituições de Ensino Superior no País”, ressalta. Os pareceres da Comissão Intersetorial são baseados na Resolução MEC 5/11; nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), como referências para propor o perfil profissional e o projeto político-pedagógico de curso. Também são utilizadas as leis 8.080/90, na Resolução CNS/MS 350/05, na Recomendação CNS 429/09 e no Relatório de Avaliação in loco do INEP.

Saúde Indígena

Na reunião do CNS, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou aos conselheiros a proposta do Governo Federal em criar o Instituto da Saúde Indígena (INSI). Segundo Claúdio Capitão, a proposta ainda não foi convertida em Projeto de Lei para ser enviada ao Congresso Nacional.

Garcia explica que a proposta da criação do INSI surge como resultado de um amplo debate pelos conselhos de saúde indígena em todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O instituto será uma entidade instituída por lei na forma de Serviço Social Autônomo, com prerrogativas próprias do setor público e sujeito aos controles internos e externos da aplicação dos recursos transferidos pelo Poder Público (DENASUS, CGU, TCU, MP e outras instâncias do controle social), em cooperação com o Estado, no desenvolvimento de atividades delegadas de interesse público e social.

Entre as atribuições pensadas para o INSI figuram: operacionalizar os protocolos de referência Saúde Indígena, articular regionalmente com o SUS, para ações de média e alta complexidade, prover a infraestrutura e logística necessárias ao desenvolvimento de suas ações, apoiar o fortalecimento do controle social.

Para que a proposta seja transformada em matéria a ser apreciada pelo Congresso, Capitão destaca que ainda todas contribuições do Governo Federal, Ministério Público Federal e do Trabalho (MPF e MPT), Conselho Nacional de Saúde (CNS) e representes indígenas, serão avaliadas.

Clique aqui e confira quais entidades fazem parte do Conselho Nacional de Saúde (CNS).