O vice-presidente do CFP, Rogério Oliveira, participou na tarde desta terça- feira (7/7) de audiência com o deputado federal Laudivio Carvalho (PMDB-MG), relator da comissão especial que discute o PL 3722/12, de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) – que prevê a revogação do Estatuto do Desarmamento.
O representante da autarquia apresentou elementos considerados preocupantes para a Psicologia no conteúdo do projeto, que, entre outras mudanças, define como permanente o registro de arma, desobrigando o proprietário de atestar ser apto ao manuseio por meio da avaliação psicológica a cada três anos ou período inferior no caso de profissionais.
“Ao contrário do que algumas pessoas pensam, para a pessoa portar a arma ela precisa passa por uma avaliação psicológica, que é um momento da vida dela. Os vigilantes, por exemplo, passam por situações de stress contínuo. Seguranças de carro forte também vivem sob pressão constante. De tempos em tempos você faz a avaliação psicológica e se depara com sujeitos em situação de sofrimento. Nesses casos, os profissionais que trabalham com isso sugerem que essas pessoas sejam transferidas para uma situação temporária administrativa, para eles se recuperarem, não sofrerem com a perda de emprego e não gerarem riscos para si nem para a sociedade”, defendeu Oliveira.
O parlamentar, que deverá apresentar seu relatório na última semana de agosto, se comprometeu a garantir que a avaliação psicológica permaneça no texto.
“Não estou aqui pra relaxar e vender a arma na esquina. Como relator desse projeto tão importante, que revoga o atual estatuto, é preciso que a gente ouça todas as partes, os contrários e os favoráveis. O papel do psicólogo é de fundamental importância, e precisamos de um profissional desse setor talvez em cada cidade, por menor que ela seja, para ajudar a cuidar da saúde de cada um de nós”, afirmou.