CFP divulga programação da II Mostra de Práticas em Psicologia no SUAS em Brasília

Os impactos da pandemia de Covid-19 na vida de crianças e adolescentes estão entre os temas de destaque da programação da Etapa Centro-Oeste da II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que acontecerá nos dias 29 e 30 de abril, em Brasília (DF).

A Mostra será realizada no auditório do Centro Universitário UDF, a partir das 17h, e as inscrições estão abertas até quarta-feira (27). O objetivo é abrir um espaço para reflexão e compartilhamento de experiências e saberes da Psicologia na Política Pública de Assistência Social, frente ao contexto da pandemia de Covid-19.

Os principais temas a serem debatidos nesta etapa são “A Pandemia e o Estado de Calamidade Social: aumento da Violência sexual a criança e adolescente e, as crianças órfãs da Covid-19”, na Mesa temática da sexta-feira; e “Práticas de desinstitucionalização de crianças e adolescentes”, no encerramento, sábado à tarde.

A programação do sábado reserva também o Fórum de Trabalhadoras(es) “Compromisso social: a importância da organização social das(os) psicólogas(os) na construção e defesa do SUAS, em conjunto com o movimento de trabalhadores do SUAS e usuários” e a roda de conversa “Experiências regionais da prática da Psicologia no SUAS no Centro-Oeste”.  

A participação é aberta a todas(os) profissionais, professoras(es), pesquisadoras(es) e estudantes de Psicologia e, em conjunto com estas(es), outras(os) trabalhadoras(es) que atuam na Política de Assistência Social e nas demais Políticas Públicas que tenham ações conjuntas na execução intersetorial de ofertas socioassistenciais.

A Mostra será realizada pelo CFP, nas cinco regiões do país. As inscrições podem ser feitas no site conpas.cfp.org.br de acordo com cada etapa.

 Confira a programação

29/04/2022 (sexta-feira):

  • 17h – Abertura do credenciamento
  • 17h – Coquetel área externa do auditório e apresentação cultural com os grupos “Brincantantes” e “Dois Dois Duo”
  • 19h – Mesa de abertura
  • 19h30 – Mesa temática “A Pandemia e o Estado de Calamidade Social: aumento da Violência Sexual a criança e adolescente e, as crianças órfãs da Covid-19”

30/04/2022 (sábado):

  • 08h30 – Apresentação de trabalhos
  • 11h – Fórum de Trabalhadoras(es): “Compromisso social: a importância da organização social das(os) psicólogas(os) na construção e defesa do SUAS, em conjunto com o movimento de trabalhadores do SUAS e usuários”
  • 14h30 – Roda de Conversa “Experiências regionais da prática da Psicologia no SUAS no Centro-Oeste”
  • 16h30 – Mesa de encerramento: “Práticas de desinstitucionalização de crianças e adolescentes”

Serviço:

Etapa Centro Oeste – II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

Datas e horários: sexta-feira, 29 de abril, às 17h. E sábado, 30 de abril, às 8h30

Endereço: Auditório do Centro Universitário UDF. Entrada principal do Edifício Sede do UDF (SEPS 704/904, conjunto A – Asa Sul – Brasília/DF)  

Saiba mais:

Inscrições abertas para a etapa Centro-Oeste da II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

Vem aí a II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

Psicoterapia: resultados de consulta pública orientam ações do CFP

O Sistema Conselhos de Psicologia – composto pelo Conselho Federal (CFP) e os 24 Conselhos Regionais (CRP) – tem avançado nas ações relacionadas ao exercício qualificado da Psicoterapia no país.

Com o objetivo de conduzir as estratégias de atuação em torno da temática, o CFP lançou, em abril de 2021, uma consulta pública para ouvir a categoria sobre o exercício da Psicoterapia, ação que foi precedida por um seminário nacional.

A consulta atingiu um total de 17.580 respondentes – marca que supera em mais de sete vezes a amostra estabelecida previamente, que almejava a participação voluntária de 2.387 pessoas a fim de se obter um grau de confiabilidade de 95%, com margem de erro de 3 pontos percentuais. Ao final, foi possível estabelecer um grau de confiança de 99%, com margem de erro inferior a 1%.

A coleta das informações aconteceu entre abril e maio de 2021, por meio de questionário on-line respondido por profissionais inscritas(os) no âmbito dos dos 24 Conselhos Regionais de Psicologia em todo o país.
Além de identificar a visão dos profissionais da Psicologia sobre o exercício da Psicoterapia, as informações coletadas irão apoiar a construção de processos de formação e qualificação de profissionais na área, uma vez que o arcabouço de conhecimento e de práticas atuais apontam para uma fragmentação deste campo no Brasil.
O mapeamento também subsidiará a construção de estratégias junto ao Congresso Nacional em pautas relacionadas à Psicoterapia.

Principais resultados da pesquisa

Do total de participantes da consulta pública, 83,9% afirmaram atuar como psicoterapeuta e 66% fez alguma formação específica para desempenhar trabalhos na área.

Um total de 62,9% dos profissionais que participaram da consulta pública consideraram a pós-graduação lato sensu (especialização) a ferramenta necessária para o exercício da Psicoterapia e 94,5% consideram que esta é uma atividade que deve ser exclusiva de psicóloga(s) e psicólogo(s).

Dentre as abordagens mais utilizadas para o exercício da Psicoterapia, segundo as(os) respondentes da pesquisa, estão: Terapia cognitivo comportamental; Psicanálise; Gestalt terapia; Sistêmica familiar; Junguiana; Humanista; Psicodrama/análise psicodramática; Fenomenológica existencial; Reichiana; e Análise Centrada na Pessoa.

Atuação do Sistema Conselhos de Psicologia

A Psicoterapia tem sido objeto de constante reflexão no âmbito do Sistema Conselhos de Psicologia. Em conjunto com a Associação Brasileira de Psicoterapia (ABRAP) e a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), em 2018 o CFP debateu sobre o desenvolvimento de critérios comuns que permitissem o reconhecimento de psicoterapeutas. Naquele ano, a ABRAP apresentou o documento “Reconhecimento e qualificação do psicoterapeuta: condições para a formação especializada”, que foi compartilhado com todos os CRPs. Com base nessa proposta, o CFP também realizou, em dezembro do mesmo ano, o Diálogo Digital “Conversando sobre psicoterapia e a formação da(o) psicoterapeuta” – que contou com a participação da ABRAP e da ABEP.

Em 2019, durante Seminário sobre Psicoterapia organizado e realizado pelo CFP, os diálogos foram ampliados, incluindo as questões já evidenciadas no Ano da Psicoterapia (2009) e que geraram a proposta de que os CRPs seguissem com a discussão do tema em seus respectivos plenários.

Durante o 10º Congresso Nacional da Psicologia (CNP), o tema retornou às deliberações do encontro, destacando, dentre outros aspectos, a importância de que o Sistema Conselhos continuasse as discussões sobre Psicoterapia por meio da manutenção do GT nacional e de GTs regionais para problematizar a formação, as práticas e as regulamentações necessárias nos âmbitos privado, público e na saúde suplementar.

Criado na Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf) de 2019, o Grupo de Trabalho (GT) Psicoterapia é composto pelo CFP, pela Associação Brasileira de Psicoterapia (ABRAP), a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) e os Conselhos Regionais do Rio de Janeiro (CRP-05), representando a região Sudeste; do Paraná (CRP-08), representando a região Sul; da Paraíba (CRP-13), representando a região Nordeste; de Mato Grosso do Sul (CRP-14), representando a região Centro Oeste; do Rio Grande do Norte (CRP-17), representando a região Nordeste; do Amazonas/Roraima (CRP-20) e do Tocantins (CRP-23) representando a região Norte. Ao longo de 2020, o GT realizou reuniões para tratar das demandas apontadas pelo Sistema, dentre elas, a consulta pública nacional.

O Grupo de Trabalho da Apaf também tem trabalhado na proposta de uma resolução para regulamentar e delimitar o campo de atuação de psicólogas(os) na prática da Psicoterapia. O texto em construção atualiza a Resolução CFP nº 10, de 2000, que especifica e qualifica a Psicoterapia como prática da(o) psicóloga(o).

Leia mais:

CFP lança Consulta Pública sobre Psicoterapia como atividade exclusiva para profissionais da Psicologia

CFP realiza audiências públicas para ouvir entidades especialistas quanto à Minuta de Resolução sobre Psicoterapia

CFP vai ao Senado Federal em defesa da atuação de psicólogas e psicólogos

Psicoterapia: CFP e Conselhos Regionais debatem proposta de resolução

Sistema Conselhos e entidades da Psicologia rumo à CONAPE 2022

A participação do Sistema Conselhos de Psicologia – que agrega o Conselho Federal (CFP) e os 24 Conselhos Regionais (CRPs) – e entidades da Psicologia na II Conferência Nacional Popular de Educação (Conape 2022) foi debatida na última segunda-feira (11) em reunião virtual que contou com a participação da comissão organizadora do evento.

Realizada pelo Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), a etapa nacional da Conferência acontecerá entre os dias 15 e 17 de julho, em Natal (RN), com o lema “Educação pública e popular se constrói com Democracia e Participação Social: nenhum direito a menos e em defesa do legado de Paulo Freire”. A Conape tem o apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que integra sua Comissão organizadora.

A conselheira do CFP, Norma Cosmo, explica que a participação da Psicologia será ativa no evento, tendo em vista que a categoria objetiva contribuir cada vez mais com uma educação de qualidade. “Nós faremos toda a mobilização possível para o evento porque o trabalho que será debatido é uma preocupação da Psicologia também”.

Para tanto, a conselheira do CFP destaca que é importante que os Conselhos Regionais de Psicologia ajudem na divulgação do evento para as(os) psicólogas(os) de todo o país. “Para que a gente faça uma ampla participação e chame as(os) psicólogas(os) para somar”, acrescenta Norma. O CFP enviou a todos os CRPs os arquivos para a divulgação virtual e os cartazes impressos para distribuição pelas sedes, sub-sedes e faculdades locais.

A Psicologia tem importante papel no campo da educação e o CFP destaca a relevância da Conape também como espaço de mobilização para a efetiva implementação da Lei 13.935/2019. A legislação prevê que as redes públicas de Educação Básica devem contar com serviços da Psicologia e do Serviço Social em suas equipes multiprofissionais. O objetivo é agregar qualidade ao processo de aprendizado e formação social de estudantes, bem como à convivência escolar e à relação família-escola.

Para o professor Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e integrante da Coordenação Executiva do FNPE, que organiza a Conape, a realização do trabalho conjunto com a Psicologia é muito importante tanto para ampliar o contexto do direito à educação quanto para o fortalecimento das lutas coletivas.

“A Conape acontece no contexto de luta por uma educação como uma prática da liberdade, porque é uma Conape Freiriana (dedicada à Paulo Freire). Seus princípios e seus legados foram colocados nesse processo, por isso queremos fazer um grande movimento pensando a educação pública em todas as suas etapas, níveis e modalidades na perspectiva do atendimento à demanda social”, explica Heleno, que espera o credenciamento de aproximadamente 3.000 pessoas no evento.

A Conferência tem o objetivo de mobilizar os setores e segmentos da educação nacional dedicados à defesa do Estado democrático de direito, da Constituição Federal de 1988, do Plano Nacional de Educação (PNE) e de um projeto de Estado que garanta educação pública com a mais ampla abrangência, de gestão pública, gratuita, inclusiva, laica, democrática e de qualidade social para todas e todos, de forma a consolidar uma plataforma comum de lutas pela educação no país.

Além do CFP e da Comissão Organizadora da Conape 2022, participaram da reunião representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia e de entidades nacionais da Psicologia e seus núcleos estaduais. Estiveram representadas a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia – ABEP, a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional – ABRAPEE e a Federação Nacional dos Psicólogos – FENAPSI.

Saiba mais

Prorrogado para 30 de abril prazo de inscrição de trabalhos para a etapa nacional da Conape 2022

Nada sobre nós, sem nós: CFP destaca importância da Educação Inclusiva no Brasil

Há 18 anos, em 14 de abril, o Sistema Conselhos de Psicologia – que agrega o Conselho Federal (CFP) e todos os 24 Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) – lançou o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva. A ação buscava mobilizar as(os) profissionais da Psicologia em defesa de políticas públicas pela inclusão escolar de pessoas historicamente excluídas do processo educacional.  

A data foi incorporada pela sociedade, chamando a atenção também de outros campos profissionais para os desafios que ainda persistem nos dias de hoje e que revelam a necessidade de respostas urgentes e inovadoras frente às desigualdades que marcam a sociedade brasileira. 

A atuação do Conselho Federal de Psicologia em relação ao tema tem sido intensa, especialmente a partir das contribuições da Psicologia para a Educação e sua interface com o desenvolvimento da criatividade e das relações interpessoais, com a proteção social e o estímulo à participação familiar e comunitária, assim como os processos de ensino-aprendizagem.

Iniciativas

Em dezembro de 2021, o CFP protocolou pedido de admissão como amicus curiae no Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de inconstitucionalidade nº 6590 e na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) Nº 751, que contestam o Decreto 10.502/2020 do Governo Federal, que instituiu a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida.  

Na prática, o decreto altera a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, vigente no país desde 2008. De acordo com posicionamento emitido pelo CFP, o Decreto 10.502/2020 foi construído pelo Ministério da Educação (MEC) sem qualquer participação e consulta às entidades representativas do movimento das pessoas com deficiência, aos setores da sociedade civil, às pessoas com deficiência, seus familiares e às(aos) pesquisadoras(es) do tema. 

Além de colocar o tema em debate, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia encamparam campanha pela revogação do Decreto 10.502/2020 em defesa de uma educação verdadeiramente inclusiva.

No âmbito da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF), foram criados Grupos de Trabalho (GTs) sobre pessoas surdas e enfrentamento ao capacitismo, visando, entre outros objetivos, ampliar o debate em torno da questão da deficiência, bem como desenvolver ações no campo da Psicologia que possibilitem, de fato, a inclusão social dessas pessoas.

A educação inclusiva é ampla. Aborda também aquelas(es) que têm sido sistemática e historicamente excluídas(os) dos sistemas de ensino: pessoas negras, população LGBTQI+, pessoas em situação de rua, indígenas, adolescentes autores de ato infracional, entre outros. Por isso, o Conselho Federal de Psicologia segue atuante, ciente de seu compromisso em defesa de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Conheça algumas publicações sobre o assunto

Educação Inclusiva: Experiências Profissionais em Psicologia (2009)

Pesquisa Violência e Preconceitos na Escola (2015)

Psicologia Escolar: Que Fazer é Esse? (2016)

Referências Técnicas para atuação de psicólogas(os) na Educação Básica (2019)

Revista Diálogos nº 11 – Psicologia e Educação (2019)

 

Prorrogado para 30 de abril prazo de inscrição de trabalhos para a II Conape

O prazo para inscrições de trabalhos a serem apresentados na II Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) foi prorrogado até o dia 30 de abril. O evento será realizado de 15 a 17 de julho de 2022, em Natal (RN), com o lema Educação pública e popular se constrói com Democracia e Participação Social: nenhum direito a menos e em defesa do legado de Paulo Freire”.    

As sessões de apresentação de trabalhos serão na modalidade Comunicação Oral, tendo por base os eixos e a temática geral da Conape 2022 “Reconstruir o País: a retomada do Estado democrático de direito e a defesa da educação pública e popular, com gestão pública, gratuita, democrática, laica, inclusiva e de qualidade social para todos/as/es”.  

Os trabalhos também poderão ser apresentados remotamente, sendo que
os(as) autores(as) deverão informar no formulário a disposição de apresentá-los no
local do evento (presencial) ou de forma remota (virtual). Em tempo serão
disponibilizadas as salas virtuais para o acesso correspondente, devendo o
expositor/as assegurar suas próprias condições de conectividade.

Os documentos poderão ser encaminhados sob a forma de resumos ampliados pelos endereços conape@fnpe.com.br; assunto “Trabalho Acadêmico CONAPE 2022”. A divulgação será em 16 de maio.

A atividade tem o apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que faz parte de sua Comissão organizadora, representado pelas conselheiras Tahiná Khan e Norma Cosmo.     

Entre os objetivos da Conape está o de  mobilizar os setores e segmentos da educação nacional dedicados à defesa do Estado democrático de direito, da Constituição Federal de 1988, do Plano Nacional de Educação (PNE) e de um projeto de Estado que garanta educação pública com a mais ampla abrangência, de gestão pública, gratuita, inclusiva, laica, democrática e de qualidade social para todas e todos, de forma a consolidar uma plataforma comum de lutas pela educação no país.

Eixos temáticos

Eixo I – Décadas de lutas e conquistas sociais e políticas em xeque: o golpe, a pandemia e os retrocessos na agenda brasileira. 

Eixo II – PNE, planos decenais, SNE, políticas setoriais e direito à educação.

Eixo III – Educação, direitos humanos e diversidade: justiça social e inclusão.

Eixo IV – Valorização dos/as profissionais da educação: formação, carreira, remuneração e condições de trabalho e saúde.

Eixo V – Gestão democrática e financiamento da educação: participação, transparência e controle social. 

Eixo VI – Construção de um projeto de nação soberana e de estado democrático em defesa da democracia, da vida, dos direitos sociais, da educação e do PNE. 

Acesse aqui o regulamento com o prazo ampliado.   

Saiba mais: 

CFP divulga chamada pública para apresentação de trabalhos na Conape 2022

 

CFP promove encontro de mobilização para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental

A mobilização para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (5ª CNSM) ganhou fôlego na última terça-feira (23) com a realização de reunião virtual de articulação entre o Sistema Conselhos de Psicologia e entidades da área.

Representantes do Conselho Federal de Psicologia (CFP), dos Conselhos Regionais de Psicologia, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) socializaram as ações preparatórias para a 5ª CNSM. As etapas municipais da Conferência estão em andamento e seguem até 30 de abril, enquanto as etapas estaduais serão realizadas até 30 de junho. O evento final está agendado para 8 a 11 de novembro de 2022.

Durante o diálogo, a presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes, destacou o processo histórico de construção para a 5ª Conferência, que passa pelos mandatos do CFP no Conselho Nacional de Saúde, pela realização da Conferência Livre “Retrocessos na ‘Nova’ Política de Saúde Mental: Resistir e Avançar”, assim como pelas participações do CFP no 4ª Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental da Abrasme, além das mobilizações durante a 16ª Conferência Nacional de Saúde, em 2019.

Conselheira do CFP no CNS e coordenadora da Comissão Organizadora da 5ª CNSM, Marisa Helena Alves destacou a participação de psicólogas (os) na organização dos eventos. “Fizemos uma ampla mobilização com todos os CRPs e observamos que muitas comissões organizadoras estaduais têm uma psicóloga ou psicólogo como coordenadores, demonstrando que a Psicologia está engajada na construção desse importante espaço de diálogo e construção das políticas de saúde mental”.

As(os) representantes do Sistema Conselhos comprometeram-se com a organização das Conferências, seja divulgando as etapas municipais, seja incentivando as(os) psicólogas(os) a saírem como delegadas(os).

“Esperamos que a Psicologia tenha protagonismo na realização dessa que é uma conferência tão cara a todas nós psicólogas e psicólogos. A saúde mental é o nosso ponto de referência, de atuação principal. Queremos uma política forte, que seja respeitada, em que não haja mais desmontes e que tenhamos a garantia dos serviços do cuidado em liberdade, do cuidado nos territórios”, destacou a conselheira Marisa Helena.

Participações 

A representante da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi) no Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magano, ressaltou a parceria entre o CFP e a Fenapsi, agora juntos no CNS como titulares. Magano destacou atuações conjuntas que culminaram no chamamento da 5ª Conferência – entre elas, ações de incidência durante a 16ª CNS (8ª+8) e o êxito da moção para a realização da 5ª CNSM, aprovada por quase 100% dos participantes da CNS (8ª+8).

5ª CNSM

A 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM) – 2022, tem como tema “A Política de Saúde Mental como Direito: Pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”.

Realizada pela primeira vez em 1987, a CNSM não acontece há 11 anos e nesta edição traz como desafios centrais ampliar as discussões sobre temas relativos à saúde mental, bem como a revisão e a atualização da situação da saúde mental no Brasil e da política de Estado na área.

Confira o calendário:

– Etapas Municipais e Macrorregionais: Até 30 de abril de 2022

– Etapas Estaduais e Distrital: De 1º de fevereiro até 30 de junho de 2022

– Etapas livres/preparatórias: Até 30 de setembro

– Etapa Nacional: 8 a 11 de novembro

Saiba mais

Conferência Livre mobiliza psicólogas(os) para a 16ª CNS

5ª Conferência de Saúde Mental tem prazos adiados e etapa final será em novembro

 

 

 

Porto Velho recebe em maio a II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) abre nesta sexta-feira (18) o período de inscrições para a II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), na região Norte. A atividade será realizada em Porto Velho (RO), nos dias 27 e 28 de maio. 

Podem ser inscritas experiências e práticas da Psicologia na Política Pública de Assistência Social no contexto emergencial imposto pela pandemia da Covid-19 desenvolvidas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

As inscrições para submissão de trabalhos vão até 2 de maio. Já para participar do evento é possível inscrever-se até 25 de maio. Todas (os) interessadas (os) poderão participar da Mostra, independentemente da submissão de trabalhos. A Mostra é organizada pela Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social do CFP (CONPAS/CFP).   

As inscrições são gratuitas e abertas a todas (os) profissionais, professoras (es), pesquisadoras (es) e estudantes de Psicologia e, em conjunto com estas(es), outras (os) trabalhadoras (es) que atuam na Política de Assistência Social e nas demais Políticas Públicas que tenham ações conjuntas na execução intersetorial de ofertas socioassistenciais. 

Conforme o Censo Suas de 2019, há cerca de 24,8 mil psicólogas(os) atuantes na Política de Assistência Social em todo o Brasil. A categoria está presente nas funções essenciais de gestão do SUAS e na composição obrigatória das equipes da Proteção Social Básica e Proteção Social Especial.   

Submissão de trabalhos – Eixos temáticos

Os trabalhos inscritos devem abordar um dos cinco eixos temáticos do tema geral “O fazer da Psicologia no SUAS no contexto da pandemia”. É importante conferir os prazos para submissão de trabalhos no Edital

Eixo 1 “Vigilância socioassistencial e proteção social: Infância e juventude como prioridade absoluta”;

Eixo 2 “Emergências e desastres: Práticas da psicologia no SUAS frente ao cenário pandêmico e à ausência de planos de contingência”;

Eixo 3 “Gestão dos direitos socioassistenciais visando a resolutividade das demandas e a emancipação social dos usuários”;

Eixo 4 “Gestão democrática e a construção de orçamentos com participação: O que a psicologia tem a ver com isso?”; 

Eixo 5 “Participação e equidade no controle social: a garantia dos direitos sociais na diversidade dos territórios”.

Calendário de inscrições

Região Centro-Oeste 

Inscrições: 7/02 a 27/04 

Inscrições de trabalhos: 7/02 a 07/03 

Realização: Brasília (DF), 29/4 e 30/4 

Região Sudeste 

Inscrições: 22/02 a 04/05  

Inscrições de trabalhos: 22/02 a 8/4 

Realização: Belo Horizonte (MG), 6/05 e 7/05 

Região Nordeste

Inscrições: 01/03 a 11/05 

Inscrições de trabalhos: 01/03 a 15/04 

Realização:  Recife (PE), 13/05 e 14/05 

 Região Sul 

Inscrições: 08/03 a 22/04 

Inscrições de trabalhos: 08/03 a 22/04 

Realização: Curitiba (PR), 20/05 e 21/05 

Região Norte 

Inscrições: 18/03 a 25/05

Inscrições de trabalhos: 18/03 a 02/05 

Realização: Porto Velho (RO), 27/05 e 28/05 

As inscrições e submissão de trabalhos devem ser feitas no site conpas.cfp.org.br de acordo com cada etapa regional. Acesse o Edital para mais informações.

Saiba mais

Vem aí a II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

Inscrições abertas para a etapa Centro-Oeste da II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

Belo Horizonte sediará etapa Sudeste da II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

Nordeste receberá II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS

Curitiba receberá II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS em maio

 

Presidentes do Sistema Conselhos reúnem-se em Brasília

Presidentes dos Conselhos Regionais reuniram-se no sábado (12), em Brasília/DF, em encontro com o Conselho Federal de Psicologia (CFP). A atividade foi promovida em formato híbrido e marcou o último encontro entre presidentes do Sistema Conselhos da gestão 2020-2022.

Além de um balanço das ações realizadas ao longo dos últimos três anos, a reunião também foi espaço para compartilhar e alinhar encaminhamentos em temas como nova carteira de identidade profissional (CIP), grupos de trabalho e resoluções.

“Essas gestões entraram no Sistema Conselhos em um momento diferenciado – todos tivemos que lidar com os desafios instalados pela Covid-19, inclusive no pensar e no fazer da Psicologia. É um coletivo que se manteve mobilizado para assegurar o compromisso ético da profissão e seu fazer social”, destaca a presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes.

60 Anos da Psicologia

No encontro também foi anunciado que o Conselho Federal de Psicologia será homenageado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro com o recebimento de uma moção de congratulação e reconhecimento. O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-05) e seu atual presidente, Pedro Paulo Bicalho, também serão congratulados com a entrega da medalha Pedro Ernesto. A condecoração se dá no marco das comemorações pelos 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil.

CFP divulga chamada pública para apresentação de trabalhos na Conape 2022

Com o lema Educação pública e popular se constrói com Democracia e Participação Social: nenhum direito a menos e em defesa do legado de Paulo Freire”, o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) realiza, de 15 a 17 de julho de 2022, a II Conferência Nacional Popular de Educação (Conape). A atividade terá em sua programação sessões de apresentação de trabalhos na modalidade Comunicação Oral, com inscrições até 30 de março. 

As produções devem estar alinhadas aos eixos e à temática geral da Conape 2022: “Reconstruir o País: a retomada do Estado democrático de direito e a defesa da educação pública e popular, com gestão pública, gratuita, democrática, laica, inclusiva e de qualidade social para todos/as/es”.  

A II Conferência Nacional Popular de Educação tem o apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que faz parte de sua Comissão organizadora, representado pelas conselheiras Tahiná Khan e Norma Cosmo.    

A Conape tem o objetivo de mobilizar os setores e segmentos da educação nacional dedicados à defesa do Estado democrático de direito, da Constituição Federal de 1988, do Plano Nacional de Educação (PNE) e de um projeto de Estado que garanta educação pública com a mais ampla abrangência, de gestão pública, gratuita, inclusiva, laica, democrática e de qualidade social para todas e todos, de forma a consolidar uma plataforma comum de lutas pela educação no país.

Eixos temáticos

Eixo I – Décadas de lutas e conquistas sociais e políticas em xeque: o golpe, a pandemia e os retrocessos na agenda brasileira. 

Eixo II – PNE, planos decenais, SNE, políticas setoriais e direito à educação.

Eixo III – Educação, direitos humanos e diversidade: justiça social e inclusão.

Eixo IV – Valorização dos/as profissionais da educação: formação, carreira, remuneração e condições de trabalho e saúde.

Eixo V – Gestão democrática e financiamento da educação: participação, transparência e controle social. 

Eixo VI – Construção de um projeto de nação soberana e de estado democrático em defesa da democracia, da vida, dos direitos sociais, da educação e do PNE. 

Confira as orientações para inscrição de trabalhos. 

Psicologia nas escolas 

A Psicologia tem importante papel no campo da educação e o CFP destaca a relevância da Conape também como espaço de mobilização para a efetiva implementação da Lei 13.935/2019. A legislação prevê que as redes públicas de Educação Básica devem contar com serviços da Psicologia e do Serviço Social em suas equipes multiprofissionais. O objetivo é agregar qualidade ao processo de aprendizado e formação social de estudantes, bem como à convivência escolar e à relação família-escola, integrando as equipes multidisciplinares na condição de profissionais da Educação.

Em dezembro de 2021, o Congresso Nacional aprovou o uso de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para custear a aplicação da Lei 13.935/2019. Com a medida, municípios, estados e o Distrito Federal podem usar recursos alocados na parcela de 30% para a remuneração de profissionais da Psicologia e do Serviço Social que atuem na rede pública de ensino.​​

Saiba mais: https://site.cfp.org.br/profissionais-da-psicologia-e-do-servico-social-poderao-ser-custeados-pelo-fundeb/

 

CFP destaca presença das mulheres na história e rumos da Psicologia no país

Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) destaca a presença das mulheres no pensar e no fazer da Psicologia enquanto ciência e profissão. Nove em cada dez profissionais da Psicologia no Brasil são mulheres.

Virgínia Bicudo, Nise da Silveira, Anita de Castilho, Madre Cristina Sodré Doria, Silvia Lane, Carolina Martuscelli Bori, Lélia Gonzales e Neusa Santos Souza são algumas das diversas mulheres que definiram rumos e impactaram a Psicologia no Brasil. Suas contribuições e avanços seguem como norteadores do papel e significado social da profissão, ontem e hoje.

Confira as histórias

Virgínia Bicudo (1910 – 2003)

Psicanalista negra, integrou a primeira diretoria do CFP. Foi a primeira mulher a fazer análise na América Latina. Também a primeira estudiosa a redigir uma tese sobre Relações Raciais no Brasil e também a primeira psicanalista não médica no país.

Nise da Silveira (1905 – 1999)

Formada em Psiquiatra, impactou o funcionamento dos manicômios no país ao se opor a métodos como o confinamento, eletrochoque, camisas de força e lobotomia. Implementou técnicas lúdicas no cuidado a pessoas com transtorno mental, permitindo que se expressassem através da pintura e do desenho.

Annita de Castilho e Marcondes Cabral (1911 – 1991)

Graduada em Filosofia e Ciências Sociais, é considerada a pioneira da criação e implantação do curso de Psicologia no país (1958). Criadora da Associação Brasileira de Psicólogos – ABP (1954).

Madre Cristina Sodré Doria (1916 – 1997)

Graduada em Filosofia e Pedagogia, foi ativista social e perseguida na Ditadura Militar. Fundou o Instituto Sedes Sapientiae, instituição que traz temas ligados à desigualdade social, com a participação ativa de movimentos como os sem-terra e os defensores das causas indígenas.

Carolina Martuscelli Bori (1924 – 2004)

Pedagoga, divulgou a Psicologia como ciência e fez parte da comissão organizadora de regulamentação da profissão.

Silvia Lane (1933 – 2006)

Pioneira da Psicologia Social no Brasil e na América Latina. Participou da fundação da Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso) e da Associação Latino-americana de Psicologia Social (Alapso), possui um vasto conteúdo publicado nacional e internacionalmente.

Lélia Gonzales ( 1935  – 1994)

Filósofa, antropóloga e militante, Lélia Gonzalez foi pioneira no estudo da cultura negra no Brasil e deixou enorme legado sobre relações raciais e gênero, classe, psicanálise e feminismo negro. Foi co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro e do Movimento Negro Unificado, com obras referenciais sobre a cultura negra numa perspectiva da psicanálise.

Neusa Santos Souza (1948 – 2008)

Psiquiatra, psicanalista e escritora brasileira. Sua obra é referência sobre os aspectos sociológicos e psicanalíticos da negritude, inaugurando o debate contemporâneo e analítico sobre o racismo no Brasil.

Resolução CFP nº 08/2020

O combate à violência contra a mulher, ainda tão presente na sociedade, está entre as lutas da Psicologia em prol da garantia de direitos. Por isso, o Conselho Federal de Psicologia ressalta a importância da Resolução CFP nº 08/2020, que estabelece normas de atuação do exercício profissional em relação à violência de gênero. O documento é fruto do esforço do Grupo de Trabalho Políticas para Mulheres, formado pelo CFP e alguns Conselhos Regionais de Psicologia. Saiba mais: Resolução CFP nº 08/2020