O documentário “Afrocariocas” será lançado durante o II Encontro Nacional de Psicólogas (os) Negras (os) e Pesquisadoras (es) das relações raciais e subjetividades (II Psinep), que começa nesta quinta-feira (1º/5) e segue até sábado (3), em Recife (PE). O filme trata da experiência cotidiana de vários afro-brasileiros, nativos da cidade do Rio de Janeiro, e uma estudante nigeriana. Tanto a película quanto o evento contam com o apoio do CFP.
O documentário é uma produção independente e tem como objetivo ser distribuído em salas de aula, de cinema, além de servir como ferramenta educacional em prol de um projeto étnico-racial mais eficaz, dando mais visibilidade e reconhecimento à luta pela igualdade racial, retratando a busca pela identidade africana, por vezes negada no Brasil. Porém, sem deixar de captar o impacto e os efeitos psicológicos do legado do racismo na sociedade. O CFP tem apoiado este debate que trata das relações raciais e da subjetividade a partir desta temática.
O filme foi gravado nas cidades do Rio de Janeiro (Brasil) e Amsterdã (Holanda) e tem a narração de um angolano da etnia Ovimbundu. A inspiração do documentário ocorre diante de 2011 ter sido considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o “ano de todos os afrodescendentes do mundo”, com o objetivo de combater os obstáculos existentes das desigualdades econômicas, sociais e raciais no planeta. Além disso, também em 2011, foi celebrado o centenário de coroação de NJahulu II como rei do povo do Mbailundu, hoje Bailundo, da etnia Ovimbundu, no planalto de Benguela, na região central de Angola.
II PSINEP
O II Psinep ocorre entre os dias 1 a 3 de maio, em Recife. A segunda edição do evento tem como tema “12 anos de uma resolução invisível” e objetiva organizar um segmento da categoria de psicólogas (os) que, por suas especificidades étnico-raciais, enfrenta barreiras sociais para seu pleno desenvolvimento, fomentando o aprofundamento das discussões.
Pretende também dar visibilidade a um panorama de estudos e trabalhos desenvolvidos sobre a temática racial e a Psicologia, a partir do qual se espera traçar um plano de ação visando reafirmar o tema na graduação, a ampliação das linhas de pesquisa relacionadas ao tema, e sinalizar as possíveis contribuições que a categoria de psicólogas (os) pode oferecer na implantação e implementação de Políticas Públicas pertinentes às relações raciais, além de práticas que promovam condições iguais na sociedade, com respeito às diferenças.
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