
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) acaba de anunciar a nova edição do Prêmio Profissional Virgínia Bicudo “Práticas Para Uma Psicologia Antirracista”. A autarquia vai premiar com R$ 2mil estudos e práticas exitosas no campo da Psicologia e das questões raciais. As inscrições para a terceira edição do prêmio terão início em 1º de setembro.
Acesse o edital do Prêmio Virgínia Bicudo
Os trabalhos deverão ser enviados exclusivamente pelo site do prêmio no período de 1º de setembro até 1º de outubro. O horário limite para submissão das propostas será às 23h59, horário de Brasília. A cerimônia de premiação será realizada até dezembro de 2025, em local ainda a ser divulgado.
A presidenta do CFP, Alessandra Almeida, ressalta que a premiação instituída pelo Conselho Federal de Psicologia tem como objetivo identificar, valorizar e disseminar estudos e iniciativas de profissionais da Psicologia, coletivos e grupos que abordam as relações étnico-raciais.
“O Prêmio Virgínia Bicudo reconhece as práticas psicológicas que trazem transformações significativas na saúde mental, na redução das desigualdades sociais e na promoção de um posicionamento antirracista em nossa sociedade”, pontua.
Podem concorrer ao prêmio psicólogas e psicólogos em situação cadastral regular e que estejam adimplentes junto ao seu respectivo Conselho Regional de Psicologia (CRP).
Categorias
Serão duas categorias da premiação: experiências individuais e experiências coletivas. Cada participante poderá inscrever trabalhos em somente uma delas.
A categoria “Experiências Individuais” premiará trabalhos e ações promovidas por psicólogas e psicólogos que desenvolvam práticas antirracistas. Por sua vez, a categoria “Experiências Coletivas” é voltada para a participação de grupos, coletivos e organizações que desenvolvam práticas antirracistas.
Os trabalhos teórico-técnicos devem estar relacionados a um dos seguintes cinco eixos orientadores:
Raças e identidade étnico-racial;
Violência, morte e luto;
Modos de resistência antirracista: antimanicomial, cultural, religioso;
Interseccionalidades; e
Geracional: racismo na infância, juventude e envelhecimento.
Para inscrição na categoria “Experiências Coletivas”, o trabalho técnico-teórico deverá contar com a participação de, ao menos, um profissional, que será indicado como “autora ou autor principal”.
Os prêmios contemplarão os melhores trabalhos inscritos nas duas categorias da premiação e serão agraciados, ao todo, dez trabalhos – dois para cada região do Brasil. Também poderão ser concedidas menções honrosas, sem direito à premiação em pecúnia.
Virgínia Bicudo
O prêmio celebra a memória e o legado da pioneira Virgínia Bicudo – fundamental para a regulamentação da profissão no Brasil e a primeira psicanalista não médica do país.
Primeira mulher negra a compor um plenário do CFP, em 1973, Virgínia deixou uma importante contribuição com trabalhos que se alinham com os princípios éticos e técnicos da Psicologia, promovendo o bem-estar social e a defesa dos direitos humanos.