Conselho Federal de Psicologia e entidades da sociedade civil defendem liberdade de expressão dos atores sociais nos meios de comunicação

 

O Conselho Federal de Psicologia, em conjunto com os Conselhos Regionais de Psicologia e 38 entidades da sociedade civil, na ocasião do Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, realizado pelo Governo Federal nos dias 9 e 10 de novembro, em Brasília, assina manifesto em defesa da liberdade de expressão dos atores sociais nos meios de comunicação.
CARTA AO EXCELENTÍSSIMO MINISTRO CHEFE DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, SR. FRANKLIN MARTINS:
 
Excelentíssimo Senhor Ministro Franklin Martins e Prezados participantes do Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias,
As entidades e movimentos abaixo relacionados fazem questão de se manifestar no momento de início deste seminário. Acreditamos que a simples realização deste debate consiste em avanço no processo de fortalecimento da democracia no Brasil.
Somos uma parte significativa da mesma sociedade a quem os meios de comunicação recorrem quando são censurados pelo Estado. Isso aconteceu ao longo da ditadura militar, iniciada em 1964. Isso acontecerá sempre que a liberdade de imprensa seja ameaçada.
De algum modo, nós, como sociedade civil, somos os principais guardiões da liberdade de imprensa. Essa defesa foi sempre assumida por nós, inclusive do ponto de vista da defesa dos Direitos Humanos. Logo, não faria sentido que as nossas iniciativas no intuito de participar de um amplo processo de acompanhamento do comportamento dos meios fossem consideradas como ameaça a quem quer que seja.
Entendemos, entretanto, que seja preciso sempre buscar formas de conjugar liberdade de imprensa com liberdade de expressão. Percebe-se que nem sempre os meios de comunicação, no exercício da liberdade de imprensa, garantem a liberdade de expressão dos demais atores sociais. Nesse caso, a liberdade de expressão, conforme prevista na Constituição Brasileira, sofre inaceitável restrição por parte dos proprietários ou responsáveis de meios de comunicação, sejam eles públicos ou privados.
De fato, durante a ditadura militar alguns meios chegaram a ser percebidos como adversários dos interesses da população brasileira, exatamente porque não expressavam as diferentes visões que existiam no seio da sociedade naquele momento. Nos dias atuais, será preciso que a pluralidade de visões presentes no cotidiano brasileiro possam encontrar espaços de expressão.
 A participação da sociedade no acompanhamento do comportamento dos meios de comunicação não implicará em intervenção sobre o fazer dos profissionais da comunicação. Do mesmo modo que, em outros objetos de políticas públicas, o controle da sociedade sobre os processos não interfere sobre as decisões dos profissionais. Tal é o caso, por exemplo, dos serviços de saúde, onde não cabe ao controle social a decisão sobre diagnósticos ou procedimentos dos profissionais envolvidos.
 Nesse contexto, entendemos que as experiências em curso de criação de Conselhos Estaduais de Comunicação Social no Ceará, na Bahia, em Alagoas, no Piauí, em Minas Gerais, em São Paulo e no Rio de Janeiro, seja uma oportunidade ímpar para exame de formas alternativas de participação da sociedade na gestão de políticas públicas de comunicação. Entendemos que o comportamento de todos os atores sociais deva ser o de acompanhar atentamente essas experiências, fazendo as críticas cabíveis e aproveitando dali todo resultado que possa fortalecer a democracia no Brasil.
Estaremos atentos aos desdobramentos deste Seminário e dispostos a colaborar com iniciativas que visem o fortalecimento não somente da liberdade de imprensa, mas também da liberdade de expressão da sociedade brasileira.
 Brasília, 9 de novembro de 2010
CFP – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
ABEP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO DE PSICOLOGIA
ABPSA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA DA SAÚDE
ABRAP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOTERAPIA
ABRAPESP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA DO ESPORTE
ABRANEP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NEUROPSICOLOGIA
ABRAPEE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL
ABPRAPSO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA SOCIAL
ANPEPP – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
FENAPSI – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS PSICÓLOGOS
IBAP – INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
SBPH – SOCIEDADE DE PSICOLOGIA HOSPITALAR
SBPOT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO
SOBRAPA – SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA E ACUPUNTURA
INSTITUTO SILVIA LANE
CRP-01 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 1ª REGIÃO
CRP-02 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 2ª REGIÃO
CRP-03 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 3ª REGIÃO
CRP-04 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 4ª REGIÃO
CRP-05 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 5ª REGIÃO
CRP-06 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 6ª REGIÃO
CRP-07 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 7ª REGIÃO
CRP-08 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 8ª REGIÃO
CRP-09 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 9ª REGIÃO
CRP-10 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 10ª REGIÃO
CRP-12 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 12ª REGIÃO
CRP-13 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 13ª REGIÃO
CRP-14 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 14ª REGIÃO
CRP-15 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 15ª REGIÃO
CRP-16 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 16ª REGIÃO
CRP-18 – CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 18ª REGIÃO
FITERT – FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS TRABALHADORES EM RADIODIFUSÃO E TELEVISÃO
ANEAT
FNDC – FÓRUM NACIONAL PELA DEMOCRATIZAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES
FÓRUM DE COMUNICAÇÃO DEMOCRÁTICA DO SUL FLUMINENSE
ARPUB – ASSOCIAÇÃO DAS RÁDIOS PÚBLICAS DO BRASIL
FRENAVETEC – FRENTE NACIONAL PELA VALORIZAÇÃO DAS TVS NOS CAMPOS PÚBLICOS
SINDICATO DOS RADIALISTAS DO MATO GROSSO DO SUL
SINDICATO DOS JORNALISTAS DO RIO DE JANEIRO
SINDIJORNAL – SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DE ALAGOAS
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO SUL
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO AMAZONAS
FENAJ – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
ABTU – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA
MST – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TERRA
CFEMEA – CENTRO FEMINISTA DE ESTUDOS E ASSESSORIA
ABRAÇO NACIONAL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA
CENTRO DANDARA DE PROMOTORAS LEGAIS POPULARES
SOMOS – COMUNICAÇÃO, SAÚDE E SEXUALIDADE
CUT – CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES
CTB – CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL
JUSTIÇA GLOBAL
ABGLT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
CÁRITAS BRASILEIRA
IBASE – INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS
REDE SOCIAL DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS
ABRANEP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NEUROPSICOLOGIA
ABONG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ONG´S
ABGLT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GAYS, LÉSBICAS E TRAVESTIS

CFP se posiciona em relação ao dispositivo denominado “Depoimento Sem Dano”

A Escuta Psicológica de Crianças e Adolescentes envolvidos em situação de violência na Rede de Proteção vem sendo debatida pelo Conselho Federal de Psicologia, com a categoria e com especialistas de diversas áreas, como Direito, Antropologia, Educação, Saúde, Assistência Social e Justiça.
Há muito o CFP e a sua Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) demonstra preocupações em relação ao dispositivo denominado “Depoimento Sem Dano”, tanto nos aspectos relativos ao exercício da profissão de psicólogo quanto no contexto dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
O Substitutivo ao Projeto de Lei nº 4.126 de 2004 (PLC nº 35 de 2007), que trata da matéria, está paralisado no Senado Federal, pois a Psicologia mostrou que existem contradições no PL. Entendemos que o PL não trata da regulamentação de matéria existente no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), mas sim acrescenta matéria nova, qual seja, a inquirição judicial de criança e adolescente, vítima ou testemunha, para a produção antecipada de prova.
O procedimento de inquirição denominado Depoimento Sem Dano não é previsto para o único caso em que o Estatuto menciona uma situação que o permitiria. Trata-se do Capítulo III, relativo às Garantias Processuais.
Assim, antes de decidir sobre a técnica ou o modo da inquirição, deve-se primeiro decidir se o direito da criança de se expressar e de ser ouvida, tal como está no Estatuto, significa o mesmo que ser inquirida judicialmente como vítima ou testemunha para produção de prova antecipada, podendo tal prova se voltar, inclusive, contra seus pais e familiares.
De acordo com o PL, a inquirição judicial de criança e adolescentes, na forma prevista, tem o objetivo de evitar que uma perda da memória dos fatos prejudique a apuração da verdade real. No entanto, cabe também perguntar o que vem a ser a “verdade real”, principalmente quando contrastada com a subjetividade da criança e do adolescente.
Em nome desta “verdade real”, o PL propõe que a inquirição da criança e/ou adolescente seja feita em recinto especialmente projetado para tal finalidade, contendo equipamentos próprios à idade do depoente. No entanto, gostaríamos de perguntar se a utilização de tais equipamentos, como brinquedos, fantoches, bonecos, e eventualmente papel e lápis para desenho, não se constituiriam, antes, em técnicas de extração da verdade, sem que a criança se dê conta de que está sendo inquirida?
Os debates sobre a temática, realizados por este Conselho, possibilitaram reflexões sobre os aspectos éticos, a necessidade de fortalecimento da rede de proteção, a autonomia profissional, a interdisciplinaridade, a diversidade cultural e o papel do psicólogo.
O consenso sobre a atuação do psicólogo é que a escuta de crianças e adolescentes deve ser, em qualquer contexto, pautada pela doutrina da proteção integral, pela legislação específica da profissão, em marcos teóricos, técnicos e metodológicos da Psicologia como ciência e profissão.
Com base nesses fundamentos não é papel do psicólogo tomar depoimentos ou fazer inquirição judicial, ou seja, colocar seu saber a serviço de uma inquirição com o objetivo único de produzir provas para a conclusão do processo.
A Resolução CFP nº 010/2010 instituiu a regulamentação da Escuta Psicológica de Crianças e Adolescentes envolvidos em situação de violência, na Rede de Proteção, e determina que é vedado ao psicólogo o papel de inquiridor no atendimento de crianças e adolescentes em situação de violência.
Causa-nos apreensão que o colóquio realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Childhood Brasil denominado “O Depoimento especial de crianças e adolescentes e o Sistema de Justiça Brasileiro” tente esvaziar o papel da Psicologia nesse contexto ao discutir, refletir e disseminar os novos marcos jurídicos-legais e socioantropológicos da tomada de depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência sexual, sem considerar as discussões que vem sendo realizadas pela Psicologia, com diversas categorias, e os entendimentos de que existem contradições na metodologia, do ponto de vista psicológico e legal.
Por isso, mantemos e reafirmamos nossas ressalvas ao procedimento denominado “Depoimento Sem Dano” e colocamos à disposição o acúmulo de debates e entendimentos do ponto de vista da Psicologia para que possamos garantir a proteção integral às crianças e aos adolescentes, sobretudo por sua condição peculiar de ser humano em pleno desenvolvimento, tal como proclama o Estatuto.

Mídia e eleições

 

No final dos anos 80, o grande advogado e analista político Raimundo Faoro caracterizou como crime eleitoral o comportamento da mídia nas eleições no Brasil. Ele se referia a dois episódios: o uso feito por uma das emissoras de televisão de cenas do último debate entre os candidatos naquele ano e ao sequestro de Abílio Diniz que foi atribuído a um dos partidos que disputavam o pleito. Desde então, temos conhecido vários episódios em que a vontade dos eleitores sofre tentativas de manipulação pelo uso de informações, que depois se mostram infundadas.
No presente processo eleitoral, temos assistido à associação de diversos veículos de comunicação,  como em cartel. A intenção para ser a de desqualificar o processo democrático. A unilateralidade das informações é fomentada, como no caso da demissão de nossa colega Maria Rita Kehl, assim como é impressionante a velocidade com que boatos se espalham e temas alheios à campanha ganham notoriedade.
Nesta semana, a professora Marilena Chauí fez um alerta sobre a  possibilidade de nova tentativa de manipulação. Em seu texto, ela nos remete a situações já ocorridas às vésperas de eleições presidenciais, e afirma estar havendo gestões visando à intensificação, nos próximos dias, da ameaça à tranquilidade do processo. (veja aqui texto de Marilena Chauí e o endereço da gravação de sua fala http://www.youtube.com/watch?v=F52srp0SImE).
O alerta da professora Marilena acontece em contexto de uma militante de uma candidatura, o que pode ser desconsiderado nesta mensagem. Para nós do Federal, não importam as candidaturas, mas o processo democrático e um comportamento razoável da mídia. Em qualquer contexto, nos interessa que a vontade dos eleitores seja respeitada e que haja um máximo de tranquilidade no momento de escolha do novo mandatário do país.
Por trás de todo o discurso midiático, sabemos que se escondem interesses de frear o debate do controle social da mídia, fortalecidos pela realização da Conferência Nacional de Comunicação (em que estivemos empenhados como instituição) e pelos indicativos do PNDH3. Trata-se de tentativas de inibir a reflexão de que a comunicação deva estar a serviço da sociedade, e não a serviço dos interesses de um grupo de empresários, donos dos principais veículos de comunicação no Brasil. São defesas veladas pela continuidade da hegemonia de um pequeno grupo no controle da comunicação no país e de todo o poder, político e econômico, advindo deste controle.
Assim, é importante que estejamos atentos, caso tentativas de boicote à democracia, venham a se repetir. Que fiquemos, a partir desta data, alertas e que, embora haja um feriado, possamos nos falar se houver necessidade de um eventual pronunciamento do Conselho Federal de Psicologia. Para mantermos contato, clique aqui.

Conanda abre consulta pública ao Plano Decenal e à Política Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes

 

Está aberta a consulta pública ao Plano Decenal e a Política Nacional elaborados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).
O documento pode ser encontrado em www.direitosdacrianca.org.br. As contribuições devem ser feitas pelo email: conanda@sedh.gov.br até o dia 12 de novembro.
Para organizar as colaborações e facilitar o processo de consolidação final, o Conanda elaborou o seguinte roteiro para a consulta pública:

Considerando a multiplicidade dos atores que estão sendo mobilizados para essa tarefa, sugere-se um roteiro básico para a consulta:
1.

Quanto aos marcos da Política Nacional, ou seja, os princípios, os eixos e as diretrizes, observar: são suficientes, ou pelo contrário, excessivos? Estão compreensíveis, claramente formulados?2.

Quanto às bases do Plano Decenal, ou seja, os objetivos estratégicos e as metas correspondentes: estão compreensíveis? São suficientes ou excessivas? (Obs: solicita-se uma contribuição adicional, que é a de ajudar na hierarquização das metas. Para tanto, basta ordená-las).3.

Caso seja proposta uma nova diretriz, pede-se que seja apresentado pelo menos UM objetivo estratégico; da mesma forma, para um objetivo estratégico novo, pelo menos uma meta correspondente.

4.
Quanto ao conjunto do documento, solicita-se que sempre que houver reparos, seja encaminhada a redação alternativa e não apenas o comentário favorável ou desfavorável ao documento.

5.
As críticas e sugestões podem ser encaminhadas diretamente ao e-mail conanda@sedh.gov.br até o dia 12 de novembro, ou seja, 30 dias da publicação desse documento nos portais do Conanda e da SDH.CLIQUE AQUI para obter a íntegra do documento.

CFP realiza Fórum Nacional para retomar debate sobre a atuação do psicólogo no sistema prisional e sobre a Resolução CFP 09/2010

 

O Conselho Federal de Psicologia organiza o Fórum Nacional: Desafios para a Resolução sobre a atuação do psicólogo no sistema prisional, nos dias 19 e 20 de novembro de 2010, em São Paulo.

O objetivo é retomar os debates sobre a atuação do psicólogo no sistema prisional, intensificados após a publicação da Resolução nº 009/2010 e sua posterior suspensão, pelo prazo de seis meses, a partir de 02 de setembro de 2010.

A suspensão temporária permitirá a retomada deste debate tão importante para a profissão. Por isso, o CFP convida todas as psicólogas e psicólogos envolvidos com o tema a participar do Fórum Nacional e a trazer, consigo, suas redes de relação, de forma a ampliar este debate para toda a sociedade.

A conferência de abertura “Relações Históricas da Psicologia com o Sistema Prisional” será realizada pela juíza de direito aposentada do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Maria Lúcia Karam, que é membro da Law Enforcement Against Prohibition – LEAP da International Federation of Women Lawyers – FIDA do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCrim e do Instituto Carioca de Criminologia.

Mais informações e a programação completa estarão disponíveis no hotsite do evento (http://sistemaprisional.pol.org.br).

Acompanhe o seminário em www.pol.org.br.

Oficinas de emergências e desastres em Pernambuco

 

Cerca de 200 psicólogos participaram das quatro oficinas de emergências e desastres que ocorreram nos meses de julho e setembro, nos dias 20 e 27 de cada mês, na cidade de Recife. Os encontros trouxeram a tona discussões sobre a prática do psicólogo em situação de desastres, como nas enchentes que, em junho deste ano, devastaram municípios de Pernambuco e Alagoas, deixando centenas de desabrigados e 46 mortos nos dois estados.
As oficinas tiveram por objetivo discutir também as principais dificuldades que os psicólogos enfrentam nesse campo da prática profissional.
Os eventos abordaram a necessidade de diretrizes que definam a atuação dos psicólogos em situações de emergências, no auxílio às vítimas e nas medidas de prevenção.
Também foi destacada a importância de articulação e diálogo da categoria com todos os atores sociais – a defesa civil, o Sistema Único de Assistência Social, secretarias de desenvolvimento, prefeituras e voluntários.
As oficinas fizeram parte de um projeto piloto que objetivou responder às indagações dos profissionais quanto ao campo de atuação e incentivar a vivência de experiências e construções coletivas. Foram promovidas pelos Conselhos Federal e Regional de Pernambuco (CRP – 02), com apoio da Comissão Estadual de Defesa Civil, do Comitê de Crise e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social de Pernambuco.

Encontro promove reflexão sobre os impactos do racismo e estratégias para seu enfrentamento

 

O I Encontro Nacional Psicólogos (as) Negros (as) e Pesquisadores (as) sobre Relações Interraciais e Subjetividade no Brasil (I Psinep), que acontece entre os dias 13 e 15 de outubro de 2010, em São Paulo, é precedido por debates preparatórios realizados em todo o Brasil.
O primeiro aconteceu em São Paulo, no dia 30 de julho, com cerca de 100 participantes, contando com transmissão e participação pela internet. O segundo, em Goiânia, reuniu cerca de 70 pessoas e foi realizado dia 17 de agosto.
Os próximos acontecem no Rio de Janeiro, na Bahia, no Pará, em Minas Gerais e no Distrito Federal. Informações sobre datas acesse: http://psinep.pol.org.br/
De acordo com Maria Lúcia da Silva, da organização do evento, os debates preparatórios são fundamentais para trazer as perspectivas locais sobre o tema e mobilizar o público para reflexão e participação no I Psinep.
O Encontro tem como objetivo organizar um segmento da categoria de psicólogos (as) que, por suas especificidades étnico-raciais, enfrenta barreiras sociais para seu pleno desenvolvimento, dessa forma, almeja-se avançar nas discussões.
Além disso, pretende apresentar um panorama dos estudos e trabalhos desenvolvidos sobre a questão racial e Psicologia por meio de comunicações orais e pôsteres e traçar um plano de ação para ampliar as linhas de pesquisas e trabalhos relacionados à temática.
 “A expectativa é que a gente possa reunir o maior número possível de psicólogos negros e também psicólogos que estejam sensibilizados na reflexão sobre os efeitos e impactos do racismo e que tenha disponibilidade interna para pensar estratégias para mudar esse quadro”, disse Maria Lúcia.
As discussões serão norteadas por três eixos: 1. Relações históricas da Psicologia com o racismo: a produção de conhecimento, a prática e a formação; 2. Racismo e sofrimento psíquico: desafios para a Psicologia e os (as) psicólogos (as); 3. A configuração do mundo profissional e social para o (a) psicólogo (a) negro (a) no Brasil.
De acordo com estimativas da organização, o encontro reunirá 350 participantes, no Instituto de Psicologia – Universidade de São Paulo (USP). As atividades programadas são conferência, mesas-redondas, rodas de conversa, comunicações orais e pôsteres e oficinas. São esperados psicólogos (as) negros (as) das diversas áreas (saúde organizacional e trabalho, educação, hospitalar, direitos humanos, entre outras), pesquisadores da temática étnico-racial e subjetividade, estudantes de Psicologia e interessados pela temática étnico-racial na Psicologia.
O Encontro conta com o apoio de diversas entidades, entre elas, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) da Presidência da República.Leia aqui a nota.
As inscrições podem ser feitas pela página: http://psinep.pol.org.br/inscricao/.

A atuação dos psicólogos no Sistema Único de Assistência Social: vídeos do seminário disponíveis

 

Estão disponíveis em http://psisuas.pol.org.br os vídeos do Seminário A Atuação dos Psicólogos no Sistema Único de Assistência Social.
Os vídeos trazem as falas dos participantes que debateram, entre os dias 21 e 23 de junho de 2010, em Brasília, a atuação da Psicologia na Assistência Social e a necessidade de fortalecimento da relação entre esses dois campos.

As discussões foram em torno dos seguintes temas: Marcos éticos e normativos do SUAS, dilemas da atuação interdisciplinar na proteção social, a Psicologia necessária nos serviços de Proteção Social Básica e a atuação do psicólogo na Proteção Social Especial.

Nota de pesar pelo falecimento de Antonio Gomes Penna

É com imenso pesar que o Conselho Federal de Psicologia comunica o falecimento do professor e pesquisador Antonio Gomes Penna, na última quarta-feira, dia 8 de setembro.

A contribuição de Penna foi pioneira à Psicologia brasileira quando em 1964, desempenhou um papel importante na organização e instalação do Curso de Psicologia da Universidade do Brasil, atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua atuação também foi muito importante para a regulamentação da profissão de psicólogo.

O professor exerceu várias funções acadêmicas, entre elas, a chefia do Centro de Pós-graduação em Psicologia do ISOP, da Fundação Getúlio Vargas e realizou duas docências-livres, em Psicologia e em Psicologia Educacional. Além disso, foi autor e co-autor de inúmeras publicações.

O psicólogo também foi responsável pela formação intelectual de muitos acadêmicos que o tiveram como mestre.

O sepultamento ocorreu no dia 08/09/2010, às 16:00 horas no Cemitério São João Batista, Botafogo –RJ.
 

Resultado da consulta nacional – 2010

A Comissão Eleitoral Especial informa o resultado da consulta nacional – 2010 para o Conselho Federal de Psicologia. Ainda, ressalta que as chapas têm o prazo de três dias úteis para apresentação de recurso.

 

RESULTADO FINAL DA CONSULTA NACIONAL – 2010
 
CRP
NÚMERO DE VOTANTES
VOTOS VÁLIDOS
VOTOS EM BRANCO
VOTOS NULOS
CHAPA 21
CHAPA 22
CRP-01
3.130
1.030
1.835
162
106
CRP-02
2.665
1.767
611
123
164
CRP-03
1.642
925
612
35
70
CRP-04
6.955
3.677
2.587
226
465
CRP-05
8.220
2.887
3.596
639
1.098
CRP-06
28.839
15.660
10.204
1.121
1.854
CRP-07
6.396
1.231
4.860
175
130
CRP-08
3.318
758
2.346
102
112
CRP-09
2.680
1.621
863
102
94
CRP-10
707