3º Festival da Loucura de Barbacena

Com o objetivo de promover a inclusão social por meio da cultura e a celebração das diferenças, o 3º Festival da Loucura de Barbacena (MG) será promovido, entre os dias 3 e 6 de abril, pela Empresa Municipal de Turismo da cidade, a CENATUR. São esperadas mais de 50 mil pessoas para os quatro dias de festival. A edição deste ano debate o tema “A loucura em diversos ramos” com palestras e seminários sobre artes plásticas, literatura, futebol e drogas.

O evento é gratuito e conta com diversas atividades socioculturais como o show do cantor Marcelo D2, marcado para o primeiro dia. Em seguida, Barbacena recebe a cantora Pity (4 de abril), as bandas Luxúria e Manacá (5 de abril) e, para encerrar, o festival apresenta o cover do Cazuza, no dia 6. As atividades acontecem na Praça da Estação, situada no centro da cidade.

O 3º Festival da Loucura de Barbacena conta com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, a FHEMIG. O público poderá conferir outros programas como cinema, teatro, exposições de artes plásticas e trabalhos feitos por pessoas com transtorno mental. A grade horária das palestras ainda não foi divulgada.

CREPOP contrata Assessor em Metodologia de Pesquisa

Conselho Federal de Psicologia

Processo Seletivo 2008

Vaga: 1 vaga para Assessor em Metodologia de Pesquisa

Perfil do profissional: nível superior completo, com formação em Ciências Humanas, Ciências Sociais ou Ciências Políticas;

Descrição sumária das atividades: oferecer assessoria no desenvolvimento de instrumentos para coleta de dados emPolíticas Públicas, com ênfase na captação e tratamento de dados qualitativos; oferecer assessoria na construção de ferramentas e processos de planejamento, monitoramento e avaliação de projetos institucionais em rede nacional; produzir relatórios descritivos e analíticos a partir de informações reunidas em pesquisa de âmbito nacional; organizar e sistematizar informações como subsídios à produção de documentos de referência para atuação profissional de psicologia em políticas públicas.

Habilidades necessárias; conhecimento operacional de aplicativos do Office e conhecimento básico de tratamento eletrônico de dados (SPSS; Alceste; Sphinx ou similares)

Desejável experiência de participação técnico–científica e/ou acadêmica no desenvolvimento de projetos sociais em Políticas Públicas.

Carga horária: 40h/s (D.E.) em Brasília- DF.

Salário: R$ 3.000,00.

Benefícios: Assistência médica e odontológica, VR e VL.

“O Conselho Federal de Psicologia informa que se trata de cargo de livre provimento, em comissão, com natureza de assessoramento, cuja forma de seleção será feita por intermédio tão-somente da análise de currículo e entrevista”.

Os interessados devem enviar currículo atualizado para crepop@pol.org.br até 28/12/2007.

Carta do Rio de Janeiro pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos pela Eqüidade de Genêro e em Defesa do Estado Laico

CARTA DO RIO DE JANEIRO PELOS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS PELA EQÜIDADE DE GÊNERO E EM DEFESA DO ESTADO LAICO

Nós, pesquisadores, docentes, estudantes, gestores e profissionais, participantes do Seminário “Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos: subsídios para as políticas públicas”, realizado no Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 2007, manifestamos nosso apoio às políticas públicas e ações em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos no Brasil. Reconhecemos a necessidade de formular e implementar políticas de saúde que assegurem o marco constitucional da pluralidade moral, da laicidade e da eqüidade no campo dos direitos sexuais e reprodutivos.

Nossa posição fundamenta-se em resultados de pesquisas científicas de grupos de pesquisa e instituições de ensino superior do País, que mostram como a iniqüidade de acesso aos métodos contraceptivos e a ilegalidade do aborto trazem conseqüências nefastas para a saúde física e mental das mulheres, além de ser uma grave infração de direitos humanos. Reflete ainda a experiência de participação ativa em comissões técnicas de formulação e monitoramento de políticas públicas em associações científicas e instâncias de participação social pela defesa da saúde, dos direitos sexuais e reprodutivos.

Esse posicionamento se apoia em princípios definidos na Constituição Brasileira, na Lei do Planejamento Familiar e em Convenções Internacionais, tais como a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo, 1994), a IV Conferência Internacional de Mulheres (Beijing, 1995), a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (ONU, 1979), a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Belém do Pará, 1994), das quais o Brasil é signatário.

O debate amplo na sociedade brasileira é reflexo de uma discussão reavivada pela 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (2004) e pela apresentação no Congresso Nacional de projeto de lei de revisão da legislação de aborto pela Ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (2005).Nos últimos meses, somaram-se as declarações do Ministro da Saúde José Gomes Temporão, instando a sociedade brasileira a discutir o tema do aborto como um problema de saúde pública.
O Programa Nacional de Planejamento Familiar

Consideramos oportuno o lançamento do Programa Nacional de Planejamento Familiar pelo Governo Federal no dia 28 de maio de 2007, cujo objetivo é garantir direitos iguais de constituição ou limitação da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. O Sistema Único de Saúde deve oferecer todos os métodos reversíveis aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para regulação da fecundidade, bem como assegurar o acesso à laqueadura e à vasectomia, permitindo que os homens também participem do planejamento reprodutivo. Deve ainda ser assegurado o tratamento da infertilidade a homens e mulheres que assim o necessitem.

As desigualdades sociais são grandes no País. Os grupos mais pobres dependem do Estado para ter acesso aos métodos de regulação da fecundidade para o livre exercício da sexualidade. A última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS/1996) mostrou que, nos cinco anos anteriores à sua realização, aproximadamente 50% dos nascimentos não foram planejados. Outras pesquisas comprovam a alta incidência de gravidez indesejada entre adolescentes e adultas jovens no Brasil. Gravidezes não previstas, muitas vezes, resultam na prática do aborto inseguro.

Aborto: um problema de saúde pública

O aborto é um grave problema de saúde pública. A estimativa é que se realizem um milhão de abortos em condições inseguras anualmente no Brasil. É a quarta causa de morte materna no país, sendo a curetagem pós-aborto o segundo procedimento obstétrico mais realizado na rede pública. As políticas públicas devem garantir o acesso a contraceptivos seguros e reversíveis, à contracepção de emergência e à prevenção de DST/Aids, além de promover ações intersetoriais contra a violência de gênero. Essas ações devem ser implementadas em conjunto com a descriminalização e legalização do aborto no País.

Consideramos que não há como assegurar a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos sem o acesso ao aborto legal e seguro. A atual lei de aborto é fonte de opressão e desigualdade social ao ignorar que são as mulheres jovens, negras e pobres as mais vulnerabilizadas pela proibição do aborto. Na ausência dos cuidados dos serviços de saúde do Estado, essas mulheres abortam em condições inseguras, com profissionais não qualificados e sem os padrões sanitários requeridos. A experiência internacional mostra que, nos países onde o aborto é legalizado, os danos à saúde são mínimos.
Estado laico, SUS e direito ao aborto

O Estado brasileiro é laico. Isso significa que o Estado reconhece a diversidade de credos da população, mas fundamenta suas ações e políticas em uma posição de neutralidade moral, de defesa da justiça e dos princípios constitucionais. Uma política de saúde que contemple o tema do aborto como uma questão de saúde pública e que respeite o pluralismo moral da sociedade brasileira pressupõe o reconhecimento de que a decisão pelo aborto é matéria de ética privada. Nenhuma mulher realizará um aborto contra sua vontade, assim como nenhuma mulher deve ser impedida de abortar se esta for sua decisão.

Defendemos os princípios da universalidade, integralidade e eqüidade da atenção à saúde, o que só pode ser assegurado pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde em um marco constitucional de respeito e proteção aos direitos humanos. Entendemos que para garantir os princípios constitucionais da autonomia da vontade, da dignidade da pessoa humana e da liberdade de pensamento, é preciso reconhecer que o direito ao aborto é condição para um Estado verdadeiramente justo e democrático.

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2007.

CIMI – MS entrega carta à Presidência da República

Carta do Conselho Indigenista Missionário denuncia a situação crítica em que o povo Guarani-Kaiowá vive no Mato Grosso do Sul.

Situação do povo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul

13-Nov-2007

ASSASSINATOS
Somente neste ano, até o final do mês de outubro, houve 35 indígenas assassinados.
Destes, 12 dos assassinados tinham entre 14 e 20 anos de idade
Uma idosa de 107 anos; um homem de 76 anos e outra idosa de 70 anos estão entre os assassinados. Esta última, Xuretê Lopes, rezadeira do povo, foi morta a tiros por pistoleiros a mando de fazendeiros da região. O assassinato segue impune.

TENTATIVAS DE ASSASSINATO
Houve 26 tentativas de assassinato.
Cresce a violência no interior das aldeias, entre os próprios indígenas, devido à falta de terra e de perspectivas de vida para as comunidades.
Crianças de 8 e 12 anos de idade sofreram tentativas de assassinato.
Um bebê de 1 ano de idade foi gravemente ferido por tiros de pistoleiros, que tentaram assassinar todas as pessoas de uma família enquanto dormiam.

SUICÍDIOS
20 indígenas cometeram suicídio.
15 dos suicidas tinham entre 13 e 18 anos de idade.
A cada ano, mais e mais crianças e adolescentes tentam ou cometem suicídio. Muitos suicídios acabam por deflagrar outros, na mesma família, nas redes de parentesco e amizade, na vizinhança ou na comunidade.

DESNUTRIÇÃO
Ocorreram 8 mortes de crianças por desnutrição, quase todas recém nascidas.
Segundo a Funasa, 76,3 % de crianças de 2 aldeias estão desnutridas. Apenas na Aldeia Jaguapiru existem 55 crianças desnutridas.
Na Aldeia de Dourados existem 322 crianças, de 0 a 5 anos, sob risco de desnutrição, segundo o Dr. Zelik Trajber, Coordenador de Saúde Indígena da Funasa.
No Mato Grosso do Sul, entre os Guarani Kaiowá surgiram, neste ano, 17 novos casos de HIV.
Neste estado existem mais de 200 indígenas presos, em processos por vezes forjados, mal encaminhados, com os presos sem assistência jurídica, com os casos sem providência, que se transformam em prisões praticamente perpétuas.

Ao Ex.mo. Sr.
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República

SITUAÇÃO ATUAL DO POVO INDÍGENA GUARANI KAIOWÁ NO MS

Até meados do século XX, o povo Guarani Kaiowá ocupava uma extensão de 3 milhões de hectares do atual território do Mato Grosso do Sul, convivendo e trabalhando nas plantações de erva mate. O processo de confinamento teve início por volta de 1920 e hoje os Guarani Kaiowá ocupam um território total de 40 mil hectares.
Numa perspectiva de demarcação do total de áreas demandadas atualmente, teremos uma extensão de 400 mil hectares, sendo que cada território teria em média de 5 a 15 mil hectares.
Para implementar os procedimentos demarcatórios, superando a situação crítica atual seria necessária a criação de grupos de trabalho para identificação e demarcação das terras indígenas , com indenização e re-assentamento dos ocupantes de boa fé. Este processo teria um custo estimado inicialmente de 30 milhões de reais.
A população Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul é hoje de 40 mil índios. Apenas em 4 aldeias estão confinados 25 mil índios.
Neste mês de novembro de 2007 será assinado, entre a FUNAI e o Ministério Público Federal, um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – para a identificação das 32 terras indígenas mais urgentes.

MEDIDAS URGENTES A SEREM TOMADAS PELO GOVERNO FEDERAL
1 – Regularização das terras Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul, com a identificação imediata de 32 terras, reconhecidamente indígenas, relacionadas em lista já encaminhada pelas comunidades indígenas ao Ministério Público Federal.
2 – Empenho na regularização de mais de 10 terras indígenas Guarani Kaiowá no estado, cujos procedimentos demarcatórios se encontram paralisados.
3 – Para iniciar um processo de combate à fome, desnutrição, mortalidade infantil e violência nas aldeias indígenas no Mato Grosso do Sul, é urgente a elaboração de um plano de ações integradas, pelos diversos ministérios que têm atuação e responsabilidade na questão indígena, no Mato Grosso do Sul, entre estes o Ministério da Justiça, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Ministério da Cultura.

Esse plano de ações integradas deve ter uma abrangência de curto, médio e longo prazo e ser elaborado e implementado com a participação das comunidades indígenas e de especialistas nas diferentes áreas.

Brasília – DF, 7 de novembro de 2007

CIMI – Conselho Indigenista Missionário

VII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e a Subsecretaria dos Direitos Humanos da Secretaria-Geral da Presidência da República realizam em Brasília, de 03 a 06 de dezembro deste ano, a VII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Com o tema “Concretizar direitos humanos de crianças e adolescentes: um investimento obrigatório”, o encontro será realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
A Conferência faz parte da agenda social de segmentos comprometidos com as questões relativas à infância e adolescência no país desde 1991. Realiza-se de dois em dois anos e se constitui num amplo espaço para reflexões e deliberações coletivas em torno de um projeto comum.
Nessa perspectiva, os eixos indicados para balizar a discussão dos direitos foram: o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, o SINASE, e o Orçamento.
Segue a programação:

Dia 03 de dezembro de 2007

10:00h às 16:00h Credenciamento
11:00h Reunião com os Presidentes de Conselhos Estaduais
15:00h às 16:30h Reunião com representantes de delegações para definir debatedores
Reunião com os presidentes de Conselhos Estaduais para trabalhar assuntos da Conferência
18:00h às 19:00h Abertura Oficial da VII Conferência
19:00h às 19:15h Apresentação Cultural: Lata Viva ( Marista – São Vicente  de Minas Gerais) -Hino Nacional e outra música
19:15h`as 20:05h Conferência Magna-Concretizar Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: Investimento Obrigatório-Dr. Olympio de Sá Sotto Maior Neto
20:05h às 21:35h Aprovação do Regimento Interno
21:35h Coquetel- Apresentação Cultural: Grupo Panela de Expressão- Sabará MG

Dia 04 de dezembro de 2007

8:30h às 8:45h Acolhida e orientação sobre os trabalhos do dia
8:45h às 9:00h Apresentação Cultural: Siminina- Prefeitura Municipal de Cuiabá
9:00h às 9:10h Apresentação do Relatório Mundial
Paulo Sérgio de Pinheiro
9:10h às 10:10h Painel 1: Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária
Painelistas: Dr. José Fernando da Silva – Presidente do CONANDA na Gestão 2005-2006
Dra. Ana Lígia Gomes – Secretária Nacional  de Assistência Social – MDS
10:30h às 12:30h  Debates
14:15h às 14:30h Apresentação Cultural: Teatro- Prefeitura Municipal de Santo André
14:30h às 15:30h Painel 2: Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo –SINASE
Painelistas: Dr. Cláudio Augusto Vieira da Silva – Presidente do CONANDA na Gestão 2001-2002
Dra. Carmen Silveira de Oliveira – Subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente SEDH/SPDCA
15:30h às 17:30h Debates
18:00h às 20:00h Diálogos: Redução da Maioridade Penal- Diversidade( Gênero, Raça, Etnia, Deficiência)- Mídia-
20:30h às 22:00h Reunião dos Fóruns Estaduais- Conselhos Tutelares- Conselhos Estaduais- Fonacriad

Dia 05 de dezembro de 2007

8:00h às 8:45h Acolhida e orientação sobre os trabalhos do dia
8:45h às 9:00h Apresentação Cultural- Piauí
9:00h às 10:00h Painel 3: Orçamento Criança e Adolescente
Painelistas: Representante da SOF/SPI
Representante do INESC
10:30h às 12:30h Debates
14:30h às 17:30h Trabalhos de Grupos
17:45h  às 18:00h Apresentação Cultural: Salesianos- DF
18:00h às 19:00h Apresentação da Pesquisa do Pró- Conselho
19:00h às 20:00h Lançamentos Publicações

Dia 06 de dezembro de 2007

8:00h às 8:45h Acolhida e orientação sobre os trabalhos do dia
8:45h às 9:00h Apresentação Cultural- Boizim
9:00h às 12:00h Deliberações por Temas
12:00h às 12:45h Aprovação das Moções
12.45h às 14:00h Encerramento oficial da VII Conferência

Carta Aberta do Fentas – CFP co-assina manifesto do Fórum de Entidades Nacionais e Trabalhadores da Área da Saúde

 

CARTA ABERTA DO FENTAS

 

 

O Fórum das Entidades Nacionais dos Trabalhadores da área da Saúde, composto por cerca de 35 entidades representativas de trabalhadores de Saúde, nas suas diversas formas de organização (Associações, Confederações, Conselhos e Federações) presente à 13ª Conferência Nacional de Saúde, posiciona-se, publicamente, sobre os temas que considera de extrema relevância e que serão objeto de discussão nas Plenárias Temáticas e Final.

  1. As Entidades manifestam-se contrárias à criação de Fundações Estatais na área da Saúde, por entenderem que fere frontalmente os princípios do SUS e do Controle Social, aprofundando distorções que hoje existem e pondo em risco o acesso e a qualidade dos serviços aos usuários. Portanto, reafirma a posição contrária do plenário do Conselho Nacional de Saúde.

  2. As Entidades manifestam que a aprovação da Emenda Constitucional nº. 29/2000 (EC 29), nos termos submetidos ao Congresso Nacional, significa um avanço do financiamento do SUS na forma de aumento dos recursos destinados pelo Governo Federal, no estabelecimento de regras para a obediência dos estados ao piso Constitucional, na definição do que pode ou não ser reconhecido como efetiva ação de saúde e um rigoroso processo de fiscalização do cumprimento da legislação com participação dos Conselhos de Saúde. É uma vitória da mobilização do movimento social em defesa do SUS que deve, no entanto, continuar fortalecendo a organização em defesa da proposta original de vinculação ao piso Constitucional do Governo Federal em 10% das receitas, bem como priorizar, na execução orçamentária, a prevenção de doenças, a promoção da saúde, a gestão do trabalho na perspectiva de construção da carreira de saúde e do Plano de Carreira de Cargos e Salários (PCCS) do SUS, bem como a reestruturação e fortalecimento da rede pública estatal.

  3. As Entidades manifestam preocupação com o processo de aprovação do PAC pelo Congresso Nacional e sua posterior implementação pelo Governo. Esclarece que está ao lado de um plano de aceleração do crescimento que combine a equação desenvolvimento econômico / redução das desigualdades sociais / e respeito ao meio ambiente. Nesse sentido, defende que o Congresso Nacional aprove metas para redução progressiva do aquecimento global por parte do Brasil, que é signatário do Protocolo de Kioto. Alerta às autoridades para que o processo de implementação do PAC seja acompanhado de medidas governamentais que diminuam as iniqüidades sociais e o impacto nas condições de vida e de saúde da população brasileira. Neste sentido, reafirma a necessidade de que haja participação do Controle Social na formulação e aprovação do PAC da Saúde.

  4. As Entidades manifestam-se favoráveis à criação de Núcleos de Atenção Integral à Saúde da Família como forma de ampliar a cobertura e a resolubilidade da Atenção Básica. Defendemos a sua implantação em todas as unidades da Federação, com a garantia de uma equipe multidisciplinar que atenda às necessidades locorregionais e respeite a Resolução nº. 287/1998 do Conselho Nacional de Saúde, que relaciona as profissões da área da Saúde. Defendemos ainda que a sua implantação somente ocorra após análise e aprovação pelos Conselhos Municipais de Saúde.

As entidades manifestam-se veementemente em defesa dos princípios e diretrizes do SUS, pela garantia do direito à saúde e qualidade de vida da população, e pelo fortalecimento do Controle Social.

Conheça a Carta Aberta aprovada no VIII Encontro das Comissões de Direitos Humanos.

Carta Aberta

Os integrantes das Comissões de Direitos Humanos dos 17 Conselhos Regionais e da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia, reunidos durante o VIII Encontro Nacional realizado em Brasília, nos dias 8 a 10 de novembro de 2007, vêm manifestar preocupação com o PLC 035/2007, que trata da prática de inquirir crianças e adolescentes em processos judiciais, conhecida como “Depoimento Sem Dano”, e solicitar que não seja votada esta matéria enquanto não forem realizadas audiências públicas, tantas quantas necessárias, em vários estados, de modo a garantir que a sociedade, por meio de seus diversos segmentos, possa conhecer seu teor, suas implicações e conseqüências, bem como contribuir de maneira democrática e participativa no debate deste PLC.

 

Brasília, 10 de novembro de 2007.

VIII Encontro Nacional das Comissões de Direitos Humanos do

Sistema Conselhos de Psicologia

Videoconferência vai debater Conferência Nacional de Comunicação

Mobilizando para a Videoconferência do dia 23 de novembro, das 10h às 12h (horário de Brasília)
O Movimento Pró-conferência prepara, para o próximo dia 23 de novembro, mais um importante passo para a viabilização da  1ª Conferência Nacional de Comunicação.
A Videoconferência tem como objetivo contribuir para  a articulação, no nível estadual, de todos os movimentos e entidades que lutam pela Democratização da Comunicação e que acreditam que a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação organizada de forma ampla e democrática é um passo importante nesta luta. Nesse sentido, é tarefa prioritária para todos que mobilizem seus contatos nos estados para  participarem desta videoconferência.
A videoconferência será realizada via Interlegis no dia 23 próximo, das 10 às 12 horas (horário de Brasília).
Nos estados as salas de videoconferência do sistema Interlegis funcionam nas Assembléias Legislativas. Nossos parceiros nas Assembléias são os presidentes das Comissões de Direitos Humanos. São eles os responsáveis de agendar a sala  e criar condições para que a videconferência aconteça. Como nem todos esses deputados tem disposição ou tempo ou agenda para fazer isso, é importante que todos se mobilizem para garantir o funcionamento da sala no dia e hora planejados e mobilizem seus contatos para que a videoconferência seja um sucesso em cada estado. 
Os principais parceiros nos estados são as representações das entidades nacionais que lutam pela realização da Conferência Nacional de Comunicação.
Participe!