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14/04/2016 - 14:59

Congressos de Psicologia do Esporte têm início

Mais de 400 profissionais e estudantes e de vários países participam do IX Congresso Internacional e do XVI Congresso Brasileiro

Congressos de Psicologia do Esporte têm início

A contribuição da Psicologia do Esporte para o rendimento olímpico e paralímpico. Com esse tema, foram abertos nesta quinta-feira (14), no Centro de Atividades Acadêmicas (CAD-1) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, o IX Congresso Internacional e o XVI Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte e do Exercício (Conbipe).

Nos próximos três dias, mais de 400 profissionais e estudantes de todo o Brasil e de outros países discutirão pesquisas, tendências e práticas aplicadas à área. O evento é organizado pela UFMG e conta com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) como um dos apoiadores.

A cerimônia inicial prestou homenagem aos professores Dietmar Samulski (póstuma) e Luis Carlos Moraes (homenagem aos 25 anos do Laboratório de Psicologia do Esporte da UFMG). Participaram a pró-reitora da UFMG Adelina Reis, a presidente do CFP, Mariza Borges, o presidente da comissão organizadora do evento, Franco Noce, a professora Maria Regina Brandão (Programa de Mestrado e Doutorado em Educação Física e do curso de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu/SP) e os presidentes dos conselhos Federal e Regional de Minas Gerais de Educação Física, Jorge Steinhilber e Claudio Boschi.

Noce apontou a importância do evento e do crescimento da Psicologia do Esporte. O professor também ressaltou a importância da reunião entre os presidentes dos Conselhos Federais de Educação Física e de Psicologia na busca de projetos e parcerias.

Equipes multiprofissionais

Mariza destacou que o CFP acompanha e deve incorporar e aprender com os profissionais da Psicologia do Esporte conhecimento científico e técnico para que a Autarquia possa legislar e fiscalizar o exercício. Ela constatou que os profissionais da área conseguiram edificar um campo de trabalho e pesquisa que era incipiente. “Portanto, é importante sabermos onde estão, o que fazem os psicólogos e as psicólogas do Esporte para buscarmos as melhores relações de trabalho e eles possam continuar avançando”, reforçou. A autarquia tem pesquisa sobre a área em andamento em seu site – clique para participar.

Falta de planejamento e de legados das Olímpiadas para o Esporte brasileiro foram alvo de crítica de Steinhilber, que defendeu a criação de equipes multiprofissionais para um bom desenvolvimento da área. O dirigente reforçou a importância dos conselhos profissionais não apenas para as respectivas categorias, mas para a sociedade. “Não é o esporte que promove integração e tira a criança da rua. Isso é um erro na mídia. Não basta praticar esportes para resolver a educação. Tenhamos visão de que esporte é um meio e não fim”, disse.

Segundo Adelina, o momento é delicado não apenas no que diz respeito à política, mas também à escassez de recursos para apoio. Segundo ela, o brasileiro tem capacidade de sobreviver às situações mais complicadas. Para a pró-reitora, o evento é realizado em um evento crucial e de grande repercussão para o Brasil com a realização das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio de Janeiro. “Eventos e oportunidades que a Psicologia do Esporte precisa aproveitar”, pontuou, citando ainda os congressos como momentos de debate.

Conferência

Após a cerimônia inicial, a conferência de abertura contou com a presidente da Abepeex, Maria Regina Ferreira Brandão, o treinador de voleibol do Montes Claros e campeão olímpico Talmo Curto e o representante do Comitê Paralímpico Brasileiro, Edilson Alves da Rocha.

Maria Regina remeteu à composição da mesa, que reuniu um gestor, um atleta e uma psicóloga. Segundo ela, é importante compreender a pirâmide do esporte olímpico e isso é iniciado nas escolas, a exemplo de Cuba. A psicóloga fez um paralelo entre a preparação dos atletas olímpicos e a dos paralímpicos, dando ênfase a estes.  Apresentou os desafios e riscos que o atleta paralímpico passa como propósito de vida, recursos, vulnerabilidade e possíveis problemas.

Por sua vez, Talmo Curto iniciou mostrando sua trajetória de vida e no vôlei, contando a relação com a família, bem como a influência psicológica nos Jogos Olímpicos de 1992, em que foi medalha de ouro com a seleção brasileira. O técnico lembrou uma pesquisa feita com os colegas de equipe e mostrou alguns obstáculos que podem atrapalhar e contribuir para um campeão.

De acordo com Edilson Alves, o esporte paralímpico vem da academia e, por meio dela, o Comitê Paralímpico Brasileiro é estruturado em equipe multiprofissional de apoio e aprimoramento dos atletas, com a Psicologia do Esporte como elemento importante.

Com esse planejamento, Alves mostrou a evolução da delegação brasileira de Barcelona 1992 para Londres de 2012, quando saiu do 37º para o sétimo lugar no quadro geral de medalhas. Segundo ele, o objetivo é chegar em quinto no Rio 2016 e manter o Brasil no grupo de países que estão entre os dez primeiros.

Clique aqui e confira as novidades do IX Congresso Internacional e do XVI Congresso Brasileiro.

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