Artigo mapeia perfil de bolsistas em pesquisa na área da Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulga mais um artigo publicado na edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, publicada recentemente na plataforma da SciELO. O texto desta semana é: Perfil dos Bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq atuantes em Psicologia no Triênio 2012-2014. Seguindo a política de intensificando a política de ampliação do conhecimento científico, a fim de expandir o alcance de conteúdos acadêmicos para a categoria e para a sociedade, toda semana o Conselho publica um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais.

De acordo com o resumo do artigo, o estudo aborda como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) confere bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) aos profissionais que preenchem determinados critérios. “A identificação do perfil dos bolsistas PQ das mais variadas áreas do conhecimento é importante tanto para a elaboração de um mapeamento geral sobre a área como um todo quanto para a elaboração de políticas que visem a incrementar o desenvolvimento científico e tecnológico em subáreas ou locais específicos. O objetivo deste estudo é analisar o perfil dos bolsistas PQ do CNPq atuantes na Psicologia, considerando o triênio concluído em 2014”.

Entre as constatações, ainda há uma centralização na região Sudeste, que recebe 55,3% das bolsas e apresenta a maior proporção de bolsas PQ por habitantes do país. Os bolsistas atuam majoritariamente em universidades públicas, principalmente federais, e são em sua maioria mulheres. Além disso, Psicologia Social, Psicologia do Desenvolvimento Humano e Tratamento e Prevenção Psicológica são as áreas de atuação mais recorrentes entre os pesquisadores que recebem bolsas PQ. “A identificação de desigualdades regionais, de concentração de bolsas em poucas instituições e de disparidades de gênero, por exemplo, pode contribuir para que algumas questões relativas à distribuição de recursos sejam reavaliadas”, apontam os pesquisadores.

A Assessoria de Comunicação do CFP entrevistou Airi Macias Sacco (Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Professora Substituta do Curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas). Os outros autores do artigo são Luciana Valiente (graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Porto Alegre), Felipe Vilanova(graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre),Guilherme Welter Wendt (Doutorando em Psicologia e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior no exterior, Goldsmiths, University of London, London – UK, Reino Unido), Diogo Araújo DeSousa (Doutorando em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre) e Silvia Helena Koller (Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Professora Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Confira a entrevista: 

O que os motivou a fazer a pesquisa sobre esse tema?

Inicialmente, pensamos em fazer um estudo sobre o tipo de pesquisa que a Psicologia brasileira tem produzido nos últimos anos. Queríamos saber, especificamente, se estamos publicando estudos inovadores ou se as pesquisas nacionais estão restritas a adaptações e replicações. Nesse processo, nos demos conta de que seria interessante, antes de qualquer coisa, compreendermos qual é o perfil dos (as) pesquisadores (as) dessa área. Foi então que surgiu este levantamento, como um primeiro passo para uma análise mais profunda. Esperamos que essa seja realmente apenas uma etapa inicial para que sejam desenvolvidos outros estudos nessa temática. A pesquisa em Psicologia está em ascensão no Brasil. A área tem formado um número cada vez maior de mestres e doutores e tem um grande potencial de desenvolvimento e inovação.

 

Quais os resultados que você destaca desse levantamento?

Os principais resultados que encontramos dizem respeito a: (a) concentração de bolsas de pesquisa em poucas instituições, visto que 10 universidades concentram 56,7% dos bolsistas; (b) centralização na Região Sudeste, que recebe 55,3% das bolsas distribuídas no país; e (c) às disparidades de gênero, pois, com o avanço do nível de especialização, há um declínio no predomínio feminino na área: apesar de 90% dos profissionais registrados no Conselho Federal de Psicologia serem mulheres, entre os bolsistas PQ esse número cai para 63%. 

Na sua opinião, o que fazer para reduzir as desigualdades regionais, de concentração de bolsas do CNPq em poucas instituições e de disparidades de gênero?

Os critérios de avaliação podem ser repensados. Pesquisadores que trabalham em grandes centros de pesquisa geralmente têm acesso a mais recursos e a melhores condições de trabalho, além de receber um número elevado de bolsas para seus orientandos. Essas condições promovem (ou pelo menos facilitam) a produtividade, critério no qual se baseia a distribuição de bolsas. Entra-se, assim, em um círculo vicioso: aqueles que têm as melhores condições são os que produzem mais e, premiados por sua produção, seguem recebendo os maiores recursos, em um loop. Como os recursos são limitados, as desigualdades regionais acentuam-se. Com relação às disparidades de gênero, o Brasil confirma uma tendência mundial: segundo a Unesco, as mulheres correspondem a apenas 28% dos pesquisadores no mundo inteiro (http://www.uis.unesco.org/ScienceTechnology/Pages/women-in-science-leaky-pipeline-data-viz.aspx). Esse fenômeno pode demandar a implementação de políticas afirmativas. Alguns exemplos já existem, mas ainda são poucos. Essa questão é muito complexa e está relacionada tanto a elementos histórico-culturais sobre o papel da mulher na sociedade quanto a outros determinantes sociais. O importante, no entanto, é que essa é uma realidade que o mundo acadêmico não pode mais ignorar.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

Psicologia e a Formação para a Saúde é tema de artigo da Ciência e Profissão

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulga mais um artigo publicado na edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, publicada recentemente na plataforma da SciELO. O texto desta semana é Psicologia e a Formação para a Saúde: Experiências Formativas e Transformações Curriculares em Debate. Toda semana, o Conselho publicará um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais.

O artigo trata de um relato de experiência de estágio básico da disciplina Práticas Integradas de Trabalho, realizada no 7º semestre do curso de Psicologia da Universidade Estadual do Ceará (Uece), cujo eixo temático é ‘Psicologia e Saúde’. Essa disciplina tem buscado ampliar a compreensão das concepções e práticas que envolvem os processos saúde-doença-cuidado, a partir da reflexão crítica dos discentes no campo da saúde pública.

A Assessoria de Comunicação do CFP entrevistou Pedro Renan Santos de Oliveira (Doutorando pela Universidade Federal do Ceará – UFC e docente pela Universidade Estadual do Ceará – Uece). As outras autoras do artigo são Delane Felinto Pitombeira (Doutoranda pela Universidade Estadual do Ceará – Uece e docente pela instituição citada), Alessandra Silva Xavier (Doutoranda pela Universidad de Santiago de Compostela, USC, Espanha, e docente pela Universidade Estadual do Ceará – UECE) e Raimunda Eliana Cordeiro Barroso (docente pela Universidade Estadual do Ceará – UECE).

 

Confira a entrevista: 

O que os motivou a fazer a pesquisa sobre esse tema?

A formação profissional voltada para o campo das políticas públicas, considerando os diversos enfrentamentos e possibilidades, constitui a nossa grande motivação. Temos passado por mudanças e adaptações frente às diretrizes curriculares, uma vez que a formação abrange um currículo integrado, vivo, e alinhado aos desafios da população brasileira. A Saúde Pública ganha destaque pela importância que a atuação multiprofissional tem assumido no âmbito dos processos de trabalho em saúde, direcionando seu olhar para as necessidades da população. A Psicologia passa, então, a participar dessa atuação de forma mais efetiva, juntamente com outras categorias profissionais, em contextos institucionais diversos, os quais estão ainda mais complexos a partir da perspectiva da Rede de Atenção à Saúde. Avaliamos como sendo importante compartilhar essas discussões e vivências no âmbito da formação em tempos de precarização do SUS, posicionando-nos em defesa das políticas públicas.

 

Quais os resultados que você destaca desse levantamento?

Especificamente sobre a experiência que relatamos, referente ao estagio básico desenvolvido no 7º semestre do curso de psicologia da UECE, que tem como eixo “Psicologia e Saúde”, temos encontrado resultados bastante significativos junto aos nossos estudantes. Embora alguns deles tenham contato com o campo da Saúde Pública mediante projetos de pesquisa e/ou extensão, a ida a campo e interação com os cenários de práticas oferecem a oportunidade de construir novos aprendizados em Psicologia por meio das diversidades de contextos institucionais, de áreas, bem como de práticas profissionais. A possibilidade de contato com diversos serviços, e a disponibilidade e compromisso dos profissionais são fundamentais, não apenas para que a experiência aconteça da melhor forma, mas para estabelecer relação entre os diferentes atores desse processo: profissionais do campo, estudantes e docentes. A compreensão de que há diferentes saberes e “fazeres” em Psicologia, e o respeito diante de cada situação singular encontrada, também são aspectos que podemos destacar. Ressaltamos, ainda, os encontros de supervisão e os estudos articulados com o campo como elementos que se complementam na construção desse processo formativo.

 

Na sua opinião, o que precisa ser feito para melhorar a formação do profissional do (a) psicólogo (a) da área de saúde?

A formação é um desafio permanente. Essa é uma discussão relevante não só na Psicologia, mas em todas as áreas da saúde. Hoje pensamos em como enfrentar os desafios de formar para o Sistema Único de Saúde (SUS), num momento de grande instabilidade política e econômica no país.  É necessário um compromisso dos cursos de graduação com a formação para a Saúde Pública.  É preciso um esforço institucional para sensibilização e preparação de nossos estudantes dentro dessa realidade.  É imprescindível a discussão sobre as políticas, as redes institucionais e de apoio, as contribuições das outras áreas e saberes, além das nuances do próprio campo para efetivarmos uma formação comprometida com o SUS. Pensamos que as reflexões dessas questões, bem como o diálogo entre as diferentes áreas, ainda na graduação, constituem importantes ferramentas para a melhoria da qualidade da formação para a saúde.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

2º dia do Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho é marcado por debates

O 7º Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CBPOT), que começou ontem no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), em Brasília (DF), teve prosseguimento nesta quinta-feira (14) com uma série de atividades, como mesas redondas, debates temáticos, conferências, mesas institucionais, comunicações de pesquisa, relatos de experiência, lançamento de livros e exposição de postêres, entre outros.

Modelo de competências 

Uma das mesas institucionais do dia debateu o tema “Competências e exercício profissional em Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT)”. A temática é continuidade do workshop realizado em março no CFP, que resultou em um debate online realizado na própria autarquia. Três dos participantes do debate no CFP foram os palestrantes da mesa do Congresso: Adriano Peixoto (presidente da Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho/ SBPOT), Gardênia Abbad (UnB) e Virgílio Bastos (UFBA).

Segundo Bastos, o desafio da Psicologia Organizacional e do Trabalho é superar os limites de modelos e campos consolidados ao longo do tempo. O pesquisador provocou a reflexão sobre como a estrutura deste campo científico e profissional em contexto de mutação direciona o trabalho em POT, ponderando que, para isso, a (o) psicóloga (o) precisa estar atenta (o) à dinâmica das mudanças das relações de trabalho no Brasil e no mundo, como as constantes ameaças de retirada de direitos da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Abbad, ao discorrer sobre “competências profissionais primárias e trilhas da aprendizagem”, afirmou que o país, desde os anos 1980, vive muitos problemas na formação profissional da (o) psicóloga (o). Segundo a pesquisadora, há dificuldades em competências básicas, poucas oportunidades de requalificação profissional, autodidatismo e formulação de estratégias não institucionalizadas.  Para ela, a “trilha de aprendizagem” visa mostrar o lugar em que o indivíduo está em sua formação e onde ele precisa chegar, de modo encadeado entre a formação teórica e o trabalho.

Peixoto enfatizou que a formação em qualquer área da Psicologia não se esgota na graduação, e explicou que o campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho é integrado por três disciplinas: Trabalho, Organizações e Gestão de Pessoas, divididas em 12 áreas de definições e operacionalizações.

Representantes do Conselho Federal de Psicologia (CFP) participam de diversas mesas e debates ao longo do evento. A autarquia montou um stand na tenda central do UniCEUB, em que são distribuídas publicações institucionais da entidade.

O 7º CBPOT terá prosseguimento nesta sexta-feira. Clique aqui e confira a programação para sexta.

 

7º CBPOT tem início em Brasília

Foi aberto nesta quarta-feira (13), na capital federal, o 7º Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CBPOT), no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). O evento, que acontece até o próximo sábado (16), reúne profissionais, pesquisadores (as) em Psicologia Organizacional do Trabalho e estudantes de todo o país.

Durante os quatro dias de atividades, serão realizados diversos cursos, mesas redondas, simpósios, debates, apresentações de trabalhos, lançamentos de livros em temas correlatos à Psicologia Organizacional e do Trabalho. Clique aqui e conheça a programação completa.

Abertura 

A abertura oficial do evento contou com as presenças de representantes do Conselho Federal de Psicologia (CFP), da Universidade de Brasília (UnB), do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), do Governo do Distrito Federal (GDF) e da própria Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (SBPOT). Além das falas inaugurais, foi realizada uma conferência sobre “Doutrina do Trabalho Decente e as Áreas Temáticas do VII CBPOT” com Stanley Gacek, Diretor Adjunto do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.

A presidente do CFP, Mariza Monteiro Borges, manifestou sua satisfação em apoiar um grande evento para a Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) com diversa apresentação de trabalhos na área. Borges ressaltou a importância do pesquisador no desenvolvimento de estratégias e técnicas que possam auxiliar o CFP, órgão regulador do exercício da profissão. “Nós só podemos cumprir o nosso papel como órgão que regulamenta e orienta a profissão se estivermos em sintonia com aqueles que fazem com a ciência e a Psicologia no Brasil, assim como o psicólogo que atua como autônomo nos seus consultórios”, reforçou.

O presidente da Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (SBPOT), Adriano Peixoto, leu trecho de texto divulgado na última edição do CBPOT, ocorrida em Bonito (MS) em 2014, em que são elencados alguns desafios da Psicologia Organizacional e do Trabalho para os próximos anos, como as relações desiguais de trabalho e renda que persistem no país e a maneira de ampliar a POT para o setor produtivo e o conjunto da sociedade, para além da academia.

A coordenadora geral do evento e coordenadora do curso de Psicologia do UniCEUB, Simone Roballo, apresentou as novidades do evento deste ano em relação a outras edições, como as rodadas de consultoria. Segundo a pesquisadora, essa iniciativa é uma forma de aproximar o setor produtivo da academia e gerar uma interação entre esses atores.

O presidente da Comissão Científica da SBPOT, Jairo Eduardo Borges Andrade, fez um balanço dos dados do VII CBPOT. Segundo ele, até dezembro de 2015, mês limite de inscrições, foram apresentados 675 trabalhos científicos a serem apresentados no evento deste ano. O Congresso contou com mais de 1.000 inscritos.

O diretor adjunto da OIT no Brasil, Stanley Gacek, apresentou a palestra “A Doutrina do Trabalho Decente e sua Relevância para as áreas temáticas do VII CBPOT”. Após fazer uma explanação sobre o início da Organização Internacional e do Trabalho, destacou o contexto da agenda do trabalho decente no Brasil que ocorreu de 2003 a 2014, citando dados como a saída de 30 milhões de pessoas da pobreza. O norte-americano elencou também os desafios das relações de trabalho no país após a crise, como o processo de terceirização.

Atividades pré-congresso 

Antes da abertura, durante todo o dia foram realizados 16 cursos e seis rodadas de consultoria. Dentre os cursos, destacam-se o Avaliação de Desempenho, realizado pelo presidente da SBPOT,  Adriano Peixoto. Ele aponta que a ideia do minicurso é mostrar que a avaliação de desempenho se constrói em cima de um corpo teórico que não é somente da organização e trabalho, mas também da psicologia social. “Existem problemas, soluções e teorias da psicologia social que ajudam a compreender ou a construir a avaliação de desempenho”, complementa.

Peixoto defende a necessidade de uma teoria de desempenho, essencial para a aplicação do processo de avaliação de desempenho na prática. “Quando falamos de teoria de desempenho, falamos de relação entre variáveis. É preciso levar em conta também os principais elementos psicológicos que  influenciam no trabalho do avaliador, do avaliado e do processo de avaliação

O curso “Avaliação e Medidas da Efetividade de Ações de TD&E Presenciais e a Distância” foi ministrado por Thaís Zerbini, professora da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP). A pesquisadora explica que o curso tem como objetivo discutir como tornar mais precisa a estruturação do subsistema “Avaliação de Treinamento”, bem como possibilitar articulações mais intensas entre esse sistema, a estratégia organizacional e as metas e resultados demandados de unidades de trabalho.

O 7º CBPOT terá prosseguimento nesta quinta-feira. Clique aqui e confira a programação para quinta.

7º CBPOT começa nesta quarta-feira

Começa nesta quarta-feira (13) o 7º Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CBPOT), no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), em Brasília (DF). O evento, que acontece até o próximo sábado (16), reunirá profissionais, pesquisadores (as) em Psicologia Organizacional do Trabalho e estudantes de todo o país.

Durante os quatro dias de atividades, serão realizados diversos cursos, mesas redondas, simpósios, debates, apresentações de trabalhos, lançamentos de livros em temas correlatos à Psicologia Organizacional e do Trabalho.

Para o presidente da Associação Brasileira de Psicologia, Organizacional e do Trabalho (SBPOT), Adriano de Lemos Alves Peixoto, o evento é “um momento de construção e de crescimento. As comissões organizadora e científica estão se esforçando ao máximo para preparar o ambiente para sua participação, mas o congresso é uma construção coletiva que depende do nosso envolvimento, seja apresentando trabalhos, seja ouvindo e discutindo os resultados encontrados, até conversando nos corredores e pátios sobre as nossas dúvidas e certezas”, ressaltou.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é apoiador do evento e será representado pela presidente da autarquia, Mariza Monteiro Borges, e dos conselheiros Rogério de Oliveira e Silva, Roberto Moraes e Cruz e Eliandro Rômulo Cruz Araújo, além de integrantes da Comissão Consultiva de Avaliação Psicológica (CCAP) do CFP, que participarão de diversas atividades do Congresso.

Clique aqui e confira a programação do 7º CBPOT.

Com informações do site do 7º CBPOT

 

Confira novo artigo da Revista Psicologia: Ciência e Profissão sobre Desigualdades Raciais, Mérito e Excelência Acadêmica

Dando prosseguimento à política de ampliação do conhecimento científico, a fim de expandir o alcance de conteúdos acadêmicos para a categoria e para a sociedade, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) apresenta mais um artigo publicado na edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão e lançado recentemente na plataforma SciELO. O texto desta semana é Desigualdades Raciais, Mérito e Excelência Acadêmica: Representações Sociais em Disputa. Toda semana, o Conselho publicará um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais.

O artigo investiga sobre como, no Brasil, as formulações políticas e legais acerca das ações afirmativas de cunhos social e racial no ensino superior articulam e estão articuladas a partir de distintas representações sobre os sujeitos e os lugares que eles ocupam na estrutura social. “Partimos da breve caracterização dos dispositivos legais e das políticas implantadas a partir do século XX sobre o tema; analisamos a literatura que aborda as representações sociais sobre a recente implantação das políticas de ação afirmativa e, por fim, discutimos duas concepções opostas de ação afirmativa, a Lei de cotas e o PIMESP. Pontuamos que tais medidas respondem a diferentes formas de representar desigualdades, merecimento e excelência acadêmica”, aponta o resumo do manuscrito.

A Assessoria de Comunicação do CFP entrevistou Elisabete Figueroa dos Santos, professora da Universidade do Sagrado Coração (USC), que falou mais sobre a pesquisa. A outra autora do artigo é Rosimeire Aparecida Scopinho, professora do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).

Confira a entrevista:

O que as motivou a fazer a pesquisa sobre esse tema?

Instigadas pelo recente contexto de implementação de políticas afirmativas pró-negros, bem como pelo florescimento de propostas voltadas a este fim, propusemo-nos a refletir sobre os movimentos de defesa ou de contestação de medidas cujo horizonte seja a alteração do quadro de desigualdades raciais no Brasil e sobre como os desenhos destas políticas podem estar atrelados às representações que se constroem sobre o entendimento acerca da constituição racial brasileira, a determinação dos lugares historicamente forjados para os distintos grupos raciais e acerca da interferência do critério racial na prática de discriminação dos contingentes excluídos.

Nossa intenção, portanto, foi discutir, partindo da análise de formulações recentes e polêmicas sobre as ações afirmativas para a inserção de negros e negras nas universidades (PIMESP e Lei de Cotas), as distintas representações que são forjadas na esfera pública para a noção de mérito.

Quais os resultados que você destaca desse levantamento?

Verificamos formas díspares de representar o merecimento para o ingresso nas universidades. Sob o prisma meritocrático (que sintetizamos na proposição do PIMESP), a representação social de excelência acadêmica no ensino superior é ancorada no merecimento individual. Nesta perspectiva, os indivíduos são responsabilizados pelos seus desempenhos tanto quanto pelos déficits acumulados. As desigualdades, então, percebidas são localizadas de forma histórica e socialmente desconectada e, portanto, de modo unilateral.

Acredita-se, assim, que as desigualdades sociais e raciais são questões de pobres e negros. O papel desempenhado pelo lado do privilégio é silenciado. Já para a vertente expressa pela Lei de Cotas, as desigualdades verificadas nos resultados dos vestibulares, bem como no âmbito dos cursos de graduação, estão fortemente vinculadas às trajetórias de grupos sociais marcadas por vulnerabilidades ou privilégios de várias ordens, inclusive educacionais. Nesse contexto, questionamos e refletimos os modos pelos quais uma noção que não se sustenta científica, política e socialmente (mérito individual) ainda se faz tão presente nas representações acerca de quem deve ser o sujeito dos locais de prestígio social.

No que toca à noção de mérito utilizada nos Programas de Ações Afirmativas, é preciso desnaturalizar desempenhos que respondem mais a trajetórias sócio-históricas e culturais do que a merecimentos individuais encapsulados. Defendemos, assim, que o mérito baseado em desempenho individual só poderá ser considerado medida fidedigna de avaliação dos repertórios de estudantes se forem tomados como parâmetro sujeitos com históricos semelhantes de preparação para o exame vestibular (nesse caso, não cotistas competem com não cotistas e cotistas com cotistas). Em outras palavras, o mérito só pode estar em discussão quando se toma como referência sujeitos de igualdade, isto é, quando se avalia a disputa entre iguais.

Na sua opinião, o que precisa ser feito para darmos melhores condições para políticas de igualdade racial?

Assim, como apontado no artigo, é necessário partirmos do reconhecimento da insuficiência da meritocracia em designar aptidão para ingressar nas universidades ou em quaisquer outros contextos em que a presença de negros e negras tem historicamente se configurado como minoritária. Desta forma, talvez torne-se possível vislumbrar os arranjos que impedem a contemplação das diferenças e propor políticas efetivas de reconhecimento e validação das diversas formas de saber.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

 

Confira artigo da Revista Psicologia: Ciência e Profissão sobre inclusão escolar

Com vistas a propagar o conhecimento científico e ampliar o alcance de artigos acadêmicos para a categoria e para a sociedade, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) inicia neste mês a divulgação de artigos da edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, publicada recentemente na plataforma SciELO. O primeiro da série é Concepções e Práticas de Psicólogos Escolares e Docentes acerca da Inclusão Escolar.  Toda a semana, o Conselho publicará um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais.

O artigo discute atrasos e desafios para alcançar uma inclusão escolar satisfatória em João Pessoa (PB). “Observa-se, muitas vezes, a inserção de crianças com necessidades educacionais especiais sem que a escola desenvolva condições físicas e de apoio favoráveis para recebê-las ou sem que objetive potencializar as habilidades destas crianças”, aponta o resumo do documento, elaborado a partir de entrevistas semiestruturadas, baseadas na literatura da área escolar, com quinze psicólogos e quinze docentes de escolas públicas. “Os resultados revelaram que, embora a maioria dos docentes e psicólogos mostre-se favorável à inclusão escolar, suas ações ainda se encontram distantes da perspectiva inclusiva defendida por pesquisadores e profissionais que se debruçam sobre esta questão”.

A Assessoria de Comunicação do CFP entrevistou Fabíola de Sousa Braz-Aquino, uma das autoras do artigo. Ela é docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e falou mais sobre a pesquisa. As demais autoras são Ingrid Rayssa Lucena Ferreira (Psicóloga pela UFPB) e Lorena de Almeida Cavalcante (mestre em Psicologia Social pela UFPB).

Confira a entrevista: 

O que as motivou a fazer a pesquisa sobre inclusão escolar nas escolas de João Pessoa? 

Primeiro, considero relevante mencionar que essa pesquisa é derivada de outros estudos já publicados com a minha coordenação que investigaram concepções e práticas de psicólogos e docentes sobre o trabalho do psicólogo escolar (estudos já publicados). Essa foi uma pesquisa de iniciação científica que buscou adentrar na questão da inclusão por entendermos ser fundamental que os psicólogos e docentes, além da comunidade escolar em geral, compreenda a relevância do processo de inclusão e trabalhe para que ele efetivamente se faça presente nas escolas. Isso demanda todo um arcabouço teórico e metodológico que deve ser construído desde a formação dos profissionais e que nem sempre é contemplado na formação dos mesmos. Essa é uma das questões que discutimos no artigo: a necessidade de formação básica e continuada dos psicólogos e docentes para lidar com as complexidades que a escola nos endereça como profissionais do campo da educação.

Temos crianças com diversos tipos de deficiências, síndromes e necessidades educacionais específicas que demandam dos profissionais da escola/educação, tal como o psicólogo, um conjunto de saberes e práticas que tornem a escola um contexto de desenvolvimento e aprendizado para todos, independente de suas características, condições de vida e relações que estabelecem com as pessoas e seus contextos.

Quais os resultados que você destaca desse levantamento? 

Antes de falar sobre os resultados, acho pertinente referir que essa pesquisa foi realizada em 2014 com apenas 15 psicólogos e 15 docentes, resultado que não nos permite generalizações quanto às práticas e concepções do quadro geral de psicólogos e docentes que atuam em nossas escolas, embora nos disponibilize indicadores e nos permita discuti-los com outros estudos. Ademais, a partir de 2015, por meio de concurso público, o quadro de psicólogos escolares foi alterado, o que demanda novas pesquisas.

Com relação aos resultados do estudo, destacaria a menção, pelos profissionais, de que não tiveram, durante sua graduação, oportunidade de conhecer e estudar nas disciplinas dos seus respectivos cursos a temática da educação inclusiva e as formas de intervir junto a essa questão na escola, ou seja, a formação dos profissionais participantes desse estudo parece não ter subsidiado suas ações frente ao trabalho com estudantes com desenvolvimento atípico e/ou com necessidades educacionais especiais.

Também citaria, atrelada à citada questão, os referenciais adotados que, pelo discurso dos participantes, não parece dar sustentação a suas práticas. O ponto positivo é que a maioria dos profissionais é favorável a esse processo, o que se constitui como um importante aspecto para que se construam propostas efetivas de inclusão por parte da equipe escolar. 

Na sua opinião, o que precisa ser feito para que a inclusão escolar seja mais efetiva nas escolas? 

Penso que muito ainda precisa ser feito, mas cito apenas alguns pontos: a formação nas universidades deve levar aos graduandos estudo e discussões que estejam mais próximos às questões que são endereçadas aos profissionais e a toda a comunidade escolar, e a questão da inclusão é algo que, dependendo da estrutura do curso de graduação, ainda é pouco explorada; também é fundamental que os profissionais da escola e as famílias se apropriem das políticas públicas referentes à Educação Inclusiva e das possibilidades de intervenção de cada profissional; conheçam e debatam coletivamente leis e documentos oficiais sobre essa questão, e que o projeto político pedagógico das escolas contemple a questão da inclusão e da diversidade.

Outro aspecto importante é que os projetos que são implementados nas escolas precisam refletir as características e demandas específicas de cada escola, que tem sua complexidade e especificidade.

Além disso, penso que uma ressignificação das concepções de profissionais do corpo técnico, docentes, gestores, funcionários de apoio, familiares e estudantes acerca do processo de inclusão pode auxiliar aos docentes e estudantes a lidar com os diferentes ritmos, trajetórias e modalidades de ensino e aprendizagem; também considero relevante mencionar que as ações e projetos na/da escola precisam expressar um currículo plural e que respeite a diversidade do processo de desenvolvimento humano. Ademais, penso ser importante a criação de espaços de diálogo, reflexão e trabalho contínuo que possam dirimir mitos e preconceitos sobre as pessoas com deficiência e necessidades educacionais especiais, aspecto mencionado na pesquisa.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

 

Servidores do CFP participam de capacitação em editoração científica

Com vistas à capacitação funcional, quatro servidores do Conselho Federal de Psicologia (CFP) (da Gerência Técnica e da Assessoria de Comunicação) participaram do 24º Curso de Editoração Científica (24º CEC) e 9º Seminário Satélite para Editores Plenos (9º SSEP), no Auditório da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP), entre os dias 22 e 24 de junho.

O objetivo do curso, promovido pela Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec), foi disponibilizar um fórum para discussões avançadas sobre temas de interesse relativos a periódicos científicos. O Sistema Conselhos de Psicologia edita trimestralmente a Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP), divulgada na plataforma SciELO e enviada para as bibliotecas de universidades e faculdades brasileiras que possuem cursos de Psicologia e publica. Parte do corpo funcional responsável pelo periódico participou do curso. O conselheiro-editor responsável pela revista é Roberto Moraes Cruz.

O evento contou com 22 palestras acerca de temas variados referentes à editoração científica, como “Uso do sistema eletrônico de editoração de revistas (OJS/Seer)”, “Como redigir artigos de impacto e otimizar seu índice h”, “Atribuição de DOI para publicações científicas” e “Uso das mídias sociais na divulgação da publicação científica”, entre outros.

Para a analista técnica (Psicologia) Thayse Duarte, é “importante a participação de servidores nos eventos de editoração científica, pois, além de conferir maior visibilidade à revista, há a constante capacitação da equipe, estratégia estabelecida para elevar a qualificação da PCP”.

O técnico-administrativo Gustavo Siqueira Gonçalves crê que “o curso de editoração oferecido pela Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) é fundamental para nos qualificarmos cada vez mais e reciclarmos nossos conhecimentos para poder oferecer à Revista um serviço com mais qualidade e agilidade”.

O analista técnico (Editoração/Jornalismo) André Martins de Almeida afirma que a massificação da comunicação científica é um desafio, mas que a relevância de uma publicação Qualis A2 (como é a PCP) somada ao advento das redes sociais configuram uma grande oportunidade para ampliar sua divulgação. “A palestra da jornalista e pesquisadora Germana Barata sobre o uso das mídias sociais na divulgação da publicação científica, por exemplo, nos abriu horizontes sobre os quais já vínhamos conversando na Comunicação e na Gerência Técnica da Autarquia. Em breve, teremos excelentes novidades para a revista”.

A técnica- administrativa Ana Maria Torres de Sousa Maia diz que, para ela, “além de aprimoramento e qualificação da equipe, o curso foi importante pois permitiu ter um dimensionamento de todo o processo de editoração científica, ver as experiências de outros, avaliar o que temos feito e ter consciência dos desafios que temos pela frente”.

Edição 36.2 da revista Psicologia: Ciência e Profissão já pode ser acessada

Você conhece a revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP)? O periódico de produção científica publicado pelo Sistema Conselhos de Psicologia está com novo visual e se encontra no segundo número de seu 36º volume.

A PCP 36.2 foi publicada na plataforma SciELO neste mês e, nos próximos dias, será distribuída para as universidades e faculdades com cursos de Psicologia. Leia os artigos da edição atual.

O editor do periódico, o conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP) Roberto Cruz, explica que, apesar de a revista já estar de “cara nova” desde a edição 36.1, mais mudanças vêm sendo feitas na diagramação a fim de adaptar o periódico plenamente aos padrões internacionais. Esse processo continuará nas próximas edições.

Desde o ano passado, a PCP passa por adaptação às novas exigências da base de dados da SciELO, definidas em novembro de 2014, a fim de que mantenha sua classificação como Qualis A2 de produção científica e chegar ao selo Qualis A1 de excelência. As alterações se referem ao processo de editoração on-line, com automatização de procedimentos em diferentes formatos, dispositivos eletrônicos e de verificação de elementos textuais/bibliográficos, critérios mínimos de participação de editores associados, revisores e autores estrangeiros, e quantidade mínima de artigos a serem publicados anualmente, em português e inglês.

Capacitação

Para as mudanças em aspecto técnico, a equipe da PCP vem realizando cursos e capacitações para melhorar a produção. Nesta semana, de terça-feira (21) a esta sexta (24), servidores técnicos e analistas administrativos da autarquia estão em Campinas (SP), na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), participando do 24º Curso de Editoração Científica da Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec).

Com o objetivo de integrar o periódico e deixá-lo mais acessível às (aos) psicólogas (os) e estudantes de Psicologia, bem como a toda comunidade, o CFP vai preparar uma série de matérias com os artigos do periódico. Portanto, profissional que publicou na PCP, fique atento ao seu e-mail, pois em breve a equipe de comunicação da autarquia entrará em contato. Aguarde as novidades.

Psicologia: Ciência e Profissão é, reconhecidamente, um periódico de ampla repercussão na comunidade acadêmica e profissional da área. Nos últimos três anos, foram submetidos 877 artigos e relatos de experiência, com uma média anual de 292. Esses dados, que refletem a receptividade da revista entre os seus interessados, indicam, também, a necessidade do trabalho diligente e cuidadoso na valorização dos artigos recebidos e no seu processo de avaliação.

Congresso Nacional de Psicologia é aberto em Brasília

Foi aberto nesta quinta-feira (16), na capital federal, o 9º Congresso Nacional de Psicologia (CNP). Com o tema “Psicologia, no cotidiano, por uma sociedade mais democrática e igualitária”, o evento reúne aproximadamente 270 pessoas, entre delegados (as), estudantes e convidados (as) de todas as regiões do país. Neste primeiro dia, além da mesa de abertura, houve a deliberação do Regimento Interno e a eleição da mesa diretora do CNP.

Abertura

A presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Mariza Monteiro Borges, fez a saudação inicial. Ela afirmou esperar que o CNP seja voltado para pensar as políticas do CFP e do Sistema Conselhos de Psicologia para a profissão e para o trabalho do (a) psicólogo (a). “Que essa meta de trabalhar em ampliar e fortalecer os horizontes profissionais nos una e, independente de toda e qualquer diferença partidária, esse CNP represente a pluralidade e fortaleça a democracia entre nós, pois o nosso partido é a Psicologia”, ressaltou.

A representante do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, destacou a parceria histórica entre a entidade e o Sistema Conselhos de Psicologia, ressaltando que o CFP é um ator fundamental na luta em prol da diversidade e pluralidade dos meios de comunicação. Ela afirmou, ainda, que essa luta se dá em um cenário de uma comunicação que, infelizmente, “deforma comportamentos, silencia setores importantes da sociedade e afronta direitos humanos fundamentais”.

Segundo Mielli, a luta conjunta tem destaque, por exemplo, na pauta relativa à garantia da classificação indicativa. “Essa parceria do FNDC com o CFP, para nós, é muito importante, porque a nossa luta é para que a gente possa ampliar o debate junto à sociedade do papel da mídia na formação social e cultural do povo brasileiro, e da necessidade de termos um ambiente que garanta direitos e promova diversidade e pluralidade, para que possamos ter efetivamente a liberdade de expressão como um princípio respeitado pela mídia brasileira”, afirmou.

A representante do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Maria de Lourdes Nunes,  apresentou o histórico da entidade e destacou pautas comuns entre o MNDH e o Sistema Conselhos de Psicologia, como a defesa do Estado laico e de direitos sexuais e reprodutivos, luta antimanicomial, luta contra a redução da maioridade penal, despatologização trans, defesa dos direitos e contra a violência à mulher “Lutar significa estar junto, e essa luta luta é nossa. Direitos Humanos é nossa poesia, CFP e MNDH”. Ela também lembrou da atuação histórica em defesa do tema dos psicólogos Marcus Vinicius Oliveira e Fábio Belloni, mortos neste ano.

Para Deborah Rosária Barbosa, representante do Fórum Nacional de Entidades da Psicologia Brasileira (FENPB), a busca de parcerias com psicólogos latino-americanos deve ser ampliada. Reflexão similar foi proposta pelo representante da União Latino-Americana da Psicologia (Ulapsi), Davi Alonso Ramirez Acuña, ao abordar a busca pela ampliação dos espaços da Psicologia na América Latina.

Balanços

O conselheiro do CFP Rogério Oliveira apresentou um o balanço das ações do 16º Plenário do CFP , baseado nas ações propostas pelo 8º Congresso Nacional da Psicologia (CNP), realizado em 2013, e dividido em dois eixos: a agenda do exercício profissional, que envolve ações que vão desde a formação até as condições de trabalho, e a agenda da Psicologia e temas da sociedade.

“Nossa proposta foi avançar no fortalecimento do CFP sem fazer política de terra arrasada. Não começamos do zero, mas de uma construção de 15 plenários anteriores. O que fizemos foi executar ações a partir de princípios que estavam mais próximos à nossa leitura. O eixo central deste programa é a ética, para que possamos construir uma sociedade inclusiva”, defendeu. Ele destacou ações como os projetos de comunicação com participação social, que permitem maior interação entre a categoria e da categoria com a sociedade (com destaque para a RádioPsi e o OrientaPsi), e a criação de novas comissões, como a de Psicologia do Trânsito e Mobilidade.

A representante da Comissão Organizadora Nacional (Comorg) do 9º CNP, Jaira Rodrigues, encerrou a cerimônia de abertura com um balanço de todos os eventos preparatórios e Congressos Regionais de Psicologia (Coreps) realizados nos últimos meses, que envolveram 15.599 pessoas.

Programação  

Durante os quatro dias de atividades, nove grupos de trabalho vão debater e deliberar sobre temas como condições de trabalho, democratização do Sistema Conselhos, relação com entidades, transparência, emergências e desastres, criança e adolescente, reforma psiquiátrica e luta antimanicomial, educação, relações raciais, avaliação psicológica, psicoterapia, relação com a Justiça e ampliação do exercício profissional, entre outros.

As 329 propostas, divididas em três eixos, foram compiladas pela Comissão Organizadora Nacional (Comorg) por afinidade temática a partir de propostas advindas dos 23 Congressos Regionais de Psicologia (Coreps) realizados na etapa anterior.

No domingo (19), após o encerramento das atividades em Plenária, serão apresentadas as chapas concorrentes ao Sistema Conselhos.

Participação

O CNP acontece a cada três anos e possibilita a participação direta e democrática da categoria na construção da Psicologia. Para o Conselho Federal de Psicologia (CFP), é essencial que os (as) profissionais psicólogos (as) se mobilizem e participem, inclusive, das etapas de construção do evento.

O objetivo do Congresso é promover a organização e a mobilização das (os) psicólogas (os) para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão, definindo políticas nacionais a serem implementadas e/ou reguladas pelos Conselhos de Psicologia entre setembro de 2016 e setembro de 2019 e garantindo a participação direta das (os) psicólogas (os) no processo de deliberação acerca das ações do Sistema Conselhos de Psicologia no próximo triênio. Será, também, espaço de articulação para composição, inscrição e apresentação de chapas que concorrerão ao mandato do Conselho Federal de Psicologia (CFP), na gestão 2017 a 2019.

Todas atividades em Plenária do 9º Congresso Nacional da Psicologia (CNP) serão transmitidas em tempo real por meio dos links:

18/06 – https://www.youtube.com/watch?v=CUA2lq_PnD0

19/06 – https://www.youtube.com/watch?v=Fh7hGwEK9ms

Na sexta (17), quando os (as) participantes se dividirão em nove grupos de trabalho, não haverá transmissão.

Clique aqui e confira a programação.