CFP mobiliza ações no Congresso Nacional para arquivamento de projeto que cria Dia das Comunidades Terapêuticas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) encaminhou ao Congresso Nacional nota oficial em que se posiciona contrariamente ao PL 3.945/2023, que estabelece o Dia Nacional das Comunidades Terapêuticas. O projeto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, no fim de fevereiro, e será apreciado na Câmara dos Deputados.

A nota de posicionamento foi elaborada com apoio do Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb) e destaca estranhamento e pesar pela aprovação, no Senado, da proposição que busca comemorar o estabelecimento de instituições controversas em relação às próprias normativas que as regem, e que, sobretudo, apresentam diversas violações de direitos humanos – conforme denúncias e inspeções já realizadas pelo Sistema Conselhos de Psicologia.

O CPF e o Fenpb ressaltam que as comunidades terapêuticas estão na contramão da Reforma Psiquiátrica e da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Nesse sentido, entidades da Psicologia, em conjunto com outras instituições, têm historicamente se posicionado contra as sistemáticas violações aos direitos humanos e ao modelo fracassado de funcionamento alimentado na lógica manicomial de privação de liberdade.

Mesmo com a atuação dos órgãos de defesa, casos de abusos destas instituições continuam sendo denunciados. Neste mês de março, uma comunidade terapêutica localizada na cidade de Laguna, em Santa Catarina, foi interditada após vistoria do Ministério Público de Santa Catarina encontrar indícios de crimes como tortura e cárcere privado.

Na inspeção nacional a comunidades terapêuticas realizada em 2017 pelo Conselho Federal de Psicologia – em parceria com o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) e a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (PFDC/MPF) – foram constatados casos de pessoas enviadas à força a instituições asilares, castigos físicos, contenção química, isolamento em celas, doutrinação religiosa sem reconhecer a diversidade de crenças e a laicidade, dentre outras graves violações.

“Em um momento de reconstrução das políticas públicas de atenção psicossocial no Brasil, consideramos inaceitável que partidos políticos envolvidos historicamente no processo de defesa do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica sejam protagonistas de retrocessos como o que expressa o PL 3.945/2023”, reforçam o CFP e o Fenpb.

Articulação no Congresso quer arquivamento da proposta

No posicionamento encaminhado às duas casas legislativas, o CFP defende o arquivamento do PL 3.945/2023. Para apoiar essa ação, estão sendo articuladas mobilizações presenciais na Câmara dos Deputados – reunindo um conjunto de agentes e entidades em defesa do fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial e de seus dispositivos, como a Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME) e as demais que compõem o Conselho Consultivo da Frente Parlamentar em Defesa da Luta Antimanicomial.

“Espera-se que a defesa do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica seja central para os mandatos parlamentares que se apresentam como aliados para o fortalecimento da RAPS e da ampliação de assistência digna às pessoas que têm problemas em decorrência do uso de álcool e outras drogas”, destaca o CFP.

Confira a íntegra do posicionamento do CFP em PDF.

Resolução CFP 01/99 completa 25 anos e celebra trajetória de conquistas na promoção de direitos da população LGBTQIA+

O ano de 2024 será de celebração e renovação do compromisso ético da Psicologia brasileira com o campo das sexualidades. Publicada em 1999, a Resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que estabelece normas de atuação para psicólogas e psicólogos em relação à questão da orientação sexual completa 25 anos em vigor.

A Resolução CFP nº 01/1999 formalizou a compreensão de que para a Psicologia a sexualidade é constituinte da identidade de cada sujeito e, por isso, as homossexualidades não constituem doença, distúrbio ou perversão.

A normativa representou um marco para a Psicologia brasileira, abrindo caminho para outras resoluções voltadas à atuação profissional de psicólogas e psicólogos em temas relacionados à sexualidade. Suas diretrizes também ecoaram em outros campos da garantia de direitos, impactando esferas como o casamento igualitário, a adoção homoafetiva e direitos sucessórios.

Em um país no qual as denúncias por homofobia aumentaram 90,27%, em comparação entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período de 2023, segundo dados do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, normativas que reconheçam a legitimidade dessas vivências, são necessárias e urgentes.

Em 25 anos desde a sua publicação, a normativa também passou por inúmeras tentativas judiciais de impedir parcial ou integralmente a vigência da Resolução, como as ações impetradas em 2009, 2011, 2014, 2016, 2017 e 2018. A Resolução 1/99 também enfrentou as chamadas terapias de reversão sexual. No entanto, todas essas tentativas não impediram a Psicologia brasileira de afirmar que não será instrumento de promoção do sofrimento, do preconceito, da intolerância e da exclusão.

Para celebrar essa importante trajetória, o Conselho Federal de Psicologia vai realizar ao longo de 2024 um conjunto de atividades em comemoração aos 25 anos da Resolução CFP 01/99.

A primeira delas acontece no próximo dia 22 de março, data do aniversário de publicação da normativa. A partir das 11h, o Conselho Federal vai transmitir o diálogo virtual “Resolução CFP 01/1999: 25 Anos Colorindo a Psicologia”, que vai relembrar histórias, desafios e o enfrentamento aos ataques sofridos neste quarto de século de vigência da normativa, bem como sua importância para a proteção de direitos da população LGBTQIA+.

“Passados 25 anos desde a sua publicação, a Resolução CFP 01/1999 foi e ainda é decisiva para o compromisso ético da Psicologia com o reconhecimento da diversidade presente na orientação sexual dos sujeitos como vivências e expressões legítimas e merecedoras de abordagens despatologizantes. É uma normativa que abriu caminho para uma série de outras garantias a essa população no Brasil – uma experiência que, inclusive, tem inspirado outras nações”, destaca o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

A live terá início às 11h, com transmissão à toda categoria pelo canal oficial do CFP no YouTube. Participam nomes como: Danielle Brígida, Diretora de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+; Janaína Barbosa de Oliveira, presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa LGBTQIA+; e Gustavo Miranda Coutinho, integrante da Associação Internacional LGBTI da América Latina e Caribe (ILGALAC).

SERVIÇO

Resolução CFP 01/1999: 25 Anos Colorindo a Psicologia
Data: sexta-feira, 22 de março.
Horário: 11h, ao vivo.
Transmissão: Canal oficial do CFP no YouTube.

CFP destaca propostas da Psicologia para a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

Psicólogas(os), estudantes de Psicologia, pesquisadoras(es) e trabalhadoras(es) das políticas públicas para crianças e adolescentes elaboraram um conjunto de propostas para ser apresentado na 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNDCA).

As recomendações foram sistematizadas em evento promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) na segunda-feira (11), com a participação de cerca de 500 pessoas. A atividade discutiu os posicionamentos do CFP e da categoria para apreciação na Conferência Nacional, que será realizada em Brasília, no mês de abril levando em consideração os temas das cinco questões motivadoras da etapa nacional da conferência.

Ao abrir o evento, o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, apontou que o Estatuto da Criança e do Adolescente não foi capaz de substituir integralmente, por força da lei, a lógica menorista pela perspectiva da proteção integral no país.

“É exatamente por isso que nós, psicólogas e psicólogos, temos um compromisso de, mais uma vez, ratificar que a Psicologia brasileira entende a proteção integral como único paradigma possível para pensar direitos e garantias no campo das infâncias e das adolescências”, pontuou.

A conselheira do CFP e presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Marina Poniwas, avaliou que a atividade proporcionou um debate fundamental sobre as contribuições da Psicologia brasileira para as infâncias diversas em uma conferência na qual 314 crianças e adolescentes irão participar.

“O evento preparatório cumpriu seu objetivo de mobilizar a categoria para a participação na Conferência Nacional e contribuiu sobremaneira na formulação de proposições e moções que refletem a luta da Psicologia brasileira para a garantia da proteção integral de crianças e adolescentes”, destacou.

Ana Luísa de Souza Castro, representante do CFP no Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), também pontuou o compromisso da Psicologia com o tema na participação em instâncias de controle social. “O Conselho Federal de Psicologia presidir o Conanda e compor o secretariado do Fórum Nacional de Defesa da Criança e do Adolescente não são coincidências, são exemplos do comprometimento da profissão com o tema, com os direitos humanos e com o controle social”, destacou.

O diálogo também contou com a colaboração de Izabel Hazin e Rosana Éleres, conselheira-secretária e conselheira do CFP, respectivamente; Ana Luiza Cunha; Maria Mello, do Instituto Alana; Paula Sandrine, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Laura Aragão, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); e Igor Apolinário, representando o Comitê de Participação de Adolescentes (CPA) do Conanda – abordando questões como controle social, desigualdades, segurança e proteção nas redes, diversidade das infâncias, a presença da Psicologia e do Serviço Social nas escolas e, ainda, a participação de crianças e adolescentes na Conferência Nacional.

A atividade também contou com apresentação cultural com poesias declamadas por Isabele Vitória Pedrosa Lima, Lucas Eduardo Ramos da Silva e Luan Cavalcanti Ribeiro de Souza, estudantes de escolas da rede de ensino público do Distrito Federal.

Contribuições

Os debates nos grupos de trabalho trouxeram reflexões sobre vários temas, que definiram as propostas da categoria para a 12ª CNDCA, como a orfandade e infâncias diversas. Também houve o diálogo sobre temas bastante atuais, como, questões envolvendo segurança e proteção de crianças e adolescentes em plataformas digitais.

No Eixo 1, sobre promoção e garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes no contexto pandêmico e pós pandemia, foi formulada uma proposta de instituição de política pública de atenção integral a adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa de privação de liberdade que inclua a contextualização sobre o perfil identitário.

Com relação ao enfrentamento das violações e vulnerabilidades resultantes da pandemia de Covid-19, contido no Eixo 2, uma das propostas foi a construção de políticas públicas e sociais de proteção integral às crianças e aos adolescentes que passaram por processos de orfandade resultantes da crise sanitária.

Sobre a ampliação e consolidação da participação de crianças e adolescentes nos espaços de discussão e deliberação de políticas públicas de promoção, proteção e defesa dos seus direitos, durante e após a pandemia, tema do Eixo 3, as(os) participantes sugeriram a implementação de grêmios escolares como forma de promover a efetiva participação desse público.

O Eixo 4, que elenca a participação da sociedade na deliberação, execução, gestão e controle social de políticas públicas  considerando o cenário pandêmico também trouxe contribuições. Uma delas versa sobre o combate à medicalização excessiva de crianças e adolescentes. Outra propõe a criação de um programa específico para a saúde mental voltado para crianças e adolescentes indígenas.

Por fim, as propostas para a garantia de recursos para as políticas públicas voltadas à infância e adolescência durante e após a pandemia de Covid-19 foram discutidas no Eixo 5. Uma sugestão contrapõe o uso indiscriminado da constelação familiar no poder judiciário, que tem produzido violações de direitos importantes contra crianças e adolescentes.

Outras propostas também incluíram a implementação da Lei 13.935/2019, que garante a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas redes públicas de educação básica, bem como o posicionamento pela revogação da Lei da Alienação Parental e contra a privatização do atendimento no Sistema Socioeducativo.

Sobre o CFP na etapa nacional da CNDCA

A 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente será realizada de 2 a 4 de abril, em Brasília. O tema do evento será “Situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia pela Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”.

Durante os três dias, o CFP também vai estar presente com um estande que servirá para a divulgação de publicações e informativos editados pela Autarquia relacionados aos temas da Conferência.

Também serão realizadas atividades de diálogo com a classe profissional, como bate-papos com a presença de conselheiras(os) e colaboradoras(es) do CFP.

Para manter a categoria informada, o Conselho Federal de Psicologia lançou uma página especial  com todas as informações sobre a participação da Psicologia na 12ª CNDCA. Na página, a sociedade encontra o conjunto das propostas da Autarquia para a conferência, além das moções que poderão ser entregues.

Também há uma “sacola virtual” com as edições digitais das publicações do Conselho Federal de Psicologia na temática da criança e do adolescente.

Articulação da Psicologia

Para fomentar a interlocução entre as(os) psicológas(os) que participarão da etapa nacional da 12ª CNDCA, o Conselho Federal de Psicologia criou um grupo no WhatsApp para a troca de informações.

O objetivo é facilitar o diálogo entre a categoria acerca de pautas relevantes para a Psicologia a serem debatidas durante a Conferência, fortalecendo a incidência nas ações e políticas de Estado a serem estruturadas para o segmento infanto-juvenil.

Para participar desse espaço de diálogo e troca de informações, as(os) profissionais inscritas(os) na Conferência Nacional deverão preencher o formulário eletrônico abaixo para cadastramento no grupo on-line.

Inscreva-se no grupo de WhatsApp por aqui.

Nota de Pesar – Irismar Batista de Lima, conselheira do CRP-PB

O Conselho Federal de Psicologia, em profundo pesar, lamenta o falecimento na terça-feira (5) da psicóloga Irismar Batista de Lima, conselheira do Conselho Regional de Psicologia da Paraíba (CRP-13).

Irismar teve distinta atuação nas políticas públicas da assistência, sendo diretora da Policlínica e gerente do Centro da Referência da Mulher, em Santa Luzia/PB.

A psicóloga integrou o CRP-PB em duas gestões, tendo ocupado a presidência das Comissões de Políticas para Mulheres (2017) e Psicologia e Relações Étnico-Raciais (2022). Também compôs as Comissões de Gênero e Diversidade Sexual e de Formação.

Irismar Batista Lima integrava a Articulação Nacional de Psicólogas(os) Negras(os) e Pesquisadoras(es) (Anpsinep) e, no mundo acadêmico, lecionou na Faculdade Internacional da Paraíba (FPB) e na Faculdade Integrada de Patos (FIP).

O CFP presta suas condolências à família e à categoria, reafirmando as contribuições e legados deixados por Irismar à Psicologia brasileira.

 

Nota de Pesar – Ana Carolina Monnerat Fioravanti

Com pesar, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento da psicóloga Ana Carolina Monnerat Fioravanti, ocorrido na segunda-feira, 4 de março.

Ana Carolina Fioravanti era profissional com registro no Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro e atuava como coordenadora do curso de graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Niterói/RJ.

Psicóloga pela UFF, mestre e doutora pela PUC-Rio e pós-doutora pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ana Carolina também teve importante atuação no campo da psicometria e avaliação psicológica, mais precisamente na validação de instrumentos de medidas em Psicologia.

O CFP se solidariza com a família, colegas de trabalho e amigas(os) neste momento tristeza e dor.

CFP realiza encontro preparatório para a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

A etapa nacional da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente acontece entre os dias 2 e 4 de abril em Brasília. E, para organizar teses e posicionamentos da Psicologia brasileira em relação ao tema, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai realizar um encontro preparatório para a 12ª CNDCA, no dia 11 de março.

O evento será realizado em formato híbrido (presencial e on-line) e podem se inscrever psicólogas(os), estudantes de Psicologia (graduação e pós-graduação) e pesquisadoras(es) e trabalhadoras(es) das políticas públicas que atendam crianças e adolescentes. A atividade contará com emissão de certificados.

Inscreva-se aqui.

A conselheira federal Marina Poniwas explica que a proposta é convocar a categoria a ampliar a participação social da Psicologia e contribuir na construção de políticas de Estado para a proteção integral de crianças e adolescentes. As reflexões e proposições formuladas no evento serão levadas à 12ª CNDCA.

“É fundamental a Psicologia contribuir, como ciência e profissão, na análise destas demandas e no atendimento direto às crianças e adolescentes, nas políticas públicas, na clínica, no Judiciário, em todos os espaços de atuação”, salienta.

O evento do CFP vai abordar os compromissos da categoria na defesa de todas as infâncias, em temas como: segurança e proteção nas redes; infâncias diversas; e Psicologia e serviço social nas escolas. Outra temática será como efetivar a participação da Psicologia nos processos de controle social dos direitos das crianças e dos adolescentes.

O CFP vai transmitir no canal do YouTube a abertura e o encerramento da atividade, que acontece na sede da Autarquia, em Brasília.

Sobre a Conferência Nacional

Convocada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), a 12ª CNDCA terá como tema central “A situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempo de pandemia pela Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”.

A conselheira federal Marina Poniwas, que preside o Conanda, explica que o tema escolhido para a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente busca refletir e avaliar os reflexos da pandemia de Covid-19 na vida de crianças e adolescentes.

“Vivenciamos recentemente uma crise global e as populações mais afetadas foram, especialmente, crianças e adolescentes que irão vivenciar as consequências da pandemia por um largo período de tempo. Por esta razão, a Conferência Nacional vai abordar os direitos humanos dessa população no período pandêmico e pós pandêmico”, salienta a conselheira.

A CNDCA foi precedida por um processo amplo de diálogo sobre avaliação das políticas e ações de promoção, proteção, defesa e controle social dos direitos humanos de crianças e adolescentes nas esferas municipal, estadual e distrital.

Grupo para articulação da Psicologia

Para fomentar a interlocução entre as(os) psicológas(os) que participarão da etapa nacional da 12ª CNDCA, o Conselho Federal de Psicologia vai criar um grupo no WhatsApp para a troca de informações. 

O objetivo é facilitar o diálogo entre a categoria acerca de pautas relevantes para a Psicologia a serem debatidas durante a Conferência, fortalecendo a incidência nas ações e políticas de Estado a serem estruturadas para o segmento infanto-juvenil.

Para participar desse espaço de diálogo e troca de informações, as(os) profissionais inscritas(os) na Conferência Nacional deverão preencher o formulário eletrônico abaixo para cadastramento no grupo on-line.

Inscreva-se no grupo de WhatsApp aqui.

SERVIÇO

A Psicologia rumo à 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

Data: segunda-feira, 11 de março de 2024
Horário de início: 13h30
Horário de término: 18h
Inscrições: forms.gle/PYDZAzihgB1dPW2Q9

Informe CFP

De acordo com a Lei 5766/71, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia são a autarquia responsável por orientar, fiscalizar e regulamentar o exercício profissional de psicólogas e psicólogos.

Enquanto os Conselhos Regionais recebem, apuram e julgam denúncias contra psicólogas e psicólogos em suas jurisdições, o Conselho Federal tem como atribuição emitir as normativas nacionais e também atuar como tribunal superior, julgando os recursos dos processos que se originam nos CRPs.

Assim, é vedado o posicionamento público do CFP em casos concretos, já que os processos se dão sob trâmite de confidencialidade e imparcialidade.

Princípio ético

É importante destacar que o Código de Ética Profissional veda à psicóloga e ao psicólogo praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem violência.

Coerente com essas diretrizes, o Código de Processamento Disciplinar da Psicologia também prevê a possibilidade de apuração de faltas éticas cometidas por psicólogas ou psicólogos no exercício de cargo de gestão regional ou federal, determinando que esse tipo de processo deve tramitar com maior celeridade.

Além disso, o CFP possui a Secretaria de Orientação e Ética (SOE), que está à disposição para orientar e sanar quaisquer dúvidas quanto a procedimentos a serem adotados em caso de denúncias contra integrantes dos plenários dos CRPs.

Conselho Federal de Psicologia (CFP)

CFP lança edital para os 50 Anos dos Conselhos Regionais de Psicologia

Por ocasião dos 50 anos do Sistema Conselhos de Psicologia, o CFP lançou em 9 de fevereiro um edital para financiar projetos que contem a memória institucional dos Conselhos Regionais de Psicologia.

O objetivo é destacar as ações que contribuíram para os avanços da Psicologia brasileira e os aspectos relevantes da trajetória histórica dos Conselhos Regionais.

Podem ser palestras, exposições, edição de livros e revistas, produção de material para redes digitais, produção de vídeo em formato digital, peças publicitárias, dentre outras criações.

Serão elegíveis os Conselhos Regionais de Psicologia de pequeno e médio porte, segundo critérios estabelecidos no regulamento da APAF, Resolução CFP nº 03/2012, considerando número de inscritos ativos informados no orçamento de 2023. O aporte será de até R$40 mil para apoio na realização dos projetos aprovados.

Prazos

Os projetos deverão ser enviados das 10h de 25 de março, até as 23h59 de 12 de abril. A divulgação dos aprovados será feita pelo CFP até o dia 26 de maio e deverão ser executados entre 1º de maio e 20 de dezembro.

Acesse o edital completo e participe!

bit.ly/edital50anos

Sistema Conselhos lança aplicativo com a carteira de identidade digital da Psicologia

Já está disponível para toda a categoria a versão digital da Carteira de Identidade Profissional da(o) psicóloga(o). A novidade pode ser encontrada no aplicativo e-CIP, desenvolvido pelo Sistema Conselhos de Psicologia e que está disponível para download de forma gratuita nas lojas de aplicativos dos sistemas Android e iOS.

A e-CIP é um aplicativo moderno e que segue a tendência mundial de concentração de serviços em smartphones, proporcionando ganho de tempo e de recursos para as(os) profissionais da Psicologia.

A versão digital da Carteira de Identidade Profissional da(o) psicóloga(o) utiliza tecnologia similar à presente na Carteira Digital de Trânsito, entre outros. Desse modo, conta com a mesma legalidade jurídica da carteira em versão impressa e sua emissão requer pouco tempo. 

“Com o aplicativo do e-CIP, psicólogas e psicólogos terão ao alcance do telefone celular mais mobilidade, praticidade e comodidade para o exercício da profissão. Convidamos toda a categoria a baixar a CIP digital e usufruir dessa tecnologia prática e funcional”, salienta Pedro Paulo Bicalho, presidente do Conselho Federal de Psicologia.

Entre as vantagens da carteira digital está a disponibilidade de acesso via celular. Em breve, o aplicativo da e-CIP também terá a inclusão gradativa de novos serviços incorporados à identidade digital.

O aplicativo possui várias camadas de segurança, como a liberação somente para profissionais que tenham realizado cadastramento biométrico prévio, o reconhecimento facial para liberação do e-CIP e um QR Code criptografado. Esses recursos garantem maior proteção contra profissionais não autorizadas(os) para o exercício da Psicologia. Da mesma forma, amplia as possibilidades de fiscalização por impedir o uso de documentação falsa ou adulterada.

Como acessar

A(o) profissional da Psicologia pode baixar a carteira digital no aplicativo de duas maneiras: pelo número do CPF, ou escaneando o QR Code contido na nova CIP impressa. Em seguida, é necessário realizar o procedimento de validação facial e baixar o documento digital.

Para acesso à versão digital, é necessário que a(o) psicóloga(o) tenha feito a coleta biométrica e emitido a nova Carteira de Identidade Profissional. Caso ainda não tenha emitido a nova CIP, a(o) profissional deve requerer o documento diretamente ao Conselho Regional de Psicologia da inscrição profissional.

No CRP, são realizadas a coleta de dados biométricos e a confirmação dos dados biográficos. Também será necessária a apresentação de um documento oficial de identidade, com foto atualizada, e o número de inscrição no CPF.

Saiba mais

A Carteira de Identificação Profissional CIP é o documento emitido pelo Sistema Conselhos de Psicologia – composto pelo Conselho Federal e os 24 Conselhos Regionais de Psicologia – que confere à psicóloga e ao psicólogo a habilitação para exercer a profissão, conforme prevê o art. 14 da Lei nº 5.766/197. 

A nova CIP foi implantada em agosto de 2022. Na ocasião, o Conselho Federal de Psicologia e o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo fizeram a entrega simbólica da primeira unidade da nova Carteira de Identificação Profissional da categoria. O documento foi entregue a Mathilde Neder, pioneira da Psicologia e com registro profissional ativo desde 1974, emitido pelo CRP-SP. Até o momento, mais de 17,5 mil novas CIPs já foram emitidas em todo o país. 

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CFP assume presidência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), representado pela conselheira Marina Poniwas, tomou posse na manhã desta quarta-feira (7), em Brasília/DF, como entidade presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conanda. O órgão colegiado é o responsável pelo planejamento e monitoramento da política nacional de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes no Brasil.

A solenidade de posse reuniu autoridades como o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida, e o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.Também estavam presentes representantes do Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), do Ministério Público, das Defensorias Públicas, de Conselhos Tutelares, e membros de organizações, redes, movimentos, coalizões e fóruns, bem como a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

Ao longo do último ano, a conselheira Marina Poniwas já vinha atuando junto ao Conanda como vice-presidenta na gestão do biênio 2024/2025. Em sua fala de posse, ela pontuou o progresso nas ações do órgão e os desafios na proteção dos direitos dessa população. “Após muita luta e resistência pela sociedade civil, avançamos com a recomposição de um Conselho de Direitos que foi duramente atacado ao longo dos últimos anos. Hoje temos um Conanda mais democrático e participativo”, destacou Poniwas.

A conselheira reafirmou que a sociedade civil e o Conanda são contrários à privatização do Sistema Socioeducativo e que essa também é uma luta da Psicologia. Destacou ainda que psicólogas e psicólogos desenvolvem um importante trabalho na socioeducação em todo o país, orientados pela Resolução CFP 15/2022, que estabelece normas na área.

Para o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, assumir a presidência do Conanda reflete o compromisso da Psicologia brasileira na construção de um sistema de garantia de direitos que seja efetivo na proteção de crianças e adolescentes.

“É um orgulho muito grande para o Conselho Federal de Psicologia poder estar nesse lugar e poder mostrar à sociedade brasileira que a ciência psicológica é também uma ciência que constrói proteção, em especial para as pessoas mais vulnerabilizadas no nosso país, incluindo crianças e adolescentes”.

Papel do Conanda

Durante a cerimônia o ministro do Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que o Conanda tem um papel fundamental, não só na promoção da infância e juventude, mas também na institucionalização da política e dos direitos humanos no Brasil. “O Conanda é uma das poucas instituições que tem uma memória institucional que permitiu que nós tivéssemos, mesmo nos momentos históricos mais difíceis, uma política de proteção de crianças”, ressaltou o ministro.

O ministro também falou sobre a responsabilidade histórica do governo em proteger as crianças das campanhas anti-vacinas, de conteúdos xenófobos e antissemitas que propagam a violência no âmbito virtual, além de atentar ao uso indiscriminado de ferramentas de inteligência artificial.

Sobre olhar para o futuro, o ministro ressaltou sobre a necessidade de seguir o exemplo do Conanda “tão crucial para o destinos da nossa Nação” e agradeceu pelo apoio do colegiado no processo da reconstrução da política de direitos humanos no país.

Além do ministro, também compôs a mesa de solenidade de posse o secretário Nacional do Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), Ricardo Washington Melo, e o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva.

Sobre o Conanda

Criado pela Lei nº 8.242/1991, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) como o principal órgão do sistema de garantia de direitos.

O Conanda é subordinado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e funciona por meio de gestão compartilhada, na qual representantes do governo e da sociedade civil definem, no âmbito do Conselho, as diretrizes para a Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes.

Esta é a segunda vez que o Conselho Federal de Psicologia fica à frente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança – a primeira foi em 2020. Ao longo dessa trajetória, o CFP e a Psicologia brasileira têm contribuído com o processo de participação social na elaboração de políticas públicas voltadas à promoção, proteção e defesa dos direitos voltados à população infanto-juvenil.

Confira a galeria de imagens do evento

Posse na presidência do Conanda | Flickr

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