CFP realiza encontro em Boa Vista para dialogar sobre Psicologia e saúde indígena

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) promoveu no dia 1º de outubro o encontro “Psis pela Saúde Indígena”, no Centro de Educação (CEDUC) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista. A iniciativa é parte de um conjunto de ações para fortalecer a atuação psicossocial na região Norte do Brasil.

O evento reuniu cerca de 70 psicólogos e psicólogas que trabalham com populações indígenas em Roraima e estados vizinhos, além de representantes do Conselho Regional de Psicologia da 20ª Região (CRP-AM/RR). Na ocasião, o CFP, foi representado por Izabel Hazin (conselheira-secretária), Célia Mazza (conselheira-tesoureira), Nita Tuxá e as conselheiras da Região Norte, Isadora Canto e Fabiane Fonseca.

Esta é a primeira vez que a atual gestão promove esse encontro na região focado especificamente em conhecer e dar suporte às(aos) profissionais da Saúde e Assistência Social, evidenciando o compromisso do Conselho Federal com as questões indígenas na Psicologia. “Essa aproximação junto à categoria é essencial para que possamos entender as necessidades e desafios que enfrentamos”, afirmou Izabel Hazin.

Durante sua apresentação, a conselheira Nita Tuxá destacou as novas dinâmicas sociais na região Norte, especialmente a crescente presença de indígenas nas cidades, tanto territorializados quanto desterritorializados, em meio a significativas transformações culturais. “É um erro pensar que a atuação junto às populações indígenas se limita a seus territórios, pois há uma diversidade de povos que requer também políticas públicas variadas”, enfatizou.

Nita Tuxá reconheceu ainda que muitos profissionais da Psicologia desconhecem a realidade indígena, o que dificulta a efetividade de seu trabalho. “Precisamos entender que, mesmo com lacunas na formação, temos ferramentas para atuar junto a essas populações. A principal delas é que o profissional se encontre disponível para um processo de interculturalidade”, ressaltou a conselheira.

Atuação do Sistema Conselhos

O Sistema Conselhos tem discutido temas relacionados à atuação das psicólogas e psicólogos na região Norte, incluindo reflexões sobre a prática profissional, com base em resoluções, referências técnicas e no Código de Ética.

Em agosto deste ano, o CFP promoveu um debate em Brasília sobre a saúde mental de povos indígenas, reunindo entidades do movimento indígena e órgãos governamentais com o objetivo de desenvolver diálogos que promovam o bem-viver e a saúde mental dessa população.

Em 2024, foi lançada uma edição atualizada das Referências Técnicas para atuação de psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas, desenvolvidas pelo Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop).

O processo eleitoral dos Conselhos Regionais agora exige cotas para candidaturas de grupos identitários, como pessoas com deficiência, negras, trans e indígenas, uma medida pioneira que reforça a inclusão.

Seções em Foco

O CFP realizou no dia 2 de outubro, também em Boa Vista/RR, o evento “Seções em Foco: processos administrativos e compartilhamento de práticas”. O encontro reuniu representantes do Conselho Federal e das Seções dos estados do Amapá, de Roraima e do Acre, bem como suas respectivas sedes: CRPs 10 (Pará), 20 (Manaus) e 24 (Rondônia), em agenda que integrou um conjunto de iniciativas para fortalecer a atuação da Psicologia na região Norte do país.

O objetivo foi discutir assuntos comuns da dinâmica entre as instâncias do Sistema Conselhos, promover a troca de experiências e melhorar as práticas de gestão. Entre os temas, a Resolução CFP nº 04/2023, prestação de contas, requisitos para desmembramento, Programa de sustentabilidade, Programa Nacional de Tecnologia da Informação e Escola de Governança.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, e as conselheiras Célia Mazza, Izabel Hazin, Nita Tuxá, Isadora Canto e Fabiane Fonseca representaram o Conselho Federal na atividade.

Confira a galeria de fotos do encontro “Psis pela Saúde Indígena”.

Roraima recebe seminário sobre desafios e perspectivas da Psicologia contemporânea

Nos dias 3 e 4 de outubro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou o seminário “Desafios e Perspectivas da Psicologia na Contemporaneidade” na Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista. O evento, voltado a profissionais e estudantes de Psicologia, proporcionou um espaço para a troca de conhecimentos e a construção coletiva de possibilidades de atuação, abordando os desafios contemporâneos da ciência e da profissão psicológicas.

A programação incluiu diálogos sobre temas relevantes, como a contribuição da Psicologia na formulação de políticas públicas, situações de crises humanitárias, migrações e a atuação da categoria junto aos povos indígenas.
A solenidade de abertura contou com a presença do presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, da coordenadora-geral da Seção Roraima, Rayssa Lemos, e do coordenador do curso de Psicologia da UFRR, Gabriel Gomes.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou a importância da luta política na profissão, enfatizando o desafio de alinhar a Psicologia às realidades sociais do país. “A presença de profissionais da Psicologia em todos os 5.578 municípios é um passo significativo, mas é necessário continuar a transformação”, afirmou.

O presidente do Conselho Federal também frisou a relevância da Resolução CFP nº 01/99, que há 25 anos proíbe terapias de conversão, em contraste com as recorrentes denúncias de violência contra a população trans. Além disso, expressou a urgência de fortalecer a Psicologia contemporânea, que ainda enfrenta resistência e retrocessos, especialmente em comunidades terapêuticas que violam direitos. “A Psicologia deve se posicionar ativamente contra essas injustiças, reafirmando seu papel como uma ciência de luta”, concluiu.

Em seguida, teve início a primeira mesa, que abordou o tema “Psicologia e Políticas Públicas em prol do ‘bem-viver'”. A atividade foi mediada por Isadora Canto, conselheira do CFP, e contou com as contribuições da também conselheira Fabiane Fonseca, além de Anne Cleyanne, especialista em Políticas Públicas do CRP-24 (RO/AC), e Vicky Cordeiro, conselheira do CRP-10 (PA).

A conselheira Isadora Canto expressou sua gratidão às companheiras de mesa e destacou a importância de discutir questões relevantes para a própria comunidade local.

Durante a exposição, a conselheira Fabiane Fonseca abordou o papel dos Conselhos Regionais e a importância da contribuição da categoria nas discussões, bem como a necessidade de abrir diálogos e promover rodas de conversa, ressaltando o aprendizado contínuo que surge da troca de experiências.

Durante o lançamento da edição revisada das Referências Técnicas para a Atuação de Psicólogos junto aos Povos Indígenas, mediado pela conselheira federal Neuza Guareschi – que contou também com a presença de Iterniza Macuxi, do DSEI Leste Roraima, e das lideranças Raquel Wapichana e Iolanda Pereira – a conselheira Nita Tuxá fez uma reflexão sobre as narrativas predominantes no Brasil, com destaque para a necessidade de ressignificar os discursos sobre a crise climática e a relação do ser humano com a natureza. A conselheira ressaltou que importantes lideranças dos povos tradicionais e indígenas, como David Kopenawa e Ailton Krenak, há anos já alertam sobre a destruição da natureza como uma autodestruição da humanidade mas, apesar disso, a ciência tradicional aborda a ecoansiedade de maneira técnica, sem considerar os conhecimentos e saberes ancestrais.

Em contraste com abordagens centradas no diagnóstico e na patologia, a conselheira propõe um novo olhar, baseado no conhecimento profundo da história local e das vivências do povo, especialmente as dores e os processos de resistência que marcam essa história.

A conselheira Neuza Guareschi enfatizou a importância de atualizar constantemente os conceitos e práticas da Psicologia, destacando que a referência técnica revisada busca repensar as práticas psicológicas em colaboração com as comunidades indígenas.

Durante debate sobre a Psicologia em situações de emergência e migrações – que contou também com a participação de Henrique Galhano, do CRP-MG; Wellen Crystine, da Secretaria Municipal de Gestão Social de Boa Vista; e de Lucinda Marbella, liderança Pemon –, a conselheira do CFP Clarissa Guedes, afirmou que “é um grande desafio reunir tantas reflexões que são importantes para nos fazer pensar, sendo esse o objetivo do Crepop, que é o de pensar como a gente constrói práticas profissionais fundamentadas, teórica e tecnicamente, mas também ético-sensíveis, dialogando com outras cosmovisões”, explicou.

Alessandra Almeida, vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia, apresentou informações sobre o aumento da frequência e da intensidade de desastres ambientais. Para ela, a crescente mobilidade forçada, associada a mudanças climáticas e geopolíticas, desafia os governos a adotarem políticas mais competentes e preventivas, focando em educação, conscientização e planejamento estratégico para lidar com esses fluxos migratórios. “A categoria deve buscar se capacitar continuamente, por meio de cursos e treinamentos, para lidar com as especificidades de cada situação emergencial, sempre com foco em abordagens técnicas e apoio social”, ressaltou.

O evento também marcou debate sobre os princípios da avaliação psicológica e os impactos neuropsicológicos da contaminação por mercúrio, com as presenças de Leandro Durazzo (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e de Analice Reis Bezerra, do DSEI Yanomami.

No segundo dia, as(os) conselheiras(os) federais Evandro Peixoto, Juliana Guimarães e Izabel Hazin realizaram um mini-curso enfatizando questões sobre Avaliação Psicológica e Compulsória, perícia psicológica no contexto do trânsito e a elaboração de documentos decorrentes da atuação profissional.

Seminário refletiu sobre novos desafios nas políticas penais e atuação do Sistema Conselhos de Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) organizou, nos dias 13 e 14 de setembro, o seminário “A Psicologia nas Políticas Penais: Temas Emergentes”. Realizado em Brasília/DF pelo Grupo de Trabalho do CFP sobre Psicologia e Políticas Penais, sob a coordenação da vice-presidente do CFP, Alessandra Almeida, o evento reuniu representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) de todo o país para diálogos sobre como enfrentar os desafios contemporâneos da Psicologia nesse campo.

A abertura do seminário foi conduzida pelo presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, acompanhado pela conselheira federal Clarissa Guedes, coordenadora nacional do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), e pela coordenadora da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do CFP, Andreza Costa. 

Para Bicalho, é fundamental atualizar práticas profissionais, fortalecer o compromisso com as políticas públicas e criar novas diretrizes que atendam às necessidades das políticas penais. “A Psicologia no Brasil passou por mudanças significativas, mas a formação de psicólogas e psicólogos ainda precisa estar melhor alinhada com as demandas das políticas públicas nesse campo”, pontuou.

Saúde mental e sistema prisional

A conselheira Clarissa Guedes apresentou o trabalho do CREPOP na articulação entre a Psicologia e as políticas públicas para enfatizar a importância do atendimento psicossocial, da prevenção de violências por meio da promoção da saúde mental no sistema prisional, bem como das intervenções voltadas à ressocialização das pessoas privadas de liberdade.

Andreza Silva destacou a necessidade de revisar as referências utilizadas na prática clínica à luz dos direitos. A coordenadora da CDH relembrou a atual campanha de direitos humanos do Sistema Conselhos de Psicologia, “Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis”, que busca dialogar sobre o trabalho da categoria em contextos diversos.

A mesa de diálogos sobre o estado inconstitucional do sistema prisional brasileiro, coordenada por Clarissa Guedes, recebeu o professor André Ribeiro Giambernardino (UFPR), a ativista Elaine Bispo da Paixão (Agenda Nacional pelo Desencarceramento), a perita Ana Valeska Duarte (Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura) e a secretária nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, Mayesse Pirizi.

Giambernardino reconheceu a complexidade do sistema penitenciário e o papel do CFP na promoção de práticas éticas. Elaine Bispo destacou a falta de profissionais da Psicologia e de assistentes sociais nas prisões e criticou a terceirização dos serviços. Ana Valeska Duarte trouxe a necessidade de fortalecer políticas públicas e a importância de uma atuação contínua dos estados. Mayesse Pirizi discutiu a interface entre a política penal e a Psicologia, apontando a urgência de reformular o sistema prisional e de criar um plano nacional com estratégias específicas.

Atuação da Psicologia

A programação também contou com a participação de Valdirene Daufemback (integrante do GT Psicologia nas Políticas Penais/CFP), Adriana Eiko Matsumoto (UNIFESP) e Salo de Carvalho (UERJ e/ UFRJ)  em diálogo sobre a qualificação do exame criminológico. .

Daufemback destacou o estudo solicitado pelo ministro Edson Fachin (MPF) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o exame criminológico e sua implementação nas prisões, o qual revela que há cerca de 1.400 psicólogas e psicólogos em atuação nas unidades prisionais, porém sem perspectiva de novas contratações.

Adriana Eiko apontou a necessidade de combater práticas coloniais no exame criminológico, enquanto Salo de Carvalho criticou a nova Lei nº 1.484/2023, que reintroduz a obrigatoriedade desse exame para progressão de regime, questionando sua validade técnica e constitucional.

A integrante do GT de Psicologia nas Políticas Penais, Maynar Vorga, moderou a mesa sobre saúde mental no sistema prisional, em que problematizou o racismo estrutural e a precariedade das instituições psiquiátricas. Melina Miranda e João Mendes Júnior, ambos especialistas nessa área, abordaram a evolução na abordagem da saúde mental no sistema judicial com o advento da Resolução nº 487/2023 do CNJ, marco importante na política antimanicomial. Eles destacaram o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) e a importância da Lei nº 10.216/2001, a qual dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Ao final da manhã, a conselheira vice-presidenta do CFP, Alessandra Almeida agradeceu a participação e contribuição dos membros do grupo de trabalho e destacou a relevância do seminário.

O segundo dia de atividades não foi transmitido e foi dedicado ao público interno e ao alinhamento de práticas no âmbito do Sistema Conselhos sobre o tema do seminário. Foram abordados o histórico das ações do CFP e CRPs em relação ao sistema prisional, os desafios da atuação da categoria, as questões de gênero e a articulação em torno de temas como plano de carreira para a categoria, exame criminológico e a regulamentação da polícia penal – com foco na resolução antimanicomial do CNJ (Resolução n° 487/2023) e no diálogo com o CREPOP/CFP.

Roraima sedia seminário sobre desafios e perspectivas da Psicologia contemporânea

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza, nos dias 3 e 4 de outubro, o seminário “Desafios e Perspectivas da Psicologia na Contemporaneidade”. O evento é voltado para profissionais e estudantes de Psicologia e será realizado nas instalações do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PRONAT) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista/RR. As inscrições estão abertas até o dia 3 de outubro, via formulário.

O seminário será um espaço de troca de conhecimentos e de construção coletiva para enfrentar os desafios contemporâneos da ciência e da profissão, reunindo debates e reflexões sobre assuntos que impactam a atuação da Psicologia na atualidade.

A programação inclui mesas de diálogo sobre diversos temas de relevância social,  profissional e científica, dentre os quais, a contribuição da Psicologia para a formulação de políticas públicas voltadas para a promoção de uma vida digna e equitativa, bem como a atuação de psicólogas e psicólogos junto aos povos indígenas.

Haverá também a partilha de experiências sobre o papel da Psicologia em crises humanitárias e migrações, com destaque para o contexto venezuelano e suas repercussões no Brasil, assim como reflexões acerca dos princípios da avaliação psicológica e os impactos neuropsicológicos da contaminação por mercúrio.

Além disso, será ministrado minicurso sobre os principais aspectos e desafios dos processos avaliativos na prática psicológica contemporânea. Serão discutidos temas como a Avaliação Psicológica e suas metodologias, Avaliações Compulsórias em diferentes contextos institucionais, com ênfase na perícia psicológica no contexto do trânsito, e os cuidados na elaboração de documentos escritos decorrentes da atuação profissional, destacando a importância da ética e do cuidado na comunicação dos resultados.

Participam da solenidade de abertura, no dia 3 de outubro, às 14h, o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, a coordenadora-geral da Seção Roraima, Rayssa Lemos, e o coordenador do curso de Psicologia da UFRR, Gabriel Gomes.

Também integram a programação como representantes do CFP, as conselheiras Alessandra Almeida (vice-presidente), Izabel Hazin (secretária-tesoureira), Neuza Guareschi, Nita Tuxá, Isadora Canto, Fabiane Fonseca, Clarissa Guedes, Juliana Guimarães e Evandro Peixoto.

Confira a programação:

Seminário “Desafios e Perspectivas da Psicologia na Contemporaneidade”

3 de outubro de 2024 (quinta-feira)

14h – MESA DE ABERTURA
Pedro Paulo Bicalho – Presidente do CFP
Rayssa Lemos – Coordenadora Geral da Seção Roraima
Gabriel Gomes – Coordenador de Psicologia – UFRR  

14h30 – MESA 1: Psicologia e Políticas Públicas em prol do “bem-viver”
Isadora Canto – Conselheira do CFP (mediação)
Fabiane Fonseca – Conselheira do CFP 
Anne Cleyanne – Especialista em Políticas Públicas – CRP 24 (RO/AC)
Vicky Cordeiro – Conselheire do CRP 10 (PA)

16h – MESA 2: Atuação de Psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas CREPOP: Lançamento da edição revisada das Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas
Neuza Guareschi – Conselheira do CFP (mediação)
Nita Tuxá – Conselheira do CFP
Iterniza Macuxi – DSEI – Leste Roraima
Raquel Wapichana – Liderança Jovem Wapichana
Iolanda Pereira – Liderança Macuxi

17h30 – MESA 3: Contexto venezuelano: Psicologia, emergências e migrações
Clarissa Guedes – Conselheira do CFP (mediação)
Henrique Galhano – CRP 04 (MG)
Wellen Crystine –  Secretaria Municipal de Gestão Social de Boa Vista
Alessandra Almeida – Vice-presidente do CFP
Lucinda Marbella – Liderança Pemon

19h – MESA 4: Princípios da Avaliação Psicológica e impactos neuropsicológicos da contaminação pelo mercúrio
Izabel Hazin – Conselheira do CFP (mediação)
Evandro Peixoto – Conselheiro do CFP
Leandro Durazzo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Analice Reis Bezerra – DSEI – Yanomami

20h30 – Encerramento do dia

4 de outubro de 2024 (sexta-feira)  

14h às 18h – Minicurso – Processos avaliativos na contemporaneidade: da perícia à produção de documentos
Evandro Peixoto – Conselheiro do CFP
Juliana Guimarães – Conselheira do CFP
Izabel Hazin – Conselheira do CFP

Temas: Avaliação Psicológica e Compulsória; Perícia psicológica no contexto do trânsito; e Elaboração de documentos escritos decorrentes da atuação profissional.

18h – Encerramento

Serviço:
Evento: Seminário “Desafios e Perspectivas da Psicologia na Contemporaneidade”
Local: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PRONAT) – Universidade Federal de Roraima (UFRR) – Boa Vista – Roraima.
Data: 3 e 4 de outubro de 2024
Horário: 14h às 21h
Inscrições: De 23 de setembro até 3 de outubro (realize a sua inscrição).

Conselho Federal de Psicologia divulga resultado da 2ª edição do Prêmio Virgínia Bicudo

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) torna pública a lista dos trabalhos selecionados na segunda edição do Prêmio Profissional Virgínia Bicudo: Práticas para uma Psicologia Antirracista. 

Dos relatos enviados à comissão organizadora, seis foram selecionados e receberão prêmio de R$ 2 mil. Outras quatro iniciativas foram reconhecidas com menções honrosas. 

A premiação busca identificar, valorizar e divulgar estudos e ações de psicólogas(os)(es), coletivos e grupos que envolvam a Psicologia e as Relações Étnico-Raciais, fundamentadas nos direitos humanos e que tenham impacto na saúde mental, na redução das desigualdades sociais e no posicionamento antirracista.  

Nesta segunda edição, foram inscritos trabalhos inéditos apresentados sob a forma de artigo técnico ou relatos de práticas embasadas na ciência psicológica. A constituição da identidade e subjetividade da criança negra; o aquilombamento como experiência terapêutica entre universitários(as) negras(os); as narrativas ancestrais como dispositivos em saúde mental; e os caminhos de cura à subjetividade colonizada estão entre as temáticas centrais selecionadas. 

A cerimônia de premiação está prevista para ocorrer ainda neste ano, no início de novembro. A publicação da íntegra dos trabalhos será divulgada em breve.

Conheça abaixo os trabalhos selecionados:

  • Categoria: Experiências coletivas

Premiadas:

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial
Título: PORQUÊ TEM CORES DIFERENTES: PRÁTICAS EDUCATIVAS E A CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE/SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA NEGRA
Autor principal: Janaina Cassiano Silva (09/006394)
Autoras: Rafaela Renero dos Santos (06/190540)
Região: Centro-Oeste

Eixo: Modos de resistência antirracista: antimanicomial, cultural, religioso
Título: AQUILOMBAMENTO COMO EXPERIÊNCIA TERAPÊUTICA ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIAS/OS/ES NEGRAS/OS/ES
Autor principal: Thiago da Silva Laurentino (17/2349).
Autoras: Mayara Cristina Alves da Silva, Elaine Jéssica de Souza Lira, Mariana Moreira Costa do Carmo, Wesley Ribeiro Costa Meneses e Viviane Aline Marcolino De Lima
Região: Nordeste

Menção Honrosa:

Eixo: Interseccionalidades.
Título: CENSO PSICOSSOCIAL: UMA FORMAÇÃO INTERVENTIVA, ANTIMANICOMIAL E ANTIRRACISTA
Autor principal: Daniel Duba Silveira Elia (05/36054).
Autoras(es): Lucas Moura Santos Silva (05/75215), Priscila Marques Niza de Oliveira, Bruno Lopes Lima, Erika Rodrigues Silva, Jessica Taiane da Silva e Rachel Gouveia Passos.
Região: Sudeste.

  • Categoria: Experiências individuais


Premiadas:

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial.
Título: NARRATIVAS ANCESTRAIS COMO DISPOSITIVOS EM SAÚDE MENTAL : DIÁLOGOS EM PRETUGUÊS COM IYÁ, LÉLIA GONZALEZ
Autora principal: Tess Rafaella Lobato de Oliveira (10/03894).
Região: Norte.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial.
Título: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM PSICOLOGIA E RELAÇÕES RACIAIS NO SUDESTE MARANHENSE: E O ETNOESPORTE
Autor principal: Fabio José Cardias Gomes (22/01133).
Região: Nordeste.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial.
Título: TERAPÊUTICA AFROPINDORÂMICA: RESGATE DE NOSSA ORIGINALIDADE E CAMINHOS DE CURA À SUBJETIVIDADES COLONIZADAS
Autora principal: Kêa Costa / Rodrigo Moreira Costa (05/42870).
Região: Sudeste.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial
Título: MULHERES, PSICÓLOGAS E NEGRAS: A ATUAÇÃO DE EDNA ROLAND
Autora principal: Camila Rodrigues Francisco (06/182751).
Região: Sudeste.

Menções Honrosas:

Eixo: Interseccionalidades
Título: SAÚDE MENTAL E POVOS TRADICIONAIS CIGANOS: UMA VIVÊNCIA EM GRUPO
Autora principal: Raquel Freire do Amaral (06/201645).
Região: Sudeste.

Eixo: Geracional: racismo na infância, juventude e envelhecimento.
Título: RACISMO E REPRESENTATIVIDADE NA CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NEGRAS EM ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL.
Autora principal: Carolina da Silva Nascimento (06/187611).
Região: Sudeste.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial
Título:TECNOLOGIAS DE ENQUADRAMENTO: VOCÊ JÁ ASSISTIU A ALGUMA HISTÓRIA QUE LEMBRASSE A SUA?
Autora principal: Denise Queiroz Costa da Luz (05/47527).
Região: Sudeste.

Sobre Virgínia Bicudo

Virgínia Leone Bicudo foi a primeira mulher negra a compor um plenário do CFP, em 1973. Virgínia deixou um importante legado, sendo ainda a primeira mulher a fazer análise na América Latina, primeira estudiosa a redigir uma tese sobre relações raciais no Brasil e também a primeira psicanalista não médica no país.

Conselho Federal de Psicologia realiza evento preparatório para a Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou no dia 30 de agosto, com o apoio do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI), um evento preparatório para a 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES).

A 1ª Conferência Nacional Livre da Psicologia Brasileira para Gestão do Trabalho e Educação na Saúde discutiu, propôs e deliberou linhas de ação da Psicologia, com foco na educação permanente das equipes de saúde, a fim de promover  o aprimoramento do trabalho e do cuidado. Além disso, foi definida a delegação que representará a Psicologia na etapa nacional.

Na avaliação do conselheiro federal Gabriel Figueiredo, esse foi um importante momento para discutir as questões do mundo do trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).  Para ele, a Psicologia tem sido bastante participativa nas conferências nacionais sobre os mais diversos temas de impacto à sociedade brasileira.  “Estamos presentes nas discussões e na construção de propostas para o SUS, contribuindo para as deliberações e diretrizes para o fortalecimento dessa importante política de garantia de direitos no nosso país”, explica o conselheiro.

Ainda na avaliação do conselheiro, “todas as questões da Psicologia referentes ao mundo do trabalho, desde o aspecto da saúde do trabalhador até a política de educação permanente em saúde, são eixos estruturais para pensar e direcionar o campo da formação”.

Para Fernanda Magano, integrante da comissão organizadora da Conferência Nacional e representante dos trabalhadores e trabalhadoras na mesa diretora, a Psicologia tem se dedicado em organizar conferências livres, que são uma estratégia do Conselho Nacional de Saúde para ampliar a participação e a possibilidade de eleger delegados e delegadas de forma horizontal.

Durante a etapa preparatória, os profissionais da categoria puderam apontar melhorias desejadas no âmbito do SUS, com ênfase na formação de profissionais e na qualidade do serviço prestado à população.

A Conferência Livre do CFP assegurou quatro vagas para participação de representantes da Psicologia como delegadas(os) na etapa nacional da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES). Além disso, foram deliberadas na plenária da conferência três propostas e duas diretrizes, para cada um dos três eixos.

Eixos temáticos e propostas e diretrizes aprovadas

A Conferência Livre foi organizada em torno de três eixos temáticos.

O primeiro abordou democracia, controle social e equidade na gestão participativa do trabalho e da educação em saúde. Entre as propostas, destaca-se a implantação de uma jornada máxima de até 30 horas e um piso salarial nacional para os trabalhadores do SUS, além de um plano de cargos e carreiras. A ideia é combater a precarização salarial e fortalecer as três esferas do governo na atenção à saúde dos trabalhadores, visando um estado de bem-viver.

O segundo eixo abordou a importância de garantir condições de trabalho dignas e seguras no SUS. Entres as propostas, promover infraestrutura adequada, equipamentos e insumos suficientes, além de dimensionamento correto das equipes. Também se destacou a necessidade de ações contra assédio moral e violência, promovendo saúde mental das(os) trabalhadoras(es). O diálogo propôs ainda uma gestão democrática dos equipamentos, com escolha de profissionais estáveis para cargos de chefia e interlocução com sindicatos, comissões e o controle social, reforçando a Política Nacional de Humanização da Saúde.

O terceiro eixo abordou a educação para o desenvolvimento do trabalho na produção da saúde e do cuidado das pessoas que fazem o Sistema Único de Saúde funcionar.

Todas as propostas e diretrizes serão encaminhadas para a organização da Conferência Nacional.

Conferência Nacional

A 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde será realizada de 10 a 13 de dezembro em Brasília/DF, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Ministério da Saúde. Com o tema “Democracia, trabalho e educação na saúde para o desenvolvimento: gente que faz o SUS acontecer”, o evento busca mobilizar todas as regiões do Brasil para aprimorar o trabalho e o cuidado no SUS, além de revisar os processos de formação dos profissionais, incluindo a Psicologia.

“Esse evento é um momento crucial para discutir questões do trabalho no SUS, com a Psicologia participando ativamente na formulação de propostas para fortalecer essa política pública”, destaca Gabriel Figueiredo. A conferência também celebrará os 62 anos de regulamentação da profissão de Psicologia, destacando seu papel no SUS.

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CFP promove diálogo sobre atuação profissional em avaliação psicológica na prevenção ao suicídio e cuidado à vida

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) promove na  quinta-feira (5), às 16h, o diálogo digital Atuação profissional em avaliação psicológica: suicídio e cuidado à vida. A live tem como objetivo aprofundar a discussão sobre a temática, contribuindo para aprimorar as práticas de prevenção ao suicídio.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é um problema de saúde pública de alcance global, com mais de 700 mil mortes registradas a cada ano. No Brasil, aproximadamente 14 mil casos são registrados anualmente, correspondendo a uma média de 38 suicídios por dia. 

“Essa atividade é um convite para que os profissionais da Psicologia se juntem a nós nessa reflexão essencial, buscando expandir conhecimentos e práticas em prol da saúde mental e do bem-estar”, convida o conselheiro federal Evandro Peixoto (CRP 02/16299), coordenador da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP/CFP), que fará a abertura do evento.

A psicóloga Daniela Zanini, membro da CCAP/CFP, será a mediadora da atividade. Entre as(os) convidadas, participam o psicólogo Makilim Nunes Batista, com experiência clínica em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental, Avaliação Psicológica e Prevenção Psicológica; e a psicóloga Cibele Amaral, que também atua como roteirista, diretora e produtora cinematográfica de Brasília/DF.

As participantes debaterão a complexidade da avaliação psicológica em casos de ideação suicida, incluindo comportamentos e tentativas de auto-lesão. Além disso, abordarão formas de prevenção, analisando como fatores sociais, pessoais e culturais influenciam e podem ser compreendidos no contexto do suicídio.

Conheça as(os) participantes:

Daniela Zanini (CRP-09/003595)

Integrante da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia (CCAP/CFP). Doutora em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidad de Barcelona (Espanha) e pós-doutora na mesma instituição. Professora da PUC-Goiás na graduação e pós graduação (mestrado e doutorado). Atua como psicóloga clínica e da saúde com ênfase em avaliação psicológica e intervenções em saúde.

Makilim Nunes Batista (CRP-06/47038)

Profissional com graduação em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995), mestrado e docência na PUC-Campinas, doutorado pela UNIFESP (2001) e pós-doutorado pela Universidade do Algarve (Portugal, 2022). Possui mais de 25 anos de experiência em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental. Ex-presidente do IBAP e membro de diversas entidades internacionais, com foco em Avaliação Psicológica, Tratamento e Prevenção Psicológica.

Cibele Amaral (CRP-01/20315)

Psicóloga, roteirista, diretora e produtora cinematográfica de Brasília com mais de 20 anos de experiência no mercado audiovisual nacional e internacional. Graduada em Artes Cênicas pela Accademia Internazionale di Teatro di Roma e em Psicologia pela Universidade Paulista, com formação em Roteirismo pela RAI. Responsável por diversos filmes premiados, como “Por que você não chora?” (2021) e “Rir Pra Não Chorar” (2022). Em 2024 e 2025, lançará novos filmes de longa-metragem e a série de TV “Réus”.

Série de debates

Essa será a segunda de três lives promovidas pela CCAP/CFP este ano. Foi realizada no dia 18 de julho atividade sobre Atuação profissional em avaliação psicológica: esporte olímpico e paraolímpico. O próximo e último debate da série está previsto para ocorrer em novembro, sobre atuação profissional relacionada à justiça social.

A Psicologia na saúde mental

O Conselho Federal de Psicologia destaca que o diálogo e cuidados sobre as questões relacionadas ao cuidado em saúde mental devem ser abordadas ao longo de todo o ano e não apenas em situações extremas.

Nesse sentido, desde 2020 a autarquia promove a campanha “Saúde Mental de Janeiro a Janeiro”, com o objetivo de colocar em evidência a necessidade do cuidado integral e contínuo para a saúde física e psíquica de todas as pessoas.

Serviço

Atuação profissional em Avaliação Psicológica: suicídio e cuidado à vida
Data: 5 de setembro
Horário: 16h
Transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Conselho Federal de Psicologia

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CFP promove diálogo sobre atuação profissional em avaliação psicológica no esporte olímpico e paraolímpico

Concurso público CFP 2024: Conselho Federal de Psicologia divulga edital para provimento de vagas e cadastro de reserva

Foi publicado, nessa segunda-feira (2), pelo Instituto Quadrix, o Edital CFP nº 01/2024, que torna público o processo seletivo para o preenchimento de vagas e de formação de cadastro de reserva no âmbito do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

A iniciativa foi oficializada, conforme as atribuições legais e regulamentares da entidade, delegando ao Instituto Quadrix a organização do certame.

O processo seletivo para recompor o quadro de pessoal do CFP é medida essencial para fortalecer a entidade em suas funções de orientação, disciplina e fiscalização do exercício profissional da categoria em todo o território nacional.

As vagas disponibilizadas incluem as funções de Técnico Administrativo e Analista Técnico em diversas áreas como Psicologia, Tecnologia da Informação, Comunicação, Contabilidade, Licitações e Contratos, entre outras especialidades. As candidatas aprovadas serão contratadas sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com todos os direitos e obrigações previstos em lei, e lotados em Brasília/DF.

Etapas

As inscrições devem ser feitas exclusivamente de forma on-line, pelo site do Instituto Quadrix (www.quadrix.org.br), até às 23h do dia 9 de outubro de 2024, conforme o horário oficial de Brasília. As taxas de inscrição variam entre R$ 60 e R$ 65, dependendo do nível do cargo.

O processo seletivo contará com uma prova objetiva para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório. Para os cargos de nível superior, haverá ainda uma prova discursiva e uma avaliação de títulos.

As provas objetivas e discursivas para os cargos de nível superior estão previstas para serem aplicadas no dia 1º de dezembro de 2024, enquanto as provas para os cargos de nível médio ocorrerão em 15 de dezembro de 2024, ambas no período da tarde. As etapas do concurso serão realizadas na cidade de Brasília/DF.

Os editais e comunicados referentes ao concurso serão divulgados no site oficial do Instituto Quadrix.

Acesse a íntegra do Edital CFP nº 01/2024.

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Nota de Pesar: Carla Pinheiro França

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) expressa publicamente o seu pesar pelo falecimento da psicóloga Carla França. Defensora incansável do papel da  Psicologia na defesa dos Direitos Humanos, a psicóloga integrou a Comissão de Direitos Humanos do CFP entre 2017 e 2019.

Carla França também atuou nas gestões dos Conselhos Regionais de Psicologia da Bahia (CRP-BA) e do Mato Grosso do Sul (CRP-MS), onde fez contribuições significativas para a profissão. No Ministério Público, exerceu o cargo de assessora técnica do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH). 

A psicóloga era especialista em Direitos Humanos pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Estado da Bahia (FESMIP/UNEB) e em Psicologia Social.

Esteve ainda à frente de diversas lutas sociais, incluindo o Movimento de Pessoas em Situação de Rua, a luta antimanicomial, a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, bem como questões relacionadas à segurança pública, entre outras.

Neste momento de luto, o Conselho Federal de Psicologia expressa suas  sinceras condolências a familiares e amigos. Que suas lembranças e seu legado na defesa dos direitos humanos sejam uma fonte de conforto e inspiração.

Nota de Pesar: Arrigo Leonardo Angelini

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento de Arrigo Leonardo Angelini, ocorrido na segunda-feira (29).

Ao longo dos anos, Angelini contribuiu  significativamente para o desenvolvimento da Psicologia no país. Sua trajetória está profundamente ligada à história da Psicologia, destacando-se por sua atuação no movimento de regulamentação da profissão e no desenvolvimento da Psicologia Educacional, sua principal área de atuação.

O psicólogo participou ativamente da campanha no Congresso Nacional para a aprovação da Lei de regulamentação da profissão e da formação necessária para o exercício profissional em Psicologia no Brasil. 

Angelini também foi o primeiro presidente do Conselho Federal de Psicologia, entre 1973 e 1975, e teve o primeiro registro de psicólogo concedido por um Conselho de Psicologia no país. Além disso, figura entre os  fundadores do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), na década de 1970. Como diretor e vice-diretor do instituto, dedicou especial atenção à biblioteca do IPUSP e à implantação da pós-graduação nas áreas Escolar, Experimental, Social e Clínica, nos níveis de mestrado e doutorado.

Como professor e estudioso dedicado à Psicologia Escolar, Angelini formou muitos doutores que atuam no Brasil e no exterior. Foi catedrático de Psicologia Educacional e chefe do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (PSA) do Instituto de Psicologia da USP, onde se destacou como pesquisador, administrador e formador de recursos humanos.

Angelini também presidiu a Sociedade Brasileira de Psicologia, a Associação Brasileira de Psicologia e a Sociedade Interamericana de Psicologia (SIP), além de participar de outras atividades associativas.

Homenagens

Em 2012, por ocasião dos 50 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil, a Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP) publicou uma entrevista com Arrigo Angelini, destacando sua contribuição para a história da Psicologia no país. 

Em novembro de 2023, Angelini foi entrevistado pelo CFP para o projeto Memórias da Psicologia, como parte das comemorações dos 50 anos do Conselho Federal de Psicologia, ocasião em que foi homenageado com uma placa em reconhecimento à sua atuação e legado.

O Conselho Federal de Psicologia expressa suas sinceras condolências aos familiares, amigos e à comunidade acadêmica neste momento de luto. Arrigo Angelini deixa um legado que será eternamente lembrado na Psicologia brasileira.