Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia reforça atuação integrada e democrática

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) sediou, no dia 6 de junho, o 2º Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia. O evento reuniu representantes das Ouvidorias dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) de todo o país com o objetivo de ampliar a troca de experiências, consolidar boas práticas e fortalecer a atuação conjunta desses espaços fundamentais para o diálogo com a categoria e com a sociedade.

A proposta do encontro foi criar um espaço de construção coletiva, com foco na definição de temas prioritários que orientarão as atividades de um grupo de trabalho específico ao longo do ano.

Entre os objetivos centrais está a elaboração de um manual de padronização de atendimento que irá subsidiar a atuação das Ouvidorias no Sistema Conselhos, promovendo mais eficiência, transparência e uniformidade nas respostas às demandas recebidas.

O conselheiro-presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou a importância do sistema integrado de ouvidorias. “Muito importante esse momento. Somos uma profissão que se constrói a partir da noção de escuta. Vocês engrandecem a Psicologia brasileira estando nesse lugar”, afirmou.

“O encontro é mais uma etapa de fortalecimento das Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia”, aponta o conselheiro do CFP responsável pela área de Ouvidoria, Roberto Chateaubriand.

Segundo o conselheiro federal, um dos principais desafios é adaptar as concepções tradicionais de ouvidoria no país à realidade específica do Sistema Conselhos, distinguindo o que se refere ao atendimento geral e o que é, de fato, atribuição da Ouvidoria.

A supervisora da Ouvidoria do CFP, Ana Clara de Medeiros, também destacou o papel estratégico das Ouvidorias na melhoria dos serviços oferecidos. “Podemos pensar juntos aqui sobre como aprimorar fluxos e melhorar, assim, a percepção do público externo sobre o atendimento de todo o Sistema”.

O encontro contou ainda com debates e abordou temas como padronização de formulários, fluxos de demandas que chegam pelas ouvidorias e o uso do Sistema de Gestão Cadastral, Financeiro, Processos e Fiscalização (BRC) nas práticas do Sistema Conselhos.

A realização do 2º Encontro de Ouvidorias reforça o compromisso do CFP com a construção de uma Psicologia ética, participativa e atenta às demandas da categoria e da população.

Psicologia e direitos humanos: encontro propôs diálogo entre a prática psicológica, campos de atuação e a diversidade do Brasil

Nos dias 6 e 7 de junho, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Comissão de Direitos Humanos (CDH), realizou em Brasília/DF o X Seminário Nacional de Direitos Humanos. Com o tema Psicologia e Direitos Humanos: caminhos emancipatórios para (re)existências Brasis, o evento buscou fortalecer a aproximação de profissionais da Psicologia a diferentes grupos populacionais, a fim de incentivar o exercício de práticas científicas e profissionais mais inclusivas e representativas.  

O seminário reuniu representantes das Comissões de Direitos Humanos dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) de todo o país, que, em parceria com a CDH, contribuíram para a construção da Campanha Nacional de Direitos Humanos do triênio 2023-2025. Especialistas, ativistas e representantes de comunidades historicamente negligenciadas também participaram das atividades.  

Na abertura do evento, o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou a importância de uma Psicologia conectada às diversas realidades sociais. Relembrou que a criação da CDH foi um marco na defesa dos direitos humanos no exercício profissional e científico da categoria. “O CFP tem 51 anos, dos quais 25 foram sem a Comissão e, agora, completamos 26 promovendo direitos humanos. Este seminário representa essa virada. Psicologia e direitos humanos são indissociáveis”, ressaltou.

A vice-presidente do CFP e integrante da CDH, Alessandra Almeida, pontuou que o seminário foi um momento de avaliação das ações desenvolvidas no triênio 2023-2025 e de apontamentos futuros. “Estamos felizes por debater aqui uma Psicologia contracolonial, capaz de acolher a diversidade das existências dos nossos Brasis. Isto representa a concretização dos planos iniciais da comissão e das atividades realizadas ao longo do triênio”, afirmou.  

O evento também foi marcado por intervenções, como os atos Criança não é mãe, Vidas trans importam, Palestina Livre, Demarcação Já e Combate à violência contra as mulheres. “Essas mobilizações representam a potência do debate sobre corpos e territórios, reafirmando uma Psicologia crítica e comprometida com os direitos humanos e em diálogo com a sociedade civil”, pontuou a conselheira do CFP e integrante da CDH, Nita Tuxá. 

Para a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos, Andreza Costa, o X Seminário representou a culminância de um longo processo coletivo, reforçou a pluralidade brasileira e contextualizou as múltiplas possibilidades e abordagens da Psicologia, “identificando os processos de sofrimento e adoecimento das populações invisibilizadas e também reconhecendo suas estratégias de existência e resistência”, destacou.

Cuidado em liberdade  

Outro destaque do seminário foi o pré-lançamento do relatório nacional sobre a desinstitucionalização dos manicômios judiciários. A iniciativa busca consolidar políticas públicas de cuidado em liberdade e reforça o compromisso da Psicologia brasileira com o tema.  

“Apresentamos dados iniciais e indicativos sobre o fechamento desses espaços, que representam o pior do pior – prisões disfarçadas de hospitais, locais de violação de direitos em que o cuidado não ocorre de fato”, ponderou a conselheira federal Clarissa Guedes, durante o pré-lançamento.

Pedro Paulo Bicalho ressaltou a cooperação técnica com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que representa um avanço significativo no reconhecimento institucional e na atuação conjunta entre Psicologia e Justiça. “De todas as nossas experiências de inspeção, essa é a primeira vez que o CNJ assina conosco. Isso não é qualquer coisa. Isso é maturidade institucional. Isso é reconhecimento da justiça brasileira sobre a nossa potencialidade de trabalho”, enfatizou.

Assista o X Seminário Nacional de Direitos Humanos.

Campanha CDH

Intitulada “Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis”, a iniciativa das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia para o triênio 2023-2025 busca valorizar a diversidade de histórias, identidades e territórios originários da sociedade brasileira, promovendo uma prática profissional e científica mais inclusiva e representativa.

Entre as ações, destacam-se os debates regionais Giros Descoloniais e o podcast Prosas Descoloniais, que pretendem resgatar saberes historicamente marginalizados e aproximar a Psicologia da realidade social do país.

A campanha também reforça resoluções fundamentais da profissão que orientam a atuação frente à discriminação racial, violência de gênero e direitos da população LGBTQIA+, consolidando o compromisso da Psicologia com os direitos humanos e a diversidade.

CREPOP disponibiliza para consulta pública Referências Técnicas para atuação junto às pessoas idosas nas Políticas Públicas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), inicia nesta segunda-feira (9) a consulta pública para que psicólogas e psicólogos de todo o país possam contribuir para a futura publicação que irá abordar a atuação da categoria junto às pessoas idosas no âmbito das políticas públicas.

Essa é uma das etapas que antecedem o lançamento de uma referência técnica para orientar profissionais da Psicologia em todo o território nacional e tem como  objetivo consultar psicólogas(os) de todo o país para aprimorar o documento, tornando o processo de elaboração mais democrático e participativo. 

Passo a passo da Consulta Pública

Para participar da consulta pública é preciso seguir as seguintes orientações:

Acesse aqui e confira a versão preliminar do texto destinado à consulta pública – acesse aqui o documento.

Em seguida, acesse o link do formulário aqui e faça suas contribuições, considerando cada eixo que organiza a Referência Técnica.

Atente-se ao prazo: a consulta pública ficará disponível até 13 de julho de 2025. Após o término desse período, as contribuições ao texto preliminar serão enviadas à comissão de especialistas, que trabalhará para a construção da versão final para publicação.

Para mais informações, acesse crepop.cfp.org.br. Participe! 

Sobre o Crepop

O Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) é uma iniciativa do Sistema Conselhos de Psicologia voltada à promoção da qualificação da atuação profissional de psicólogas e psicólogos que atuam nas diversas políticas públicas.

Além de um papel técnico, o CREPOP tem um importante papel ético e político. Ético no que tange à qualificação profissional, orientando um fazer alinhado com a garantia de direitos e a transformação de vidas. Político por se tratar de um espaço que demarca as contribuições da Psicologia para o campo das políticas públicas, voltadas para a transformação social.

Confira as Referências Técnicas já lançadas.

CFP leva debate sobre agenda 2030 e compromisso com a luta antirracista aos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, no dia 27 de maio, de reunião do Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas. 

O encontro destacou o compromisso das entidades pelo cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sobretudo, o ODS 18, que trata da promoção da igualdade étnico-racial. O objetivo central foi ressaltar o compromisso do sistema de fiscalização profissional com as possibilidades de cooperação internacional alinhadas ao desenvolvimento sustentável.

Pedro Paulo Bicalho, presidente do CFP, explica que a ação dá continuidade aos debates do 8° Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável, ocorrido em abril na cidade de Santiago, Chile – que também contou com a participação do Conselho Federal de Psicologia. Na ocasião, após a apresentação de seu legado de inserção nas políticas públicas sociais e de ações concretas em diversas frentes pela promoção de direitos, o CFP passou a integrar o mapeamento oficial da ONU que lista as entidades que colaboram para o atingimento das metas dos ODS na América Latina. 

Na avaliação do presidente do CFP, o Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas  é um espaço estratégico para a troca de experiências entre as entidades e possibilita a criação de incidência junto aos mais de 10 milhões de profissionais registrados nos 31 conselhos federais de profissões. 

“A Psicologia brasileira tem um histórico de atuação na defesa de direitos e na incidência em espaços de controle social, com foco na promoção de políticas públicas que possam promover a saúde mental da população, considerando as condições multifatoriais que impactam a vida de todas as pessoas”, afirmou Bicalho.

Os diálogos contaram também com a participação de Tatiana Dias Silva, diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação, do Ministério da Igualdade Racial. “O Forúm dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas é um espaço potente, que reúne representação de milhões de profissionais. Promover sinergia com os propósitos do MIR e do ODS 18 é essencial para alcançar, por meio dos profissionais, políticas públicas e atuação profissional alinhada com a promoção da igualdade étnico-racial”, destacou a representante do MIR. 

Lavito Person Motta Bacarissa, secretário-executivo da Comissão Nacional para os ODS (CNODS), da Presidência da República, também esteve presente e destacou a importância de poder falar das ações da CNODS para um fórum extremamente qualificado. “A agenda de desenvolvimento sustentável apenas alcançará êxito, se houver o compromisso de todos”, ponderou.

Protagonismo brasileiro na luta antirracista

A proposta de um ODS específico para a promoção da igualdade étnico-racial foi anunciada em setembro de 2023, pela Presidência da República do Brasil, durante a abertura da 78ª Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU).

Pedro Paulo Bicalho destaca que a Psicologia brasileira tem estado atenta aos desafios nesse campo, mencionando a elaboração de importantes instrumentos normativos para apoio à categoria, como a Resolução CFP nº 18/2002, que estabelece normas de atuação para psicólogas e psicólogos em relação ao preconceito e à discriminação racial. “Os conselhos profissionais regulamentados têm um importante papel na luta antirracista. Reafirmar seu compromisso junto ao ODS 18 é imperativo para avançarmos nesse enfrentamento”, ressaltou Bicalho.

Além das ações de orientação à categoria, que impactam nos serviços oferecidos a toda a sociedade, o Conselho Federal de Psicologia tem atuado na construção de bases metodológicas para o fortalecimento institucional e permanência saudável de grupos minoritários nas autarquias que compõem o Sistema Conselhos de Psicologia. Este é um dos objetivos centrais do Programa de Ações Afirmativas, Reparatórias e Inclusivas do Sistema Conselhos de Psicologia, que está sendo estruturado em parceria com o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA). Uma das ações concretas é o estabelecimento de cotas raciais para que pessoas negras e indígenas ocupem, pelo menos, 20% das gestões dos Conselhos de Psicologia no Brasil.

Saiba mais

O Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas foi criado em 1999, destacando o fomento ao relacionamento institucional com os Três Poderes para buscar a valorização das profissões regulamentadas como foco de sua atuação. 

Atualmente, o colegiado é composto por 31 conselhos federais de fiscalização profissional legalmente constituídos com a finalidade de discutir e deliberar sobre assuntos institucionais de interesse das profissões regulamentadas no Brasil. 

Estima-se que, juntos, o Fórum dos Conselhos represente mais de 10 milhões de profissionais registrados em todo o território nacional.

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Nota de Pesar – Mara Coelho de Souza Lago

É com pesar que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) recebe a notícia sobre o falecimento de Mara Coelho de Souza Lago. 

Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc),com mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutorado em Psicologia da Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), teve importante atuação enquanto pesquisadora. Seus trabalhos tiveram como foco prioritário a psicologia social nos temas gênero, gerações, subjetividades e modos de vida, conectando interdisciplinaridades. 

Também foi uma das criadoras do curso de Psicologia da UFSC, onde atuou por 41 anos, entre 1969 e 2010. O título de professora emérita foi conquistado no ano seguinte a sua aposentadoria, em 2011. Ainda na UFSC, participou da criação do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), do Serviço de Atenção Psicológica da UFSC (Sapsi) e do Laboratório de Psicologia Experimental. Ela também foi uma das fundadoras e primeira coordenadora do mestrado em Psicologia, do qual foi a primeira coordenadora, e colaborou na constituição do doutorado interdisciplinar em Ciências Humanas. Mara atuou ainda como professora voluntária nos programas de pós-graduação em Psicologia (PPGP) e Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH).

Neste momento de luto, o Conselho Federal de Psicologia manifesta suas sinceras condolências à família, amigos e a todas as pessoas que foram impactadas pela vida e obra da professora Mara Coelho de Souza Lago.

CFP lança novo site da Plataforma Pepsic

A  plataforma da Rede de Periódicos da Psicologia (Pepsic) está de cara nova. Na última sexta-feira (14), durante o  seminário “Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial”, realizado na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), o comitê gestor da plataforma fez o lançamento do novo site, destacando os desafios ao longo do processo de reestruturação da ferramenta.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, ressaltou que essa nova fase do PePsic representa não apenas a reformulação de um repositório de periódicos científicos mas, também o acesso mais inclusivo e democrático aos conteúdos, para que revistas latino-americanas, caribenhas e africanas estejam inseridas na produção do conhecimento desse ponto de vista de quem está no Hemisfério Sul. “Precisamos estar juntas e juntos, produzir coletivos e fazer da produção e divulgação de periódicos científicos uma tarefa coletiva e colegiada. Defender o conhecimento, a produção do conhecimento científico do Brasil, é uma tarefa também das instituições de Psicologia, também do Conselho Federal de Psicologia”, afirmou.

A conselheira do CFP Neuza Guareschi, responsável pela coordenação do comitê Gestor da Rede PePsic, fez  um balanço das atividades do colegiado, destacando que o evento que marcou o lançamento do novo site foi  o terceiro seminário sobre aspectos ligados à plataforma.  “A gente conseguiu mapear, fazer o levantamento, contato, comunicação e organização de todas as revistas. E aí, já começamos, há algum tempo, a trabalhar em um portal do Pepsic, que vocês estão acessando agora”, pontuou.

Sobre a perspectiva de uma maior integração com a produção de conhecimento em Psicologia na América Latina, Neuza Guareschi, , que também é editora da Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP), destacou, que, em breve, será lançada uma edição especial do periódico sobre a discussão da formação em Psicologia na América Latina.

Guareschi explicou ainda que, nesta perspectiva de maior integração entre os editores científicos, o comitê gestor do Pepsic estará presente em grandes  eventos da Psicologia em 2025, como o X Congresso Latino-Americano de Psicologia, XI Congresso ALFEPSI, o 7º Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão (7º CBP) e o ABEC Meeting 2025.

Promoção do conhecimento

O conselheiro federal Virgílio Bastos destacou o compromisso da reformulação da plataforma pela importância que ela tem na geração de conhecimento no Brasil para fundamentar a atuação profissional. “Esse é um compromisso nosso com a ciência, com a prática profissional, que são duas coisas que não estão dissociadas em absoluto. E esse esforço nosso de recompor o Pepsic, atualizá-lo, dar-lhe novas funcionalidades, vem enfrentando muitos obstáculos, mas nós temos caminhado nessa direção e vamos continuar persistindo. Em breve, teremos notícias melhores ainda em termos de acessibilidade e de funcionalidades para o sistema”, complementou. 

O conselheiro do CFP  afirmou ainda que os seminários promovidos pelo comitê gestor da plataforma são importantes porque se inserem dentro de uma outra perspectiva, que é apoiar editores e  as revistas científicas da Psicologia. 

Saiba mais

O Seminário “Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial” foi realizado nos dias 14 e 15 de maio na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília/DF. 

O encontro contou com cinco mesas de debate que colocaram em diálogo questões relacionadas ao processo editorial,  às  diretrizes  para  as(os)  autoras(es), à indexação e seleção, ao processo de solicitação e à avaliação por pareceristas, além de desafios diversos no campo.

Todos os debates foram transmitidos em tempo real pelo canal do CFP no YouTube.

Acesse o novo site da Rede PePsic.

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CFP publica resolução que regulamenta a avaliação psicológica em concursos públicos

Foi publicada na última quinta-feira (22), no Diário Oficial da União (DOU), a nova resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que regulamenta a avaliação psicológica no âmbito dos concursos públicos. A normativa – que busca garantir mais  segurança para profissionais da Psicologia, candidatas(os) e sociedade em geral – revoga  a Resolução CFP 02/2016, que tratava da temática.

A Resolução CFP nº 08/2025 é fruto de deliberação da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF) do Sistema Conselhos de Psicologia, realizada em dezembro de 2019, que definiu um Grupo de Trabalho (GT) para a elaboração do documento. O material foi aprovado pelo pleno da APAF em dezembro do ano passado.

Para o conselheiro do CFP e coordenador da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP), Evandro Peixoto, a norma apresenta  importantes atualizações em relação à Resolução CFP 02/2016, objetivando mais segurança diante dos processos de avaliação psicológica em certames. O conselheiro federal destacou ainda que o GT realizou  um detalhado levantamento das principais denúncias recebidas pelos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) para orientar o trabalho de construção do documento.  “Essa resolução tem como objetivo fortalecer a ética, a imparcialidade e a qualidade das avaliações psicológicas, assegurando um processo mais justo e transparente nos concursos públicos”, ressalta Peixoto.

Entre as principais mudanças, estão a definição de procedimentos que garantem a legalidade das avaliações, a composição da banca de psicólogas(os) e as  regras mais detalhadas para a elaboração dos editais, bem como a escolha das técnicas psicológicas a serem aplicadas e a condução da entrevista devolutiva, prática fundamental para garantir transparência e o direito à informação ao candidato.

Saiba mais

Segundo a Resolução CFP nº 08/2025, a(o) profissional da Psicologia deve fundamentar a Avaliação Psicológica em concursos públicos e seleções de natureza pública em conformidade com as disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, da Resolução CFP nº 31, de 15 de dezembro de 2022, da Resolução CFP nº 6, de 29 de março de 2019 e da Resolução CFP nº 1, de 30 de março de 2009, atentando-se ainda  à dignidade e aos direitos da pessoa humana, conforme a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Ainda de acordo com o documento, os requisitos psicológicos devem ser identificados por meio do estudo científico do cargo, também denominado profissiografia ou análise profissiográfica. Esses requisitos psicológicos referem-se a características psicológicas necessárias para a atividade do cargo e a características psicológicas restritivas ou impeditivas para o exercício da função.

Além disso, as(os)  psicólogas(os) da Banca Examinadora do certame devem indicar no resultado a aptidão ou a inaptidão para o desempenho das funções de determinado cargo, fundamentada nos requisitos psicológicos previamente estabelecidos no estudo científico do cargo.

Confira a íntegra da Resolução CFP nº 08/2025

CFP realiza seminário nacional para debater diversidade e aproximação da Psicologia com comunidades historicamente marginalizadas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Comissão de Direitos Humanos (CDH), promove nos dias 6 e 7 de junho, em Brasília/DF, o X Seminário Nacional de Direitos Humanos, com o tema Psicologia e Direitos Humanos: caminhos emancipatórios para (re)existências Brasis. O evento será presencial e gratuito, mas exige inscrição prévia. As vagas são limitadas, de acordo com a capacidade do espaço, e as inscrições estarão abertas até o preenchimento total.

Com o objetivo de aproximar a categoria científica e profissional das diversas realidades sociais do país, além de fortalecer a promoção de práticas mais inclusivas e representativas, a programação irá destacar a campanha nacional das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia, com debates e vivências que valorizam as influências afropindorâmicas e latino-americanas na Psicologia.

O encontro também contará com mesas de diálogo sobre direitos e políticas públicas no cuidado em liberdade, culminando no pré-lançamento de um relatório nacional com dados inéditos sobre desinternação de pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei nos manicômios judiciários de todo o país.

“Durante dois dias, vamos reunir especialistas e profissionais de diferentes áreas, ativistas e representantes de movimentos sociais para diálogos sobre como essa área do conhecimento e atuação é capaz de acolher a abordagem de comunidades que foram historicamente negligenciadas”, destaca o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

As pessoas interessadas também poderão acompanhar as atividades do Seminário em transmissão on-line, em tempo real, pelo canal do CFP no YouTube. As inscrições para esta modalidade também são necessárias.

Campanha CDH

Intitulada “Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis”, a iniciativa das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia para o biênio 2023-2025 busca valorizar a diversidade de histórias, identidades e territórios originários que compõem a sociedade brasileira, promovendo uma prática profissional e científica mais inclusiva e representativa.

Entre as ações, estão debates regionais intitulados Giros Descoloniais e o podcast Prosas Descoloniais. O objetivo é resgatar saberes historicamente marginalizados e aproximar a Psicologia da realidade social do país.

A campanha também reforça resoluções importantes da profissão que orientam a atuação frente à discriminação racial, violência de gênero e direitos da população LGBTQIA+, consolidando o compromisso da Psicologia com os direitos humanos e a diversidade.

Serviço

X Seminário Nacional de Direitos Humanos
Datas: 6 e 7 de junho
Horário: das 8h30 às 21h
Endereço: CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras – SEPN 516, Conj D, Lote 09- Edifício Via Universitas – 4º Andar – Asa Norte – Brasília/DF
O local é acessível e inclusivo, haverá sala de descompressão e espaço para crianças.
Inscrições: O cadastro está disponível neste link, tanto para participação presencial (vagas limitadas à capacidade do espaço) quanto para acompanhar as atividades na modalidade virtual.

Conferência livre da Psicologia elege 10 pessoas delegadas para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

Na terça-feira (29 de abril), o Conselho Federal de Psicologia (CFP), em parceria com a Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI) e a Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (SBPOT), realizou a 1ª Conferência Livre da Psicologia para a Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador (disponível aqui e aqui), com o objetivo de elaborar propostas e diretrizes para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT) e eleger delegadas e delegados para sua etapa nacional.

O evento registrou mais de 2,3 mil inscrições, contando com 566 pessoas credenciadas e ampla participação de pesquisadoras(es), estudantes e profissionais da Psicologia na transmissão em tempo real. Ao final dos debates, foram eleitas 10 pessoas delegadas titulares e 10 suplentes para representar a categoria na 5ª CNSTT.

O conselheiro do CFP e mediador da conferência livre, Gabriel Figueiredo, destacou a importância da contribuição de profissionais, parceiras(os) e colaboradoras(es) para o fortalecimento da Psicologia no campo do trabalho. Enfatizou também a relevância da Psicologia para a promoção da saúde da população trabalhadora no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A contribuição de profissionais e estudantes presentes nos debates reforça que podemos e devemos acreditar no futuro da nossa profissão. A formação atual demonstra preocupação não apenas com os espaços de controle social e a democratização da Psicologia, promovida pelo Sistema Conselhos, mas também com a política de saúde e o fortalecimento do SUS”, afirmou o conselheiro federal.

A conferência teve abertura conduzida pelo presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, e contou com a participação de especialistas como Antônio Virgílio (conselheiro do CFP), Bruno Chapadeiro (colaborador do CFP), Fernanda Magano (CNS), Hugo Sandall (SBPOT), Leny Sato (USP), Luís Leão (UFF/CGSAT – Ministério da Saúde), Tamara Levy (FENAPSI) e Vânia Machado (FENAPSI).

Conferência Nacional

A 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Ministério da Saúde, será realizada em Brasília/DF, entre os dias 18 e 21 de agosto de 2025. O evento terá como tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”.

O CFP integra o CNS, sendo representado pelo conselheiro Gabriel Figueiredo, além de participar da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (CISTT) por meio do colaborador Bruno Chapadeiro. A CISTT desempenha um papel fundamental na assessoria das conselheiras e conselheiros de Saúde sobre temas relacionados à saúde da população trabalhadora no Brasil e na organização da 5ª CNSTT.

Além de ampliar o debate sobre o acesso à saúde pelo SUS, a conferência nacional abordará os impactos de longo prazo da Covid-19 nas condições de trabalho e saúde, além das possíveis mudanças na frequência e formas dos agravos à saúde, incentivando a busca por soluções coletivas.

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CFP discute saúde psicossocial de trabalhadoras e trabalhadores em evento preparatório à 5ª CNSTT

PePsic: CFP realiza seminário para debater a gestão e o processo editorial de periódicos científicos 

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza na próxima semana, nos dias 14 e 15 de maio, o seminário “Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial”. A atividade é uma iniciativa do Comitê Gestor da Rede Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePsic) e contará com a participação de editores de periódicos científicos de Psicologia, além de representantes das instituições  que integram o Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB).

O seminário contará com cinco mesas de debate que colocarão em diálogo questões relacionadas ao processo editorial,  às  diretrizes  para  as(os)  autoras(es), à indexação e seleção, ao processo de solicitação e à avaliação por pareceristas, além de desafios diversos no campo.

Neuza Guareschi, conselheira do CFP e coordenadora do Comitê Gestor PePsic, destaca que o evento pretende aproximar os editores de periódicos científicos de Psicologia, promovendo espaço de interlocução e troca de experiências. “O seminário dá sequência às  questões que a gente vem trabalhando junto com os editores de revistas científicas em Psicologia, no sentido de poder colaborar com os editores e com essas revistas para que possam se adequar e aprimorar os seus periódicos e, assim, atender determinadas exigências do portal e de alguns indexadores”, avalia a conselheira federal ao destacar ainda que durante a atividade será apresentado o trabalho que o Comitê Gestor do PePsic vem realizando na área.

Confira a programação

Dia 14  de maio de 2025

9h30 às 9h50 – Abertura/Boas vindas 

Participantes: Neuza Maria de Fátima Guareschi (CFP) e Antônio Virgílio Bittencourt Bastos (CFP).

10h às 12h – Mesa – Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial.

Convidadas: Nancy Sánchez Tarragó (Universidade Federal de Rio Grande do Norte) e Sônia Maria Guedes Gondim (SBPOT).

14h às 15h20 – Sessão de debate 1: Desafios e questões relativas à linha editorial: foco, escopo e Corpo editorial.

Participantes: Katia Maheirie (Associação Brasileira de Psicologia Política – ABPP) e Marina Greghi Sticca (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto).

15h30 às 17h – Sessão de debate 2: Desafios e questões relativas às diretrizes para os autores: Orientações técnicas e éticas das submissões.

Participantes: Acácia Aparecida Angeli dos Santos (Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica – IBAP) e Rodrigo Lopes Miranda (Universidade Católica Dom Bosco).

Dia 15 de maio de 2025

9h às 10h30 – Sessão de debate 3: Desafios e questões relativas  à indexação: seleção e processo de solicitação.

Participantes: Thatiana Helena de Lima (Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia (ABECIPSI) e Marilda Gonçalves Dias Facci (Universidade Estadual de Maringá).

10h50 às 12h30 – Sessão de debate 4: Desafios e questões relativas à avaliação por pareceristas: composição e formação.

Participantes: Mary Sandra Carlotto (Associação de Programas de Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) e Ligia Carolina Oliveira (Universidade Federal de Uberlândia UFU).

12h30 às 13h – Encerramento

Participantes: Pedro Paulo Gastalho de Bicalho e Neuza Maria de Fátima Guareschi (Conselho Federal de Psicologia)

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Esse será o terceiro seminário realizado pelo Conselho Federal de Psicologia  desde a retomada da plataforma Pepsic, com a  publicação da Portaria CFP 07/2023, que institucionalizou o PePsic no âmbito do CFP  e criou o seu Comitê Gestor. 

Neuza Guareschi explica  que o Comitê Gestor do Pepsic realiza um mapeamento e levantamento de revistas científicas, por contatos individuais com cada editor. Segundo ela, nesta etapa o colegiado trabalha em questões mais específicas dos periódicos, como a ciência aberta, exigências de aprovação nos comitês de éticas, ferramentas de detecção de plágio e Inteligência Artificial (IA). Ainda nessa fase, o Comitê apresenta  a base de indexadores na América Latina e outros que os periódicos possam buscar. A ideia, destaca a conselheira federal, é “mostrar como visibilizar nossos periódicos e também qualificá-los ainda mais, principalmente dentro da rede PePsic, que tem alcance em todos os países da América Latina, Caribe, Bambuí, e também da África”.

Acesse a Rede PePsic neste link.

Serviço:

Seminário “Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial”

14 e 15 de maio de 2025

Transmissão ao vivo pelo canal do CFP no YouTube

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