CFP no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) esteve presente em uma série de atividades relacionadas ao tema, em Brasília/DF. A data de 18 de maio rememora o triste episódio da menina assassinada há 50 anos em São Paulo, vítima de diversas formas de violência. 

Atento ao compromisso ético-político da Psicologia de promover cuidado integral e proteção de direitos, o CFP se une às mobilizações da campanha Faça Bonito. A iniciativa busca estimular denúncias e fortalecer a implementação de políticas públicas para o enfrentamento ao problema. A ação é coordenada pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, com apoio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

A conselheira do CFP e vice-presidenta do Conanda, Marina Poniwas, acompanhou, na manhã do dia 18, a cerimônia sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Palácio do Planalto. 

Entre as autoridades presentes durante a solenidade, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, reconheceu e lamentou em seu discurso a realidade violenta em que vive a maior parte das crianças e adolescentes do nosso país. “Infelizmente o Brasil aniquila sonhos, viola direitos e normaliza a violência que fere e mata crianças e adolescentes”. 

O ministro apresentou dados recentes sobre a violência sofrida por crianças e adolescentes brasileiros, coletados por meio do Dique 100: considerando os três primeiros meses deste ano, 400 mil crianças e adolescentes foram vítimas de violência no Brasil – entre elas, cerca de 17 mil sofreram violência sexual.

Ao publicizar essas informações, Silvio Almeida reiterou o compromisso do governo para reverter esse quadro. Entre as ações afirmativas de combate à violência de crianças e adolescentes, o Conanda foi lembrado como elemento fundamental nessa luta, como a manifestação desse “refazimento da democracia no Brasil”.  

Além disso, o ministro também elencou 13 medidas de enfrentamento à exploração sexual infantil, entre elas a criação da Comissão Intersetorial  Enfrentamento contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Serão investidos também cerca de R$ 2,5 milhões de reais em centros de atendimento integrados de atendimentos a crianças vítimas ou testemunhas de violência sexual e reformulação do Disque 100. O Ministério da Saúde também voltará a republicar o boletim epidemiológico sobre exploração sexual e abuso de crianças e adolescentes.

Sessão solene

Na tarde da quinta-feira (18), a conselheira do CFP e vice-presidente do Conanda, Marina Poniwas, participou de sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados, atividade alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Em seu discurso, a conselheira Marina Poniwas apontou o papel importante da Psicologia no fortalecimento dos sistemas de proteção e na conscientização da sociedade sobre o abuso e a exploração sexual. Ela destacou o quanto é importante “reconhecer as diversidades de todos os sujeitos” e seguir aprimorando os debates por meio do CFP e do Conanda, a fim de promover políticas de Estado que abarquem a defesa e a promoção de direitos, de todas as infâncias e juventudes.

Durante a atividade, também foi apresentado e assinado um protocolo de intenções do Executivo e Legislativo de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Também foi entregue o Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. A iniciativa é uma realização do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, em parceria com a Comissão Intersetorial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. A ação é uma homenagem a Neide Castanha, reconhecida defensora dos direitos humanos que dedicou parte de sua vida a lutar contra a violência a que são submetidas crianças e adolescentes no Brasil.

Ações do CFP

O CFP tem participado das discussões sobre o tema por meio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), órgão deliberativo da política de promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil brasileira.

O CFP também lançou em 2020 as Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes em Situação de Violência Sexual. Elaborado no âmbito do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), as referências têm embasamento no marco legal de proteção à infância e à adolescência no país. No mesmo ano, o CFP também publicou um caderno de artigos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O conteúdo aponta desafios para a consolidação do ECA e traz reflexões para auxiliar na construção de práticas de proteção integral e promoção de direitos humanos. 

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CFP participa da 95ª Reunião Plenária do Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho, participou da 95ª Reunião Plenária do Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas (Conselhão), realizada em 30 de maio, em Brasília/DF. O evento ocorreu na sede do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e reuniu representantes de dezenas de Conselhos Federais que orientam e fiscalizam o exercício das profissões no Brasil.

Entre os temas debatidos, esteve em destaque o Projeto de Lei n.º 126/2020, que está em tramitação no Senado Federal e trata sobre regulamentação do cancelamento do registro profissional – a pedido junto aos conselhos de classe. 

Para o presidente do Conselho Federal de Psicologia o cancelamento do registro  junto aos conselhos de classe diz respeito ao entendimento do que é exercer a profissão. “Acredito que esse seja um bom debate para fazermos aqui no nosso Fórum”, destacou Pedro Paulo Bicalho.

Também foi pauta da reunião o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio aos Conselhos Profissionais, que ocorreu em maio, na Câmara dos Deputados. A Frente reúne dezenas de conselhos de representação profissional e mais de 200 deputadas e deputados federais de todos os estados do país. 

O CFP constitui o comitê consultivo da Frente, que tem como objetivo acompanhar propostas legislativas visando a defesa e a garantia de direitos das profissões regulamentadas. 

A agenda dos trabalhos da 95ª Reunião Plenária do Conselhão também deliberou  sobre tratativas da Comissão de Assuntos Educacionais do Fórum, nova identidade visual, além de  projetos de leis, decretos e outras resoluções de interesse das profissões regulamentadas no Brasil.

Sobre o Fórum

Reunindo 30 Conselhos Federais que orientam e fiscalizam o exercício das profissões no Brasil, o Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas (Conselhão) é um espaço de diálogo e de luta pela garantia da ética e da qualificação profissional, em defesa da sociedade brasileira.

O Conselho Federal de Psicologia tem assento permanente nas discussões do Fórum e integra o colegiado como parte de sua incidência estratégica em espaços de participação e controle social das políticas de Estado.

Posse da nova Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) deu posse  à nova composição da sua Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) para o triênio 2023/2025, em cerimônia realizada no último dia 25, na sede do Federal. O conselheiro Evandro Peixoto ficará à frente da CCAP, em sua coordenação.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, deu posse aos membros da Comissão enfatizando o trabalho de excelência da CCAP ao longo de seus 20 anose a importância da Comissão para o Sistema Conselhos de Psicologia: “A CCAP dá vida à avaliação psicológica no Brasil”, completa.

Na oportunidade, o presidente do CFP Pedro Paulo Bicalho destacou que neste ano é comemorado os 20 anos da Resolução CFP 02/2003 que define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e também os 20 anos da CCAP. “Para que uma resolução tenha efeito é necessário que uma comissão possa fazer com que esse trabalho seja concretizado”.

Um vídeo sobre a história das duas décadas de funcionamento da CCAP e do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) integrou a programação do evento, que contou com a presença de representantes do XIX Plenário do CFP, entre outros convidados.

O conselheiro do CFP e coordenador da CCAP, Evandro Peixoto, destacou a importância dessa área de atuação para o fazer psicológico, baseada na ética e rigor técnico-científico. Ele reconheceu a importância de ocupar este lugar junto à CCAP, a qual contribui para a formação de tantas pessoas no Brasil

O novo coordenador também reconheceu a relevância das instituições parceiras nessa jornada de desenvolvimento da Avaliação Psicológica, como  o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (Ibap) e a Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos (Asbro).

Evandro Peixoto também reconheceu o trabalho dos pesquisadores, que “têm contribuído tão diretamente para esse caminho construído coletivamente”, e destacou a importância da representatividade, “bem como da responsabilidade da nova Comissão de fortalecer e trazer contribuições para que a população brasileira seja respeitada em sua integralidade”.

A Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) possui mandato de três anos e seus membros têm por missão discutir e propor diretrizes, normas e resoluções sobre avaliação psicológica, além de conduzir o processo de avaliação de testes por meio do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi).

Conheça os membros da CCAP (2023-25):

Ana Cristina Resende

Ana Paula Porto Noronha

Carla Fernanda Ferreira Rodrigues Kursancew

Carolina Rosa Campos

Caroline Tozzi Reppold

Daniela Sacramento Zanini

José Maurício Haas Bueno

Josemberg Moura de Andrade

Lucila Moraes Cardoso

Rauni Jandé Roama Alves

Sérgio Eduardo Silva de Oliveira

Evandro Morais Peixoto – conselheiro do CFP e coordenador da CCAP

CFP lança caderno com reflexões e orientações sobre Psicoterapia

Contribuir para a reflexão e orientar sobre  a modalidade de intervenção clínica mais amplamente exercida por psicólogas e psicólogos de todo o país. Esse é o objetivo do caderno “Reflexões e Orientações sobre a Prática da Psicoterapia”, que acaba de ser lançado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). 

A publicação destaca a importância profissional e social de debater a Psicoterapia, em razão das diversas linhas teóricas existentes e das diferentes formas e ambientes de atuação, bem como dos desafios e tabus sociais que ainda marcam este tipo de prática.

O conteúdo é dividido em quatro capítulos: O que é a Psicoterapia?; Aspectos éticos e fundamentação legal; A Psicologia e o uso das tecnologias; e A formação da psicoterapeuta.

“O caderno não tem por intuito exaurir os diversos aspectos e reflexões implicados em relação ao tema da Psicoterapia. Ao contrário, busca trazer, a partir dos pontos oportunamente abordados, novas perspectivas com o propósito de contribuir para a formação e prática profissional ética e tecnicamente qualificadas”, pontua o Conselho Federal de Psicologia.

O texto também ressalta que o exercício da Psicoterapia tem sido objeto de sugestões legislativas no Senado Federal, fazendo-se necessário se debruçar sobre a construção de propostas viáveis para o enfrentamento dos principais e mais complexos desafios que ainda persistem sobre o tema.

O caderno “Reflexões e Orientações sobre a Prática da Psicoterapia” foi elaborado pelo Grupo de Trabalho da Assembleia da Administração e das Finanças (Apaf) sobre Psicoterapia, constituído em maio de 2019 com o objetivo de produzir documentos norteadores sobre a temática. Além do CFP, o colegiado foi integrado pela Associação Brasileira de Psicoterapia (ABRAP), pela Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) e pelos Conselhos Regionais representantes das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Resolução CFP sobre Psicoterapia

Também como produto do GT sobre Psicoterapia, foi publicada em 2022 a Resolução CFP nº 13/2022, que estabelece diretrizes e deveres para o exercício da Psicoterapia por psicólogas e psicólogos. Após mais de 20 anos, a normativa altera a Resolução CFP nº 10, de 2000, que especifica e qualifica a Psicoterapia como prática dessa(e) profissional.

A nova Resolução dispõe sobre princípios e deveres da(o) psicóloga(o) psicoterapeuta, medidas para o sigilo profissional e o serviço psicoterapêutico ofertado à criança e ao adolescente, critérios para a utilização da abordagem psicoterapêutica e para organização do espaço, entre outros aspectos.

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Sistema Conselhos: CFP faz visita técnica à sede do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) esteve neste mês de maio em visita técnica à sede do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-07), em Porto Alegre. O encontro teve como foco o fortalecimento da articulação entre as instituições, reforçando o compromisso ético-político com as pautas fundamentais para a Psicologia brasileira.

Durante os diálogos foram discutidos o andamento do trabalho de comissões e outras frentes de ação. “O objetivo dessas visitas itinerantes é aproximar as instituições, criar canais de diálogo cada vez mais próximos, conhecer as realidades regionais e ajustar diretrizes de âmbito nacional”, destaca o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

Durante a manhã, as diretorias dos dois Conselhos se reuniram para alinhamento de pautas institucionais e administrativas. Na parte da tarde, os representantes do Plenário do CRP-07 juntaram-se ao encontro, trazendo relatos sobre o trabalho realizado no âmbito das Comissões e o mapeamento da categoria no estado a partir das informações disponibilizadas pelo  Sistema de Gestão Cadastral, Financeiro, Processos e Fiscalização (BRC).

Na oportunidade, o CRP-07 propôs sugestões de atualizações na ferramenta BRC destinada à emissão de boletos e gestão de cadastros de psicólogas e psicólogos a fim de atender às diferentes realidades dos profissionais do estado. 

O Regional também destacou a experiência da Comissão de descentralização do CRP-07, bem como a importância de fomentar a divulgação da Resolução CFP 06/2019, que estabelece regras para a elaboração de documentos escritos por psicólogas no exercício profissional.

“Nosso Conselho está prestes a completar 50 anos de existência, sendo fundamental que, juntos, olhemos para o passado para construir o presente e subsidiar o futuro das que virão”, ressalta a conselheira presidenta do CRP-07, Míriam Cristiane Alves. 

A visita institucional ao CRP-07 contou com a participação do presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho; da conselheira vice-presidente, Ivani Oliveira; da conselheira tesoureira, Célia Mazza; e da conselheira secretária, Izabel Hazin. Também participaram as conselheiras Neuza Guareschi e Marina Poniwas – representantes da Região Sul no Conselho Federal de Psicologia.

CFP participa da cerimônia de posse da nova gestão do CFESS

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) esteve na posse da nova gestão do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) para o triênio 2023-2026. A conselheira do CFP Obadeyì Saraiva acompanhou a cerimônia realizada em 15 de maio, Dia da(o) Assistente Social, em Brasília/DF.

Após a assinatura do termo de posse, a nova presidenta do CFESS, Kelly Melatti, agradeceu os presentes e afirmou que o Dia da/o Assistente Social é para ser comemorado, mas também para lembrar das lutas e desafios que se colocam no futuro. “A ciência e a democracia venceram o obscurantismo, mas isso não dissipa a importância das organizações da classe trabalhadora, para tensionar a correlação de forças na defesa da democracia e dos direitos sociais”, pontuou a conselheira.

Psicologia e Serviço Social: parceria histórica

A Psicologia e o Serviço Social têm uma contribuição histórica na participação e fortalecimento das políticas públicas no país.  No âmbito da Educação, além de auxiliar na elaboração de estratégias que garantam aprendizagem de qualidade para todas(os) as(os) estudantes (em uma perspectiva plural e inclusiva, considerando suas diferenças, desigualdades e dificuldades), a presença de profissionais dessas duas categorias visa a efetivação de direitos e políticas públicas tão essenciais às crianças em idade escolar.

Ao longo dos últimos 20 anos, a Psicologia e o Serviço Social estiveram mobilizadas para a promulgação da Lei nº 13.935/2019 – que garante a presença de psicólogas(os) e assistentes sociais na rede pública de educação básica.

As duas autarquias também têm atuado conjuntamente em outros temas mais recentes como a publicização da nota conjunta de posicionamento sobre estágio em pós-graduação em Serviço Social e Psicologia, publicada em abril deste ano pelo CFP, CFESS, Associação Brasileira de Ensino em Psicologia (ABEP) e Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS).

*Com informações da Comunicação do CFESS

No Conanda, CFP destaca importância de reconstrução das políticas públicas para a infância e juventude

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) colegiado que conta com a participação do Conselho Federal de Psicologia (CFP)   promoveu, nos dias 19 e 20 de abril, sua 313ª Assembleia Ordinária. 

Entre as pautas em destaque, temas como o Plano contra a Violência nas Escolas e a apreciação de proposta de resolução sobre as atividades do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio). 

Com a publicação do Decreto no.11.473, o Conanda passou por recomposição, possuindo agora o maior número de conselheiros da história do colegiado. A legislação ainda determinou a paridade na representação governamental e da sociedade civil.

O Conselho Federal de Psicologia, representado pela conselheira  Marina Poniwas, que também é vice-presidenta do Conanda, participou dos dois dias de atividades destacando o papel da Psicologia e seu compromisso histórico com a proteção integral de crianças e adolescentes.

Na quarta-feira (19) o Conanda recebeu a primeira dama do Brasil, Janja Lula da Silva, e a ministra-interina do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Oliveira. Também participaram do encontro as deputadas federais Érika Kokay (PT/DF) e Maria do Rosário (PT/RS), além de representantes de entidades como o Comitê de Participação de Adolescentes (CPA), o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), o Instituto Alana e de órgãos do executivo, como os Ministérios da Educação e da Saúde.

Proteção e direitos da infância e juventude

Em sua fala, Janja Lula da Silva afirmou que participará ativamente do Conanda e incentivou a reflexão sobre de que forma a sociedade pode propor ações para resolver a questão da violência das escolas.

“Precisamos transformar a cultura do ódio em cultura da paz, sendo esse um trabalho e responsabilidade de cada um de nós. É necessário refazer essa trajetória e construir novos caminhos pela frente”. Janja também trouxe à discussão a importância da participação social e conscientização para eleição de conselheiros tutelares.

Após a fala da primeira-dama, a vice-presidente do Conanda, Marina Poniwas, destacou que o colegiado tem muitos desafios para a reorganização das políticas públicas para a infância. “Diante de toda essa situação que vivenciamos de desproteção social, agora é o momento, de juntos, sociedade civil e governo, e contando com a sua contribuição, primeira-dama, reconstruímos e criarmos um conjunto de políticas públicas para a infância como resposta do Estado a toda essa situação”, pontuou.

A ministra interina do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Oliveira, também pontuou preocupação com a questão da violência nas escolas e afirmou que o MDHC está empenhado em desenvolver ações de combate ao problema. “Estamos muito entusiasmados em construir uma política pública para crianças e adolescentes e torná-la efetivamente uma política de Estado”. 

Psicologia no Conanda

Criado pela Lei nº 8.242/1991, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) como o principal órgão do sistema de garantia de direitos para esta população.

O Conselho Federal de Psicologia foi eleito para a composição do órgão para o biênio 2023/2025, ocupando  a vice-presidência do colegiado – instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para a infância e a adolescência.

Experiência da Psicologia brasileira no enfrentamento às práticas de conversão sexual é compartilhada com países da América Latina

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho,  participou de webinário promovido pela  Outright Internacional, organização que atua em todo o mundo para a promoção da inclusão e  igualdade de pessoas LGBTI+.

Intitulado Profissionais de saúde mental frente a práticas de conversão sexual, o diálogo reuniu representantes de organizações profissionais e acadêmicas do Brasil, México, Chile, Argentina e Venezuela.

A atividade destacou a experiência brasileira no enfrentamento às práticas de conversão sexual, especialmente por meio da Resolução 01/99, do Conselho Federal de Psicologia. A normativa determina que as orientações sexuais não-heteronormativas não são consideradas doenças, e por isso não podem ser curadas. A resolução também reconhece que tais orientações não são desvios, não sendo possível, portanto, serem “reorientadas”. 

“Com a publicação da Resolução CFP 01/99, há 24 anos não é permitido no Brasil exercer a profissão de psicólogas(os) aplicando práticas de ‘conversão sexual’. Acolher, escutar e acompanhar não é proibido. O que não é permitido é compreender as experiências LGBTI+ como doença ou desvio”, enfatizou o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

Para além da Psicologia

Ao abordar a experiência brasileira no tema, Pedro Paulo Bicalho destacou que a publicação da Resolução CFP 01/99 foi paradigmática para além do campo da Psicologia. “Outros profissionais, como do Direito, passaram a fazer uso da Resolução para embasar suas defesas, assim como magistrados e juízes também começaram a utilizá-la como referência de  jurisprudência para a garantia de direitos da população LGBTI+”.  

O presidente do CFP pontuou que no Brasil as conquistas legais da população LGBTI+ são muito recentes, tais como o direito ao casamento, assegurado a partir de 2011;  a adoção de filhos, em 2016; e a homofobia e a transfobia, consideradas crimes desde 2020, sendo equiparadas ao crime de racismo.

“Antes dessas conquistas recentes da população LGBTI+, a Resolução CFP 01/99, sozinha, mostrava sua força – não por acaso, passou a ser alvo dos mais diversos ataques. A partir de 2009 surgiram muitos processos jurídicos para anular a Resolução, com o argumento de que o CFP havia extrapolado suas funções legais”, ressaltou o presidente do Conselho Federal de Psicologia. 

A Resolução 01/99 segue ativa e inspira outras importantes normativas, como a Resolução CFP 01/18 sobre direitos da população de travestis e transexuais, garantindo que identidades de gênero sejam autodeclaradas (conquista do nome social) e não identificadas como doenças. “Também em 2018 o Conselho Federal de Psicologia publicou um livro sobre denúncias de violências sofridas pela população LGBTI, por meio de ‘terapias de conversão’, intitulado Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs.

Pedro Paulo Bicalho destacou que, em maio de 2020, a Suprema Corte brasileira determinou a proibição de aplicação das terapias de conversão sexual por parte de qualquer profissional, e não somente por psicólogas(os). Assim, desde então esta é uma prática ilegal no país.

“Nós colocamos a Psicologia brasileira à disposição desta luta. Uma Psicologia que hoje conta com 440 mil profissionais registrados, sendo o Conselho Federal de Psicologia do Brasil o maior no mundo”.

CFP participa de cerimônia de relançamento do Programa Nacional de Segurança com Cidadania

No momento em que o país se articula para reconstrução de políticas públicas de proteção social, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou ontem (15) da cerimônia de relançamento do Programa Nacional de Segurança com Cidadania, o Pronasci II.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, compôs a atividade que reuniu autoridades do governo, instituições da área da cidadania e da segurança pública, assim como organizações e movimentos sociais.

O foco do programa está no fomento às políticas de segurança pública com cidadania em territórios com altos indicadores de violência e com grupos sociais mais vulnerabilizados. A iniciativa também visa o fomento às políticas de cidadania por meio do trabalho e ensino formal e profissionalizante para presos e egressos do sistema prisional, bem como o apoio às vítimas da criminalidade. Os recursos também têm como objetivo implementar ações de combate ao racismo estrutural e a todos os crimes dele derivados, com ações afirmativas para a população negra aliadas ao enfrentamento da pobreza, da fome e das desigualdades.

Outra importante estratégia está no fortalecimento da estrutura de repressão aos crimes de gênero, com a implementação de 40 novas Casas da Mulher Brasileira, que são locais de acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica. Há, ainda, previsão de edital para o fortalecimento de políticas de combate à violência contra as mulheres com foco nos municípios.

“As diretrizes do novo Pronasci dialogam fortemente com temáticas e áreas importantes de atuação profissional da Psicologia brasileira. Fortalecer a promoção do cuidado, da cidadania e da proteção integral são princípios que orientam o trabalho de psicólogas e psicólogos no campo das políticas públicas em todo o país”, destacou o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

*Com informações da Agência Brasil.

Confira os cinco novos artigos da Revista Psicologia Ciência e Profissão (PCP)

Mais cinco novos artigos da Revista Psicologia Ciência e Profissão (PCP) já estão disponíveis na plataforma da SciELO. Os textos abordam questões relacionadas à Psicologia do território; Gênero e Sexualidade; Psicologia Social; Psicologia da Saúde; e Relações Raciais.

O artigo “Por uma Pesquisa e Escrita Parafusos: Pulos, Rodopios e Invenções de Si”, de autoria das(os) pesquisadoras(es) da Universidade Federal de Sergipe (UFSE) Michele de Freitas Faria de Vasconcelos, Sandra Raquel Santos de Oliveira e Helmir Oliveira Rodrigues, destaca um método-pensamento de inventar modos de ver, dizer e narrar a partir daquilo que está ao nosso redor, engendrando a ideia de que este mundo não é um dado, mas um efeito de nossas práticas.

O texto “Educação Sexual: Dificuldades dos Pais de Jovens com Síndrome de Down”, elaborado pelos pesquisadores da Universidade de Pernambuco Monique Maria de Souza Baltar, Anna Carolina Silva Cavalcanti, Lygia Maria Pereira da Silva, Rui Gonçalves da Luz Neto, Hittalo Carlos Rodrigues de Almeida e Sandra Conceição Maria Vieira, busca conhecer as dificuldades e barreiras de pais na educação sexual de jovens com Síndrome de Down.

“(Sobre)viver na Rua: Narrativas das Pessoas em Situação de Rua sobre a Rede de Apoio” é um artigo que tem como objetivo analisar as narrativas das pessoas em situação de rua e sobre como é produzida sua rede de apoio. O texto é de autoria das seguintes psicólogas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Carolina Siomionki Gramajo, Rita de Cássia Maciazeki-Gomes, Priscilla dos Santos da Silva e Alice Monte Negro de Paiva.

As pesquisadoras da Universidade de São Paulo Ana Paula Chacon Ferreira e Elisa Maria Parahyba Campos escreveram o artigo “A Equipe de Saúde Diante do Paciente Não Aderente ao Tratamento”. O texto tem como objetivo refletir sobre os efeitos da não adesão ao tratamento para a equipe de saúde e sobre as ações/reações da equipe que podem causar essa não adesão.

Já o artigo “O Racismo Enraizado nas Famílias Inter-Raciais de São Paulo” avalia as percepções de suporte emocional, rejeição parental na infância e discriminação cotidiana entre pessoas brancas, pardas e pretas. O estudo reuniu 175 participantes, sendo 80% do gênero feminino. A autoria é das pesquisadoras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Renita de Cássia dos Santos Freitas e Sabrina Mazo D’Affonseca.

A previsão é de que até o final deste primeiro semestre de 2023 outros 42 textos sejam publicados pela Revista Psicologia: Ciência e Profissão. No ano passado, a PCP publicou um total de 95 artigos, abordando temas como  Relações Raciais, Psicologia Política, Relatos de Experiência, Psicologia na Assistência Social, Psicologia Clínica e Avaliação Psicológica – além de uma produção especial sobre os 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil. 

Sobre a PCP

Editada desde 1979 pelo Conselho Federal de Psicologia, a Revista Psicologia: Ciência e Profissão é uma publicação científica de excelência internacional, classificada com a nota A2 no sistema Qualis de avaliação de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

A criação da Revista PCP se deu no ano das comemorações do centenário do laboratório de Wundt, na Alemanha – instituído oficialmente em 1879 e considerado o marco da Psicologia como saber científico. 

É nesta perspectiva de ciência enquanto ação política, que a PCP reúne artigos originais referentes à atuação profissional da(o) psicóloga(o), à pesquisa, ao ensino ou à reflexão crítica sobre a produção de conhecimento na área da Psicologia. Sua principal missão é contribuir para a formação profissional da(o) psicóloga(o) brasileira(o), bem como socializar o conhecimento produzido por aqueles que pesquisam e/ou atuam na área. 

Atualmente, a revista está indexada nas bases da SciELO; Lilacs (Bireme); Clase; Latinex; PsycINFO; Redalyc; Psicodoc e Google Scholar.

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