Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde então, a data passou a ser comemorada mundialmente como o Dia Internacional dos Direitos Humanos. A declaração reconhece que “a dignidade é inerente à pessoa humana e é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo” e proclama que os Direitos Humanos são universais, independentemente de cor, de raça, de credo, de orientação política, sexual ou religiosa.
A realidade supera as mais terríveis previsões no Brasil e no mundo em dezembro de 2017. Direitos básicos violados, fome, desigualdades, perseguições religiosas, torturas, fundamentalismos e intolerâncias. Segundo a Anistia Internacional, 58 defensores de Direitos Humanos foram assassinados no Brasil entre janeiro e agosto de 2017. O Brasil lidera o número de violência contra a população LGBT no mundo. Até 20 de setembro de 2017, foram contabilizadas 227 mortes de pessoas LGBTs, das quais 125 eram travestis e transsexuais. A cada 24 horas, morre um LGTB no Brasil.
O retrocesso no qual estamos imersos “tramita” também no Parlamento, nas decisões judiciais, no ódio nas ruas e nas redes sociais e, infelizmente, tem feito vítimas diariamente.
Compromisso da Comissão de Direitos Humanos do CFP
A Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) vem reafirmar seu comprometimento pelos direitos de todas e todos e chamar psicólogas, psicólogos e a sociedade brasileira a refletir sobre realidade na qual vivemos. Chega de violência, chega de mortes, chega de violações de direitos.
Resistir nunca foi tão necessário. Nenhum direito a menos.
Neste 10 de dezembro de 2017, lembramos que o VIII Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos está marcado para os dias 27 e 28 de abril de 2018. As inscrições poderão ser feitas na internet a partir de 15 de janeiro.