Avaliação psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover na próxima quarta-feira, 5 de dezembro, às 16h, mais um Diálogo Digital, dessa vez  sobre o tema “Avaliação Psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital”.  Esse é o último da série de Diálogos Digitais de 2018 sobre avaliação psicológica, que fazem parte da Campanha dos 15 anos do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi).

Você pode participar do diálogo enviando perguntas para o e-mail comunica@cfp.org.br. Aproveite e confirme sua presença pelo facebook e ajude a divulgar o evento utilizando a hashtag #DiálogosCFP nas redes sociais.

Assista on-line

Diálogo Digital Avaliação Psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital

? AO VIVODiálogo Digital Avaliação Psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital. ?Deixe seu comentário e compartilhe esta transmissão!

Publicado por Conselho Federal de Psicologia em Quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Participam do diálogo a psicóloga Ana Paula Noronha, doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas), Fernanda Gonçalves, psicóloga, doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro pelo Instituto de Psiquiatria e Ângelo Brandelli Costa, professor do Programa de Pós-graduação em Psicologia.

A cirurgia bariátrica tem o objetivo de promover qualidade de vida, mas pesquisas revelam altas correlações no pós-operatório como suicídio, depressão, comportamento antissocial entre outros, tornando urgente a necessidade da discussão da referida temática. Sendo assim, o procedimento exige o acompanhamento de equipe multiprofissional para sua autorização e realização. Dentre os exames obrigatórios está o atestado de saúde mental, que poderá ser emitido por psicólogos e psiquiatras.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em pesquisa realizada em 2017, revelou que entre 2008 e 2016, o número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil cresceu 163%.

Mas apesar da grande demanda de avaliação psicológica para o contexto da cirurgia bariátrica, existe uma escassez de estudos e instrumentos que possuam evidência de validade para o referido contexto. Além das deficiências técnicas, existem muitos problemas éticos que envolvem o processo de avaliação psicológica e que podem impactar no adoecimento do paciente no pós-cirúrgico.

Cirurgia de readequação genital

A maneira como a sociedade tem encarado a diversidade de gênero tem sofrido grandes transformações recentes. A transexualidade e travestilidade tem sido vistas como uma variação da normalidade, da diversidade humana e menos como uma psicopatologia.

Essas transformações repercutiram nas áreas da saúde, em especial na psicologia. Um exemplo disso é a nova edição da Classificação Internacional de Doenças, que removeu a transsexualidade do capítulo de doenças mentais para um capítulo de saúde sexual geral.

Sendo assim, a crescente estruturação do processo transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede privada de serviços de saúde, é importante discutir o papel da Psicologia na avaliação e encaminhamento das pessoas trans e travestis, como no caso da realização de cirurgia de readequação genital.

Refletindo essa tendência, o CFP publicou no início deste ano a Resolução 001/2018, que trata das boas práticas na atenção em saúde das pessoas trans e travestis no contexto da Psicologia, inclusive da avaliação psicológica.

Conheça os participantes do Diálogo Digital:

Ana Paula Noronha é doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas) e professora do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco. Pesquisa os temas avaliação e testes psicológicos. É bolsista produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)  e integrante da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) do CFP.

Fernanda Gonçalves é psicóloga, doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro pelo Instituto de Psiquiatria, mestre em avaliação psicológica e construção de instrumentos, docente da universidade Estácio de Sá, editora da revista psicologia e Conexões.

Ângelo Brandelli Costa é professor do Programa de Pós-graduação em Psicologia, coordenador do Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais, pesquisador do Programa de Identidade de Gênero do Hospital de Clínicas de Porto alegre e Conselheiro Titular do Conselhor Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul.

Saiba quais foram os demais diálogos digitais deste ano em comemoração aos 15 anos do Satepsi:

Diálogo Digital: Avaliação Psicológica e Inclusão

Diálogo Digital do CFP discute testes psicológicos

Diálogo digital: avaliação psicológica compulsória

 

 

Lei 13.431/2017 – Depoimento Especial e Escuta Especializada

A assistência e a proteção à criança e ao adolescente em situação de violência serão discutidas sob a ótica da proteção integral e da ética.

As discussões em torno da norma, sancionada em 4 de abril de 2017, será tema do Diálogo Digital desta terça-feira (27), na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília. O evento será transmitido ao vivo, via Facebook e Youtube.

A legislação normatiza e organiza o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência, cria mecanismos para prevenir e coibir a violência, nos termos do Art. 227 da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos da Criança e seus protocolos adicionais, da Resolução no 20/2005 do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e de outros diplomas internacionais. Estabelece, ainda, medidas de assistência e proteção à criança e ao adolescente em situação de violência.

O Diálogo Digital será mediado pelo presidente do CFP, Rogério Giannini, e terá as participações da procuradora de Justiça do Estado de São Paulo, Maria Regina Fay de Azambuja, da psicóloga do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS) Ana Cláudia da Silva Junqueira Burd –  AASP-Brasil e Karina Figueiredo, assistente social e membro da coordenação colegiada do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes .

 

Você também pode participar do debate, enviando perguntas pelas redes sociais do CFP (Youtube, Facebook e Twitter) com a hashtag #DialogosCFP. Perguntas também podem ser enviadas para o e-mail comunica@cfp.org.br.

Caminho

Desde 2006, o tema da escuta qualificada de crianças e adolescentes em situação de violência tem sido bastante debatido pelo Sistema de Conselhos da Psicologia. Dentre as iniciativas empreendidas, destaca-se a produção de publicações específicas (leia mais ao final da matéria) e a criação, em 2015, de um grupo de trabalho sobre escuta psicológica de crianças e adolescentes na Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf), formada por representantes do CFP e dos Conselhos Regionais de Psicologia da 4a (MG), 8a (PR), 9a (GO), 10a (PA) e 22a (MA) regiões, além de duas especialistas convidadas, as professoras Esther Arantes e Leila Torraca de Brito, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). As análises do grupo sobre o PL nº 3.792/2015 foram fundamentais para subsidiar a atuação do CFP, em parceria com outras entidades da sociedade civil, na construção do texto substitutivo.

Saiba mais sobre escuta qualificada

Falando sério sobre a escuta de crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência e a rede de proteção

Anais do Seminário Nacional sobre escuta de crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência e a rede de proteção