Redução da maioridade penal é barrada na Câmara

A Câmara dos Deputados rejeitou, na noite desta terça-feira (30), o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 171/1993, que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes graves. Para ser aprovada, a PEC precisava de ao menos 308 votos favoráveis, e teve 303. Contrariamente, votaram 184 deputados, e três se abstiveram.

Pela proposta, poderiam ser penalizados criminalmente os jovens com 16 anos ou mais que cometessem crimes hediondos (como latrocínio e estupro), homicídio doloso (intencional), lesão corporal grave, seguida ou não de morte, e roubo qualificado.

Apesar da derrubada da matéria, a Casa ainda precisará votar o texto original, que reduz a idade penal para 16 anos no caso de qualquer crime. Se o texto também for rejeitado, será arquivado.

Ao lado de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Ministério Público Federal, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) é contra a proposta e tem se colocado à disposição de parlamentares para prestar esclarecimentos sobre o seu posicionamento. Ao longo de todo o dia, o vice-presidente do Conselho, Rogério Oliveira, esteve na Câmara dos Deputados para apresentar a assessores e parlamentares argumentos para a não aprovação da PEC. Já o movimento Amanhecer Contra a Redução reuniu cerca de dois mil jovens em frente ao Congresso Nacional para pressionar os parlamentares.

DSC_0010A posição do CFP está pautada nas decisões históricas dos profissionais da área sobre o tema, em congressos estaduais, regionais e nacionais. Para a categoria, mais políticas públicas direcionadas a juventude seriam uma das formas de reduzir a criminalidade entre esses jovens.

O CFP está disponibilizando uma carta, já enviada aos deputados federais, reproduzindo sua posição contrária à PEC n° 171/1993, além de uma listagem completa com nome, estado e e-mail dos parlamentares para que a categoria encaminhe suas manifestações. Clique aqui para ter acesso ao documento.

Desde que voltou a tramitar na Câmara, a PEC da maioridade penal foi alvo de inúmeras polêmicas. Organizações em defesa dos direitos humanos como a Anistia Internacional, Human Rights Watch e organismos internacionais como o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) se manifestaram contra a medida alegando que não há indícios de que a redução da maioridade penal iria contribuir para a redução da violência.

Saiba como votou cada deputado na sessão de ontem.

*Com agências

* Foto de capa: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

X Concurso de Provas e Títulos de Especialista acontecerá no segundo semestre

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) iniciou o processo de contratação de nova empresa para realizar o X Concurso de Provas e Títulos de Especialista em 2015. O certame contemplará todas as especialidades, incluindo a Psicologia Hospitalar, e a previsão é que ocorra no segundo semestre, entre outubro e dezembro. Três propostas de empresas já foram recebidas.

O resultado final do IX Concurso de Provas e Títulos de Especialista foi divulgado em abril deste ano. Ao todo, 926 psicólogos e psicólogas de 23 capitais brasileiras realizaram provas para as seguintes especialidades:  Neuropsicologia, Psicologia Clínica, Psicologia do Esporte, Psicologia do Trânsito, Psicologia Escolar e Educacional, Psicologia Jurídica, Psicologia  Organizacional e do Trabalho e Psicologia Social.

CFP lança prêmio de inclusão social na área da saúde mental

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A oficina temática “Arte, Cultura e Loucura”, realizada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em João Pessoa (PB) nesta quinta-feira (5/6), reuniu profissionais da área da saúde, estudantes e usuários de todo o país com vistas a divulgar experiências de inclusão social de usuários através da Arte e Cultura, conferindo visibilidade à dimensão sociocultural da atenção psicossocial.

unnamed (2)A oficina, que durou o dia todo, contou com uma mesa sobre protagonismo de usuários e inserção em grupos e com um bate-papo sobre experiências de Inserção na Arte e Cultura e no Trabalho. Ao final das atividades, foi lançado o prêmio Prêmio Inclusão Social, que pretende contemplar experiências de sucesso no processo de inclusão social e protagonismo de usuários. Segundo Rosângela Silveira, representante do CFP na atividade, o prêmio “mostra que o Conselho está sintonizado com a realidade e as demandas dos usuários dentro do processo da Reforma Psiquiátrica brasileira, e que nós vamos poder tratar, com a iniciativa, uma grande dimensão que anda um pouco fragilizada pela ausência de políticas públicas adequadas”, avalia.

unnamed (4)Para Eduardo Torre, doutorando em Saúde Pública que participou da atividade realizada pelo CFP, o prêmio “vai dar visibilidade para experiências que estão crescendo muito no Brasil e cada vez mais se tornando independentes dos próprios serviços e que ajudam as pessoas em sofrimento mental e vulnerabilidade social a reconstruir suas vidas, a produzirem novos laços, novas sociabilidades, sempre em defesa dos direitos humanos e de uma sociedade mais democrática. Além disso, a arte-cultura, além de ser instrumento fundamental para relações democráticas produz mais sensibilidade, a possibilidade de lutar contra o preconceito e a segregação de forma muito interessante”, aponta.

Dayan de Paiva, militante antimanicomial e da educomunicação e usuário dos serviços de Saúde Mental em São Paulo, os veículos de comunicação e aparatos culturais ainda estigmatizam a realidade dos usuários. “A mídia não sabe comunicar corretamente um transtorno psiquiátrico. Entra muito no sensacionalismo. Temos de ter muito cuidado quando vamos divulgar alguma situação na mídia, porque isso pode estigmatizar a pessoa com doença mental”, comenta.

 

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2º Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental

A oficina antecedeu o início do 2º Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental, organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME), do qual o CFP também participa. No sábado (6), o professor da Universidade de Brasília (UnB) Ileno Izidio Costa representará a autarquia na mesa redonda “Justiça, segurança, população carcerária e direitos humanos”, das 8h às 10h30. No mesmo dia e horário, a psicóloga Tânia Grigolo participa de debate sobre “Medicalização da vida”.  O vice-presidente do CFP, Rogério Oliveira, também participa das atividades do Conselho em João Pessoa.

Conheça mais sobre o evento em http://www.direitoshumanos2015.abrasme.org.br/site/capa

Avaliação Psicológica é tema de três encontros no CFP

Três reuniões referentes ao tema da avaliação psicológica foram realizadas na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP) na semana passada, entre os dias 25 e 29 de maio. A Subcomissão de Avaliação Psicológica em Concurso Público discutiu, no dia 27, questionamentos judiciários quanto à avaliação psicológica, propondo a elaboração de documento com diretrizes sobre o tema a serem encaminhadas à Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica.

DSC_0215A Subcomissão de Avaliação Psicológica em Concurso Público foi deliberada em reunião da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) em janeiro de 2015, e tem como principal função discutir e sugerir subsídios importantes para realização de processos de avaliação psicológica em concursos públicos e as respectivas competências dos psicólogos para realizá-los. Ela é formada por Luiz Pasquali (CCAP – CFP), Cícero Vaz (CCAP – CFP); Cristiane Faid (Universidade de Brasília – UnB), Bartholomeu Troccoli (Universidade de Brasília – UnB) e Iracy Bicudo (Polícia Federal).

Já a Subcomissão de Revisão da Resolução CFP 007/2003, que instituiu o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo(a) psicólogo(a), decorrentes de avaliação psicológica, seguiu debatendo as boas práticas de utilização deste manual no Brasil e em outros países, reunindo, assim, elementos para uma proposta de revisão do documento.  De acordo com Roberto Cruz (CCAP do CFP), algumas recomendações devem ser apresentadas em meados do segundo semestre deste ano.

Esta subcomissão, que se reuniu também no dia 27, é formada por Roberto Cruz (CCAP – CFP), Meire Nunes Viana (CCAP – CFP), Sonia Liane Reichert Rovinski (Instituto Sapiens), Alvino Augusto de Sá (Universidade de São Paulo – USP), Sidney  Kiyoshi Shine (Tribunal de Justiça de São Paulo – TJSP) e Denise Ribas Jamus (Conselho Regional de Psicologia da 8º Região – Paraná).

Após o encontro dos membros das duas subcomissões, entre os dias 28 e 29, aconteceu a reunião da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, em que foram discutidas as relatorias de instrumentos psicológicos em análise, de acordo com a Resolução 002/2003, para serem apreciados e encaminhados à Plenária e assessoria em relação a aspectos diversos solicitados ao CFP e da avaliação psicológica.

Comunidades Terapêuticas

Como membro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) entregou documento intitulado “Posicionamento do Conselho Federal de Psicologia”, datado de dezembro de 2014, em sintonia com as deliberações do VIII Congresso Nacional de Psicologia, bem como com as conclusões da IV Conferência Nacional de Saúde Mental (2010) e da XIV Conferência Nacional de Saúde (2011), e com a Lei nº 10.216/2001 (Lei da Reforma Psiquiátrica), e expressa a posição desta entidade sobre o tema.

O documento também elenca uma série de críticas ao texto da minuta da Resolução nº 1/2015 do Conad, de forma a garantir os direitos humanos e a saúde de dependentes de drogas e seus familiares que optem por utilizar os serviços destes tipos de entidades.

Apesar da clareza das posições do CFP, não se conseguiu que o texto dessa Resolução nº 1/2015 as incorporasse por completo. Nesse sentido, considera-se que a Resolução aprovada não contempla as posições desse Conselho e viola princípios básicos de direitos, sob o risco de contribuir ainda mais para a segregação e exclusão de usuários de drogas e seus familiares, legitimando, com o uso de verbas públicas, o desrespeito aos direitos à saúde, à assistência social e à cidadania.

Preocupa a esta entidade a não incorporação das sugestões apresentadas, como quanto ao tempo máximo de acolhimento. A proposta do documento do CFP foi de que este não deveria exceder 90 dias, mas a resolução aprovada estipulou um período máximo de 12 meses para o tempo de acolhimento. Tal medida contraria os princípios da Reforma Psiquiátrica e constitui-se em um incremento à institucionalização e seus malefícios, como demonstrado por estudos e pesquisas. Por não estar respaldada em qualquer evidência científica que indique seus benefícios, contraria os princípios da Política Nacional sobre Drogas, que preconiza: “Pesquisar, experimentar e implementar novos programas, projetos e ações, de forma pragmática e sem preconceitos, visando à prevenção, tratamento, reinserção psicossocial, redução da demanda, oferta e danos com fundamento em resultados científicos comprovados”.

Outro ponto relevante de discordância refere-se ao critério de composição das equipes profissionais desses serviços, que no artigo 6º da Resolução nº 1/2015, define como obrigação das comunidades terapêuticas:

“(…) manter equipe multidisciplinar com formação condizente com as atividades oferecidas no Programa de Acolhimento e para o pleno funcionamento da entidade, sob responsabilidade de um profissional de nível superior legalmente habilitado, bem como substituto com a mesma qualificação”

O Conselho Federal de Psicologia defende a utilização da Portaria nº 251/GM, de 31 de janeiro de 2002, que estabelece diretrizes e normas para a assistência em saúde mental como critério a ser adotado para composição das equipes multidisciplinares das Comunidades Terapêuticas. Contudo, o texto da resolução é insuficiente e genérico, comprometendo a fiscalização da qualidade dos serviços prestados.

Outra sugestão do documento de referência do CFP sobre o tema é referente ao acolhimento de transexuais e travestis. A proposta é de que é necessário que se deixe livre a escolha referente ao quarto em que desejam ficar (se masculino ou feminino) e que seja obrigatório se referir ao acolhido, se esse for o seu desejo, por meio de seu nome social.

O texto da Resolução aprovado não se mostrou suficiente quanto às previsões de fiscalização e monitoramento das atividades dessas entidades. Menciona apenas que, quando financiadas com verba pública, cabe à instituição financiadora fiscalizar as atividades desenvolvidas. Prevê ainda que o Conad, ao receber alguma denúncia de violação dessa Resolução, deverá oficiar aos órgãos competentes e notificar a entidade denunciada. Portanto, há desacordo com a proposta encaminhada de criação de uma Ouvidoria e/ou Central de Denúncias relativa à ocorrência de violações dos Direitos Humanos em Comunidades Terapêuticas e clínicas para usuários de álcool e outras drogas, garantindo a disponibilidade de um canal direto de comunicação com a sociedade para a recepção de denúncias de descumprimento da resolução.

Questiona-se, ainda, a capacidade da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – Senad e dos conselhos estaduais e municipais de políticas sobre drogas garantirem a execução da Resolução nº 1/2015 do Conad, em função do quantitativo exíguo de funcionários disponíveis nesses órgãos, bem como, em alguns casos, sua baixa qualificação técnica sobre o tema.

Em defesa dos princípios democráticos e da ampliação da participação social, o CFP defende que as entidades representantes no Conad e nos conselhos congêneres nos âmbitos estaduais e municipais sejam escolhidas por votação, respeitando os critérios de composição paritária entre sociedade civil e governo.

Em síntese: O CFP manifesta-se contrariamente ao texto da Resolução do Conad no que se refere, em especial, ao tempo de internação, à constituição da equipe de atendimento, às modalidades de atendimento de travestis e transexuais e de crianças e adolescentes e aos modelos de monitoramento e fiscalização propostos. Este órgão de classe lamenta que as contribuições da ciência e da prática profissional da Psicologia tenham sido desconsideradas, mas se disponibiliza para o diálogo e a reflexão sobre o tema.

Entidades pedem apoio do CFP contra PL que revoga Estatuto do Desarmamento

A presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Mariza Borges, se reuniu nesta quinta-feira (28) com representantes da Rede Desarma Brasil – organização que congrega diversas entidades da sociedade civil brasileira em torno da manutenção e aperfeiçoamento do Estatuto do Desarmamento e o controle de armas no país. O encontro foi organizado para discutir a adesão do Conselho às ações de mobilização contrárias ao Projeto de Lei (PL) 3722/12, que prevê a revogação do estatuto.

Os integrantes da rede apresentaram uma carta à representante da autarquia, em que são expostos os riscos da flexibilização do acesso a armas de fogo prevista no PL. “O Projeto de Lei 3722/2012 seria desastroso para a segurança pública do país ao facilitar a compra de armas de fogo, flexibilizando de maneira extrema e injustificada os requisitos hoje existentes, permitindo que civis voltem a andar armados, até mesmo se tiverem antecedentes criminais e sem necessidade de renovação do registro, dificultando a destruição de armas apreendidas e até mesmo a entrega voluntária, entre outros retrocessos”, aponta trecho da carta.

Atualmente, o Estatuto do Desarmamento restringe a seis o número de armas que cada civil pode ter. O PL em questão propõe o aumento desse limite para nove. Além disso, a idade mínima para a compra de armas passaria de 25 para 21 anos e o registro de arma se tornaria permanente – desobrigando que o proprietário ateste novamente que está apto ao manuseio. “Só vai ser exigido o exame psicotécnico uma única vez, como se fosse algo estático, permanente”, comenta Vitória Bernardes, psicóloga e integrante da Rede Desarma Brasil.

Ela foi vítima de uma bala perdida aos 16 anos e se tornou tetraplégica. “Por ter a oportunidade de dar continuidade à minha vida e também vivenciar o poder devastador de uma arma de fogo, busco nesta luta uma forma de promover a vida. Temos uma lógica de vingança, de revanche, mas não acredito nisso. Isso aconteceu comigo sem eu ter uma arma em casa. As consequências não são privativas de quem tem o porte da arma”, conta.

Vitória ressaltou, ainda, que os efeitos positivos do Estatuto do Desarmamento (implantado em 2003 por meio da Lei 10.826) incluem a redução em 12% dos homicídios no Brasil entre 2003 e 2006 e quedas consecutivas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo nos últimos anos.

“Acreditamos que estes instrumentos são necessários para a redução de homicídios em nosso país, e estamos aqui para mobilizar o CFP para estar conosco nesta luta”, afirma Maristela Pozzitano, representante da Rede em Alagoas.

Segundo a presidente do CFP, a solicitação de subscrição será apresentada na próxima reunião plenária da autarquia.

 

Nota de Esclarecimento: Julgamento de processo ético

Nos últimos dias foi dada grande repercussão ao julgamento realizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) relativo à denúncia contra a psicóloga Marisa Lobo Franco Ferreira Alves.

As matérias e comentários veiculados nas redes sociais sugerem, de forma equivocada, que não houve punição ou que haveria mudança de postura do CFP, com relação ao trato das questões éticas. Tais comentários motivam o presente esclarecimento à categoria profissional e à sociedade.

O CFP cumpriu seu papel de julgar o recurso encaminhado pelo Conselho Regional (considerando o conjunto dos documentos que compõem o processo e a materialidade das provas), apreciou o recurso e deliberou, conforme os ritos, pela aplicação de penalidade prevista no Código de Processamento Disciplinar diferente daquela sugerida pelo Conselho Regional de Psicologia onde se instaurou e julgou em primeira instância o processo ético disciplinar.

Após o julgamento do recurso pelo CFP, o processo deve retornar ao Conselho Regional de Psicologia do Paraná – CRP/08, no qual a Psicóloga apenada é inscrita, que tem a responsabilidade de divulgar oficialmente o resultado e executar a pena.

A sessão plenária de Julgamento Ético Disciplinar se ateve à materialidade dos fatos constantes do processo ético, sem viés ideológico e/ou punição às manifestações de caráter pessoal, sem vínculo com o exercício profissional.

O rigor com que o CFP tem tratado este e outros processos é inquestionável, podendo ser conferido através da comparação com julgamentos anteriores – que tratam exatamente da mesma matéria e com outra composição de Plenário do CFP.

Lamentamos, mais uma vez, que sejam emitidas opiniões sem conhecimento do que realmente ocorreu, baseadas em comentários veiculados em redes sociais e utilizando-se das mesmas para exporem a Psicologia e seus órgãos representativos.

CFP reitera compromisso com a pluralidade da Psicologia e com a ética na gestão

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é uma autarquia pública, criada por lei, que tem entre suas principais atribuições contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão. Para tanto, estabelece, eventualmente, parcerias e convênios com as diversas entidades do país que lidam com o tema, desde que com objeto e prazo determinados para sua execução. Ao tomar posse, o XVI Plenário do CFP (atual gestão, que assumiu no início de 2014) se deparou com uma situação tão singular quanto anômala: parte de suas instalações havia sido cedida para a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), uma entidade de direito privado sem contrato de gestão, que se ocupava especificamente da agenda voltada à formação na área da Psicologia, tendo ampliado seu escopo de atuação, passando a prestar, inclusive, serviços para ministérios.

Em princípio, a entidade em questão possuía exclusividade na análise das condições para o credenciamento de Cursos de Especialização lato sensu junto ao CFP e, para tanto, era remunerada por instituições de ensino por cada vistoria realizada, com direito a receber os honorários e ter todas as despesas dos vistoriadores custeadas. Além disso, desde 1999 (ano de início da “parceria” com o CFP), entre despesas com apoio, convênios e folha de pagamento de funcionários foram repassados, por parte do CFP, mais de R$ 2.000.000,00, não contabilizados aluguéis da sala e utilização da estrutura de apoio do CFP. Todavia, esses convênios não estão mais em vigor, e não há entre as partes nenhuma parceria que justifique a manutenção da cessão das instalações do Conselho Federal para uma entidade.

A atual gestão do Conselho Federal tem ciência de que o espaço foi cedido em face de convênios firmados com esta Associação pelas gestões passadas, e considera que tal procedimento não está em acordo com os princípios gerais e éticos dessa gestão – de não beneficiar uma única entidade. Não parece correto, por exemplo, que uma única entidade se beneficie de uma autarquia pública em detrimento de outras instituições também importantes para o desenvolvimento da Psicologia brasileira.

O projeto ético-político da atual gestão do CFP inclui, como uma de suas estratégias de ação, o estabelecimento de parcerias com as diversas entidades de Psicologia do país, possibilitando o apoio igualitário a todos e proporcionando, assim, o robustecimento do exercício da Psicologia balizada pela ética e pelo respeito à diversidade e à pluralidade. Dessa forma, todas as entidades terão um espaço democrático, em Brasília, dotado de infraestrutura para reuniões, quando assim necessitarem.

Ministério da Saúde e UnB mobilizam população para 15ª Conferência Nacional de Saúde

O Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília (NESP/UnB), Conselho Nacional de Saúde e Movimentos Sociais apresenta a Pesquisa  Ouvidoria que vai ao Cidadão e Cidadã – Mobilizando para a 15ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). O trabalho resultou em um vídeo produzido para auxiliar a mobilizar a população para a 15ª CNS. Nele, apresentamos depoimentos colhidos em eventos de saúde com participação popular em todo o país, retratando a diversidade de opiniões e desejos relacionados ao SUS.

E você, psicólogo(a), como está se mobilizando para a Conferência?

Assista, compartilhe e participe das etapas municipais e estaduais da Conferência Nacional de Saúde.

Saiba mais sobre o projeto: http://is.gd/7g2ODf

Veja o vídeo: http://is.gd/ZeadEr

FTC da Bahia promove I Fórum de Psicologia e Ética

A Faculdade de Tecnologia e Ciências (Rede FTC) da Bahia realiza em Salvador/BA, no próximo sábado (23), o I Fórum de Psicologia e Ética, das 8h às 17h30, no auditório Astor Pessoa daquela unidade de ensino. O tema será “O Olhar Psicológico sobre a Ética Profissional e Atividade Ética da Psicologia”.

As inscrições devem ser feitas pelo email 1forumeticaftc@gmail.com. Os valores a serem pagos são de R$ 15,00 para alunos da FTC e de R$ 20,00 para profissionais e estudantes de outras instituições.

Evento

Pela manhã, após a fase de credenciamento, serão realizadas mesas que discutirão os seguintes temas: Ética em Saúde Mental, Importância da Ética na Aplicação e Correção dos Testes Psicológicos e Ética no Serviço de Psicologia. À tarde, o debate trará os assuntos Psicologia, Ética e Religião, Bioética, Orientação Ética na Assistência Social. O encerramento abordará o tema central do Fórum.

Mais informações no site da FTC: clique aqui (http://portal.ftc.br/index.php?option=com_jcalpro&view=event&id=75:i-forum-de-psicologia-e-etica-ftc&Itemid=131)