Confira o resultado final da Consulta Nacional do Sistema Conselhos de Psicologia

Acaba de ser divulgado o resultado final da Consulta Nacional de 2016 do Sistema Conselhos de Psicologia. O total de psicólogas (os) votantes na modalidade online foi de 91.497, enquanto o número de profissionais que registraram voto por correspondência foi de 8.416, perfazendo um total de 99.913 em todo o país. Segundo o relatório de totalização, das (os) 280.904 psicólogas (os) inscritas (os), 208.519 estavam aptos a votar.

Com a apuração total por correspondência, para a Consulta Nacional, a chapa 23 – “Cuidar da Profissão: avançar a Psicologia com ética e cidadania” teve 32.003 votos. Já a chapa Chapa 22 – “Fortalecer a Profissão” teve 29.080. A chapa 21 – “Renovação da Psicologia” ficou com 17.264 votos e a chapa 24 – “Psicólogos em Ação” com 8.970. Votaram nulo 7.984 profissionais, e em branco 4.612.

Confira a íntegra do relatório final, relativo à votação total da categoria para a Consulta Nacional:

Resultado Final Consulta Nacional Total Resulta final – 2016

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) transmitiu, ao vivo, a apuração da votação online para o federal e os regionais >> http://bit.ly/2bUUU4F

A escolha definirá as e os responsáveis por conduzir as ações e políticas relacionadas à profissão nos próximos três anos.

CFP lança publicação do Prêmio Inclusão Social

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apresenta à categoria e à sociedade a publicação “Prêmio Inclusão Social: arte, cultura e trabalho”.  O livro registra as produções literárias de usuárias e usuários contemplados na Categoria D (“usuário/s autor/es de texto/s – poesias, contos, poemas e demais expressões literárias”) do Prêmio Inclusão Social, cuja cerimônia de premiação ocorreu em maio deste ano. 

O prêmio foi uma contribuição da autarquia, em parceria com o Laboratório de Estudos em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para a consolidação da atenção psicossocial, em sua dimensão sociocultural, e teve por objetivo identificar, dar visibilidade e valorizar experiências individuais e coletivas, na perspectiva de fortalecimento de usuários e seu protagonismo.

A iniciativa buscou contemplar experiências de inclusão social (de usuários e familiares) em projetos econômico-sociais, organizações não governamentais (ONGs) e em equipes interdisciplinares da Rede de Atenção Psicossocial de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, em diversas categorias, como arte, cultura, trabalho e economia solidária.

Clique aqui e acesse o livro na íntegra.

Psicologia Escolar é tema de nova publicação do CFP

O que faz alguém escolher se dedicar à Psicologia Escolar? Que sonho está embutido nesta escolha? Que fazer será este? Quais são os principais desafios desse percurso? Estas e outras reflexões estão presentes na mais nova publicação do Conselho Federal de Psicologia (CFP), “Psicologia Escola: Que Fazer é Esse?”.

O livro tem como organizadoras a conselheira do CFP, Meire Viana, e a pesquisadora Rosângela Francischini, e é composto por três partes, que abordam os seguintes temas: Reflexões Teóricas Sobre a Psicologia na Educação, A Psicologia Diante dos Desafios da Educação Inclusiva e Compartilhando Práticas em Psicologia Escolar.

Ações 

A publicação é uma ação do 16º Plenário do CFP com a Comissão Nacional de Psicologia na Educação (PsinaEd), que tem o objetivo de avançar diante do panorama que se desenha para a área da Psicologia Escolar e Educacional, incluindo a realização mensal de reuniões e debates online, a criação de um portal (psinaed.cfp.org.br) e a participação em eventos científicos, buscando colocar em pauta temas importantes para a área.

Para as organizadoras, o livro é importante para a reflexão e a prática de todas (os) as (os) psicólogas (os), e poderá contribuir “pela diversidade de temas que nele são abordados, pela profundidade com que esses temas são tratados, pela seriedade com que os profissionais que nele estão presentes, com seus artigos, abordam o campo da Psicologia na Educação e, por fim, pelas inquietações e possibilidades de continuidade das reflexões a que ele nos convida”, ressaltam.

Clique aqui e acesse o livro na íntegra.

Artigo aborda sentidos atribuídos à saúde por homens em Natal/RN

O texto “Sentidos da Saúde numa Perspectiva de Gênero: um Estudo com Homens da Cidade de Natal/RN” é o artigo escolhido desta semana da edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, publicada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). O periódico, cuja versão eletrônica se encontra na plataforma SciELO, tem semanalmente um texto publicado no site do CFP e nas redes sociais.

Segundo o resumo do artigo, a pesquisa pretendeu investigar os sentidos atribuídos à saúde por homens da cidade de Natal/RN, em dois contextos: uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de um bairro de classe média e uma Unidade de Saúde da Família (USF) de um bairro popular.  O processo envolveu entrevistas semiestruturadas junto a 24 homens, sendo 12 de cada serviço, com faixa etária entre 25 e 59 anos, abordados nas unidades de saúde de cada bairro.  O documento conclui que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) pode ter uma importante contribuição na medida em que se efetive como política de saúde, sensibilizando a toda a rede de atores e serviços envolvidos na busca por novos sentidos e práticas em torno da relação gênero-saúde.

A Assessoria de Comunicação do CFP entrevistou  Jáder Ferreira Leite, professor adjunto do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sobre a pesquisa.

As demais autoras do artigo são Magda Dimenstein (Professora Titular do Departamento de Psicologia da UFRN), Rafaele Paiva (Graduada em Psicologia pela UFRN), Lúcia Carvalho (Mestre em Psicologia pela UFRN e psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde de Natal/RN), Ana Karenina de Melo Arraes Amorim(Professora adjunta do Departamento de Psicologia da UFRN) e Aparecida França (Doutora em Psicologia pela UFRN, psicóloga da Secretaria Estadual de Saúde/RN e docente do curso de Psicologia da Universidade Potiguar).

Confira a entrevista:

O que os motivou a fazer a pesquisa sobre esse tema? 

A pesquisa surgiu a partir da experiência de alguns autores do artigo em serviços básicos de saúde, onde percebíamos a pouca participação de homens nesses equipamentos. Por outro lado, era possível identificar algumas demandas de saúde por meio de suas parceiras ao frequentarem esses mesmos serviços e relatarem alguma forma de sofrimento de seus companheiros. Como a literatura aponta algumas barreiras para o acesso aos serviços, buscamos assim conhecer os sentidos que os homens tinham sobre saúde e como a ideia de gênero interferia nesses sentidos.

 

Quais os resultados que você destaca desse levantamento? 

Os resultados apontam como os homens constroem sentidos de saúde atravessados por normas de gênero de modo a reforçar algumas dessas normas em torno da virilidade, masculinidade e invulnerabilidade, mesmo que isso possa custar agravos à sua saúde. Muitas vezes, assumir-se necessitando de cuidados em saúde implica reconhecer fragilidades que podem comprometer o ideal de masculinidade, como provedor da família. Por outro lado, alguns homens já apresentam variações em torno desse modelo e passam a considerar a importância de cuidado com a saúde.

 

Na sua opinião, como a PNAISH pode dar contribuições em  uma efetiva política de saúde? 

A PNAISH pode se converter em um conjunto de ações importantes para a saúde da população masculina, especialmente na atenção primária, por vários motivos: primeiro, de dar visibilidade para o fato de que os homens também são sujeitos atravessados pelas normas de gênero e com isso, as visões dominantes de masculinidade podem ser repensadas, especialmente se podem contribuir para um maior cuidado à saúde. Segundo, pode gerar reflexões em torno da orientação dos serviços de saúde que, em geral, estão habituados a receber mulheres e crianças, principalmente na atenção básica. Essa reorientação implica que os profissionais de saúde possam melhor se qualificar para reconhecer e acolher as demandas da população masculina, produzindo assim formas de cuidado sensíveis ao seu universo sociocultural.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

jader ferreira leite

Jáder Ferreira Leite

CFP lança publicação sobre Psicologia do Trânsito

O Conselho Federal de Psicologia apresenta à categoria e à sociedade a publicação “Psicologia do Tráfego: Características e desafios no contexto do Mercosul”, disponível no site da autarquia. O livro é resultado de ações conjuntas realizadas pelo Conselho com as comissões de Trânsito e Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP), durante a 2ª Conferência de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em novembro de 2015, em Brasília.

Composta por nove capítulos, a publicação aborda os seguintes temas: “Aspectos históricos da avaliação psicológica do trânsito no Brasil”; “Gestão do trânsito no Brasil, aspectos técnicos, estruturais e psicológicos”; “Valores, comportamento e fator social no trânsito” (escrito em espanhol); “Comportamentos de risco: desafios para a avaliação para carteira nacional de habilitação”; “As percepções de risco do motorista”; “Estresse pós-traumático em pessoas envolvidas em acidentes de trânsito” (escrito em espanhol); “Estado da arte e desafios para a investigação”; “Avaliação psicológica como medida de prevenção”; “Uso de substâncias psicoativas entre motoristas profissionais na América Latina” e “A capacitação do psicólogo de trânsito”.

Para o conselheiro do CFP, integrante da CCAP da autarquia e organizador da publicação, João Carlos Alchieri, o livro visa apresentar ao psicólogo, atuante ou não no contexto do trânsito, um conjunto de novas contribuições metodológicas que, segundo ele, podem atualizar a prática profissional. “É possível verificar um conteúdo decorrente de investigações empíricas e téoricas em que os autores demonstram um potencial do fazer na área de tráfego que perpassa fronteiras, de áreas da ciência psicológica e das atividades desenvolvidas nos países vizinhos”, comenta.

Clique aqui e acesse o livro na íntegra.

Assista ao vídeo sobre o seminário de trânsito realizado no CFP em novembro de 2015.

 

Confira artigo sobre Relações Sexuais e Estudo Transgeracional

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulga, nesta semana, mais um artigo publicado na edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, que se encontra na plataforma da SciELO. O texto desta semana é: Representação Social das Relações Sexuais: um Estudo Transgeracional entre Mulheres.  Toda semana, o CFP publica um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais. Com isso, a Autarquia busca ampliar o conhecimento científico a fim de expandir o alcance de conteúdos acadêmicos para a categoria e para a sociedade.

De acordo com o resumo do artigo, as relações sexuais são influenciadas por normas, valores, cultura, política, entre outros. A investigação em tela envolveu uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, cuja amostra foi composta por 60 mulheres, divididas em quatro gerações: 15 adolescentes, 15 adultas jovens, 15 mulheres na meia-idade e 15 idosas, que responderam a um questionário.  O texto aponta que as relações sexuais foram representadas consensualmente entre as gerações através da afetividade e do prazer. As mulheres representaram as relações sexuais por meio dos aspectos biopsicossociais que compõem a sexualidade humana, apresentando semelhanças e divergências entre as gerações.

“No que se refere à aplicabilidade desse estudo, acredita-se que a compreensão da forma como as mulheres percebem, sentem e vivenciam sua sexualidade possibilita uma complementaridade entre o conhecimento científico e o senso comum, trazendo informações relevantes para a saúde sexual e o bem-estar psicossocial das mulheres”, aponta o artigo.

As autoras da pesquisa são Kay Francis Leal Vieira (Docente do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ), Renata Pires Mendes da NóbregaMaria Valdênia Soares Arruda e Priscila Monique de Melo Veiga. Essas três últimas graduadas em Psicologia pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

 

CFP publica livro comemorativo aos 25 anos do ECA

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lança para a categoria a publicação “Estatuto da Criança e do Adolescente: refletindo sobre sujeitos, direitos e responsabilidades”. O livro é um conjunto de textos baseados em seminário realizado em outubro do ano passado na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG) sobre os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. O evento levou o mesmo nome da publicação, organizada em parceria pelo CFP e PUC/MG, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX).

O livro tem como organizadores o integrante do Coletivo Ampliado do CFP (Psicologia Jurídica) Rodrigo Tôrres Oliveira e as psicólogas Jaqueline de Oliveira Moreira e Maria Gontijo Salum, e é composto por três seções, dividas em “História, políticas e fundamentos: um olhar sobre o ECA”, “Proteção, Participação Social e Acolhimento Institucional” e “Socioeducação e o sujeito adolescente”.

Seções 

O livro, com 272 páginas, buscou transmitir as discussões que ocorreram nas mesas redondas e nos minicursos, em torno das três seções. Na primeira, encontram-se textos que visam retomar o contexto histórico da criação do estatuto, a partir de um olhar e uma reflexão sobre as políticas construídas a partir do ECA. Na seguinte, procurou-se refletir as políticas de proteção para crianças e adolescentes e avaliar participação social. Além disso, buscou analisar o acolhimento institucional à luz do Estatuto, uma política com necessidade de ser construída. Na terceira, analisaram-se os entraves existentes nas políticas socioeducativas para os adolescentes em conflito com a lei.

Para Rodrigo Tôrres Oliveira, “a publicação surge da necessidade de se consagrar o ECA, suas fundações, desenvolvimentos e alcance, bem como a trajetória de 25 anos de luta pela promoção e garantia de Direitos a crianças e adolescentes enquanto sujeitos de direitos em desenvolvimento”, ressaltou.

Clique aqui e leia o livro “Estatuto da Criança e do Adolescente: refletindo sobre sujeitos, direitos e responsabilidades”.

Confira como foi o seminário aqui 

Texto aborda considerações sobre soma e psique

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulga, nesta semana, mais um artigo publicado na edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, que se encontra na plataforma da SciELO. O texto desta semana é “Da tradição em Psicossomática às Considerações da Daseinsanálise. A autarquia busca ampliar o conhecimento científico, a fim de expandir o alcance de conteúdos acadêmicos para a categoria e para a sociedade. Toda semana, o CFP publica um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais.

De acordo com o resumo do artigo, o estudo busca refletir sobre a dualidade entre soma e psique, que tende a obscurecer a unidade originária a partir da qual esses dois entes podem aparecer e ser compreendidos. No momento posterior, o conduz o leitor para uma compreensão crítica, lidando com aspectos da tradição em psicossomática e com base na fenomenologia-hermenêutica de Martin Heidegger e na Daseinsanalyse de Medard Boss. O artigo tem a expectativa de contribuir na busca de outros fundamentos para a prática do cuidado psicológico em saúde.

A Assessoria de Comunicação do CFP entrevistou Cristine Monteiro Mattar (Docente da Universidade Federal Fluminense – UFF) sobre a pesquisa. Os (as) demais autores são Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo (Docente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ), Ana Luiza das Chagas Aleixo, Carolina Labanca Marcondes Gomes, Nathalia Correa Aizman, Paula Zanuto Maués e Tainá Cordeiro Gonçalves. Esses últimos são acadêmicos da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Confira a entrevista:

O que as motivou a fazer a pesquisa sobre esse tema? 

Resposta: O interesse pelo tema surgiu da experiência de extensão no Hospital Universitário Pedro, no qual desenvolvemos um estágio curricular em clínica para o curso de Psicologia da UFF e da pesquisa intitulada Psicologia Hospitalar na perspectiva fenomenológica-existencial. Queríamos oferecer aos psicólogos e estudantes de psicologia que atuam no contexto hospitalar as bases para se pensar a psicossomática de forma diversa da que vem sendo tradicionalmente conhecida. Para isto, buscamos referências na Analítica Existencial do pensador alemão Martin Heidegger e na Análise Existencial do médico suíço Medard Boss, que estabelecem outras bases filosóficas para se compreender o existir humano, o adoecer e a clínica. Distanciando-se da dicotomia soma e psique, a fim de mostrá-las como faces de um mesmo fenômeno, a existência humana, essa perspectiva auxilia em outro modo de compreender e de ajudar aquele que adoece, pois não desqualifica ou interpreta sua própria experiência e narrativa acerca de sua situação, tomando-a como importante gesto através do qual sua existência se revela.

Quais resultados você destaca desse levantamento?

Resposta: O resultado é a apresentação da pesquisa bibliográfica empreendida pelo grupo de pesquisa, o qual buscou mapear a tradição em psicossomática para, em seguida, propor a compreensão fenomenológico-hermenêutica desse fenômeno.

 

Na sua opinião, como esse estudo pode contribuir na busca de outros fundamentos para a prática do cuidado psicológico em saúde?

Resposta: o estudo contribui na medida em que publiciza e apresenta ao leitor um referencial teórico-filosófico pouco conhecido pelos psicólogos e que procura relacionar o fenômeno psicossomático não a algo puramente somático ou a algo puramente psíquico, nem à mera relação causal entre essas instâncias vendo-as como separadas. Em lugar dessa concepção, propõe olhar para a própria existência como fenômeno “psicossomático”, apontando, assim, para a necessidade de se compreender o existente em qualquer adoecer. O próprio termo “psicossomática” é colocado em questão, por manter ainda a visão dicotômica que se quer evitar. Assim, ainda que possamos falar em fenômenos somáticos e psíquicos, intentamos não perder de vista que se trata de expressões de uma mesma unidade originária, a existência.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

Artigo destaca relato de experiência de estágio em Psicologia Escolar

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulga mais um artigo publicado na edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, publicada na plataforma da SciELO. O texto desta semana é: Práticas Educativas Inovadoras na Formação do Psicólogo Escolar: uma Experiência com Aprendizagem Cooperativa. Intensificando ainda mais a política de ampliação do conhecimento científico, a fim de expandir o alcance de conteúdos acadêmicos para a categoria e para a sociedade, toda semana o Conselho publica um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais.

Segundo o resumo do artigo, o estudo aborda o relato de uma experiência de estágio em Psicologia Escolar focalizada na implementação de uma abordagem de aprendizagem cooperativa com estudantes do segundo ciclo do Ensino Fundamental.  No manuscrito, “apresentam-se os fundamentos teóricos da aprendizagem cooperativa; descrevem-se a dinâmica do estágio, as percepções dos estagiários relativas aos desafios enfrentados na experiência de estimular a cooperação e discute-se que a aprendizagem cooperativa requer a adoção de um papel com ênfase na mediação e observação do funcionamento do grupo de alunos”.

O artigo é de autoria de Tânia Maria Santana de Rose (Docente da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP), Mariana Luciana Afonso (Mestre pela Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP), Ricardo Martinelli Bondioli (Graduado pela Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP), Endy-Ara Gouvea Gonçalves (Graduada pela Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP) e Bruno Cortegoso Prezensky (Graduado pela Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP).

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.

Artigo mapeia perfil de bolsistas em pesquisa na área da Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulga mais um artigo publicado na edição 36.2 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, publicada recentemente na plataforma da SciELO. O texto desta semana é: Perfil dos Bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq atuantes em Psicologia no Triênio 2012-2014. Seguindo a política de intensificando a política de ampliação do conhecimento científico, a fim de expandir o alcance de conteúdos acadêmicos para a categoria e para a sociedade, toda semana o Conselho publica um artigo do periódico em seu site e nas redes sociais.

De acordo com o resumo do artigo, o estudo aborda como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) confere bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) aos profissionais que preenchem determinados critérios. “A identificação do perfil dos bolsistas PQ das mais variadas áreas do conhecimento é importante tanto para a elaboração de um mapeamento geral sobre a área como um todo quanto para a elaboração de políticas que visem a incrementar o desenvolvimento científico e tecnológico em subáreas ou locais específicos. O objetivo deste estudo é analisar o perfil dos bolsistas PQ do CNPq atuantes na Psicologia, considerando o triênio concluído em 2014”.

Entre as constatações, ainda há uma centralização na região Sudeste, que recebe 55,3% das bolsas e apresenta a maior proporção de bolsas PQ por habitantes do país. Os bolsistas atuam majoritariamente em universidades públicas, principalmente federais, e são em sua maioria mulheres. Além disso, Psicologia Social, Psicologia do Desenvolvimento Humano e Tratamento e Prevenção Psicológica são as áreas de atuação mais recorrentes entre os pesquisadores que recebem bolsas PQ. “A identificação de desigualdades regionais, de concentração de bolsas em poucas instituições e de disparidades de gênero, por exemplo, pode contribuir para que algumas questões relativas à distribuição de recursos sejam reavaliadas”, apontam os pesquisadores.

A Assessoria de Comunicação do CFP entrevistou Airi Macias Sacco (Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Professora Substituta do Curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas). Os outros autores do artigo são Luciana Valiente (graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Porto Alegre), Felipe Vilanova(graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre),Guilherme Welter Wendt (Doutorando em Psicologia e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior no exterior, Goldsmiths, University of London, London – UK, Reino Unido), Diogo Araújo DeSousa (Doutorando em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre) e Silvia Helena Koller (Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Professora Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Confira a entrevista: 

O que os motivou a fazer a pesquisa sobre esse tema?

Inicialmente, pensamos em fazer um estudo sobre o tipo de pesquisa que a Psicologia brasileira tem produzido nos últimos anos. Queríamos saber, especificamente, se estamos publicando estudos inovadores ou se as pesquisas nacionais estão restritas a adaptações e replicações. Nesse processo, nos demos conta de que seria interessante, antes de qualquer coisa, compreendermos qual é o perfil dos (as) pesquisadores (as) dessa área. Foi então que surgiu este levantamento, como um primeiro passo para uma análise mais profunda. Esperamos que essa seja realmente apenas uma etapa inicial para que sejam desenvolvidos outros estudos nessa temática. A pesquisa em Psicologia está em ascensão no Brasil. A área tem formado um número cada vez maior de mestres e doutores e tem um grande potencial de desenvolvimento e inovação.

 

Quais os resultados que você destaca desse levantamento?

Os principais resultados que encontramos dizem respeito a: (a) concentração de bolsas de pesquisa em poucas instituições, visto que 10 universidades concentram 56,7% dos bolsistas; (b) centralização na Região Sudeste, que recebe 55,3% das bolsas distribuídas no país; e (c) às disparidades de gênero, pois, com o avanço do nível de especialização, há um declínio no predomínio feminino na área: apesar de 90% dos profissionais registrados no Conselho Federal de Psicologia serem mulheres, entre os bolsistas PQ esse número cai para 63%. 

Na sua opinião, o que fazer para reduzir as desigualdades regionais, de concentração de bolsas do CNPq em poucas instituições e de disparidades de gênero?

Os critérios de avaliação podem ser repensados. Pesquisadores que trabalham em grandes centros de pesquisa geralmente têm acesso a mais recursos e a melhores condições de trabalho, além de receber um número elevado de bolsas para seus orientandos. Essas condições promovem (ou pelo menos facilitam) a produtividade, critério no qual se baseia a distribuição de bolsas. Entra-se, assim, em um círculo vicioso: aqueles que têm as melhores condições são os que produzem mais e, premiados por sua produção, seguem recebendo os maiores recursos, em um loop. Como os recursos são limitados, as desigualdades regionais acentuam-se. Com relação às disparidades de gênero, o Brasil confirma uma tendência mundial: segundo a Unesco, as mulheres correspondem a apenas 28% dos pesquisadores no mundo inteiro (http://www.uis.unesco.org/ScienceTechnology/Pages/women-in-science-leaky-pipeline-data-viz.aspx). Esse fenômeno pode demandar a implementação de políticas afirmativas. Alguns exemplos já existem, mas ainda são poucos. Essa questão é muito complexa e está relacionada tanto a elementos histórico-culturais sobre o papel da mulher na sociedade quanto a outros determinantes sociais. O importante, no entanto, é que essa é uma realidade que o mundo acadêmico não pode mais ignorar.

Clique aqui e leia o artigo na íntegra.