Luta antimanicomial reúne 1,8 mil participantes em Bauru  

Nenhum passo atrás! Manicômio nunca mais. Essa foi a tônica dos discursos de abertura do “Encontro de Bauru: 30 anos de luta por uma sociedade sem manicômios”, na manhã desta sexta-feira (8), na Universidade Sagrado Coração, na cidade de Bauru (SP). Mais de 1,8 mil pessoas, entre usuários da saúde mental, profissionais, professores e estudantes, estão participando das atividades realizadas no campus e na cidade.

A programação do primeiro do evento foi marcada por atividades culturais e homenagens póstumas a militantes da luta antimanicomial que ajudaram a redigir a Carta de Bauru, há 30 anos. Em dezembro de 1987, trabalhadores da saúde mental reunidos em Bauru escreveram o manifesto que marca o início da luta antimanicomial no Brasil e representa um marco no combate ao estigma e à exclusão de pessoas em sofrimento psíquico grave. Com o lema “Por uma sociedade sem manicômios”, o congresso discutiu as formas de cuidado com os que apresentam sofrimento mental grave e representou um marco histórico do Movimento da Luta Antimanicomial, inaugurando nova trajetória da Reforma Psiquiátrica brasileira. 

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Giannini, ao falar sobre o cenário de retrocessos e truculências que ocorrem no país, lembrou a condução coercitiva do reitor e da vice-reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramirez e Sandra Regina Goulart Almeida por agentes federais no dia 6 de dezembro.

Diversidade e resistência 

Giannini disse que a luta antimanicomial é em prol da cidadania e da democracia. “Ser antimanicomial é ser democrata, é lutar por cidadania e por direitos sociais. Vivemos momento difícil e duro, mas conhecemos nossa força e resistência em defesa da democracia.” Ele reafirmou que cada Centro de Atenção Psicossocial (Caps), cada casa de saúde, é um ponto de resistência. “Nossa diversidade é um valor que precisa ser afirmado. Somos diversos, mas somos únicos pela democracia.”

O ex-deputado Paulo Delgado, autor do projeto que resultou na Lei 10216/2001 (Lei da Reforma Psiquiátrica) recordou símbolos da luta antimanicomial, como Nilse da Silveira e Franco Basaglia. Ele destacou que a Carta de Bauru de 1987 marca uma mudança de paradigma das internações para o acolhimento e o cuidado. “Um tratamento de água com açúcar dado com amor faz mais diferença do o remédio dado com indiferença.” O político destacou ainda que os princípios da reforma psiquiátrica são os mesmos do Sistema Único de Saúde (SUS): integralidade,universalidade e equidade. “Não sou psicólogo, não sou psiquiatra, não sou assistente social, mas sou candidato a louco e, se for louco, quero ser tratado no Caps por vocês”.

Viradouro 

O secretário de Saúde de Bauru, José Eduardo Fogolin Passos, explicou ser este o momento para rediscutir o conceito de saúde mental e que o foco das discussões deve ser a luta por uma sociedade sem manicômios. Ele lembrou, ainda, a dívida que o SUS tem com os movimentos da luta antimanicomial. “Tenho orgulho de ser da cidade e de conhecer a história e o movimento, como muitas dessas pessoas. Este encontro reúne novamente todos os movimentos da luta antimanicomial por uma nova sociedade, em um novo Brasil para os próximos 30 anos.” Mário Moro, representante do Encontro de Bauru de 1987, reforçou que o momento é de resistência e luta contra a diminuição nos repasses de verbas da Assistência Social.

A abertura teve representantes da Articulação Nacional do Encontro de Bauru e de movimentos da luta antimanicomial, como o Movimento Nacional de Luta Antimanicomial (MNLA) e a Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila). Os representantes da articulação nacional do encontro fizeram um histórico e mostraram os desafios da luta antimanicomial. Para eles, não basta racionalizar os serviços, é preciso discutir como combater a opressão e a discriminação nas instituições e como lutar pelos direitos de cidadania e por melhores condições de vida dos doentes mentais. Revelaram que é necessário inventar novos diálogos e uma nova política pública de saúde mental. 

O encontro de Bauru prosseguiu à tarde com 14 rodas de conversa atividades culturais. A Escola de Samba Viradouro, que terá a loucura como potência criadora como tema do samba enredo de 2018, encerrou o dia com um ato público na Praça Rui Barbosa.

A letra do samba enredo da Viradouro diz:“É ter na mente o dom da criação/Onde ser louco é inspiração/Une verso à melodia/Brincar de Deus… e com as cores delirar/Nos sonhos meus (…)/Sei que a loucura é o x da questão/Ser ou não ser mais um entregue à razão/Fazer do lixo uma bela fantasia/Eu sou um sonhador, um pierrô alucinado.”

Confira a programação completa.

 Confira no facebook do CFP as transmissões e as galerias de foto do  Encontro de Bauru.

CFP reitera posicionamento contra a medicalização

A psicóloga Rosane Granzotto participou do programa “Cidadania”, da TV Senado, dia 23 de novembro, para falar sobre o aumento acentuado no uso de psicotrópicos para tratamento de patologias como a depressão. Integrante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Granzotto apresentou alternativas ao uso desses medicamentos.

Na entrevista, veiculada no dia 27, a conselheira falou sobre o contexto do aumento dos casos de depressão no Brasil. Ela analisou as condições culturais, sociais e econômicas e explicou que, nos últimos 40 anos, houve um aumento de 60% no número de suicídios no planeta, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em geral, esses casos são acompanhados pelo diagnóstico de depressão. Para 2020, a doença será a segunda maior em casos de incapacidade laboral.

Granzotto disse que a pressão para que o trabalhador se capacite mais, produza mais e consuma mais, aliada ao aumento do fluxo de informação e comunicação, resulta em perda da corporeidade nas relações sociais, substituição das relações presenciais pelas relações virtuais e em aumento do individualismo. “A questão é que há um excesso de frustração, um excesso de competividade, um excesso de individualismo e, até mesmo, a ausência de contatos mais corpóreos. A comunicação mais pessoal está cada vez mais precária, cada vez mais escassa.” 

Medicalização

Apesar de apontar muitas evoluções nas políticas públicas para a saúde mental, em especial nos últimos 30 anos, Granzotto aponta que há uma fragilidade na consecução dessas políticas. Contrária à medicalização, ela salientou os interesses dos grandes laboratórios farmacêuticos, que, desde os anos 1980, encomendam pesquisas que patologizam situações cotidianas da vida. “Minha crítica se refere à medicalização da vida. Pesquisas iniciadas nos anos 1980 já mostravam isso. Começou nos Estados Unidos da América, com a indústria farmacêutica, que passou a encomendar estudos aos médicos e às universidades, para que patologizassem as reações cotidianas, como o luto, os conflitos e até as frustrações.”

Confira a entrevista na íntegra na TV Senado.

Anad faz campanha sobre diabetes em São Paulo

A Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad) promove em São Paulo, de 13 a 18 de novembro, a “20ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes de Prevenção das Complicações – detecção, orientação e educação”. O Dia Mundial do Diabetes é celebrado em 14 de novembro.

As ações, que vão ocorrer na sede da Anad, localizada à Rua Eça de Queiroz, 198, Vila Mariana (Metrô Paraíso), São Paulo, SP, preveem a realização de dois mil testes de glicemia e avaliações de complicações em cada área, como avaliação de olhos, pés, boca, fisioterápica, atividade física, risco cardiometabólico, IMC (correlação cintura-quadril) e avaliação nutricional, pressão arterial. Palestras educativas também foram programadas.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apoia a iniciativa.

Para mais informações acesse: http://www.anad.org.br/. 

Serviço

20ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes de Prevenção das Complicações, Detecção, Orientação e Educação

A mulher e o Diabetes: nosso direito a um futuro saudável

Data: 13 a 18 de novembro

Local: Rua Eça de Queiroz, 198, Vila Mariana (Metrô Paraíso), São Paulo, SP

Informações: http://www.anad.org.br/

CFP vai participar de processo de seleção do MNPCT

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai integrar a comissão de seleção para integrantes do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. A decisão foi aprovada, dia 24 de outubro, durante reunião do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) por meio da Resolução nº 008/2017. O colegiado também aprovou moção de apoio à investigação da morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancelier.

O psicólogo Paulo Maldos, membro do CFP e integrante do CNPCT, destaca a importância da participação no processo de seleção de peritos(as) para o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Sobre a moção de apoio às investigações da morte de Cancelier, Maldos explica que o caso apresenta elementos de tortura, pois o reitor foi submetido a constrangimento e à violência da exposição pública, com acusações infundadas e mentirosas. O processo de violência midiática e judicial acabou levando o reitor ao suicídio. O caso do reitor é emblemático, pois populações vulneráveis sofrem constrangimentos similares cotidianamente, como os jovens negros nas periferias das grandes cidades. “Boa parte da sociedade é submetida a constrangimentos e à violência judicial e midiática constante. Exemplos são os programas de TV expõem publicamente as pessoas acusadas de crimes que muitas vezes não cometeram.” 

Seleção

A Resolução n 008/2017 aponta que, além do CFP, fazem parte da comissão de seleção a Conectas Direitos Humanos (Conectas), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Secretaria de Governo da Presidência da República.

De acordo com a norma, as competências da comissão são coordenar e organizar o processo de seleção para membros do MNPCT; analisar os documentos dos candidatos; e decidir e divulgar os pedidos de inscrição. Acesse a Resolução nº 008/2017 na íntegra. https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2017/11/RESOLUCAOCNPCT_N008_CE_3ºPSPMNPCT_16ªRPO-1.pdf

Moção

Segundo a moção de apoio à investigação da morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancelier, Paulo Maldos diz que as informações publicadas pela imprensa, resumidas em documento apresentado pelo representante do Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia (GTNM-BA), possibilitam o enquadramento do caso na Lei nº 9.455, de 1997, que considera tortura “submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo ou medida de caráter preventivo” (Art. 1º, II).

O documento aponta, ainda, que a prisão do reitor foi transformada em espetáculo midiático. Ele foi prejulgado como corrupto. Sofreu revista vexatória e teve negada assistência religiosa, além de ter sido proibido de frequentar a universidade e de contatar colegas. São atos que configuram o crime de tortura.

Saiba mais:

Confira a Resolução nº 008/2017.

Confira a Moção de Apoio na íntegra.

I Congresso Latino-Americano de Psicologia Corporal

A Sociedade Libertas está com inscrições abertas para o I Congresso Latino-Americano de Psicologia Corporal – Honrar o Corpo no Amor e na Dor. O evento será realizado de 23 a 25 de novembro, em Recife.

As inscrições, que custam entre R$ 150 a R$ 660, podem ser feitas no site da Sociedade Libertas (https://www.libertas.com.br/cursos-e-eventos/i-congresso-latino-americano-de-psicologia-corporal-honrar-o-corpo-no-amor-e-na-dor/#).

O evento prevê a realização de diálogos, palestras e oficinas vivenciais sobre discussões envolvendo neurociência x psicanálise, direitos humanos e diversidades e o luto do corpo.

O Conselho Federal de Psicologia será representado pelo presidente Rogério Giannini, que participará da mesa de abertura do congresso ao lado de Ana Bock, Jayme Peneraí e Marcos Ferreira. 

Serviço

I Congresso Latino-americano de Psicologia Corporal

Honrar o Corpo no Amor e na Dor

Data: 23 a 25 de novembro de 2017

Inscrições: https://www.libertas.com.br/cursos-e-eventos/i-congresso-latino-americano-de-psicologia-corporal-honrar-o-corpo-no-amor-e-na-dor/#

Local: Best Western Hotel Manibu

Av. Conselheiro Aguiar, 919, Boa Viagem, Recife/PE

Informações:  http://www.libertas.com.br

Email: eventos@libertas.com.br

Telefone: (81) 3268-3311

Violência contra estudantes LGBT ganha audiência pública

A causa do sofrimento psíquico que pode acometer pessoas LGBT tem relação direta com a violência dirigida a essa população. A discussão, fundamental para a Psicologia, foi tema de audiência pública realizada, dia 18, na Câmara dos Deputados, durante reunião das Comissões de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN).

O assunto foi discutido pela psicóloga Sandra Elena Sposito, do Conselho Federal de Psicologia, e por integrantes do Ministério da Educação (MEC), do grupo Dignidade, da Fundación Todo Mejora, do Chile, e Sentiido, da Colômbia.

Sandra Sposito disse haver uma inversão no foco do debate sobre a questão LGBT. Segundo ela, alguns grupos sociais têm ignorado que o sofrimento psíquico é ocasionado pelas vivências da população LGBT, omitindo totalmente a violência que incide sobre essa parcela da população. “Há uma inversão dos elementos que promovem o sofrimento psíquico decorrente das vivências LGBT quando se indica que tal sofrimento é decorrente da orientação sexual e ignoram-se as vivências e as experiências de humilhação, rejeição, exclusão e violências das pessoas LGBTI na sociedade brasileira.”

Sposito disse que o CFP tem procurado resgatar a questão do sofrimento psíquico com o objetivo “de internacionalizar a compreensão de que o fenômeno da violência LGBT é da América Latina”. A conselheira também falou sobre a importância da manutenção da Resolução CFP 01/99 como mecanismo de formalização de limites e das possibilidades de atuação dos profissionais da Psicologia frente às questões da homossexualidade. A norma tem sido atacada por determinados setores.“Temos muita convicção de que a Resolução 01/99 funciona, mas não temos consenso na sociedade brasileira. A resolução é fruto de debates da ciência e da academia, mas foi transferida para o âmbito dos poderes Judiciário e Legislativo.” Na Câmara dos Deputados, há dois projetos que buscam autorizar a terapia de reversão e sustar a Resolução 01/1999.

Experiências

O diretor–executivo do Grupo Dignidade, Toni Reis, apresentou dados da Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016 – as experiências dos adolescentes e jovens lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em nossos ambientes educacionais. Do total, 60% dos (as) estudantes entrevistados sentiram-se inseguros (as) na escola no último ano por serem LGBT; 73% já foram agredidos (as) verbalmente e 36%, fisicamente.

Reis falou, ainda, da parceria da entidade com o CFP na luta contra a violência e contra a discriminação à população LGBT. “Sou pai de três filhos e quero que as pessoas se respeitem. Ouço discursos que dizem que queremos destruir as famílias, sexualizar as crianças e tornar todo mundo gay, mas não é nada disso.”

Lina Cuellar Wills, diretora da Sentiido, explicou a realidade da Colômbia. Segundo ela, há muitas leis naquele país, inclusive uma em prol a um estudante, Sergio Urrego, que se suicidou em 2014 em razão de sua orientação sexual. “Na Colômbia temos leis, mas as escolas não as sabem utilizar e temos que trabalhar para que essas normas funcionem”.

Diego Poblete Mella, diretor-executivo da Fundación Todo Mejora, apresentou como o portal da entidade tem ajudado crianças e adolescentes nas discussões em torno da orientação sexual. Ele destacou as ações do aplicativo de celularDescárgate e contou que houve atendimento a 1.579 jovens em seis meses. Diego falou, ainda, que a coibição à violência contra a população LGBT nas escolas necessita ser uma política de longo prazo.

O diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania do Ministério da Educação (Secadi/MEC), Daniel de Aquino Ximenes, destacou as ações realizadas pelo programa do Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos, como a criação de comitês nas faculdades e universidades.

I Congresso Latino-Americano de Psicologia Corporal

A Sociedade Libertas está com inscrições abertas para o I Congresso Latino-Americano de Psicologia Corporal – Honrar o Corpo no Amor e na Dor. O evento será realizado de 23 a 25 de novembro, em Recife.

As inscrições, que custam entre R$ 150 a R$ 660, podem ser feitas no site da Sociedade Libertas (https://www.libertas.com.br/cursos-e-eventos/i-congresso-latino-americano-de-psicologia-corporal-honrar-o-corpo-no-amor-e-na-dor/#).

O evento prevê a realização de diálogos, palestras e oficinas vivenciais sobre discussões envolvendo neurociência x psicanálise, direitos humanos e diversidades e o luto do corpo.

O Conselho Federal de Psicologia será representado pelo presidente Rogério Giannini, que participará da mesa de abertura do congresso ao lado de Ana Bock, Jayme Peneraí e Marcos Ferreira. 

Serviço

I Congresso Latino-americano de Psicologia Corporal

Honrar o Corpo no Amor e na Dor

Data: 23 a 25 de novembro de 2017

Inscrições: https://www.libertas.com.br/cursos-e-eventos/i-congresso-latino-americano-de-psicologia-corporal-honrar-o-corpo-no-amor-e-na-dor/#

Local: Best Western Hotel Manibu

Av. Conselheiro Aguiar, 919, Boa Viagem, Recife/PE

Informações:  http://www.libertas.com.br

Email: eventos@libertas.com.br

Telefone: (81) 3268-3311

VI Congresso da Abrapesp abre inscrições

As inscrições para o VI Congresso da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (Abrapesp), que vai ocorrer entre 9 e 11 de novembro, na Universidade Católica de Brasília (UCB), em Taguatinga, estão abertas. O Conselho Federal de Psicologia (CFP), apoiador do evento, terá representantes na atividade.

O evento é aberto a profissionais e estudantes da Psicologia e da Educação Física.

A programação inclui mini-cursos, palestras, mesas-redondas, conferências e a divulgação do resultado das eleições das eleições da Abrapesp para a gestão 2017/2019.

Confira a programação.

Faça sua inscrição como profissional ou como estudante.

Os desafios da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas

Audiência pública para discutir os desafios e limites da política nacional de saúde mental, álcool e outras drogas foi agendada, dia 24 de outubro, das 10h às 12h30, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.

Criada pela Lei nº 10.216/2001, a Política Nacional de Saúde Mental é um marco na proteção e na defesa dos direitos humanos, ao consolidar um modelo humanizado de atenção à saúde mental, priorizando reabilitação psicossocial e a reinserção social das pessoas em sofrimento psíquico ou dependência química. A audiência pública doa dia 24 vai discutir os desafios atuais em cenário de cortes de recursos e de retrocessos.

Os debatedores convidados foram a psicóloga Ilana Katz representante do Conselho Federal de Psicologia, o presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Paulo Amarante, Lumena Furtado e Aldemyro de Figueiredo Rolim, representantes da Subcomissão de Drogas e Saúde Mental do CNDH e da Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda), respectivamente.

Segundo o presidente do Centro de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), Leonardo Pinho, o país vive cortes de programas e ações direcionadas aos usuários das políticas públicas de saúde mental, álcool e outras drogas, como também anúncios de retorno de financiamento de leitos psiquiátricos. “A audiência do dia 24 faz parte do processo de mobilização para defender a reforma psiquiátrica e o aprofundamento e ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).”

O evento será transmitido ao vivo pela página da CDHM no facebook https://www.facebook.com/cdhmcamara/. 

Serviço

Audiência pública sobre Desafios da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas

Data: 24/10/2017

Hora: 10h às 12h30

Local: Câmara dos Deputados, Anexo II, Pav. Superior, Ala A, Plenário 9. Brasília

Telefone: (61) 3216-6570

CFP alerta psicólogas/os sobre novas pranchas de Rorschach

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) aprovou, na plenária dos dias 22 e 23 de setembro, nota alertando psicólogas e psicólogos sobre a comercialização de uma nova impressão das pranchas do Método Rorschach sem comprovação científica nem aprovação da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP).

Leia aqui a íntegra da nota sobre comercialização das pranchas de Rorschach sem comprovação científica e aprovação do Satepsi.

No primeiro semestre de 2017, a CCAP recebeu denúncia formal da venda de um novo modelo de pranchas de Rorschach diferente da impressão original. Após análise criteriosa das evidências apresentadas, a Comissão do CFP avaliou que não há informações suficientes para certificar a equivalência desta nova versão com a original. Sendo assim, não há garantia de eficiência do processo de avaliação psicológica a partir do uso desta nova versão das pranchas de Rorschach.

O Conselho Federal de Psicologia orienta, então, que os psicólogos só utilizem as pranchas do Rorschach empregadas nas pesquisas brasileiras e aprovadas pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi). “As únicas pranchas com parecer favorável para uso são as originais”, alerta o Conselho.

As pranchas de Rorschach aprovadas pela Autarquia para uso profissional são as originais, comercializadas pela Editora Hogrefe. A identificação dos cartões pode ser verificada em seu verso, onde consta o nome da Editora, o local de fabricação (Suíça) e a informação de que trata-se das pranchas originais.

Segundo os conselheiros Daniela Zanini e Fábian Rueda, coordenadores da CCAP, essa decisão reafirma o compromisso do CFP com a atuação profissional dos psicólogos, em especial, com o controle de qualidade do serviço prestado e do instrumental utilizado nos diferentes contextos. “Nessa perspectiva, o CFP criou o Satepsi que conta com uma Comissão Consultiva de Avaliação Psicológica para justamente avaliar a qualidade dos testes psicológicos disponibilizados no mercado”, explica Daniela Zanini. Para mais informações a respeito de testes psicológicos aprovados, as/os psicólogas/os devem acessar a página do Satepsi (http://satepsi.cfp.org.br/).

Fabián Rueda informa que o CFP também encaminhou documento circular para todo os Conselhos Regionais de Psicologia alertando a inexistência de avaliação desta nova versão dos testes de Rorschach. “O uso desta nova impressão das pranchas implica falta ética por parte do profissional da Psicologia”, ressalta. A CCAP também enviou documento à editora que comercializa essa versão solicitando a submissão do material para análise do Satepsi.

O CFP convida a categoria a contribuir denunciando aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) o uso indevido de testes psicológicos não aprovados pelo Satepsi. “Isso é especialmente importante para garantir o oferecimento de um serviço psicológico de qualidade”, complementa Daniela Zanini.