Inscrições prorrogadas para o Prêmio Profissional Sylvia Leser de Mello

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) anunciou a prorrogação das inscrições para o Prêmio Profissional Sylvia Leser de Mello: Práticas Inovadoras no Exercício da Psicologia. A premiação destaca iniciativas que promovem avanços no campo do conhecimento, reconhecendo contribuições significativas ao desenvolvimento da Psicologia. As inscrições seguem abertas até 30 de maio.

Serão selecionados até nove trabalhos, divididos em três categorias, cada uma com até três vencedoras e vencedores. Os trabalhos premiados receberão até R$ 2 mil e devem demonstrar avanços na produção de conhecimento nos diversos campos da Psicologia.

Inovação na Psicologia
De acordo com o regulamento, as práticas psicológicas inovadoras são aquelas que, mesmo de forma incremental, incorporem avanços no campo da Psicologia, seja a partir de conhecimentos pré-existentes ou na criação de novas perspectivas, conceitos, fundamentos, instrumentos, técnicas ou métodos de trabalho.

Os trabalhos poderão ser inscritos em uma das seguintes categorias: experiências ou produtos derivados do trabalho profissional; experiências ou produtos derivados de trabalhos realizados em cursos de especialização ou de mestrado; e experiências ou produtos derivados de trabalhos realizados em cursos de doutorado, pós-doutorado ou projetos vinculados a grupos de pesquisa.

Poderão concorrer trabalhos individuais ou apresentados por grupo de até seis autores.

É necessário que os estudos e experiências inscritas representem tendências de ampliação, renovação e qualificação da pesquisa ou dos serviços prestados à sociedade. 

Como se inscrever
Até às 23h59 minutos do dia 30 de maio de 2025, os trabalhos devem ser submetidos exclusivamente pelo site CFP, por meio do endereço eletrônico: www2.cfp.org.br/premio/sylvialeser/2025.

Não serão aceitas inscrições enviadas por correio. Para mais informações, consulte o edital completo.

Matéria relacionada
Prêmio Profissional Sylvia Leser de Mello está com as inscrições abertas

CFP se reúne com representantes do Conselho Federal de Medicina para discutir a regulamentação da psicoterapia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) se reuniu em 2/4 com representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), entre eles o 1° vice-presidente Emmanuel Cavalcanti, para tratar sobre regulamentação da psicoterapia.

Durante o encontro foi apresentada uma minuta de texto elaborada pelo CFP com sugestões para a qualificação das proposições legislativas sobre o tema em tramitação no Senado Federal.

As propostas tratam da regulamentação do exercício da psicoterapia, tema que envolve as áreas da Psicologia e da psiquiatria e, portanto, as competências dos respectivos conselhos profissionais.

Na ocasião, o CFM destacou a relevância da qualificação e da formação técnica tanto da Psicologia quanto da psiquiatria para o exercício da psicoterapia, e reforçou que essa é uma prática que deve ser exercida por profissionais devidamente habilitados, com formação adequada e respaldados por suas entidades de classe.

Regulamentação da psicoterapia

O encontro integra um conjunto de diálogos que o CFP tem promovido junto a diversos segmentos estratégicos com o objetivo de aprovar uma lei que regulamente a psicoterapia no Brasil. A iniciativa busca fortalecer a construção de forças favoráveis à efetiva aprovação de uma legislação na área, a partir de articulação com categorias profissionais que serão impactadas pela medida.

A construção desse diálogo está entre as deliberações feitas pela categoria durante o Congresso Nacional da Psicologia (CNP) – instância máxima de definição das diretrizes, políticas e ações que devem orientar a gestão da Psicologia como ciência e profissão.

Conselho Federal de Psicologia lança canal exclusivo no WhatsApp

O Conselho Federal de Psicologia está lançando o seu canal exclusivo no WhatsApp. Agora ficou ainda mais fácil acompanhar as novidades  sobre a Psicologia no Brasil. 

O novo serviço permite que um número ilimitado de profissionais e estudantes da área recebam informações diretas e confiáveis, como comunicados importantes para a atuação profissional, lançamentos, abertura de inscrição para eventos e transmissões ao vivo – tudo de forma rápida e de fonte oficial.

Os canais do WhatsApp ficam em uma aba específica do App, chamada Atualizações, por onde é possível fazer buscas para encontrar o canal do CFP. Caso o novo recurso não esteja disponível no seu celular, atualize o aplicativo. 

Se inscreva no canal CFP e não perca nenhuma novidade! 

Conselho Federal de Psicologia e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) estabelecem parceria para fortalecer ações afirmativas em âmbito institucional

Enfrentar desigualdades estruturais no âmbito dos Conselhos de Psicologia de todo o país, bem como promover nessas instâncias o acesso equitativo e oportunidades iguais a todos os grupos populacionais, independentemente de gênero, raça/etnia, idade, renda e localização geográfica.

Esse é o objetivo do Programa de Ações Afirmativas do Sistema Conselhos de Psicologia, que acaba de ser firmado entre o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA).

A iniciativa tem como objetivo fortalecer o combate a violências institucionais e estruturais que impactam o acesso e a permanência em espaços institucionais, incluindo aspectos como o racismo, o sexismo, o capacitismo e a LGBTQIA+fobia. 

A ação busca estabelecer estratégias para defender a vida das pessoas trans, travestis e outras identidades de gênero, bem como de negras, indígenas e pessoas com deficiência, a partir da garantia de acesso e de permanência com qualidade de vida desses segmentos como conselheiras, colaboradoras e demais profissionais que integram os Conselhos de Psicologia em todo o Brasil.

“É um projeto inovador, que realizará um diagnóstico para identificar as condições necessárias de entrada e permanência dos grupos que têm cada vez mais se feito presentes nos espaços institucionais do Conselho Federal e dos 24 Conselhos Regionais de Psicologia em todo o país, por meio das ações afirmativas que vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos. A proposta busca projetar ações de cuidado que garantam a efetiva permanência dessas pessoas na gestão e atividade dessas autarquias, que são as responsáveis por orientar, fiscalizar e disciplinar a atuação dos mais de 540 mil psicólogas e psicólogos em atuação no Brasil”, ressalta o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho.

Para Florbela Fernandes, representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a assinatura deste Memorando de Entendimento entre o UNFPA e o Conselho Federal de Psicologia (CFP), demonstra o compromisso com a promoção da inclusão, da equidade e dos direitos dos grupos populacionais mais deixados para trás no desenvolvimento. “Como agência das Nações Unidas especializada em dados populacionais, o UNFPA traz sua expertise para apoiar a produção de evidências e o fortalecimento de capacidades, com o objetivo de aprimorar políticas afirmativas e reparatórias desenvolvidas pelo CFP. Este é um trabalho que necessita de cooperação, colaboração e do compromisso coletivo. “Juntos podemos construir caminhos para mais escolhas, inclusão e dignidade”, reforça Florbela Fernandes.

 

Fortalecimento institucional

O Programa de Ações Afirmativas tem como propósito a construção de bases metodológicas para o fortalecimento institucional e permanência saudável de grupos minoritários nas autarquias que compõem o Sistema Conselhos de Psicologia.

A cooperação entre CFP e UNFPA se dará em diferentes áreas de atividade, tais como:

  • Igualdade racial, em perspectiva interseccional e antirracista, com especial atenção para pessoas negras, indígenas, quilombolas e pertencentes a demais grupos e comunidades tradicionais;
  • Igualdade de gênero, em perspectiva interseccional, notadamente às mulheres cis e trans, mães e demais pessoas que gestam, bem como das demais responsáveis pelo cuidado;
  • Inclusão plena de pessoas com deficiência, em perspectiva interseccional e anticapacitista, com especial atenção às suas principais demandas;
  • Inclusão plena da população LGBTQIA+, em perspectiva interseccional e antidiscriminatória, focada nas estratégias para a proteção e garantia de vida das pessoas trans;
  • Fortalecimento de políticas institucionais de cuidado, equidade e de permanência para os públicos alcançados; e
  • Produção de dados e evidências.

Um plano de ação anual vai estabelecer as medidas a serem implementadas e a aplicação pelas unidades que integram o Sistema Conselhos.  

 

Ações Afirmativas

A iniciativa integra a política de ação afirmativa instituída no âmbito do Sistema Conselhos de Psicologia por meio da Resolução CFP n° 05 de 2021, que estabeleceu a fixação de percentuais mínimos de pessoas negras ou indígenas, trans, com deficiência ou povos tradicionais na composição das chapas para a escolha de conselheiras(os) federais e regionais dos Conselhos de Psicologia de todo o país. A estratégia tem como foco fortalecer o acesso e permanência dessas populações nas autarquias, ampliando a representatividade dos diferentes grupos que compõem a sociedade – com especial atenção aos historicamente excluídos.

Sobre o UNFPA

O UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) é uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada à promoção da saúde sexual e reprodutiva, à igualdade de gênero e ao desenvolvimento sustentável, com foco em garantir os direitos humanos e o bem-estar das populações em todo o mundo.

As ações desenvolvidas pelo UNFPA são guiadas por princípios de justiça social e inclusão, buscando construir sociedades mais equitativas, onde todos possam alcançar seu pleno potencial. Entre suas principais áreas de atuação estão a redução da mortalidade materna, o combate à violência baseada em gênero e o empoderamento de populações marginalizadas.

CFP destaca resolução do Conanda que estabelece diretrizes para atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) publicou nesta quarta-feira (8) a Resolução 258, que estabelece diretrizes para o atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, incluindo a regulamentação do acesso ao procedimento de aborto em casos já assegurados por lei.

A resolução traz definições relacionadas à prevenção da violência sexual e da gestação na infância, com a indicação das competências de instâncias do Estado diante de casos do tipo. A normativa registra, por exemplo, “que toda criança e adolescente tem direito a ter acesso a informações sobre seu próprio corpo que permitam a identificação e a denúncia de situações de violência sexual”.

A Resolução é assinada pela presidente do Conanda e representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Marina Poniwas. “A normativa é uma importante ferramenta para combater a violência sexual contra crianças e adolescentes e também para coibir barreiras que dificultem o acesso à interrupção de gestação em situações que já estão estabelecidas por lei: estamos falando de meninas vítimas de violência sexual, de gravidez que represente risco à vida da gestante ou de quando o feto apresenta anencefalia”, destaca Poniwas. 

A Resolução também define medidas para penalizar atos de violência institucional e psicológica contra crianças e adolescentes nessas situações, a fim de proteger seus direitos. O texto estabelece protocolos que asseguram acesso rápido e seguro aos serviços, com capacitação obrigatória de profissionais para atender casos de violência sexual de forma humanizada e respeitosa.

A normativa ressalta a importância da escuta especializada e do depoimento especial como procedimentos voltados a acolher as vítimas, e proíbe qualquer forma de violência institucional que gere revitimização.

O documento garante a autonomia da criança e do adolescente no processo de decisão sobre interrupção legal da gestação, assegurando privacidade e confidencialidade, vedando a transmissão de informações pautadas em “convicções morais, políticas, religiosas e crenças pessoais”.

Em situações de divergência entre a vontade da criança e a dos responsáveis, a Resolução determina que a prioridade seja o interesse da criança, conforme assegura o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O texto ainda enfatiza a necessidade de celeridade nos processos judiciais e de capacitação de servidores públicos para um atendimento humanizado e especializado.

 

Profissionais da Psicologia

A normativa se alinha ao posicionamento do Conselho Federal de Psicologia na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, bem como do acesso ao aborto seguro previsto em lei como um serviço de saúde essencial. 

“A Resolução é importante para crianças e adolescentes, que ganham mais proteção com acesso a um direito fundamental já previsto em lei.  Mas também é importante para as equipes que atendem essas vítimas de violência sexual – incluindo profissionais da Psicologia –, pois é um texto que traz mais orientação e coordenação dos fluxos entre os serviços, fortalecendo as ações de cuidado e proteção”, destaca Marina Poniwas. 

 

Saiba mais

A Resolução 258 foi publicada após decisão do Poder Judiciário, que derrubou liminar que suspendia a normativa. Aprovada pelo Conanda em dezembro, a normativa havia sido suspensa pela Justiça Federal após pedido da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que alegou desrespeito ao rito de votação do texto por parte do Conanda. 

Na nova decisão judicial, publicada na última segunda-feira (6), o desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) destacou que a resolução dispõe sobre como deve se dar o trâmite para o atendimento de crianças e adolescentes alvos de violência sexual que buscam a interrupção legal da gestação, “conforme autorizado pelo artigo 128 do Código Penal”. Bello ressalta que a suspensão dos efeitos da resolução teria sido um “equívoco crasso” por se utilizar de “artifícios formais” sob o manto do discurso de proteção dos fetos ao mesmo tempo em que “desprotege o hipossuficiente menor que tenha sido vítima de uma violência brutal”.

CFP realiza I Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia

Para aprimorar o atendimento, facilitar a troca de informações e incentivar boas práticas entre as ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia, foi realizado na sexta-feira (20), na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília/DF, o 1º Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia.

Na atividade, foram apresentados canais de atendimento utilizados no Sistema Conselhos para atendimento na ouvidoria – incluindo formulários do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), e-mail, telefone, entre outros.

 O conselheiro do CFP responsável pela Ouvidoria na Autarquia, Roberto Chateubriand, destacou a importância do encontro para a troca de experiências entre as ouvidorias e para o fortalecimento da democracia no Sistema Conselhos.

Para Chateubriand, é fundamental que a categoria e a sociedade compreendam o papel das ouvidorias enquanto um espaço importante no aprimoramento de práticas. “As ouvidorias não são a solução para todos os problemas, mas elas indicam caminhos de participação. É importante que elas possam servir de modelo para a nossa atuação”, reforçou.

A supervisora da Ouvidoria do CFP, Ana Clara de Medeiros, ressaltou o papel estratégico e democrático das ouvidorias para a prestação de serviços de qualidade. “As ouvidorias revelam o que podemos melhorar no nosso órgão, no nosso trabalho. Fortalecer cada vez mais esses espaços é muito importante”, ressaltou.

Os participantes do I Encontro também dialogaram sobre como será a formação do Grupo de Padronização de Atendimento entre as ouvidorias, previsto na Resolução CFP nº 22/2022.

Diante das especificidades estaduais e dos desafios de cada Regional, Roberto Chateubriand explicou que um Grupo de Padronização de Atendimento entre as ouvidorias, com vistas a discutir uma lógica interna do Sistema Conselhos de Psicologia, pode criar condições para que a categoria passe a entender o potencial dos processos de escuta articulados na entrega de respostas resolutivas e efetivas para as questões que são trazidas nas esferas regionais e federal.

O encontro ainda trouxe questões como organização de relatórios, pesquisa de satisfação, Portal da Transparência/Carta de Serviços, sistema de denúncias e Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

 

Acesse a galeria de fotos

 

O que diz a Resolução CFP 12/2022?

A Resolução CFP nº 12/2022 instituiu oficialmente as ouvidorias no âmbito do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia. A proposta foi aprovada na Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF), realizada em abril de 2022.

A normativa deu um prazo de 180 dias, a partir de sua publicação, para os CRP instituírem e implementarem o setor ou o canal de ouvidoria. Este meio de comunicação pode ser feito por endereço de e-mail, formulário eletrônico e/ou número de telefone exclusivo para receber as demandas de ouvidoria, e deverá estar visível no site do órgão.

A ouvidoria tem como finalidade estimular a participação e a conscientização da categoria e da sociedade sobre o direito de receber serviços de Psicologia de qualidade. É o canal responsável por acolher, examinar e encaminhar as demandas referentes a procedimentos e ações de conselheiras e conselheiros, corpo funcional e colaboradores do Sistema Conselhos de Psicologia.

A Ouvidoria recebe manifestações de pedido de acesso à informação; denúncias; elogios e agradecimentos; críticas e reclamações; pedido de simplificação; sugestões e solicitação de providências.

A ouvidoria não substitui os canais habituais de recebimento de denúncias, já especificados no Código de Processamento Disciplinar (CPD) ou em outras normativas do CFP.

Dúvidas acerca de denúncias relacionadas à atuação profissional de psicólogas e psicólogos, por exemplo, contam com um canal de recebimento específico. Para esse tipo de orientação, o demandante deve entrar em contato com a Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) nos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP). 

Saiba mais:

Conheça a Resolução CFP 12/2022 que institui as ouvidorias no Sistema Conselhos de Psicologia