CFP volta a integrar Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura

O  Conselho Federal de Psicologia (CFP) tomou posse, em 6 de novembro, no Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) para o biênio 2024-2026. Os 23 membros – 12 representantes da sociedade civil e 11 de órgãos federais – foram empossados pela ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, que também assumiu a presidência do colegiado. A cerimônia ocorreu durante a 46ª Reunião Ordinária do colegiado.

“A melhor tecnologia que nós desenvolvemos é a dos conselhos e comitês com participação popular, pois sem a presença da sociedade civil na construção da política pública incidindo diretamente nas ações do estado brasileiro é pouco provável que a gente avance”, pontuou a ministra.

Nomeada representante titular do CFP no CNPCT para o biênio 2024-2026, a psicóloga Célia Zenaide ressaltou a participação do colegiado no Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. “É muito importante que nós, psicólogas e psicólogos, estejamos atentos a essa pauta, pois ela se relaciona com políticas de saúde, de assistência social e de educação, entre outras”.

Célia Zenaide também destacou a necessidade de sensibilizar profissionais da Psicologia que atuam em instalações estaduais e municipais de privação de liberdade, como hospitais psiquiátricos, centros de detenção e comunidades terapêuticas, para prevenir e combater abusos e maus-tratos.

Para a psicóloga Iolete da Silva, designada como representante suplente do CFP no Comitê, a tônica da Psicologia na agenda de combate à tortura é a defesa da dignidade das pessoas. “Considero relevante a contribuição da Psicologia nesse espaço de incidência política, porque a categoria traz para a agenda um histórico de discussões qualificadas e de acúmulo nos direitos humanos”, sinaliza.

Iolete da Silva também comenta que a presença de representantes do CFP no Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura leva em consideração a perspectiva das pessoas de variados segmentos e de diferentes grupos populacionais. “São pessoas historicamente subalternizadas, oprimidas e marginalizadas, como é o caso do povo negro, que é a maioria nesses espaços de privação de liberdade, seja no sistema socioeducativo ou no sistema prisional”, finaliza.

Contribuições

Ao integrar o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura na categoria Conselhos de Classes Profissionais, o Conselho Federal de Psicologia participou de inspeções em instalações de privação de liberdade, como hospitais psiquiátricos e centros de detenção

A partir dessas avaliações em campo, o CFP contribui para a elaboração de relatórios detalhados, que incluem recomendações para as autoridades competentes, visando melhorias nas condições desses locais e da aplicação prática dos direitos das populações atendidas. 

Além das inspeções, o CFP mobiliza ações significativas na fiscalização de comunidades terapêuticas, a fim de garantir a proteção e o respeito aos direitos das pessoas vítimas de tortura. 

São ações que fortalecem a atuação da Psicologia, nos campos científico e profissional, na promoção da justiça e da dignidade humana.

Colegiado

O CNPCT é integrante do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, criado pela Lei Federal nº 12.847 e pelo Decreto n° 8.154, ambos de 2013. O colegiado é composto por 23 membros, sendo 11 representantes de órgãos federais e 12 da sociedade civil.

Dentre suas atribuições, o Comitê é responsável por contribuir para o enfrentamento de violações de direitos humanos em instituições de privação de liberdade, como delegacias, penitenciárias, locais de permanência para idosos e hospitais psiquiátricos.

Os representantes da sociedade civil foram escolhidos em um Chamamento Público e, após essa etapa, indicaram seus integrantes. Além do Conselho Federal de Psicologia, foram eleitos o Conselho Federal de Serviço Social; a Associação Grupo Orgulho Liberdade e Dignidade; a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos; o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares; o Instituto Terra, Trabalho e Cidadania; a Justiça Global; a Pastoral Carcerária Nacional; a Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial; a Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio; o Laboratório de Estudos sobre Trabalho, Cárcere e Direitos Humanos; e o Núcleo de Extensão e Pesquisa em Direitos Humanos.

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CFP é nomeado como titular no Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura

Mobilidade humana e tráfego: CFP participa do 76º Encontro Nacional dos Detrans

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, como entidade convidada, do 76º Encontro Nacional dos Detrans (END), realizado na cidade de Natal (RN), entre os dias 28 a 30 de junho. Promovido pela Associação Nacional dos Detrans (AND), o evento reuniu os dirigentes dos 26 órgãos estaduais de trânsito do Brasil e o do Distrito Federal, além de diversas entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) e organizações vinculadas à defesa de um trânsito seguro. 

A programação reuniu fóruns, minicursos e reuniões e teve como objetivo dialogar atualizações da legislação acerca do tema, bem como questões técnicas para melhorias no setor e inovações tecnológicas na área, contribuindo com ações estratégicas para conferir mais segurança no contexto viário. 

Representando a Autarquia, a conselheira Juliana Guimarães destacou que um evento com todos os responsáveis pelas políticas públicas da área de mobilidade humana e tráfego proporciona grandes contribuições para a reflexão da prática da Psicologia neste contexto. “Inclusive, conversamos sobre vários projetos a serem implementados junto aos parceiros dos diversos setores para que possamos ampliar o campo de atuação da Psicologia e padronizar dentro de um contexto nacional”, complementou.

A conselheira destaca ainda que o encontro contou com a participação de todos os envolvidos no Sistema Nacional de Trânsito (SNT), permitindo um necessário intercâmbio de práticas e experiências na área. “O Fórum de Educação para o Trânsito trouxe experiências e projetos muito ricos, inclusive, com a apresentação de uma ação em parceria com a Abrapsit de uma Blitz Psicológica e Educativa sobre conflitos no trânsito”, ressaltou.

Os encontros nacionais dos Detrans são realizados quatro vezes ao ano. O primeiro de 2023 aconteceu em março, em Brasília (DF), também com participação do CFP. Os próximos serão em Campo Grande/MS (30/08 a 01/09) e Foz do Iguaçu (22 a 24/11).

Especialidade da Psicologia

A Psicologia de Tráfego figura entre as 13 especialidades profissionais reconhecidas pelo Conselho Federal de Psicologia. Dialoga tanto com outras áreas da Psicologia como também nas reflexões sobre comportamento, promoção da saúde, espaço urbano, mobilidade humana, educação, autocuidado, o cuidado com o próximo e com a cidadania, bem como o próprio conceito de sujeito situado.

Além de contribuir na atuação profissional da psicóloga(o), a Psicologia de Tráfego subsidia debates sobre a proteção de direitos em sua interface com a mobilidade humana.

Em 2022, o CFP foi selecionado para compor duas câmaras temáticas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran): Câmaras de Saúde no Trânsito (CTST) e de Gestão e Coordenação do PNATRANS (CTPNAT) para mandato no biênio 2022/2024.

*Com informações do site da AND

XIV Concurso de Provas e Títulos: CFP abre inscrições

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) abre as inscrições para o XIV Concurso de Provas e Títulos para a Obtenção do Registro Profissional de Especialista em Psicologia. A edição da última sexta-feira (2) do Diário Oficial da União (DOU) traz o extrato do edital do concurso, com abertura das inscrições e data para as provas.

O período de inscrições inicia no dia 5 de junho de 2023 e segue até 23 horas do dia 10 de julho de 2023, observado o horário oficial de Brasília/DF. A taxa é de R$250,00 e as provas serão realizadas em 24 de setembro de 2023. 

O XIV Concurso de Provas e Títulos estabelece a concessão do Título Profissional de Especialista em Psicologia para 13 especialidades: Avaliação Psicológica; Neuropsicologia; Psicologia Clínica; Psicologia do Esporte; Psicologia do Tráfego; Psicologia em Saúde; Psicologia Escolar e Educacional; Psicologia Hospitalar; Psicologia Jurídica; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia Social; Psicomotricidade; e Psicopedagogia.

Registro de especialista

As provas serão aplicadas pelo Instituto Quadrix nas seguintes capitais brasileiras: Aracaju/SE, Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, João Pessoa/PB, Macapá/AP, Maceió/AL, Manaus/AM, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Porto Velho/RO, Recife/PE, Rio Branco/AC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Florianópolis/SC, São Luís/MA, São Paulo/SP, Teresina/PI,Vitória/ES e Brasília/DF. 

Para participar do certame, a(o) candidata(o) deverá ser psicóloga(o) com mais de  dois anos de inscrição em Conselho Regional de Psicologia, contínuos ou intermitentes, contados da data de realização das provas.

Novas regras

Em outubro de 2022, o CFP publicou a Resolução CFP 23/2022, que traz as novas regras para a obtenção de registro de especialista em Psicologia. A normativa certifica 13 especialidades e estabelece as condições para concessão e registro de psicóloga e psicólogo especialistas.

Segundo a resolução, cada psicóloga(o) poderá ter até duas especialidades registradas na Carteira de Identidade Profissional (CIP). O processamento e a concessão do registro de especialista caberão ao Conselho Regional de Psicologia de inscrição principal da(o) profissional.

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Confira a íntegra do edital, com todas as normas para a participação no Concurso de Provas e Títulos no site da organizadora.