CFP e entidades da Psicologia intensificam articulação no Congresso Nacional por projetos de interesse da categoria

Uma semana de intensas articulações pelos corredores do Congresso Nacional para a aprovação de projetos prioritários da Psicologia. Assim foi a mobilização do Conselho Federal de Psicologia (CFP) na Câmara dos Deputados e no Senado ao longo dos últimos dias, com boas notícias para a categoria.

Entre os diálogos estabelecidos, esteve a articulação para indicação de novo relator do PL das 30 horas (PL 1.214/2019), que atualmente tramita na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. A relatoria do projeto caberá ao deputado Lindbergh Farias (PT/RJ), que já declarou apoio à pauta para que a proposição continue a avançar na Casa.

A coordenação dos trabalhos pelos corredores das duas casas legislativas ficou a cargo da conselheira-tesoureira do Conselho Federal de Psicologia, Célia Mazza. Ela explica como a Diretoria da Autarquia realiza as articulações no Congresso Nacional pela aprovação das pautas de valorização profissional da categoria.

“O Conselho Federal está monitorando de perto a movimentação no Congresso, com um suporte de uma equipe especializada no assessoramento parlamentar. Essas reivindicações da categoria vêm muito antes da regulamentação da Psicologia como ciência e profissão, principalmente a questão de piso salarial e da jornada de trabalho de até 30 horas semanais. Acredito que estamos na reta final e esperamos que nessa legislatura possamos aprovar estas pautas importantes para a Psicologia brasileira”, destacou a conselheira federal.

A conselheira do CFP visitou os gabinetes da Câmara e do Senado em conjunto com representantes do Conselho Regional de Psicologia da 1ª Região (CRP/DF); da Federação Nacional de Psicólogos (Fenapsi); do Sindicato das Psicólogas e Psicólogos do Distrito Federal (SindiPsiDF); e de estudantes da graduação.

Piso salarial

Sobre o piso salarial da categoria, a comitiva da Psicologia trabalhou para que a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) seja indicada a relatora do PL 2.079/2019 no âmbito da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. A parlamentar já se comprometeu com as entidades da Psicologia a trabalhar pela aprovação do seu relatório na Comissão. A relatoria do projeto estava com o deputado Luiz Ovando (PP/MS), que declinou da tarefa a partir da articulação do CFP.

Também sobre o piso salarial da categoria, a caravana de psicólogas e psicólogos no Congresso também realizou visita ao gabinete da senadora Mara Gabrilli (PSD/SP) para tratar da Sugestão nº 13/2022. A parlamentar assumiu, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, a relatoria da Sugestão que propõe um Piso Salarial no valor de R$ 5 mil.

Mara Gabrilli já declarou seu apoio pelo prosseguimento da Sugestão. Caso seja aprovada pela CDH, a SUG 13/2022 será transformada em Projeto de Lei do Senado (PLS) e passará a tramitar na Casa de forma normal, com numeração própria.

Desarquivamento de projetos

No mês passado, o CFP conseguiu reunir o apoio de 27 senadoras e senadores para desarquivar o PLS 511/2017, que trata da jornada semanal de trabalho de até 30 horas para profissionais da Psicologia. Após um intenso trabalho de articulação do CFP pelos gabinetes parlamentares, o requerimento para o desarquivamento do projeto foi aprovado pelo Senado no dia 25 e, agora, a proposta voltará a tramitar.

As psicólogas e psicólogos foram recebidas(os) pela senadora Teresa Leitão (PT/PE), autora do requerimento para desarquivar o PLS, e pelo senador Paulo Paim (PT/RS), autor da proposição, para tratar das estratégias pós-desarquivamento do projeto.

Também de interesse das(os) psicólogas(os), o PLS 98/2015 – que exige a avaliação psicológica de todas(os) as(os) motoristas em todas as emissões da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – foi desarquivado. O projeto, de autoria do senador Davi Alcolumbre (União/AP), já voltou à tramitação ordinária e está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Atuação Legislativa

Desde a volta dos trabalhos legislativos, em fevereiro de 2023, a equipe especializada em processo legislativo do Conselho Federal de Psicologia está em articulação permanente com as(os) parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado.

A iniciativa tem como foco a articulação para aprovação das pautas de valorização das(os) trabalhadoras(es) da Psicologia – especialmente o PL 1.214/2019, que estabelece jornada de 30 horas semanais; e o PL 2.079/2019, que versa sobre o piso da categoria.

Além dos PLs que tratam do piso salarial e da jornada de até 30 horas, há proposições relacionadas ao Sistema Conselhos de Psicologia, Regulamentação da Psicoterapia, Educação, Saúde, Avaliação Psicológica e Direitos Humanos.

CFP participa de audiência no Senado sobre violência nas escolas

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho, participou nesta quarta-feira (19), no Senado Federal, de audiência pública que debateu a crescente onda de violência nas escolas. Promovido pela Comissão de Segurança Pública, o diálogo reuniu representantes do Parlamento, do Executivo Federal, docentes, especialistas e empresas de plataformas nas redes sociais.

O presidente do CFP abriu os debates destacando que a Psicologia está presente em diversas políticas públicas, dentre elas, a educação. Ele pontuou que a violência é um tema complexo e que precisa ser enfrentado por vários campos de conhecimento.

Pedro Paulo Bicalho informou que, dos 23 ataques a escolas nos últimos 20 anos, nove foram executados somente nos últimos oito meses. O presidente do CFP destacou que o enfrentamento da violência na escola é prioridade, sendo necessária uma cultura de paz e de políticas públicas perenes na educação básica.

“Para que uma política pública seja efetivamente construída, nós precisamos de custeio. E esse custeio garante exatamente que uma lei arduamente acompanhada por mais de vinte anos, seja implementada. O que estamos denunciando é que estados e municípios não estão cumprindo a lei ao não garantir a presença de psicólogos e de assistentes sociais na educação básica brasileira”, destacou o presidente do CFP ao citar a Lei 13.935/2019, que garante a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas escolas da educação básica de todo o país.

Pedro Paulo Bicalho informou que dos 5.570 municípios brasileiros, atualmente somente 85 estão cumprindo a Lei 13.935/2019 a partir da contratação de psicólogas(os) e assistentes sociais para a educação básica.

Plataformas de redes sociais

As plataformas de redes sociais também foram convidadas a participarem do debate. Compareceram representantes da Meta e do Google. Não se fizeram presentes representantes do Twitter e do Telegram.

Falando pelo Instagram, Facebook e WhatsApp, a diretora de Políticas Públicas para Integridade da Meta, Monica Steffen Guise, disse ser mentira que a empresa não se importaria com os casos de violência ou que lucre com a disseminação desse tipo de informação.

Ela afirmou que a empresa proíbe a divulgação de violência e que remove conteúdo dos perfis propagadores. “Treinamos autoridades no Brasil para obter dados juntos à Meta o mais rápido possível: polícias estaduais e a Federal, secretarias de Segurança Pública, magistratura e Procuradoria Geral da República”, informou.

Já Marcelo Lacerda, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, afirmou que a empresa colabora com o combate à violência nas redes e que conta com equipes para identificação, remoção e denúncia de publicações inadequadas. “Com foco na cooperação, a gente entende que a educação ativa e constante é fundamental para que as pessoas que utilizam as nossas plataformas, para compartilhar conteúdos, os façam de maneira segura. Por isso, a gente trabalha em parceria com entidades da sociedade civil”, apontou.

Confira a participação do CFP na audiência:

Com informações da Agência Senado

Ação encabeçada pelo CFP inclui Lei 13.935 em projeto para criação de Política Nacional de Atenção à Saúde Mental nas Escolas

Após uma intensa articulação na Câmara dos Deputados, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) conseguiram incluir a Lei 13.935/2019 na proposição legislativa que institui a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares (PL 3.383/2021). A inclusão se deu por meio de substitutivo apresentado pela relatora, deputada Tabata Amaral (PSB/SP), e aprovado nesta quarta-feira (29) pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

A parlamentar acatou as sugestões do CFP e acrescentou ao projeto de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania/SP) um artigo estabelecendo que a implementação da Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares se dará em articulação com o que dispõe a Lei nº 13.395/2019, que garante a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social na rede pública de educação básica.

O PL 3.383/2021 foi incluído na pauta de votações da Comissão de Educação após comoção popular pelo assassinato de uma professora em uma escola pública de São Paulo por um aluno, na última segunda-feira. A votação do projeto corrobora a necessidade do cuidado integral em saúde mental nas escolas, com a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas equipes multidisciplinares.

“Espero que, com a aprovação deste projeto nesta comissão, a gente possa avançar nesta discussão e que a saúde mental deixe de ser um tabu. Nossos professores, alunos e comunidade escolar precisam de amparo e preparo, e a gente vai ter que tratar com muita responsabilidade, muita ciência e muitos dados esse tema que é complexo, mas que é tão primordial”, destacou a deputada Tabata Amaral.

Aprovado pelo Senado em fevereiro de 2022, o PL 3.383/2021 está em tramitação pela Câmara dos Deputados. Após ser analisado pela Comissão de Educação, a proposição segue para apreciação pelas comissões de Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário da Câmara.

Audiência pública com o CFP

Também como parte da mobilização feita junto aos congressistas, o Conselho Federal de Psicologia e outras entidades representativas de profissionais da área conseguiram assegurar a participação em uma audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para debater e fiscalizar o cumprimento da Lei 13.935/2019.

A proposição, de autoria do deputado Rafael Brito (MDB/AL), foi aprovada nesta quarta-feira e vai ouvir representantes do Conselho Federal de Psicologia, do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), do Ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Secretário de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A audiência ainda não tem data definida.

*Com informações do Senado e da Câmara dos Deputados

Conselho Federal de Psicologia consegue apoio necessário para desarquivar no Senado projeto da jornada de 30h semanais

O Conselho Federal de Psicologia conseguiu reunir o apoio de 27 senadoras e senadores para desarquivar o PLS 511/2017, que trata da jornada semanal de trabalho de até 30 horas para profissionais da Psicologia. A proposta pode voltar a tramitar após um intenso trabalho de articulação do CFP pelos gabinetes parlamentares ao longo das últimas semanas.

O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, comemora a adesão de senadoras e de senadores às pautas da categoria após intenso diálogo e aponta a articulação pela aprovação das pautas de valorização das(os) trabalhadoras(es) da Psicologia.

“O apoio para o desarquivamento deste projeto crucial para a Psicologia brasileira foi fruto do intenso trabalho de articulação parlamentar realizada pelo Conselho Federal e da mobilização da categoria e dos Conselhos Regionais. Agora, vamos manter a mobilização para fazer com que a tramitação siga rapidamente pelas comissões da Casa até sua aprovação”, apontou.

Também neste esforço concentrado, o Conselho Federal conseguiu o apoio necessário para desarquivar o PLS 98/2015, de autoria do senador Davi Alcolumbre (União/AP) que exige a avaliação psicológica de todas(os) as(os) motoristas a partir da emissão da primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

De acordo com o regimento do Senado, as proposições legislativas que não são definitivamente aprovadas em duas legislaturas são automaticamente arquivadas. Este foi o caso dos projetos 511/2017 e 98/2015. Para ser desarquivado e voltar a tramitar, são necessárias assinaturas de pelo menos 27 senadoras(es). Agora, os pedidos de desarquivamento aguardam a inclusão na Ordem do Dia de Requerimentos para leitura e aprovação do Plenário do Senado Federal para retornarem à tramitação.

Projetos sobre 30 Horas

Na Câmara dos Deputados, também tramita um projeto para fixar a duração de jornada de até 30h de trabalho para profissionais da Psicologia. O Projeto de Lei 1214/2019, de autoria das deputadas federais Erika Kokay (PT/DF) e Natália Bonavides (PT/RN), segue em tramitação na Casa e não compete com o PLS 511/2017, do Senado.

Na prática, as duas propostas podem tramitar paralelamente na Câmara dos Deputados e no Senado e as ações pelo desarquivamento do PLS das 30h buscam fortalecer as estratégias para assegurar a aprovação dessa garantia.

Na Câmara dos Deputados, o PL 1214/2019 está na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), após aprovação em duas comissões anteriores. Em caso de aprovação, o PL avança para a última etapa de sua tramitação na Câmara pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC).

Atuação Legislativa

A atuação do Conselho Federal de Psicologia junto ao Congresso Nacional conta com apoio de área técnica dedicada exclusivamente à matéria, a Assessoria Parlamentar (Aspar/CFP). Por meio desta assessoria, o CFP monitora mais de 400 proposições legislativas de interesse da Psicologia e da sociedade.

Como prioridade, o CFP destacou 32 projetos de lei de valorização das(os) trabalhadoras(es) da Psicologia, como os que tratam do piso salarial e da jornada de até 30 horas. Também no foco, há proposições relacionadas ao Sistema Conselhos de Psicologia, Regulamentação da Psicoterapia, Educação, Saúde, Avaliação Psicológica e Direitos Humanos.

Leia mais

CFP vai ao Congresso Nacional para incidência estratégica em projetos de interesse da Psicologia

CFP monitora projeto de lei que determina diretrizes para auxiliares de Psicologia

Arquivado projeto que ampliava para dez anos prazo para renovação de porte de arma de fogo

Monitoramento de Projetos de Lei no Congresso

Petição pública on-line busca apoio para aprovação da jornada de 30h semanais para psicólogas e psicólogos

Com início das sessões do Congresso, Conselho Federal de Psicologia retoma agenda legislativa

Na quinta-feira (2), a Câmara dos Deputados e o Senado Federal retomaram os trabalhos, em Brasília, com a abertura da Sessão Legislativa de 2023. O Congresso Nacional, por meio de suas duas Casas, tem como função legislar sobre as matérias de competência da União, mediante elaboração de emendas constitucionais, de leis complementares e ordinárias, além de outros atos normativos com força de lei.

Com o reinício das atividades após o recesso legislativo, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) dá prosseguimento à sua agenda de incidência junto às(aos) parlamentares quanto aos projetos de interesse da Psicologia.

Para 2023, o CFP tem como prioridade a incidência pela aprovação das pautas de valorização das(os) trabalhadoras(es) da Psicologia – especialmente o PL 1.214/2019, que estabelece o piso da categoria; e o PL 2079/2019, sobre a jornada de 30 horas semanais.

“O Conselho Federal de Psicologia vai fortalecer esforços em matérias de grande impacto para a categoria, como o avanço dos projetos de lei das 30 Horas e do Piso Salarial, já em tramitação na Câmara dos Deputados”, pontua o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

As ações do CFP junto ao Congresso Nacional contam com um setor dedicado exclusivamente à matéria, a Assessoria Parlamentar (Aspar). O trabalho tem como foco a incidência estratégica para acompanhar as atividades parlamentares, monitorar projetos de lei e participar da articulação junto ao Legislativo em temas de interesse da categoria e do conjunto da sociedade.

A Assessoria Parlamentar do CFP também atua na análise e articulação das demandas de congressistas junto ao Conselho Federal e colabora na redação, produção, tomada de decisão para que as pautas de interesse da Psicologia sejam analisadas e aprovadas pelo Congresso Nacional.

Proposições legislativas

Atualmente, o CFP faz o monitoramento de quase 400 proposições que se relacionam a temas de interesse de nossa ciência e profissão. Deste total, 34 compõem a Agenda Legislativa do CFP com uma atenção mais estratégica. Tratam-se de matérias que versam sobre aspectos de relevância científica, técnica, ética e política para a Psicologia –  tais como a valorização da categoria (30 horas e piso salarial) e regulamentação profissional (alteração da lei que regulamenta a profissão de psicólogo, determina diretrizes para auxiliares em Psicologia e regulamentação de práticas complementares).

Também são prioridade os projetos de lei que versam sobre educação (políticas públicas, Psicologia Escolar e Educacional, Ensino a Distância, Fundeb); saúde (saúde suplementar e psicologia hospitalar); Avaliação Psicológica (porte de armas, exame criminológico e concursos públicos); e Direitos Humanos (criança e adolescente, políticas para mulheres, população LGBTi+, povos indígenas e população negra).

Pedro Paulo Bicalho salienta que a agenda de incidência do CFP não se resume unicamente à articulação parlamentar com deputadas(os) e senadoras(es), sendo essencial a mobilização das psicólogas e psicólogos, federações e sindicatos da categoria para a aprovação de projetos de interesse da Psicologia brasileira.

“Para dar peso às reivindicações e obtermos sucesso nas demandas legislativas, a tarefa não depende só do Conselho Federal de Psicologia, mas também do engajamento das entidades representativas e de toda a categoria na pressão às(aos) aos parlamentares representantes de seus estados no Congresso Nacional”, aponta.

No site do CFP, a(o) psicóloga(o) tem acesso à lista completa dos projetos de lei monitorados pela Assessoria Parlamentar e pode acompanhar a tramitação. Acesse: Projetos de Lei e outras Proposições

Arquivado projeto que ampliava para dez anos prazo para renovação de porte de arma de fogo

Foi arquivado pelo Senado o projeto de lei que pretendia aumentar para dez anos o prazo mínimo para renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo (Craf). Apresentado em 2018 e não apreciado pelos senadores, o Projeto de Lei do Senado (PLS 367/2018) foi recolhido em razão do encerramento da legislatura e não pode mais ser tramitado.

O arquivamento do PLS 367/2018 foi alcançado com apoio de articulação feita pelo Conselho Federal de Psicologia para barrar a tramitação da proposição. Por meio de sua Assessoria Parlamentar, o CFP incidiu junto a senadoras e senadores para obstruir o andamento do projeto.

“Articulado a entidades sindicais da profissão, o CFP desenvolve um intenso trabalho de incidência junto ao Congresso Nacional com vistas tanto a incidir em projetos para o fortalecimento da Psicologia como ciência e profissão como também para deter propostas que possam representar retrocessos para a categoria”, explica o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho.

No caso do PLS 367/2018, o CFP contribuiu na articulação para a apresentação de requerimentos para a retirada de pauta e de pedido de vistas, mecanismos previstos no regimento interno do Senado e que atrasaram o andamento do projeto na Casa – resultando em seu arquivamento.

Avaliação Psicológica

Dentre os requisitos estabelecidos pelo Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003) para a obtenção do Certificado de Registro de Arma de Fogo (Craf) está a comprovação de aptidão psicológica para o manuseio desse tipo de armamento.

O PLS 306 pretendia alterar o estatuto para possibilitar a ampliação do prazo para renovação do Craf para dez anos – o que contraria dispositivos da Resolução CFP 01/2022, que estabelece o prazo máximo de dois anos para a validade do laudo expedido para a concessão de registro e porte de arma de fogo por meio da avaliação psicológica.

Monitoramento legislativo

O Conselho Federal de Psicologia conta com um setor dedicado ao monitoramento de proposições legislativas prioritárias para a Psicologia em andamento na Câmara dos Deputados e no Senado.

A Assessoria Parlamentar do CFP realiza um trabalho de incidência estratégica para acompanhar as atividades parlamentares, monitorar projetos de lei e participar da articulação junto ao Legislativo em temas de interesse da categoria e do conjunto da sociedade.

Atualmente, o Conselho Federal faz o monitoramento em tempo real de quase 400 proposições legislativas. No site do CFP, a(o) psicóloga(o) tem acesso à lista dos projetos de lei acompanhados pela Assessoria Parlamentar.

Acesse o menu de Projetos de Lei e outras Proposições

Monitoramento de Projetos de Lei no Congresso

Você sabia que o CFP conta com um setor dedicado ao monitoramento de proposições legislativas prioritárias para a Psicologia em andamento na Câmara dos Deputados e no Senado?

É a Assessoria Parlamentar do CFP, que realiza um trabalho de incidência estratégica para acompanhar as atividades parlamentares, monitorar projetos de lei e participar da articulação junto ao Legislativo em temas de interesse da categoria e do conjunto da sociedade.

Atualmente, o Conselho Federal faz o monitoramento em tempo real de quase 400 proposições legislativas. No site do CFP, a(o) psicóloga(o) tem acesso à lista dos projetos de lei acompanhados pela Assessoria Parlamentar.

Acesse: Projetos de Lei e outras Proposições

Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro das novidades.

Saiba mais sobre o PL 3.081/2022, que propõe desregulamentar profissões

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) – em conjunto com os Conselhos Regionais de Psicologia de todo o país – está atento ao Projeto de Lei 3.081/2022, que busca revogar 86 leis e decretos que regulamentam dezenas de profissões, entre elas, a de psicóloga(o).

O PL foi proposto pelo então deputado federal Tiago Mitraud (Partido Novo) em 22 de dezembro de 2022, como ato final de seu mandato. A proposta foi protocolada no último dia de sessão legislativa ordinária, tendo a Câmara dos Deputados entrado em recesso na sequência.

Até que seja retomada a Sessão Legislativa no Congresso Nacional, em 1º de fevereiro, o PL 3.081/2022 não tramitará e, portanto, não será objeto de qualquer análise ou deliberação.

Apenas quando forem iniciados os trabalhos da nova legislatura, é que a Mesa Diretora da Câmara irá definir os rumos do PL 3.081/2022: forma de apreciação do projeto, seu regime de tramitação, necessidade de deliberação em colegiados e a quantidade de comissões em que a proposta deve tramitar.

Articulação estratégica
O Conselho Federal de Psicologia já está em articulação com um conjunto de atores estratégicos e outras entidades profissionais para atuar em cada uma das etapas dos trabalhos na Câmara dos Deputados e barrar essa tentativa de retrocesso.

O Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas – entidade que congrega cerca de 30 conselhos das principais profissões no país, incluindo a Psicologia, e do qual participa diretamente o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho – avalia que são mínimas as chances do PL 3.081/2022 prosperar. Além do deputado Tiago Mitraud não ter sido reeleito, a proposta legislativa é marcada por graves inconsistências e impacta um número bastante significativo de profissionais com regulamentação consolidada no país.

Na justificativa do PL 3.081/2022, o ex-deputado argumenta que as mais de 100 atividades profissionais elencadas no referido Projeto de Lei não ofereceriam “risco à segurança, à saúde, à ordem pública, à incolumidade individual ou patrimonial” e que normas estatais produziriam uma reserva de mercado, que favoreceria determinados grupos e aumentaria os preços praticados.

O argumento atenta contra os ditames constitucionais do desenvolvimento econômico, da justiça social e da dignidade da pessoa humana, tendo em vista que a atuação regulamentar do Estado permite zelar pelo cumprimento dos preceitos éticos, científicos e técnicos das categorias profissionais. É importante salientar, ainda, que a Psicologia é reconhecida como profissão do campo da Saúde há mais de 25 anos, por meio da Resolução Nº 218/1997 do Ministério da Saúde.

Agenda de precarização
Entre as psicólogas e os psicólogos, o deputado Tiago Mitraud ficou conhecido por ser contrário ao Projeto de Lei que estabelece em até 30 horas a jornada semanal da categoria. O parlamentar dificultou a tramitação do PL 1.214/2019 na Comissão de Trabalho com pedidos de vistas e requerimentos de adiamento da votação. Apesar dos votos contrários do Partido Novo, a mobilização feita pelo CFP e entidades parceiras garantiu que o parecer do PL das 30h fosse aprovado na Comissão.

A propositura do PL que visa desregulamentar profissões integra, portanto, um conjunto de ações voltadas que tentam precarizar as condições de trabalho e desvalorizar o desenvolvimento ético, técnico e científico – o que reforça a importância de manter os esforços para a aprovação dos projetos de lei das 30 horas (PL 1214/2019) e do piso salarial para a categoria (PL 2079/19).

Atuação do CFP no Legislativo
O Conselho Federal de Psicologia conta com uma Assessoria Parlamentar para a incidência estratégica no Congresso Nacional. A área se dedica diretamente ao acompanhamento de proposições legislativas relacionadas à Psicologia e da atuação de suas profissionais em todo o país.

Atualmente, tramitam no Congresso Nacional cerca de 340 projetos de lei relacionados à Psicologia. Além da jornada de até 30 horas e do piso salarial, também estão em pauta proposições que impactam a profissão em áreas como educação, avaliação psicológica, regulamentação profissional e porte de armas, entre outras.

O Conselho Federal de Psicologia reafirma seu compromisso de estar atento a esse conjunto de proposições, sempre em defesa da categoria e da sociedade. Quanto ao PL 3.081/2022, o trabalho visa assegurar que a iniciativa seja derrotada ainda na Câmara dos Deputados, barrando mais essa tentativa de impor retrocesso ao exercício da Psicologia – e de mais uma centena de outras profissões no país.

Acompanhe as novidades pelas redes sociais do CFP.