Encontro promovido pelo CFP promove intercâmbio de experiências sobre a atuação da Psicologia em riscos, emergências e desastres

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou, nos dias 30 e 31, o Encontro Nacional das Comissões de Riscos, Emergências e Desastres. O evento reuniu psicólogas(os) pesquisadoras(es), lideranças comunitárias e representantes da sociedade civil para promover troca de experiências e fortalecer práticas psicológicas diante de contextos adversos.

Além do compartilhamento de experiências entre os Conselhos Regionais, o encontro organizou a redação de um protocolo nacional de ações do sistema conselhos para a gestão integral de riscos e desastres.

Na abertura do encontro, o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, pontuou que a sociedade passa por momentos de incertezas e de mudanças cada vez mais abruptas. Para ele, as emergências climáticas não são mais um horizonte distante, pois já compõem o cotidiano de milhares de pessoas.

“Este encontro nacional é um espaço que representa de maneira concreta o compromisso da Psicologia brasileira com a defesa intransigente dos direitos humanos, com a proteção integral das populações em vulnerabilidade e com a construção de respostas éticas, críticas e solidárias diante desses desafios que marcam o nosso tempo”, pontuou.

Alessandra Almeida, vice-presidente do CFP, pontuou que o propósito do evento foi promover a escuta sensível, a partilha de experiências e o fortalecimento de diretrizes comuns para uma atuação ética, crítica e transformadora.

“A sociedade vive tempos marcados por incertezas, intensificação de eventos extremos e múltiplas vulnerabilidades que desafiam não apenas os sistemas de proteção social, mas também as formas de atuação da Psicologia frente às emergências e desastres”, apontou.

Troca de experiências

As mesas de diálogo abordaram temas centrais como a comunicação de riscos, a formulação de políticas públicas, a ética e a interseccionalidade na participação social e os avanços em saúde mental comunitária e apoio psicossocial.

O primeiro diálogo do dia teve como tema “Comunicação de Riscos e Educação para a Mudança de Cultura”. A mediação foi da conselheira do CRP/BA, Catiana Nogueira dos Santos, com apresentações de Cora Gaete Quinteiros (USP), Sheila Câmara (UFCSPA) e Mercinor Simon (presidente da Associação dos imigrantes haitianos do Vale Taquari/RS).

A segunda mesa abordou o assunto “Desastres e Políticas Públicas: Dimensionando a Proteção Integral”, Maria Luiza Diello (CRP/RS), na mediação, e as(os) debatedoras(es) Daniela Lopes (UFF), Ariel Pontes (Diretora de Pesquisa do Instituto Todos Juntos Ninguém Sozinho) e Marciel Henrique Rego Viana (Conselho Municipal de Meio Ambiente de Barreiras).

“Participação Social, Interseccionalidade e Ética em Psicologia de Emergências e Desastres” foi o tema do diálogo mediado pela conselheira Carolina Roseiro, com a participação da conselheira Nita Tuxá e de Pamela Mércia (Instituto TJNS), Adriana Eiko (UNIFESP) e Rodrigo Paiva Soares (Comitê Chico Mendes).

Na sequência, foi realizado o diálogo “Energia que Move, Silêncio que Fere: Os Custos
Psicológicos do Vento”, com Raquel Diniz e Leandro Durazzo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

No segundo dia, foi realizada uma atividade interna voltada às representações dos Conselhos Regionais e do CFP para a troca de informações sobre as realidades e demandas regionais. Também foi para a redação, de maneira articulada, um protocolo nacional de ações do Sistema Conselhos para a Gestão Integral de Riscos e Desastres.

Cartilha com orientações

O encontro nacional também marcou o lançamento de uma cartilha com diretrizes sobre saúde mental e apoio psicossocial comunitário no contexto da reparação de danos extrapatrimoniais. O documento foi produzido pelo CFP em conjunto com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS).

A cartilha foi elaborada a partir das experiências com o desastre socioambiental causado pela atividade mineradora em Maceió. O propósito do material é subsidiar a atuação de psicólogas(os) em Organizações da Sociedade Civil (OSCs), coletivos e lideranças locais na reparação de danos morais coletivos.

CFP realiza 2º Encontro das Comissões Eleitorais

Nos dias 6 e 7 de junho , Brasília/DF recebeu o 2 º Encontro Nacional das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia, evento que marca os preparativos das eleições para os Conselhos Regionais (CRPs) e a consulta nacional para o Conselho Federal de Psicologia (CFP), que ocorrerão entre 23 e 27 de agosto. O primeiro foi realizado em janeiro deste ano, também na capital federal.

O diálogo reuniu 70 participantes, entre presidentes das Comissões Regionais Eleitorais (CREs) e representantes dos Conselhos Regionais, para continuidade do treinamento sobre as diretrizes e procedimentos eleitorais, conforme estabelecido pela Resolução CFP nº 10/2024.O encontro contou com a colaboração da Comissão Eleitoral Regular (CER), da Comissão Eleitoral Especial (CEE) e da Comissão Eleitoral de Ações Afirmativas e Heteroidentificação (CAAH), com o objetivo de garantir que o processo eleitoral de 2025 transcorra de forma inclusiva, democrática e transparente.

Durante as atividades,as(os) participantes tiraram dúvidas sobre a apresentação da auditoria externa, o funcionamento da exportação da base de dados e a apresentação do sistema de votação, além da inserção de material de divulgação das chapas nos canais oficiais do Sistema Conselhos de Psicologia durante o período de campanha.

Abordaram ainda a desincompatibilização de integrantes das diretoria do CFP e dos CRPs, o edital de convocação das eleições, pontos de apoio à votação, publicação do resultado final, posse e transição, destacando ainda um diálogo sobre ações afirmativas e de heteroidentificação e, ao final, um balanço sobre os dois encontros.

Importância do Processo Eleitoral

O conselheiro do CFP e presidente da CER, Rodrigo Acioli, destacou a importância deste encontro para a preparação do pleito, enfatizando que era “um momento de partilha onde as experiências e identidades são valorizadas”, reforçou.

Neuza Guareschi, também conselheira do CFP e integrante da CER, enalteceu esse processo de troca de informações entre as comissões eleitorais e agradeceu ao trabalho de todas(os) as(os) participantes. “Eu acho que é muito importante a gente agradecer a todos vocês pelo trabalho que vocês realizaram, e como a gente pode manter esse processo de uma maneira correta, democrática”, complementa.

Izabel Hazin parabenizou as comissões e pessoas envolvidas nesse processo “Fica nosso agradecimento, nosso reconhecimento, o desejo que  esse fechamento com as eleições seja bastante produtivo”, congratula a conselheira federal e integrante da CER.

Conheça as comissões envolvidas no processo eleitoral

Comissão Eleitoral Regular (CER): composta por conselheiras(os) federais, atua como instância de orientação sobre o Regimento Eleitoral e recurso em disputas relacionadas às chapas concorrentes nas eleições regionais;

Comissão Eleitoral Especial (CEE): formada por psicólogas(os) não conselheiras(os) federais, é responsável pela Consulta Nacional e pelo suporte às Comissões Regionais Eleitorais na inscrição de chapas federais, além de apreciar requerimentos;

Comissão de Ações Afirmativas e Heteroidentificação (CAAH): composta preferencialmente por psicólogas(os), avalia a elegibilidade de candidaturas, nas questões  de ações afirmativas e heteroidentificação, e emite pareceres para subsidiar decisões das demais comissões;

Comissão Regional Eleitoral (CRE): integrada por psicólogas e psicólogos não conselheiras(os) regionais, é responsável pela condução do processo eleitoral em sua jurisdição e pelo processamento de requerimentos das chapas concorrentes.

Acesse a íntegra da Resolução CFP nº 10/2024, que estabelece o regimento eleitoral, e fique por dentro de todos os detalhes do processo.

Confira a galeria de imagens do 2º Encontro Nacional das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia.

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Como parte do processo eleitoral do Sistema Conselhos de Psicologia, a Comissão Eleitoral Especial (CEE) divulgou nesta segunda-feira (9) a homologação das chapas que irão concorrer à Consulta Nacional para a próxima gestão (2025/2028) do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Das 5 chapas inscritas, seguem para o pleito as seguintes concorrentes:

Chapas Homologadas:

Chapa 21 – Psicologias em Confluência: construir equidade valorizando profissionais
Chapa 22 – Frente em defesa da Psicologia Brasileira
Chapa 23 – Avançar a Psicologia no Brasil
Chapa 24 – Muda a Psicologia
Chapa teste – indeferida

O regimento eleitoral prevê que cada chapa homologada para a Consulta Nacional tenha espaço de divulgação de suas propostas nos canais oficiais do Conselho Federal de Psicologia, no período entre 7 de julho e 22 de agosto, como mecanismo de transparência e fortalecimento do processo democrático. A Comissão Especial Eleitoral (CEE) irá repassar as orientações de comunicação às chapas.

Para as eleições deste ano, houve mudanças em relação aos pleitos anteriores: o período de inscrição e de homologação das chapas para a Consulta Nacional do CFP e para as eleições dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) foram simultâneos. Nesse sentido, cada Comissão Regional Eleitoral (CREs) anunciará também hoje as chapas homologadas para concorrer ao pleito em sua respectiva região.

As eleições do Sistema Conselhos de Psicologia serão realizadas de 23 a 27 de agosto de 2025, unicamente na modalidade on-line. O voto é secreto, pessoal, intransferível e obrigatório – sendo facultativo somente para psicólogas(os) com idade a partir de 65 anos.

Para votar, é preciso estar com os dados cadastrais atualizados.Também é necessário estar adimplente com a tesouraria em relação aos exercícios anteriores, até o dia 6 de agosto de 2025, ainda que sob a forma de parcelamento do débito, bem como em pleno gozo de seus direitos.

A apuração será realizada no dia 27 de agosto de 2025, na sede do Conselho Federal de Psicologia, em Brasília/DF, após o término das eleições, às 17h, de acordo com o horário de Brasília/DF, com acesso restrito às pessoas credenciadas.

Será eleita a chapa que obtiver o maior número de votos válidos, independentemente do percentual que esse número represente em relação ao total de votos apurados. Proclamado o resultado do pleito pelo CFP, os novos membros dos Conselhos Regionais serão empossados em sessão solene, em até 30 (trinta) dias após a apuração dos resultados.

Por sua vez, os membros do Conselho Federal de Psicologia serão eleitos pela Assembleia dos Delegados Regionais, nos termos dos artigos de 19 a 21 da Lei nº 5.766/1971, e empossados em sessão solene dentro do período de 30 (trinta) dias que antecede o término do mandato da atual gestão.

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Conselho Federal de Psicologia e UNOPS lançam orientações para apoio psicossocial pós-desastres

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) lançam, nesta sexta-feira (30), uma nota técnica e uma cartilha com diretrizes sobre saúde mental e apoio psicossocial comunitário no contexto da reparação de danos extrapatrimoniais. Os documentos, elaborados a partir do desastre socioambiental causado pela atividade mineradora da Braskem em Maceió, têm como objetivo subsidiar a atuação de psicólogas(os) em Organizações da Sociedade Civil (OSCs), coletivos e lideranças locais na reparação de danos morais coletivos. Confira os documentos na íntegra: cartilha e nota técnica.

A publicação dos materiais se dá no contexto do Programa Nosso Chão, Nossa História, operacionalizado pelo UNOPS em Maceió para a reparação dos danos morais coletivos causados pelo desastre socioambiental. “O desastre em curso evidencia a necessidade de um olhar ampliado para todo o Brasil. Alinhar essa perspectiva com profissionais da Psicologia, que estão na linha de frente atendendo as comunidades, é fundamental. Esses danos se repetem em diversas outras ocorrências pelo país e merecem a mesma atenção dada aos danos patrimoniais. Afinal, estamos falando de memória, relações sociais e afetividades”, destaca Bernardo Bahia, gerente de projetos do UNOPS.

Os documentos apresentam conceitos fundamentais, como danos extrapatrimoniais — também chamados de danos morais coletivos —, deslocamento forçado e o que significa a reparação desses impactos. Eles também orientam profissionais da área sobre a abordagem em contextos semelhantes, destacando a importância da convivência comunitária, do fortalecimento dos laços sociais e da participação social da população atingida na busca por soluções. As diretrizes também devem contribuir para as políticas públicas e a integração com o Programa.

“Com esse trabalho, damos um passo significativo no diálogo com a categoria, a sociedade e o Estado, avançando em modelos de desenvolvimento que impactam a vida das pessoas. Essas produções conjuntas se aprofundam nas ações de reconstrução e destacam a importância da organização comunitária para promover uma coletividade resiliente”, destaca Alessandra Almeida, vice-presidente do CFP e responsável pela pauta. “Os documentos também trazem orientações objetivas sobre deslocamento forçado, isolamento territorial e danos extrapatrimoniais, aspectos fundamentais que não estavam presentes em diretrizes anteriores. Esses conceitos e orientações são apresentados de forma nítida nos novos documentos, fruto da parceria com o UNOPS”, acrescenta.

Projetos de reparação em saúde mental coletiva

Voltado à reparação de danos morais coletivos causados pela mineração da Braskem em Maceió, o Programa Nosso Chão, Nossa História desenvolve iniciativas em várias frentes de atuação, entre elas, a de saúde mental comunitária, por meio de projetos executados por organizações da sociedade civil. Os documentos elaborados com o CFP servirão como referência para orientar essas ações, fortalecendo a atuação de profissionais da área no apoio às comunidades atingidas.

Atualmente, o Programa contempla quatro projetos voltados à temática, desenvolvidos por organizações de Maceió: Instituto Jarede Viana, Fundação Universitária de Desenvolvimento e Extensão e Pesquisa (FUNDEPES), Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão e Pesquisa de Alagoas e VERTEX. As iniciativas abordam temas como diagnóstico sobre saúde mental da população atingida, formação em apoio psicossocial comunitário, grupos de convivência e redes de apoio psicossocial.

“Em parceria com o CFP, o Programa Nosso Chão fortalece a atenção às comunidades atingidas, colocando em prática diretrizes essenciais para a promoção da saúde mental, o bem-estar e a resiliência das comunidades. Também reafirma a importância da participação da população atingida no processo de reparação. Além disso, a nota e a cartilha servem como referência para outras iniciativas voltadas a contextos de recuperação de desastres no Brasil”, destaca Renata Ferreira, coordenadora social do UNOPS.

Para Jefferson Bernardes, conselheiro do CFP e professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a parceria fortalece uma construção coletiva voltada para um contexto sensível e urgente. “A Psicologia historicamente participa dessas ações no país e entende que a verdadeira reparação ocorre por meio do diálogo, da escuta ativa e do respeito às necessidades das comunidades”, destaca.

Apoio psicossocial comunitário

De acordo com o Comitê Interagências da Organização das Nações Unidas (IASC), apoio psicossocial comunitário é uma abordagem que visa promover o bem-estar psicológico e social das pessoas dentro de suas comunidades, especialmente em contextos de vulnerabilidade, crises ou emergências. O IASC define que essa forma de apoio integra aspectos emocionais, sociais e culturais, buscando fortalecer a resiliência individual e coletiva, a autonomia e os laços comunitários.

Confira a íntegra dos documentos:

Cartilha
Nota técnica

CFP participa da Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, entre os dias 19 e 22 de maio, da Semana Nacional “Boas Práticas de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes”. Promovida em Brasília/DF pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a mobilização teve como temas o fortalecimento da rede de proteção e a articulação de ações interinstitucionais para garantir a promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. 

A conselheira federal Marina Poniwas,  vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), representou o CFP na atividade, que marcou  também os 25 anos de mobilização em torno do 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Durante a cerimônia de abertura – ocorrida na segunda-feira (19), com a presença de especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil – a conselheira Marina Poniwas ressaltou a importância do evento e destacou o compromisso social pela proteção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. 

A luta contra a violência sexual infantil, avaliou Marina Poniwas, é uma tarefa urgente e inadiável: “mesmo após 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o caminho da garantia dos direitos ainda exige coragem coletiva e resistência”.

A conselheira afirmou  que, embora o ECA tenha representado uma conquista histórica, a violência sexual segue  como um  grave problema, atingindo, principalmente, meninas negras, indígenas, periféricas e com deficiência. Pontuou ainda que, em vez de tutelar ou calar, é fundamental agir com políticas públicas efetivas para a proteção e prevenção. 

Simpósio e sessão solene

Na terça-feira (20), durante o Simpósio Nacional de Boas Práticas no Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Marina Poniwas chamou  atenção para a descontinuidade das políticas públicas para crianças e adolescentes, destacando a fragilidade orçamentária e a ausência de uma abordagem interseccional. 

Poniwas também defendeu a superação de um modelo punitivista em favor da prevenção e cuidado e ressaltou a importância de visibilizar os desafios que afetam as vidas de crianças indígenas, quilombolas e trans.

Na quinta-feira (22), a conselheira também representou o CFP durante a sessão solene da Câmara dos Deputados, alusiva ao 18 de Maio.

Confira a íntegra da sessão solene

Sobre o 18 de maio

Em 18 de maio de 1973, Araceli Crespo, uma criança de 8 anos, foi vítima de um crime brutal que permanece impune. Em 2000, a data foi oficializada como o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em memória do caso e como forma de mobilização pela proteção infantojuvenil.

Atuação da Psicologia

É papel da Psicologia, como ciência e profissão, contribuir para o enfrentamento dos processos de violência que ocorrem no cotidiano de crianças e adolescentes, além de promover o acolhimento adequado e a proteção da saúde psicoemocional de vítimas e testemunhas de abuso, exploração e violência sexual.

Em 2020, o CFP lançou referências técnicas para orientar psicólogas(os) na atuação junto à rede de proteção a crianças e adolescentes em situação de violência sexual. 

No mesmo ano, publicou artigos sobre o ECA, destacando desafios e caminhos para garantir direitos e proteção integral.

Esses e outros materiais estão disponíveis em cfp.org.br

APAF: Conselhos de Psicologia de todo o país deliberam sobre importantes questões relacionadas ao exercício profissional da categoria

O Sistema Conselhos de Psicologia – composto pelo Conselho Federal (CFP) e todos os 24 Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) do país – realizou nos dias 24 e 25 de maio mais uma edição da Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF).

O encontro  contou com a participação de 111 pessoas delegadas, entre efetivas e suplentes, garantindo um amplo diálogo sobre os principais aspectos da formação e do exercício profissional de psicólogas e psicólogos em todo o território nacional.

Na abertura da assembleia, o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou importantes avanços para a profissão nos primeiros meses de 2025, como o decreto assinado no dia 19 de maio, que colocou a Psicologia entre os cinco cursos de graduação que deverão ser ofertados exclusivamente na modalidade de ensino presencial. “A luta continua, mas esse é um importante momento para comemorar essa importante conquista da categoria”.

O presidente do CFP também ressaltou normativas recém-lançadas, como resultado das produções  no âmbito da APAF, como a Resolução CFP nº 05/2025, que estabelece normas de atuação para psicólogas(os) no exercício profissional da orientação, supervisão e coordenação de estágio em Psicologia; a Resolução CFP nº 7/2025, que dispõe normas para o exercício profissional da categoria junto às pessoas com deficiência com foco no enfrentamento ao capacitismo; a nota técnica sobre atuação de psicólogas(os) na construção de contextos de trabalho livres de assédio moral e sexual; e as Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas (os) em Políticas Públicas de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. “É importante dizer que todas essas conquistas tiveram a sua origem na APAF. Portanto, este aqui não é somente um espaço coletivo, não é somente um espaço deliberativo: este é um espaço para a construção da Psicologia brasileira”, afirmou Pedro Paulo Bicalho.

A realização, no Brasil, de dois grandes eventos internacionais da Psicologia também foi apontada pelo presidente do CFP como marco importante para 2025, referindo-se ao X Congresso Ulapsi, que acontece em São Paulo/SP entre 31 de julho e 2 de agosto; e ao XI Congresso Alfepsi, entre os dias 8 e 11 de outubro em Maceió/AL.

A ampla participação da Psicologia brasileira nos espaços de construção e monitoramento das políticas públicas também foi destacada pelo presidente do CFP,  ao destacar o fato de, pela primeira vez na história, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) ser presidido por uma profissional da Psicologia. Da mesma forma, ressaltou  a vice-presidência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) conduzida por uma psicóloga e conselheira do CFP. “Estamos presentes em mais de 70 espaços de monitoramento de políticas públicas em nível nacional. E quando nós olhamos para o território brasileiro e para a Política Nacional de Participação Social, em mais de 500 espaços, a Psicologia brasileira está presente. Portanto, não somos apenas trabalhadoras e trabalhadores, gestoras e gestores de políticas públicas, também incidimos nessas mesmas políticas públicas e construímos políticas públicas a partir daquilo que nós, Psicologia brasileira, entendemos como necessário e urgente para a população do nosso país”, concluiu.

Confira alguns dos destaques da APAF de maio de 2025:

  • Continuidade de GTs

A Assembleia deliberou pela continuidade de diversos grupos de trabalho (GTs), que têm como objetivo refletir e propor orientações que possam auxiliar a atuação de psicólogas e psicólogos em todo o país. Entre os temas a serem trabalhados nesses grupos estão: política de orientação e fiscalização; inscrição de psicólogas e psicólogos estrangeiros; atuação de profissionais de Psicologia em comunidades terapêuticas ou espaços equivalentes; enfrentamento ao preconceito e à discriminação racial; responsabilização de atos de assédio e outras violências de gênero no Sistema Conselhos de Psicologia; atuação profissional para pessoas intersexo e assexual; práticas anticapacitistas.

  • Programa de Ações Afirmativas, Inclusivas e Reparatórias do Sistema Conselhos de Psicologia

A iniciativa tem como objetivo enfrentar desigualdades estruturais no âmbito dos Conselhos de Psicologia de todo o país, além de promover nessas instâncias o acesso equitativo e oportunidades iguais a todos os grupos populacionais, independentemente de gênero, raça/etnia, idade, renda e localização geográfica. Aprovada em APAF, a ação encontra-se em fase de processo de contratação das entidades parceiras. 

  • Escola de Governança do Sistema Conselhos de Psicologia

Essa estratégia busca qualificar as novas gestões, tornando os Conselhos Federal (CFP) e Regionais (CRPs) mais eficientes, eficazes e efetivos. A proposta é fortalecer a preparação de novas conselheiras e conselheiros para a condução dos mandatos institucionais nos Conselhos de Psicologia de todo o país. No momento, já existe uma entidade selecionada para a execução do programa, que tem previsão para começar no início da próxima gestão dos Conselhos Regionais de Psicologia, alcançando 495 conselheiras(os) e 925 gerentes e analistas, tanto do CFP quanto dos CRPs, tornando a Escola de Governança um programa perene.

  • Teto de anuidades

Foram aprovados os valores de referência máximos para que, em cada  Assembleia Orçamentária Regional, a categoria possa definir suas respectivas anuidades para o exercício de 2026. De acordo com a decisão do colegiado, o valor máximo a ser aplicado pelos CRPs, para pessoa física, poderá ser de até R$840,55. Para pessoa jurídica, esse teto varia de acordo com o capital social. As anuidades, propriamente ditas, são definidas em Assembleias Orçamentárias convocadas pelos Conselhos Regionais de Psicologia, a partir desses indicadores, sendo preservada a autonomia administrativa e financeira de cada CRP. O ajuste das anuidades é amparado pela Lei 12.514/2011.

  • Violência contra as mulheres

O pleno da APAF aprovou, por unanimidade, a minuta de Nota Técnica sobre a atuação profissional da Psicologia com mulheres em situação de violências. O documento busca fornecer orientações técnicas à categoria em contextos de violência de gênero, com ênfase nas questões éticas e procedimentais relacionadas ao sigilo profissional, notificação compulsória e limites de intervenção, para qualificar o atendimento psicológico às mulheres em situação de violência.

Acesse aqui e aqui as galerias de imagens.
Todos os diálogos estão disponíveis, na íntegra, no canal oficial do CFP no YouTube.

Nota de pesar – Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher-Maluschke

É com pesar que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) recebe a notícia sobre o falecimento de Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher-Maluschke.

Professora Emérita da Universidade de Brasília (UnB), graduou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1964, realizando sua especialização em Terapia Familiar Social no ano de 1980. Sua formação, inclui ainda um título de doutorado, concluído em 1975, e dois pós-doutorados: o primeiro entre 1988 e 1989, na Saint Jonh’s University (Estados Unidos); e o segundo entre 1996 e 1997, na Eberhard-Karls Universität Tübingen (Alemanha).

Em 1976, Júlia ingressa como docente na Universidade de Brasília, com relevante papel para a consolidação da área da Psicologia Clínica tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação – tendo integrado a comissão que estruturou o Programa de Pós-graduação em Psicologia na instituição.

Soma-se ao seu legado ter sido uma das precursoras da área de Terapia Conjugal e Familiar no Brasil. Em 1986, funda com um grupo de alunos e alguns profissionais o Centro Brasileiro de Estudos da Família (CEFAM), sendo a primeira presidente da instituição,que continua exercendo um papel fundamental na divulgação dos conhecimentos na área.

Ao longo de sua carreira, destacou em suas pesquisas e trabalhos a relação entre a Psicologia e questões que afetam as pessoas em diversos contextos históricos, econômicos, sociais e culturais.

Seu trabalho é marcado por uma atuação nas áreas da docência, pesquisa, orientação de estágios e de teses de mestrado e doutorado, impactando a comunidade acadêmica e deixando como legado inúmeras contribuições para a Psicologia.

Neste momento de luto, o Conselho Federal de Psicologia manifesta suas sinceras condolências à família, amigos e a todas as pessoas que foram impactadas pela vida e obra de Júlia Sursis Nobre Ferro Bucher-Maluschke.

CFP e Conselhos Regionais de Psicologia realizam primeira edição de 2025 da APAF

O Sistema Conselhos de Psicologia – composto pelos conselhos Federal (CFP) e todos os 24 Regionais (CRPs) – realiza nesta semana a primeira edição do ano da Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF).

Sediado na capital federal nos dias 24 e 25 de maio, o encontro tem como objetivo  dialogar sobre questões fundamentais para a formação e o exercício profissional em Psicologia. Entre elas, o uso de ferramentas de inteligência artificial no exercício profissional; o enfrentamento à crise em saúde mental da categoria; e os valores de referência para que, em Assembleia Orçamentária Regional, a categoria  defina suas respectivas anuidades para o exercício de 2026.

Também está na pauta debate de temas como política de ações afirmativas, inclusivas e reparatórias do Sistema Conselhos; manual de procedimentos administrativos, financeiros e contábeis; e educação especial na perspectiva inclusiva.

Ainda devem ser discutidos durante a Assembleia assuntos relacionados à atuação dos diversos grupos de trabalho instituídos pela APAF.

Todos os debates serão transmitidos ao vivo pelo canal do Conselho Federal de Psicologia no YouTube, a partir das 9h.

Sobre a APAF

A Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) foi criada em 1996 como espaço democrático de debate sobre os principais aspectos da formação e do exercício profissional de psicólogas e psicólogos em todo o território nacional.

Instância deliberativa do Sistema Conselhos de Psicologia, a APAF é realizada ordinariamente, duas vezes ao ano, reunindo integrantes do CFP e dos Conselhos Regionais de Psicologia.

Todas as deliberações realizadas na  APAF têm impacto direto no exercício profissional, uma vez que nesse espaço estratégico da Psicologia brasileira são aprovadas diretrizes com foco na orientação ética, técnica e científica; promovidas reflexões a adoção de estratégias relacionadas aos desafios da formação e do exercício profissional; realizados diálogos plurais, com a participação de Conselhos de Psicologia de todas as regiões brasileiras; e aprovados atos normativos que auxiliam a categoria nos mais variados assuntos em seu cotidiano laboral.

Acompanhe todos os debates nos links abaixo:

24/05/2025 – PERÍODO DA MANHÃ

24/05/2025 – PERÍODO DA TARDE

25/05/2025 – PERÍODO DA MANHÃ

25/05/2025 – PERÍODO DA TARDE

 

Eleições Sistema Conselhos de Psicologia: psicólogas e psicólogos de todo o país precisam estar com dados cadastrais atualizados para efetuar voto em 2025

Entre os dias 23 e 27 de agosto de 2025, serão realizadas as eleições para a escolha dos plenários dos Conselhos Regionais (CRPs) e a consulta nacional para o Conselho Federal de Psicologia (CFP) para o triênio 2025-2028.

Importante momento para a Psicologia brasileira, o processo eleitoral é conduzido de forma transparente e convoca toda a categoria a participar de forma ampla e democrática. A votação será realizada por meio do site eleicoespsicologia.org.br, devendo os Conselhos Regionais disponibilizar Pontos de Apoio à Votação para garantir a participação massiva, conforme disposto no Regimento Eleitoral (Resolução CFP nº 10/2024).

Para votar, entretanto, é necessário que psicólogas e psicólogos de todo o país estejam com os dados cadastrais atualizados junto aos Conselhos Regionais – entre eles, endereço postal, endereço eletrônico e telefone celular.

É fundamental também que as(os) profissionais da Psicologia estejam em situação adimplente junto ao seu CRP até 6 de agosto de 2025.

Confira o passo a passo para realizar a atualização cadastral

1.⁠ ⁠Para iniciar a atualização cadastral, acesse o site cadastro.cfp.org.br.

2.⁠ ⁠Clique em “ENTRAR”, no canto superior direito.

3.⁠ ⁠Na sequência, escolha a sua região.

4.⁠ ⁠Clique em “PROFISSIONAL”. A psicóloga será redirecionada para uma página específica do seu regional, onde haverá instruções para acessar o sistema e atualizar os dados cadastrais.

5.⁠ ⁠A partir de agora, basta seguir as orientações nas telas subsequentes. Atente-se para essas dicas adicionais:

•⁠ ⁠No campo “Usuário”, coloque o número do seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) com pontos e traços, conforme esse exemplo: 000.000.000-00.

•⁠ ⁠Caso você não tenha uma senha para acesso, clique em “Geração de senha”. Você receberá em instantes uma nova senha no e-mail cadastrado junto ao seu Conselho Regional de Psicologia (CRP).

•⁠ ⁠Não tem mais acesso ao e-mail cadastrado? Não se preocupe! Cadastre um novo e-mail clicando em “Atualizar e-mail”.

•⁠ ⁠Apareceu mensagem dizendo que seu acesso está bloqueado? Solicite o desbloqueio enviando e-mail para o seu CRP.

Por fim, uma dica importante: não deixe para última hora a atualização cadastral. Isso possibilitará mais tempo e tranquilidade para sanar qualquer problema que, eventualmente, possa ocorrer.

Saiba mais

A Comissão Eleitoral destaca que o voto é secreto, pessoal, intransferível e obrigatório, e será concedido à chapa completa, entre as homologadas no pleito. O voto é facultativo para as(os) psicólogas(os) com idade a partir de 65 anos.

As(Os) psicólogas(os) que não votarem deverão apresentar justificativa, entre os dias 28 de agosto e 26 de outubro de 2025, no site oficial das eleições, sob pena de aplicação de multa, conforme a Resolução nº 002, de 11 de fevereiro de 2019.

Confira todas as informações em eleicoespsicologia.org.br.

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Acampamento Terra Livre 2025: Psicologia brasileira dialoga sobre atenção psicossocial para povos indígenas

No marco do Abril Indígena, a atuação da Psicologia brasileira junto aos povos originários esteve no foco de um conjunto de ações que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) conduziu, nos dias 9 e 10 de abril, como parte das atividades do Acampamento Terra Livre (ATL), maior assembleia indígena do país – e que reuniu na capital federal profissionais da Psicologia de diferentes regiões brasileiras.

No dia 9, o CFP promoveu no Acampamento um encontro com indígenas psicólogas e psicólogos do Sistema Conselhos e representantes da Comissão dos Direitos Humanos (CDH) da Autarquia.

O encontro foi seguido por uma roda de conversa aberta ao público, intitulada “O Marco Temporal nos faz sofrer: temos direito à saúde mental e ao bem-viver!”. A iniciativa reuniu cerca de 100 participantes e debateu os efeitos psicossociais da ausência de demarcação de terras indígenas nas subjetividades de pessoas indígenas, bem como a importância de fortalecer as estratégias de atenção psicossocial e promoção de saúde mental neste contexto.
No dia 10, o grupo esteve na marcha “A resposta somos nós”, encerrando sua participação no Acampamento Terra Livre.

A conselheira federal Nita Tuxá, que também integra a CDH/CFP, destacou o compromisso da Psicologia brasileira com a saúde integral, os direitos e o bem-viver das comunidades indígenas. A representante do Conselho Federal de Psicologia ressaltou as parcerias, ações, incidências e debates desenvolvidos junto a organizações e movimentos indígenas, enfatizando o compromisso científico e profissional com os povos originários.

“Em cada ação, o CFP reafirma a importância de aprofundar as discussões sobre saúde mental e bem-viver nos contextos indígenas,” pontuou Nita Tuxá, mencionando o lançamento das referências técnicas que orientam a atuação da Psicologia junto às comunidades indígenas e que abordam a relação entre o acesso à terra e a saúde psicossocial desses povos.

Giros Descoloniais

Encerrando as ações no marco do Abril Indígena, o CFP irá realizar o “Giro Descolonial Centro-Oeste: vida além do trabalho”.

O encontro, previsto para ocorrer nos dias 26 e 27 de abril em território indígena, localizado no município de Paranatinga/MS, promoverá momentos de escuta e troca de experiências com a comunidade e lideranças locais, em colaboração com os Conselhos Regionais de Psicologia da região Centro-Oeste.

A atividade integra a campanha nacional de direitos humanos da CDH. Confira aqui mais informações sobre a campanha e as edições anteriores dos Giros Descoloniais.