CFP participa de reunião do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde assumindo coordenação adjunta do colegiado

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, no dia 16 de outubro, da 227ª reunião ordinária do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS), realizada na sede do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), em Brasília/DF.

Esta é a primeira vez em que o CFP participa como Coordenação Adjunta do Fórum, representado pelo conselheiro-secretário Rodrigo Acioli. A presença nesse espaço de articulação evidencia o papel estratégico da Psicologia brasileira na promoção do diálogo interinstitucional para a orientação e a fiscalização das profissões regulamentadas no campo da saúde.

A reunião contou com a presença de representantes dos 14 Conselhos Federais que compõem o Fórum: Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia.

Durante o encontro, foram debatidas questões acerca da integração das categorias profissionais, como fiscalização, ações de medidas de contenção de fraudes relacionadas à obtenção de registros profissionais e regulamentação do Ensino à Distância (EaD).

A participação do CFP no FCFAS, na atual posição, reforça a contribuição da Psicologia para a construção de estratégias conjuntas em defesa do cuidado integral e interdisciplinar. “Esse é um reconhecimento da importância da Psicologia nas políticas de saúde e do compromisso com o trabalho coletivo entre os Conselhos Federais”, destacou Rodrigo Acioli, conselheiro-secretário do CFP.

Regulamentação profissional

O Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS) tem como missão promover o diálogo e a integração entre as profissões da saúde e contribuir para o aprimoramento das práticas profissionais para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com sua participação ativa nesse espaço, o CFP reafirma o compromisso com a valorização da Psicologia e com a defesa do exercício profissional ético e qualificado, além de fortalecer sua atuação conjunta com os demais Conselhos na formulação de políticas públicas e na superação dos desafios das profissões da Saúde no país.

Prêmio Profissional Virgínia Bicudo: CFP prorroga prazo para inscrições até 20 de outubro

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) prorrogou até  20 de outubro de 2025 o prazo de inscrições para a terceira edição do Prêmio Profissional Virgínia Bicudo: “Práticas para uma Psicologia Antirracista”. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). A iniciativa premia estudos e práticas no campo da Psicologia e das relações étnico-raciais, com o valor de R$ 2 mil para os trabalhos selecionados.

O prêmio busca identificar, valorizar e divulgar experiências de profissionais da Psicologia, coletivos e grupos que abordam as relações étnico-raciais em suas práticas.

Podem concorrer psicólogas e psicólogos em situação cadastral regular e adimplentes junto ao respectivo Conselho Regional de Psicologia (CRP). A premiação contempla duas categorias: experiências individuais e experiências coletivas. Cada participante pode inscrever trabalhos em apenas uma delas. Os trabalhos teórico-técnicos devem dialogar com eixos como identidade étnico-racial, violência, morte e luto, resistência antirracista, interseccionalidades e relações raciais ao longo da vida.

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site do prêmio até às 23h59 (horário de Brasília), do dia 20 de outubro de 2025. Para mais informações, acesse o edital do prêmio e sua retificação.

Pioneira

A premiação homenageia Virgínia Leone Bicudo, referência na Psicologia brasileira, pioneira na psicanálise e primeira mulher negra a integrar o plenário do CFP, em 1973, em sua primeira composição. Sua trajetória é marcada pela defesa dos direitos humanos e pela produção científica comprometida com a justiça social e o enfrentamento ao racismo.

Luta anticapacitista: CFP lança manual para orientar atuação da Psicologia junto às pessoas com deficiência

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) – com foco em sua missão institucional de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional da categoria – disponibiliza a psicólogas e psicólogos de todo o país o Manual orientativo para uma atuação anticapacitista na Psicologia.

O lançamento oficial aconteceu na última quarta-feira (08), durante a participação do CFP no XI Congresso da Associação Latino-Americana para a Formação e o Ensino da Psicologia (Alfepsi). Realizado em Maceió/AL, o encontro teve como tema “Formação em Psicologia na América Latina: sensibilidades, cuidados e ações políticas” e reuniu profissionais, estudantes, docentes e pessoas interessadas em Psicologia, no Brasil e outros países da América Latina, para dialogar sobre contextos e desafios da formação e do exercício profissional na região.

Fruto das discussões e produtos gerados pelos Grupos de Trabalho (GTs) da Assembleia de Políticas de Administração e Finanças (APAF), intitulados “Orientação, Referências Técnicas e Éticas no Atendimento à Pessoa Surda no Âmbito da Saúde” e “Orientação ao Atendimento junto a Pessoas com Deficiência”, o manual surge no contexto de fortalecimento das políticas públicas de acessibilidade e inclusão, reconhecendo o papel essencial da Psicologia na consolidação de uma sociedade justa, plural e democrática.

A publicação reúne fundamentos éticos, técnicos e políticos para orientar psicólogas e psicólogos em práticas inclusivas, apresentando diretrizes sobre atendimento, avaliação biopsicossocial, acessibilidade e enfrentamento ao capacitismo, inserindo-se em um conjunto de ações do Conselho Federal de Psicologia com foco no cuidado e na saúde integral dessa população. O objetivo é fortalecer o cuidado às pessoas com deficiência a partir de suas múltiplas expressões e singularidades.

“A atuação junto a pessoas com deficiência requer da categoria profissional uma perspectiva ética e tecnicamente qualificada, atentos às barreiras que historicamente impedem o exercício pleno da cidadania por parte dessa população”, destaca o manual.

Acesse a íntegra do Manual orientativo para uma atuação anticapacitista na Psicologia.

CFP oficia autoridades de Estado para a proteção de povos indígenas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) oficiou nesta terça-feira (14) autoridades do Estado brasileiro para garantir proteção imediata ao Povo Xukuru-Kariri, territorializado em Palmeira dos Índios, em Alagoas. 

Essa comunidade vem sofrendo situações de ameaças e violência em decorrência do processo legal de demarcação de seu território tradicional.

No documento, o CFP pontua o papel legal da Autarquia enquanto órgão consultivo em temas da Psicologia e direito à saúde mental. O Conselho destaca que o território indígena se constitui como lugar pleno e legítimo de desenvolvimento dos modos de vida, da produção de saúde e do bem-viver dos povos originários e que a falta de garantia do direito à terra e ao território enfraquece e rompe vínculos identitários, além de aprofundar o adoecimento e o sofrimento psíquico da comunidade.

O ofício foi encaminhado ao Ministério dos Povos Indígenas, à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (PFDC/MPF), à Defensoria Pública da União e ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O documento conclama os poderes públicos à adoção de medidas urgentes que assegurem a proteção dos povos indígenas em sua luta por políticas públicas, direitos sociais e pela demarcação de terras. O texto também repudia as violências perpetradas contra as lideranças e comunidades Xucuru-Kariri.

“O Conselho Federal de Psicologia reconhece a luta dos povos originários como parte essencial da defesa da ordem democrática no país, uma vez que o direito à terra e ao território está previsto no artigo 231 da Constituição Federal. A demarcação das terras indígenas é condição para a preservação dos modos de vida e de existência desses povos: sem ela, suas vidas permanecem em risco e sob ameaça”, destaca o documento. 

Confira a íntegra do ofício:

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), autarquia pública responsável pela regulamentação profissional da Psicologia no Brasil, tem a competência regimental de atuar como órgão consultivo do Governo e das instituições públicas e privadas em matéria de Psicologia. Em alinhamento com os Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP nº 10/2005) e com o compromisso social e ético da profissão, o CFP – entidade historicamente vinculada às lutas democráticas no Brasil – manifesta seu apoio ao Povo Xukuru-Kariri de Palmeira dos Índios (AL), que vem sofrendo situações de violência e ameaças em decorrência do processo legal de demarcação de seu território tradicional.

O território indígena não se constitui como um espaço qualquer: é o lugar pleno e legítimo de desenvolvimento dos modos de vida, da produção de saúde e do bem-viver dos povos originários. Compreendemos que os povos indígenas, em suas relações com a terra, com seus ancestrais, com seus modos de cuidado e cura, e com o direito à sua organização social e política, produzem saúde mental. Assim, a não garantia do direito ancestral à terra e ao território do Povo Xukuru-Kariri enfraquece e rompe vínculos identitários e aprofunda o adoecimento e o sofrimento psíquico desta comunidade.

O Conselho Federal de Psicologia reconhece a luta dos povos originários como parte essencial da defesa da ordem democrática no país, uma vez que o direito à terra e ao território é um direito constitucional, previsto no artigo 231 da Constituição Federal. A demarcação das terras indígenas é condição para a preservação dos modos de vida e de existência desses povos: sem ela, suas vidas permanecem em risco e sob ameaça. O CFP manifesta seu total apoio ao Povo Xukuru-Kariri de Palmeira dos Índios (AL), que vem sendo alvo de perseguições, ameaças físicas, pressões psicológicas, desinformação e intimidações. A autarquia expressa profunda preocupação e repudia as violências perpetradas contra as lideranças e comunidades Xucuru-Kariri, conclamando os poderes públicos à adoção de medidas urgentes que assegurem a proteção dos povos indígenas em sua justa luta por políticas públicas, direitos sociais e pela demarcação de suas terras.

O Conselho Federal de Psicologia coloca-se à disposição para contribuir com o debate sobre o exercício profissional nos marcos éticos e legais que regem a relação do Estado e da sociedade não indígena com os povos indígenas. Oferece, ainda, sistematizações teóricas e referências técnicas que orientam a atuação da
Psicologia junto a esses povos, a exemplo das Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas, produzidas pelo Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) em 2024.

O marco temporal adoece e faz sofrer!
Demarcação, já!

 

Mesa Coordenadora da ALFEPSI contará com psicólogos brasileiros na próxima gestão

Foi eleita na sexta-feira (10) a nova Mesa Coordenadora da Associação Latino-Americana para a Formação e o Ensino da Psicologia (ALFEPSI). A votação ocorreu em assembleia da entidade, realizada durante a programação oficial do XI Congresso ALFEPSI.

Composta por profissionais e entidades ligadas à formação em Psicologia, a ALFEPSI tem como objetivo proporcionar um espaço para o intercâmbio de experiências acadêmicas e profissionais, que propiciem o desenvolvimento de uma ciência e profissão plural voltada ao bem estar da população latino americana. 

Pedro Paulo Bicalho, conselheiro do XIX plenário do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi eleito para a presidência da entidade. Bicalho é o segundo psicólogo brasileiro a presidir a ALFEPSI – a primeira foi  Ângela Soligo, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e atual vice-presidenta da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP). 

“Essa é uma responsabilidade enorme, mas que recebo com muita gratidão. Agradeço a todas as pessoas que confiaram a mim a tarefa de presidir a ALFEPSI, instituição tão essencial para debater sobre os desafios e propor estratégias para enfrentar os obstáculos que se colocam para a formação e a atuação profissional da Psicologia na América Latina”, destacou Pedro Paulo Bicalho.

A Psicologia brasileira será representada também pelo professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e conselheiro do CFP, Jefferson Bernardes, e Sônia Maria Lemos, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que terão assento na Mesa Coordenadora da Associação Latino-Americana para a Formação e o Ensino da Psicologia. “Não são poucos os desafios que se colocam para a nossa ciência e profissão na América Latina. Mas estamos confiantes na potência deste colegiado para construir as soluções que se tornarem necessárias”, ressaltou Jefferson Bernardes.

Ainda de acordo com a deliberação da Assembléia, o novo mandato terá início em abril de 2026, de forma a viabilizar a conclusão dos relatórios da atual gestão e a transição entre os membros do coletivo. O grupo já começou a pensar na data da próxima edição do Congresso Alfepsi. Uma das possibilidades é que o evento ocorra em 2027, na Costa Rica. 

Conheça a composição da nova Mesa Diretora da ALFEPSI:

BRASIL
Pedro Paulo Bicalho
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Jefferson Bernardes
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Sônia Maria Lemos
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

MÉXICO

Maricela Osorio Guzmán
Universidad Nacional Autónoma de México

María Rosario Espinosa Salcido
Universidad Nacional Autónoma de México

URUGUAI

José Eduardo Viera Paparamborda
Universidad de la República

CHILE

Eduardo Andrés Enrique Guzmán Utreras
Universidad Santo Tomás, Santiago (UST) 

Para mais informações sobre a  Associação Latino-Americana para a Formação e o Ensino da Psicologia, acesse www.alfepsi.org.

XI Congresso da ALFEPSI marca debates sobre o futuro da formação em Psicologia na América Latina

Com o tema “Formação em Psicologia na América Latina: sensibilidades, cuidados e ações políticas”, teve início na quarta-feira (8) o XI Congresso da Associação Latino-americana para a Formação e o Ensino da Psicologia (ALFEPSI), sediado em Maceió/AL.

O evento, que se estenderá até sábado (11), conta com a participação do Conselho Federal de Psicologia (CFP) como um dos organizadores, reunindo pesquisadoras(es), docentes, estudantes e profissionais para discutir os desafios e as perspectivas da área.

Na cerimônia de abertura, a presidenta do Conselho Federal de Psicologia, Alessandra Almeida, destacou a capacidade dos países latino-americanos de produzirem conteúdo científico no campo da Psicologia. “Nós temos produzido ciência há muito tempo em nossas terras, que podemos chamar de América Latina, mas também podemos chamar de Sul Global, com todas as potências que produzimos nessas terras, que outrora foram subjugadas, mas que hoje mostram ao mundo – inclusive através da Psicologia que fazemos – o nosso lugar”, apontou.

Alessandra Almeida também pontuou a necessidade de serem criados ambientes saudáveis em sala de aula, do ponto de vista da saúde mental.

“É importante lembrar do quanto de adoecimento nós temos produzido nos espaços de educação e isso não deveria ser aceitável. Esse é o espaço para que a gente possa pensar que a Psicologia política, com a ética da amorosidade e sem perder a criticidade, nós podemos produzir nos espaços de formação, de educação”, pontuou.

O conselheiro federal Jefferson Bernardes, presidente do XI Congresso da ALFEPSI, destacou que, embora a vida acadêmica, por vezes, seja vista como um espaço de conflito, é também um lugar para a convivência harmoniosa e o cuidado mútuo. Ele informou que a segunda edição do congresso em solo brasileiro tem sidoinclusiva e focada no acolhimento.

“É um congresso que a gente quer trabalhar de forma inclusiva. Toda a participação, principalmente dos estudantes, foi pensando nesta lógica da inclusão, com a adoção de políticas de ações afirmativas”, destacou o conselheiro.

Agenda estratégica
Com uma participação ativa na programação oficial do congresso, conselheiras e conselheiros federais integram mesas redondas e outras atividades, destacando temáticas essenciais de impacto na formação e atuação profissional da categoria.

O evento não apenas promove a troca de experiências, mas também como espaço para o lançamento de novas publicações e documentos de referência do Conselho Federal de Psicologia.

A programação do congresso é diversificada, incluindo mesas redondas, palestras, cursos, oficinas e sessões de pôsteres. As atividades estão organizadas em dez eixos temáticos, que incluem debates sobre a formação antirracista, a qualificação profissional ao longo da carreira, a iniciação e práticas em estágios, bem como a inserção social da Psicologia por meio de ações de extensão.

Diálogos e parcerias internacionais
O XI Congresso da ALFEPSI é uma iniciativa conjunta do CFP, da Associação Latinoamericana para a Formação e o Ensino da Psicologia (ALFEPSI), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), do Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-AL), da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) e da Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia (Conep). O evento conta ainda com o apoio institucional da CAPES e do CNPq.

Este encontro faz parte da agenda de internacionalização da Psicologia brasileira, estratégia que busca fortalecer a presença de nossa ciência e da profissão no cenário global, promovendo a troca de saberes, a difusão de boas práticas e a integração com outros países da América Latina, Caribe e nações de língua portuguesa.

A estratégia também visa apresentar o modelo de funcionamento do CFP e dos CRPs, focando na sua atuação de orientação, fiscalização e disciplina do exercício profissional, além da troca de experiências com outras realidades.

Internacionalização da Psicologia: Brasil sedia XI Congresso Alfepsi com participação do CFP e destaca desafios para a formação na América Latina

Tem início na quarta-feira (8), em Maceió/AL o XI Congresso da Associação Latino-americana para a Formação e o Ensino da Psicologia (ALFEPSI). O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é uma das entidades organizadoras do congresso, que acontece até 11 de outubro e apresenta como tema “Formação em Psicologia na América Latina: sensibilidades, cuidados e ações políticas”, reunindo pesquisadoras(es), docentes, estudantes e profissionais da área. As principais atividades terão transmissão ao vivo pelo canal oficial do CFP no YouTube.

A programação oficial conta com a participação de conselheiras e conselheiros federais em mesas redondas, colóquios e atividades durante todo o congresso. O evento também incluirá o lançamento de publicações e documentos de referência produzidos pelo Conselho Federal de Psicologia para orientar a categoria. 

Serão realizadas mesas redondas, comunicações coordenadas, palestras, cursos, oficinas e pôsteres abordando dez eixos temáticos como: formação antirracista; qualificação profissional e processos formativos ao longo da carreira; estágios, práticas e iniciação profissional em Psicologia; e práticas extensionistas e a inserção social da Psicologia.

Durante a programação, o CFP terá um estande para que as pessoas que participam do congresso tenham contato próximo com a atuação da Autarquia. No local, haverá ainda a distribuição de diversas publicações que tratam sobre orientação à atuação profissional das(os) psicólogas(os) em todo o território nacional.

Diálogos internacionais

Além do Conselho Federal de Psicologia, o evento é organizado em conjunto pela Associação Latinoamericana para a Formação e o Ensino da Psicologia (ALFEPSI), a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-AL), a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) e a Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia (Conep). O congresso conta ainda com o apoio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O encontro insere-se na agenda de internacionalização da Psicologia brasileira promovida pelo CFP, que tem como objetivo fortalecer a presença dessa ciência e profissão no cenário internacional, promovendo a troca de saberes, a difusão de boas práticas e a integração profissional com outros países da América Latina, Caribe, nações de língua portuguesa e países de referência em campos de atuação específicos. 

Além disso, a estratégia busca apresentar o modelo de funcionamento do CFP e dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) em sua função de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional da categoria – com foco na troca de experiências.

Confira a agenda de transmissões do XI Congresso da ALFEPSI pelo canal do CFP no YouTube

Quarta-feira, 8 de outubro

13h – Solenidade de abertura

14h – Colóquio 1
Epistemologias na Formação em Psicologia

Quinta-feira, 9 de outubro

14h – Colóquio 2
Políticas de Gênero e Sexualidade na América Latina

Sexta-feira, 10 de outubro

14h – Colóquio 3
Formação como Promoção de Saúde

Sábado, 11 de outubro

14h – Colóquio 4
Formação em Psicologia e Territórios Silenciados

19h – Colóquio 5 e Encerramento
Formação em Psicologia e Direitos Humanos

Agenda de atividades do Conselho Federal de Psicologia no XI Congresso ALFEPSI

  • Quarta-feira, 8 de outubro 

13h – Solenidade de abertura
Local: Sala 12 – Teatro Gustavo Leite – 1º Andar

14h – Colóquio 1
Epistemologias na Formação em Psicologia
Local: Sala 12 – Teatro Gustavo Leite – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Entre ausências e resistências: a formação em psicologia e a atuação em políticas públicas
Local: Sala 08 – Pajuçara – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Experiências e práticas na formação em Psicologia
Local:  Sala 11 – Ipioca – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Apoio Psicossocial em Situações de Emergências e Desastres
Mesa de Lançamento da Cartilha CFP e UNOPS
Local: Sala 02 – Jaca – Térreo 

15h30 – Mesa Redonda
Lançamento do Manual Orientativo para uma Atuação Anticapacitista na Psicologia
Local: Auditório Virgílio Loureiro (Térreo) 

17h30 – Roda de Conversa
Reparação de danos extrapatrimoniais: Saúde Mental, Culturas e Territórios
Local: Teatro Gustavo Leite – 1º Andar

  • Quinta-feira, 9 de outubro 

14h – Mesa Redonda
Culturas ancestrais e formação em Psicologia
Local: Auditório Virgílio Loureiro (Térreo)

15h30 – Mesa Redonda
Saúde Mental na Universidade Pública
De mãos dadas com a promoção de cuidado nos espaços de formação
Sala 10 – Jatiúca – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Gestão em políticas sociais: o que a formação em Psicologia tem a saber-fazer?
Local: Sala 07 – Siriguela – Térreo

15h30 – Mesa Redonda
Contribuição brasileira para a formação em Psicologia nas políticas públicas: as Referências Técnicas como instrumento de orientação profissional
Local: Sala 09 – Ponta Verde – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
A perspectiva crítica na formação da Psicologia Latino-americana
Local: Sala 06 – Mangaba – Térreo

  • Sexta-feira, 10 de outubro 

14h – Mesa Redonda

A Construção social e histórica da loucura na sociedade contemporânea: contribuição da Psicologia africana e pensamento decolonial
Local: Auditório Virgínio Loureiro – Térreo

15h30 – Mesa Redonda
IA generativa e seu impacto na formação e exercício profissional da Psicologia
Local: Sala 11 – Ipioca – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Formação em Métodos projetivos de avaliação psicológica: uma conversa necessária
Local: Sala 10 – Jatiúca – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Formação para os usos terapêuticos de maconha e psicodélicos: cartografias para ética profissional
Local: Sala 08 – Pajuçara – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
A pesquisa em Psicologia na América Latina: obstáculos e oportunidades
Local:  Sala 07 – Siriguela – Térreo 

15h30 – Mesa Redonda
A Formação em educação inclusiva no ensino superior
Local: Sala 09 – Ponta Verde – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
A produção e a publicação científica na formação em Psicologia
Local: Sala 05 – Tamarindo – Térreo

  • Sábado, 11 de outubro 

14h – Colóquio 4
Formação em Psicologia e territórios silenciados
Local: Sala 11 – Ipioca – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Uso de telas, desenvolvimento infantil e proteção de crianças e adolescente
Local: Sala 02 – Jaca – Térreo 

15h30 – Mesa Redonda
Resistências de gênero e sexualidades na Psicologia: modos de vida dissidentes em formação
Local: Sala 09 – Ponta Verde – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
Movimentos sociais LGBT+, formação em Psicologia e a crítica às pedagogias cisheteronormativas
Local: Sala 10 – Jatiúca – 1º Andar 

15h30 – Mesa Redonda
A defesa da presencialidade na formação em Psicologia – Não à EaD
Local: Sala 11 – Ipioca – 1º Andar

15h30 – Mesa Redonda
A extensão comunitária em Psicologia como produção de saberes decoloniais no fazer com grupos, instituições e comunidades
Local: Sala 01 – Caju – Térreo 

19h – Colóquio 5
Formação em Psicologia e direitos humanos
Local: Sala 11 – Ipioca – 1º Andar

Acompanhe a cobertura completa pelos canais oficiais do Conselho Federal de Psicologia.

Psicologia em defesa da proteção de direitos

Em diálogo com os Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou posicionamento no qual manifesta preocupação diante da situação de civis palestinos na Faixa de Gaza, expostos há décadas a atos violentos por parte do Estado de Israel.

“Fundamentado no Direito Humanitário Internacional, o Plenário do CFP reconhece como legítimas as iniciativas de ajuda humanitária empreendidas pela Global Sumud Flotilla, missão pacífica e não violenta composta por centenas de voluntários de 44 países, entre eles dezenas de civis brasileiros, que se dirigia em uma frota de barcos carregados de fórmulas infantis, alimentos, medicamentos e trabalhadores da saúde, rumo à Faixa de Gaza”, destaca o texto.

Diante da interceptação da flotilha pelas forças de defesa israelenses na noite de ontem (01), o Conselho Federal de Psicologia acompanha o Governo Brasileiro na condenação dessa ação militar desproporcional por parte de Israel, que coloca em risco a integridade física e emocional dos voluntários – entre eles parlamentares brasileiros – em ação pacífica.

“Nesta esteira, o CFP coloca-se à disposição das psicólogas brasileiras residentes e em atuação profissional, neste momento, em organizações humanitárias internacionais na Palestina, para orientações e retaguarda institucional no que se refere ao exercício profissional humanitário da Psicologia neste contexto”.

Confira a íntegra do posicionamento:

O XIX Plenário do Conselho Federal de Psicologia, em diálogo com os Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP 010/2005), manifesta aguda preocupação diante da situação de civis palestinos na Faixa de Gaza, expostos há décadas a atos violentos por parte do Estado de Israel. Tais ações repercutem emocionalmente não apenas sobre o povo palestino, em seu território ocupado e em diáspora pelo mundo, mas também sobre o conjunto da sociedade, reatualizando traumas geracionais e históricos de outros processos genocidários, como o infligido no Holocausto judeu, e também contra armênios, congoleses, ruandeses, povos africanos escravizados, povos indígenas originários no Brasil, entre outros.

Fundamentado no Direito Humanitário Internacional, o Plenário do CFP reconhece como legítimas as iniciativas de ajuda humanitária empreendidas pela Global Sumud Flotilla, missão pacífica e não violenta composta por centenas de voluntários de 44 países, entre eles dezenas de civis brasileiros, que se dirigia em uma frota de barcos carregados de fórmulas infantis, alimentos, medicamentos e trabalhadores da saúde, rumo à Faixa de Gaza.

Diante da interceptação da flotilha pelas forças de defesa israelenses na noite de ontem (01), o CFP acompanha o Governo Brasileiro na condenação dessa ação militar desproporcional por parte de Israel, que coloca em risco a integridade física e emocional dos voluntários – entre eles parlamentares brasileiros – em ação pacífica. O Conselho compreende como imperiosa a permissão, por parte da potência ocupante, para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, a fim de interromper o quadro de fome generalizada que aflige, em especial, mulheres, crianças e idosos palestinos.

Nesta esteira, o Conselho Federal de Psicologia coloca-se à disposição das psicólogas brasileiras residentes e em atuação profissional, neste momento, em organizações humanitárias internacionais na Palestina, para orientações e retaguarda institucional no que se refere ao exercício profissional humanitário da Psicologia neste contexto.

O CFP conclama a categoria profissional à manifestação ética em defesa da humanidade de civis palestinos e israelenses, reconhecendo as violências étnicas e culturais a que estão expostas, neste momento, comunidades árabes, muçulmanas e judias no Brasil e em todo o mundo. Também exorta à adoção de práticas de acolhimento ao sofrimento social decorrente dessas experiências, em todos os campos de atuação profissional da Psicologia.

O XIX Plenário do CFP recusa o silêncio diante da limpeza étnica do povo palestino e soma-se aos movimentos e organismos internacionais de exortação por um cessar-fogo imediato, pela interrupção da limpeza étnica e do genocídio, e pelo rompimento do cerco ilegal que busca isolar Gaza da solidariedade do mundo.

CFP publica portaria com homologação do resultado que define as próximas gestões dos Conselhos Regionais de Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou oficialmente nesta quinta-feira (18)  a homologação do resultado final das eleições 2025 para os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) de todo o país. 

O anúncio é procedimento obrigatório e consta no Regimento Eleitoral (Resolução 10/2024), oficializando as chapas que venceram o pleito e que estarão à frente das gestões dos 24 Conselhos Regionais de Psicologia no triênio 2025-2028.

A Portaria CFP 98/2025 destaca que, uma vez proclamado o resultado do pleito pelo CFP, as novas gestões  dos Conselhos Regionais de Psicologia serão empossadas em sessão solene, a ser realizada em até 30 (trinta) dias após a apuração dos resultados.

Acesse a íntegra da Portaria CFP nº 98/2025.

Decisão judicial no CRP/PE

A homologação  anuncia como vencedora, no Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco (CRP-02/PE), a Chapa 11 – Confluências de Pernambuco.

Isso porque a Chapa 12 – Avançar no Diálogo da Psicologia em Pernambuco, que obteve 2.743 votos e ficou em primeiro lugar, concorria ao pleito em condição sub judice, em virtude de decisão liminar concedida pela 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco. No entanto, a decisão foi posteriormente revogada pela Justiça, sendo então homologada como vencedora a Chapa 11 – Confluências de Pernambuco, com 2.240 votos válidos. Ressalta-se que o processo segue em regular trâmite, ainda pendente de decisão definitiva.

Acesse a íntegra da decisão liminar.

Prazo para justificar o voto encerra em breve

O Regimento Eleitoral determina a obrigatoriedade do voto, sendo facultativo apenas para psicólogas(os) com idade a partir de 65 anos. 

Para as(os) profissionais que não votaram, torna-se necessário justificar o voto pelo site oficial das eleições, ação estipulada na Resolução 10/2024 em seu artigo 4º e § 2º. O prazo para a justificativa encerra-se em 26 de outubro de 2025. 

Presença ativa do CFP fortalece diálogos e práticas estratégicas no 23º ENABRAPSO

Realizado entre os dias 4 e 7 de setembro na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus/AM, o 23º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social (ENABRAPSO) reuniu 1.928 participantes do Brasil e de outros seis países. Pela primeira vez sediado na região Norte, o evento teve como tema “Alianças dos povos: Psicologia Social face à destruição de todas as formas de vida” e promoveu diálogos, trocas de saberes e ações voltadas à defesa dos direitos e da justiça social.

“O ENABRAPSO é um espaço fundamental para reafirmarmos a Psicologia Social como campo de produção de saberes comprometidos com os direitos humanos. A diversidade de práticas e vozes presentes neste encontro revela a potência da Psicologia na defesa da vida em todas as suas formas”, avalia a conselheira-tesoureira do CFP Neuza Guareschi, que integrou a comitiva do Conselho Federal no evento.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) teve participação ativa ao longo da programação oficial, contribuindo com ações estratégicas que incluíram o lançamento de publicações técnicas voltadas à atuação profissional e a apresentação da Plataforma de Mobilização Legislativa — ferramenta que aproxima a categoria das pautas de interesse da Psicologia em tramitação no Congresso Nacional.

Também marcou presença em mesas temáticas estratégicas e ético-políticas da atuação da Psicologia no Brasil, especialmente voltadas para o compromisso com os direitos humanos, justiça social e enfrentamento das desigualdades socioambientais. Destaque ainda para a participação do CFP na atividade vivencial realizada no Quilombo urbano de São Benedito e na marcha Grito dos Excluídos. O Conselho Federal de Psicologia conduziu também a cerimônia de premiação da I Mostra Nacional de Práticas Profissionais na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

A I Mostra RAPS reconheceu autoras, autores e representantes de sete práticas profissionais e três manifestações artístico-culturais vencedoras da etapa nacional, que teve como tema “A Psicologia na luta pelo cuidado em liberdade: ontem, hoje e sempre”. A iniciativa integra campanha nacional promovida pelo CFP, por meio do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP). Na mesma ocasião, foi lançada a publicação dos Anais da I Mostra RAPS, reunindo as experiências premiadas e dando visibilidade às práticas vencedoras das etapas estaduais, fortalecendo o registro e a valorização da atuação da Psicologia na saúde mental pública.

Além dos Anais da I Mostra RAPS, o CFP lançou cinco novas Referências Técnicas voltadas à atuação de psicólogas e psicólogos em contextos de vulnerabilidade e garantia de direitos: junto à população em situação de rua, aos povos quilombolas, às mulheres em situação de violência e nas políticas públicas de direitos sexuais e reprodutivos. As publicações foram distribuídas no estande do CFP e também estão disponibilizadas digitalmente no site da Autarquia.

“A presença do CFP no ENABRAPSO reafirma nosso compromisso com uma Psicologia que atua de forma ética, crítica e transformadora. Os lançamentos, os diálogos e a Mostra RAPS são expressões concretas de uma prática que dialoga com os territórios, os saberes populares e as urgências sociais do nosso tempo”, complementa Neuza Guareschi.

Confira a galeria de imagens.
Acesse a publicação dos Anais da I Mostra RAPS.
Acesse as novas Referências Técnicas.
Conheça a Plataforma Legislativa.

Matérias relacionadas

Lançamento CFP: livro reúne experiências e manifestações artísticas da I Mostra Nacional da RAPS

Psicologia social em defesa da vida: ENABRAPSO inicia debates sobre as questões socioambientais na Amazônia

ENABRAPSO 2025: encontro com participação do CFP coloca em debate desafios para a atuação da Psicologia Social nas questões socioambientais