Encontro reúne representantes das comissões de Direitos de Direitos Humanos do CFP e dos CRPs

Representantes estaduais das Comissões dos Direitos Humanos (CDH) do Sistema Conselhos de Psicologia e membros da CDH do Conselho Federal de Psicologia (CFP) se reuniram, nos dias 6 e 7 de dezembro, no CFP, em Brasília, para realizar balanço das ações da última gestão e dar também as boas-vindas às(aos) nova(os) integrantes das CDH dos CRPs para o próximo triênio 2020/2022.

Durante o encontro, o grupo fez um resgate das ações realizadas durante a última gestão, como também dos últimos 20 anos de existência da CDH, a qual atuou demarcando o trabalho com ações nacionais, articulado em rede, com metodologia integrada para desenvolver grandes ações em âmbito nacional.

Na sexta-feira (6), membros das Comissões se reuniram, em Brasília, com cartazes em protesto contra o racismo, em frente à sede da Fundação Zumbi do Palmares. No mesmo dia também foi apresentado um relatório síntese das ações da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) na gestão 2017-2019. O documento mostrou as principais intervenções da CDH, “tecidas com atenção e coragem em tempos difíceis”. Entre as ações realizadas estão as campanhas (como a campanha “Discurso de Ódio Não”), reuniões, instalações, pesquisas, lançamentos de livros (“Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs”), inspeções e outras atividades.

As Comissões de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) foram criadas para incentivar a reflexão sobre os direitos humanos inerentes à formação, à prática profissional e à pesquisa em Psicologia. Hoje, todos os regionais possuem CDHs e cada uma delas tem uma pauta de luta, de atendimento à categoria e à comunidade, em defesa das minorias.

Comissão de DH do CFP celebra Dia Internacional contra a LGBTfobia

Nenhum direito a menos! A Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CDH-CFP), em conjunto com as Comissões de Direitos Humanos dos Conselhos Regionais, celebram o Dia Internacional contra a LGBTfobia em 17 de maio. Nessa data, em 1990, o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Também conhecido como “Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia”, a data está incluída no calendário oficial do Brasil desde 2010. Visa conscientizar a população em geral sobre a luta contra a discriminação de lésbicas, gays, travestis, bissexuais, transexuais e transgêneros.

A CDH do CFP e as Comissões Regionais de Direitos Humanos reafirmam seu compromisso no enfrentamento à LGBTfobia, atentos ao cenário que se apresenta no Brasil, lutando contra manifestações que incitam o ódio, a patologização das orientações sexuais e identidades de gênero, desrespeitando os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

CDH dos CRPs no Dia Internacional contra a LGBTfobia

Todas as Comissões de Direitos Humanos dos Conselhos Regionais de Psicologia lutam contra a LGBTfobia.

CDH/CRP-DF
Enquanto uma existência LGBT não encontrar condições para viver uma cidadania plena, a Psicologia estará na linha de frente na busca pela garantia desses direitos.

CDH/CRP-PE
Vista-se com todas as cores e lute pelo direito de ser quem você é. A diversidade é um direito e é essencial o respeito a essência de cada ser.

CDH/CRP-BA
Ser LGBT é, cada vez mais, um ato político. Diante de uma realidade tão produtora de sofrimento psíquico, que sejamos então agentes de transformação. A Psicologia se posiciona frente ao combate a LGBTfobia e é uma grande potência nesse sentido: a favor da saúde mental e livre expressão das diversidades.

CDH/CRP-MG
“A luta da nossa Psicologia é pela diversidade das formas de ser, existir e, especialmente, de amar. LGBTfobia não passará”.

CDH/CRP-SP
Contra a LGBTfobia só há um remédio: cure o seu preconceito!

CDH/CRP-PR
Diferença não é doença: respeito é um direito.

CDH/CRP-GO
A Psicologia brasileira, compromissada com a transformação social da realidade, defende de forma radical e intransigente uma sociedade livre das desigualdades e injustiças, incluindo a lgbtfobia como uma das violências em que precisamos nos posicionar de modo ético e político.

CDH/CRP-CE
O ser humano é diverso e, portanto, amar é exercer essa diversidade.

CDH/CRP-SC
Preconceito disfarçado de liberdade de expressão ainda é preconceito. Não existe liberdade que viole direitos.

CDH/CRP-AL
Enquanto o corpo for alvo de violência, a resistência será nossa luta!

CDH/CRP-RN
“Mais difícil do que explicar às crianças por que dois homens se beijam deveria ser explicar a elas por que dois homens se matam.”

CDH/CRP-MT
Respeito e inclusão a todas as formas de ser e amar: Psicologia no enfrentamento à discriminação e ao preconceito contra a população LGBT. Não à LGBTfobia!

CDH/CRP-AC-AM-RO-RR
Conscientização e respeito às diferenças é um direito.

Inscrições para VIII Seminário de Direitos Humanos terminam dia 30

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover, dias 27 e 28 de abril, o VIII Seminário Nacional de Direitos Humanos – Psicologia e Democracia: nenhum direito a menos. As inscrições para o evento, que vai ocorrer na Escola Parque 308 Sul, em Brasília, DF, estão abertas até 30 de março.

Conferência, mesa temática, atividades culturais e homenagens integram a programação do seminário. No dia 27 de abril, após a abertura, o evento fará uma homenagem à psicóloga, historiadora e fundadora do Grupo Tortura Nunca Mais (RJ), Cecília Maria Bouças Coimbra, primeira coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, em 1997.

A conferência de abertura será feita pela psicóloga Maria Rita Kehl, que teve forte atuação durante o regime militar. Foi editora do jornal “Movimento”, um dos mais importantes veículos da imprensa alternativa no período, e participou do grupo que criou o jornal “Em Tempo”, em 1978. 

As mesas de debate vão contemplar diferentes temas, como a guerra contra e entre os pobres, corpos em disputa, produção histórica de violação de direitos de mulheres, LGBTs e negros e negras, cidades e campos possíveis e o papel da mídia. A programação completa e o link para inscrições no seminário estão no site do VII Seminário Nacional de Direitos Humanos – Psicologia e Democracia: nenhum direito a menos.

Comissão de Direitos Humanos do CFP promove encontro com Regionais

DSC_03131A Comissão dos Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) promoveu, na última sexta (20), reunião com representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia (CFPs) para o planejamento nacional acerca das temáticas relacionadas aos Direitos Humanos. Baseados nos eixos de atuação da CDH/CFP, os presentes debateram e definiram as metas e ações para o Sistema Conselhos de Psicologia.

Durante o ano, serão realizados debates online e cursos de formação à distância, que abordarão em profundidade os quatro eixos da Comissão, a saber: o ‘Enfrentamento da Violência de Estado e da Tortura’; o ‘Enfrentamento das violências associados ao racismo e a preconceitos étnicos’; ‘Direitos e enfrentamento às violências de gênero e sexuais’ e ‘Direitos e assistência aos usuários de drogas e suas famílias’. Os assuntos serão tratados de forma a respeitar a transversalidade e intersetorialidade dos Direitos Humanos.

“O encontro foi muito importante, pois apresentamos e validamos os eixos de atuação da Comissão e também aproveitamos para apresentar os integrantes da instância, que foram escolhidos por critérios de regionalidade e também por experiência nas respectivas áreas”, explica a coordenadora da Comissão e representante do CFP no Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Vera Paiva. Ela destaca que toda a atividade do CFP e, em especial, as da Comissão, é baseada nos Direitos Humanos: “Na CDH vamos atuar nas áreas mais cinzentas, menos consensuais do ponto de vista da Psicologia e que não estão contempladas, por exemplo, na formação dos psicólogos nas universidades, e que demandam maior esforço de formulação”, explica, dando o exemplo da falta de formação e teorias da Psicologia sobre os temas da diversidade sexual, racismo e tortura.

DSC_0325Dentre as atividades previstas pelo grupo, está o ciclo de debates online “Psicologia & Direitos Humanos”, que abordará durante todo o ano temas como o genocídio da juventude negra, alternativas antiproibicionistas, terror e violência de Estado, dentre outros.

O grupo, que contou com a presença de representantes de 19 CRPs, acatou também a
proposta da CDH da realização de cursos de formação à distância por meio da nova plataforma de comunicação OrientaPsi, que será lançada pela autarquia. “A proposta é utilizar de casos específicos reais para a produção de reflexão e a orientação no quadro dos Direitos Humanos. Serão abordadas as possibilidades e entraves na atuação do psicólogo em cada um dos temas prioritários da CDH”, afirma a representante do CFP. Além disso, os representantes acordaram que os módulos dos cursos terão como meta a disseminação de conceitos, contextualização histórica de cada um dos eixos no Brasil e fora dele, além de apontar um panorama de dados estatísticos e das políticas públicas relacionadas.

Os representantes dos CRPs se mostraram de acordo com a orientação nacional sobre os eixos temáticos, com a liberdade das escolhas regionais por temas e formas de articulação e trabalho. “Os eixos nos unificarão nacionalmente, são centrais, mas não quer dizer que os CRPs não poderão trabalhar outros temas ou contribuir com estes de maneiras diversificadas, pois cada região tem as suas especificidades e necessidades”, concluiu Vera Paiva.

A CDH apresentou na reunião, ainda, aos representantes do CRPs, as ações e DSC_03211articulações realizadas pela autarquia junto ao Congresso Nacional, comissões, conselhos e instâncias federais, estaduais e municipais e da sociedade – como o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade (CNPIR), o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) e o próprio Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). Dentre as ações previstas para o ano estão, ainda, a mobilização para Marcha das Mulheres Negras (novembro); o monitoramento e visibilidade da Resolução 18/2002, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação ao preconceito e à discriminação racial; a luta pelos direitos e assistência aos usuários de drogas e suas famílias; a divulgação dos espaços de denúncia de violação de direitos; alternativas ao paradigma proibicionista; alternativas ao encarceramento e à internação compulsória, dentre outros.

Além de Vera Paiva, a CDH/CFP estava representada na reunião pelos integrantes Bárbara de Souza Conte, Marco Aurélio Máximo Prado, Valter da Mata, Vladimir Stempliuk, Rebeca Bussinger, Vera Vital Brasil e Marcos Garcia.

Participaram do encontro os representantes dos Regionais Carolina Maria Fernandes (CRP 01), Tatiana Ranzani Maurano (CRP 02), Ana Lucena de Sá (CRP 03), Joanna Ângelo Ladeira (CRP 04), Janne Calhau Mourão (CRP 05), Aristeu Bertelli da Silva (CRP 06), Caroline Martini Kraid Pereira (CRP 07), Cléia O. Cunha (CRP 08), Mayk Diego (CRP 09), Jureuda Guerra e Larissa Mendy (CRP 10), Yara Hornke (CRP 12), Simone Grisolia Monteiro (CRP 14), Maurício Luiz Marinho de Melo (CRP 15), Juliana Gomes de Figueiredo (CRP 16), Daniela Bezerra Rodrigues (CRP 17), Marisa Helena Alves (CRP 18), Fernando Antônio Nascimento da Silva (CRP 19), Natália de Souza Silva (CRP 21) e Simone de Miranda Rodrigues (CRP 22).