Práticas antirracistas: Conselho Federal de Psicologia lança nova edição do Prêmio Profissional Virgínia Bicudo

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) acaba de anunciar a nova edição do Prêmio Profissional Virgínia Bicudo “Práticas Para Uma Psicologia Antirracista”. A autarquia vai premiar com R$ 2mil estudos e práticas exitosas no campo da Psicologia e das questões raciais. As  inscrições para a terceira edição do prêmio terão início em 1º de setembro.

Acesse o edital do Prêmio Virgínia Bicudo

Os trabalhos deverão ser enviados exclusivamente pelo site do prêmio no período de 1º de setembro até 1º de outubro. O horário limite para submissão das propostas será às 23h59, horário de Brasília. A cerimônia de premiação será realizada até dezembro de 2025, em local ainda a ser divulgado.

A presidenta do CFP, Alessandra Almeida, ressalta que a premiação instituída pelo Conselho Federal de Psicologia tem como objetivo identificar, valorizar e disseminar estudos e iniciativas de profissionais da Psicologia, coletivos e grupos que abordam as relações étnico-raciais. 

“O Prêmio Virgínia Bicudo reconhece as práticas psicológicas que trazem transformações significativas na saúde mental, na redução das desigualdades sociais e na promoção de um posicionamento antirracista em nossa sociedade”, pontua.

Podem concorrer ao prêmio psicólogas e psicólogos em situação cadastral regular e que estejam adimplentes junto ao seu respectivo Conselho Regional de Psicologia (CRP).

Categorias

Serão duas categorias da premiação: experiências individuais e experiências coletivas. Cada participante poderá inscrever trabalhos em somente uma delas.

A categoria “Experiências Individuais” premiará trabalhos e ações promovidas por psicólogas e psicólogos que desenvolvam práticas antirracistas. Por sua vez, a categoria “Experiências Coletivas” é voltada para a participação de grupos, coletivos e organizações que desenvolvam práticas antirracistas.

Os trabalhos teórico-técnicos devem estar relacionados a um dos seguintes cinco eixos orientadores: 

Raças e identidade étnico-racial;
Violência, morte e luto;
Modos de resistência antirracista: antimanicomial, cultural, religioso;
Interseccionalidades; e
Geracional: racismo na infância, juventude e envelhecimento. 

Para inscrição na categoria “Experiências Coletivas”, o trabalho técnico-teórico deverá contar com a participação de, ao menos, um profissional, que será indicado como “autora ou autor principal”. 

Os prêmios contemplarão os melhores trabalhos inscritos nas duas categorias da premiação e serão agraciados, ao todo, dez trabalhos – dois para cada região do Brasil. Também poderão ser concedidas menções honrosas, sem direito à premiação em pecúnia.

Virgínia Bicudo

O prêmio celebra a memória e o legado da pioneira Virgínia Bicudo – fundamental para a regulamentação da profissão no Brasil e a primeira psicanalista não médica do país.

Primeira mulher negra a compor um plenário do CFP, em 1973, Virgínia deixou uma importante contribuição com trabalhos que se alinham com os princípios éticos e técnicos da Psicologia, promovendo o bem-estar social e a defesa dos direitos humanos.

CFP realiza solenidade de posse de novos trabalhadores

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou, na segunda-feira (28), a cerimônia de posse das novas servidoras e servidores aprovados no Concurso Público CFP nº 1/2024. A solenidade ocorreu na sede da autarquia, em Brasília (DF), e reuniu representantes da gestão, equipes técnicas e familiares dos empossados.

A entrega simbólica dos termos de posse e do registro foi feita pela presidenta do CFP, Alessandra Almeida e pelo conselheiro-secretário, Rodrigo Acioli. 

“Este concurso público marca um processo de avanços da autarquia no incremento de seu quadro funcional e de ações para aprimorar o cumprimento da missão institucional do Conselho. É, portanto, um momento de celebração e de acolhida de toda a autarquia. Sejam todas, todos e todes muito bem-vindos”, destacou a presidenta do CFP.

O conselheiro-secretário, Rodrigo Acioli, enfatizou o papel estratégico que cada profissional exercerá na instituição e ressaltou a importância do acolhimento e dos vínculos no ambiente de trabalho. “Na Psicologia falamos muito sobre a questão dos afetos. É dessa maneira que o CFP recebe e acolhe cada um e cada uma de vocês”, afirmou Acioli.

A coordenadora-geral (de Desenvolvimento Institucional) do CFP Emanuelle Silva destacou o compromisso da autarquia com a profissionalização da gestão pública e o fortalecimento institucional. “O CFP tem buscado transformar sua cultura organizacional por meio da valorização das carreiras e da qualificação das equipes. É um compromisso com a ética, a técnica e o desenvolvimento da autarquia”.

Foi o que também pontuou o coordenador-geral (de Integração do Sistema) Rafael Taniguchi ao destacar que o Conselho Federal de Psicologia vive um processo de profissionalização e fortalecimento da governança, “com muitos desafios e expectativas para o futuro”.

Para a gerente de Gestão de Pessoas do CFP, Lislly Telles, a cerimônia de posse vai além de um rito formal ao celebrar a trajetória de dedicação e esforço de cada pessoa aprovada. “Cada passo dado até aqui merece ser celebrado com alegria e orgulho”, afirmou, ao dar as boas-vindas e convidar as novas e novos integrantes da equipe a fortalecer uma gestão pública ética, democrática e participativa.

Sobre o Concurso Público CFP nº 1/2024

O Concurso Público CFP no 1/2024 busca a recomposição do quadro funcional do Conselho Federal de Psicologia para o fortalecimento das funções institucionais de orientação, disciplina e fiscalização do exercício profissional da Psicologia em todo o  país.

A proposta é resultado de estudo realizado em 2022 pela Gerência de Gestão de Pessoas do CFP, que mapeou as necessidades de pessoal. Em 2023, o CFP instituiu a Comissão Organizadora do Concurso Público, responsável por conduzir os encaminhamentos para realização do certame que proveria as vagas no quadro de funcionárias(os) da instituição. Em setembro de 2024, foi lançado o Edital CFP n° 01/2024, estabelecendo o processo seletivo para provimento de vagas e formação de cadastro de reserva. O certame foi realizado em dezembro de 2024 e teve seu resultado final divulgado em março de 2025.

Confira a lista dos(as) empossados(as):

Analistas Técnicos

  • Ana Kelly Adriano Viana – Psicologia

  • Élder Santos Moraes – Contabilidade

  • Fábio de Mesquita Silva – TI e Suporte

  • Jair Ferreira Neves Neto – TI Desenvolvimento

  • Marília Mendes de Almeida – Psicologia

  • Tainá Alves Marques – Psicologia

  • Vinícius Martinelli – Licitações e Contratos

Técnicas/os Administrativas/os

  • Célio Rodrigues Ferreira Júnior – Área Administrativa

  • Daniele Laís de Souza – Área Administrativa

  • Ednete Henrique da Silva – Área Administrativa

  • Enzo Gadiel Cansanção Silva – Área Administrativa

  • Estefany Ferreira da Silva – Suporte Técnico e Informática

  • Gabriel Vitor Vidal – Área Administrativa

  • Júlia Nunes – Área Administrativa

  • Manuela Oliveira Nascimento – Área Administrativa

  • Mário Augusto Rodrigues Moreira – Área Administrativa

  • Ulisses Almeida Coutinho – Área Administrativa

 

Saiba mais

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é uma autarquia pública, com autonomia administrativa e financeira, criada pela Lei nº 5766, de 1971, e regulamentada pelo Decreto nº 79.822, de 17 de junho de 1977. É o órgão central do Sistema Conselhos de Psicologia, com sede e fórum no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional. Além de regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional de psicólogas e psicólogos no Brasil, o CFP tem a missão de promover espaços de discussão sobre os grandes temas da Psicologia, fomentando o debate e contribuindo para a qualificação dos serviços profissionais prestados pela categoria à toda sociedade.

Relatório sobre manicômios judiciários denuncia graves violações de diretos

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“Este relatório é um documento histórico e urgente. Uma denúncia pública e técnica que escancara o que o Brasil insiste em esconder atrás dos muros e das grades dos estabelecimentos de custódia e tratamento psiquiátrico: a continuidade de práticas de tortura, de abandono, de medicalização forçada e de violações diversas a pessoas com deficiência psicossocial em conflito com a lei mantidas nos manicômios judiciários e instituições congêneres”.

Assim a presidenta do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Alessandra Almeida, sintetizou o relatório da Inspeção Nacional Desinstitucionalização dos Manicômios Judiciários, lançado nesta 2ª feira (28/7), na sede do CFP, em Brasília/DF.

O documento traz um diagnóstico sobre o funcionamento e as atuais condições de manicômios judiciários em todo o país – além de identificar o processo de fechamento dessas instituições, a partir da Resolução nº 487/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que criou a Política Antimanicomial do Poder Judiciário.

A inspeção foi realizada dez anos após o primeiro diagnóstico feito pelo CFP sobre o tema, em 2015, e mostra que esses estabelecimentos seguem unindo o pior da prisão e do hospício. De acordo com o estudo, a negligência, a lógica do castigo, a violação e o abandono estatal que chega a resultar em prisões perpétuas são marcas dessas instituições.

O levantamento é resultado de uma ampla articulação entre o Sistema Conselhos de Psicologia, por meio de suas Comissões de Direitos Humanos, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça.

Para o desembargador Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Lanfredi, a inspeção nacional é resultado de uma ação colaborativa que une o conhecimento e a especialidade da Psicologia ao fazer da Justiça:

“O Conselho Nacional de Justiça celebra um documento realizado com critério e que traz toda força e potencial das lentes especializadas sobre o que é cuidado em saúde mental. É preciso dizer: o conhecimento técnico e específico da Psicologia é absolutamente fundamental para que possamos, enquanto técnicos do Direito, aproximar o abstrato do concreto – trazer essa realidade em registro apoia o trabalho da Justiça para que efetivamente atue em uma perspectiva expressiva do que as pessoas precisam”, destacou o magistrado.

Dados da inspeção nacional

Para o levantamento, equipes de Conselhos de Psicologia de todo o país inspecionaram in loco um total de 42 instituições – incluindo as de caráter asilar, como Estabelecimentos de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (ECTPs), hospitais psiquiátricos, alas prisionais e comunidades terapêuticas –, além de serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que acolhem internos no processo de desinstitucionalização. As visitas ocorreram entre janeiro a março de 2025, em 21 unidades federativas, nas cinco regiões brasileiras.

A inspeção identificou 2.053 pessoas com deficiência psicossocial em conflito com a lei institucionalizadas em ECTPs e outros locais de características asilares – condição que viola as determinações da Lei 10.216/2001, conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica.

O relatório sistematiza 26 aspectos críticos relacionados à garantia de direitos e às condições de cuidado dessa população. Os dados revelam violências institucionais sistemáticas, como contenções físicas e químicas sem respaldo clínico, agressões físicas e verbais, isolamento punitivo, violação de vínculos familiares e ausência de canais de denúncia.

O documento também pontua que as instituições de características asilares contam com problemas como infraestrutura degradada, restrições severas à circulação, falta de acessibilidade e superlotação. O acesso à água potável e à alimentação é limitado e insalubre. Faltam itens básicos para a higiene pessoal e roupas de cama.

Os registros também apontam a inexistência ou descaracterização de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), além do isolamento institucional devido à falta de articulação com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e outras políticas públicas.

As vistorias identificam ainda diversas formas de precarização do trabalho, com equipes incompletas, vínculos instáveis, ausência de formação continuada e condições indignas.

“O que o levantamento realizado pelo Conselhos Federal de Psicologia identifica nessas instituições asilares é um contexto de violações sistemáticas e institucionalizadadas. São práticas que contrariam frontalmente a prescrição de cuidado e atenção à saúde que devem ser direcionadas à essa população, conforme o que estabelece a Lei 10.216/2001, Convenções Internacionais das quais o Brasil é signatário e uma série de dispositivos e normativas que orientam a política de saúde mental no país. Um cenário chocante e inadmissível, que reafirma a importância fundamental da Resolução 487/2023 do CNJ e a desinstitucionalização dessa população”, destaca a presidenta do CFP, Alessandra Almeida.

Desinstitucionalização de pacientes

Para além de apontar as graves violações presentes nos manicômios judiciários, a inspeção também revela que a desinstitucionalização de pacientes impulsionada pela Resolução CNJ 487/2023 já está em andamento.

Em ao menos 11 estados, instituições da RAPS ilustram o início das transformações fundamentais à desinstitucionalização, com boas práticas em andamento em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), Equipes de Avaliação e Acompanhamento de Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP-Desint), além Unidades Básicas de Saúde e de Hospital Geral.

“O documento mostra a força viva do movimento antimanicomial brasileiro, expresso em uma rede de atenção psicossocial dinâmica e capaz de se reinventar e de promover efetivamente o cuidado em liberdade. São dados que reforçam a missão da Psicologia brasileira na defesa do cuidado em liberdade e da proteção da dignidade de todas as pessoas”, ressaltou a conselheira Clarissa Guedes, que integrou a equipe de coordenação do relatório.

Dados serão levados a autoridades públicas

Os dados e informações coletados pela Inspeção Nacional serão formalmente levados a autoridades públicas a fim de subsidiar ações práticas relacionadas à política de cuidado em saúde mental no Brasil.

Reuniões e visitas técnicas já estão sendo articuladas com órgãos como Ministério da Saúde, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Defensoria Pública da União e Conselho Nacional de Saúde. Também haverá uma agenda de diálogos junto a ministros do Supremo Tribunal Federal para subsidiar a análise da Corte quanto a ação que trata da Política Antimanicomial brasileira.

Acesse o Relatório de Inspeção Nacional.

Acesse também a galeria de imagens do evento.

Cuidado em liberdade: CFP anuncia experiências selecionadas para a etapa nacional da I Mostra de Práticas Profissionais na RAPS

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O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nesta segunda-feira (28) os trabalhos selecionados nas fases regionais da I Mostra Nacional de Práticas Profissionais na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), iniciativa promovida por meio do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP).

Com o tema “A Psicologia na luta pelo cuidado em liberdade: ontem, hoje, sempre!”, a Mostra busca destacar e valorizar o trabalho da Psicologia na RAPS, evidenciando as práticas comprometidas com o cuidado em liberdade, a promoção dos direitos humanos e a escuta qualificada de pessoas em sofrimento psíquico ou com demandas relacionadas ao uso prejudicial de álcool e outras drogas.

Realizada entre novembro de 2024 e julho de 2025, a Mostra reuniu experiências de todo o país com foco na luta antimanicomial e na implementação de cuidados psicossociais em liberdade, em diferentes contextos.

Ao todo, 27 práticas foram selecionadas pelos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) para participar da etapa nacional, que ocorreu nos dias 24 e 25 de julho de 2025, na sede do CFP em Brasília (DF). A seleção foi feita por uma comissão julgadora, que analisou a relevância, a inovação e o impacto das ações apresentadas.

Por fim, serão selecionadas 7 práticas selecionadas para a etapa Nacional. Confira todas as práticas abaixo:

CRP 01 (DF): Companhia Atravessa a Porta: cuidado, criação artística e cultura antimanicomial
CRP 02 (PE): A psicologia como ‘máquina de guerra’: estratégias inventivas de produção de vida em um Centro de Atenção Psicossocial
CRP 03 (BA): Vivência na oficina Giro Cultural no CAPSad Gregório de Matos em Salvador-BA: potencialidade e desafios na garantia do Direito à Cidade
CRP 04 (MG): Liga dos Campeões InterCAPS: o futebol como instrumento do cuidado em liberdade
CRP 05 (RJ): A interseccionalidade como ferramenta prática para a Atenção Psicossocial: Breve relato sobre o Censo Psicossocial
CRP 06 (SP): Kilombinho: uma prática afrorreferenciada em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantojuvenil
CRP 07 (RS): Exposição ecos do inconsciente: diálogos entre arte e saúde mental
CRP 08 (PR): Desinstitucionalização e cuidado em liberdade: um relato de experiência sobre o atendimento de internos asilares do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico paranaense – o Complexo Médico Penal – realizado pela Defensoria Pública do Estado do Paraná
CRP 09 (GO): Um dia de lazer nas águas quentes! Aos usuários do CAPS de Cristalina (GO)
CRP 10 (PA): Caps fluvial de Abaetetuba: uma proposta de saúde mental no território das águas
CRP 10 (AP): Pedrinhas azuis: atendimento humanizado a crianças atípicas na Amazônia
CRP 11 (CE): Grupo de Gestão Autônoma da Medicação (GAM) em um CAPS Geral de Fortaleza – CE: fortalecendo o protagonismo dos usuários na produção de saúde e projetos de vida
CRP 12 (SC): A experiência de Enloucrescer e a atuação da Psicologia nas ações de reabilitação psicossocial em Blumenau (SC)
CRP 13 (PB): Grupo bem viver: experiência de cuidado em saúde mental com idosos no Cariri Paraibano
CRP 14 (MS): Saúde e Equidade: estratégias de assistência à saúde para populações vulneráveis em Ribas do Rio Pardo
CRP 15 (AL): Entre redes e territórios: A psicologia viva no cuidado psicossocial quilombola em Alagoas
CRP 16 (ES): Liberdade para Sentir: o impacto do “Clubinho das Emoções” no desenvolvimento infantil
CRP 17 (RN): Iluminarte: a arte que ilumina a vida, a vida que ilumina a arte!
CRP 18 (MT): O Papel da Responsabilidade Técnica na Implementação de Protocolos de Atendimentos Psicológicos Hospitalares
CRP 19 (SE): Da solidão à comunhão: um grupo de ouvidores em diálogo
CRP 20 (AM): A Psicologia na Central Integrada de Alternativas Penais do Amazonas (CIAPA): na promoção do acesso ao cuidado em liberdade
CRP 20 (RR): Grupo Conviver: Promoção De Saúde Mental Para Idosos
CRP 21 (PI): Tessitura de cuidados psicológicos perinatais a mulheres internadas em leitos de saúde mental de Hospital-Maternidade: entre itinerâncias, protocolos, desafios e articulações na RAPS
CRP 22 (MA): Do silêncio ao singular: caminhos da Psicologia no cuidado em liberdade e na luta antimanicomial
CRP 23 (TO): Fortalecimento da Política Antimanicomial no Poder Judiciário do Estado do Tocantins: um relato de extensão universitária
CRP 24 (RO): Hortoterapia No Caps I Em Colorado Do Oeste
CRP 24 (AC): Relato de experiência: atendimento psicológico à pacientes ribeirinhos usuários do serviço de saúde mental na cidade mais ocidental do Brasil.

Manifestações Artísticas

Além das experiências profissionais, a Mostra também contempla manifestações artístico-culturais produzidas por usuárias(os) da RAPS. Das 68 inscrições de todo o Brasil, foram pré-selecionadas 10 obras de arte, a partir dos seguintes critérios:

Criatividade e originalidade;
Adequação ao tema proposto;
Impacto visual e artístico;
Potencial de comunicação da mensagem proposta.

Os 3 primeiros lugares estamparão a publicação dos Anais e essa definição se dará por votação popular, disponível até o dia 3 de agosto de 2025, por meio de formulário online e voto único. A iniciativa reforça o protagonismo de quem vivencia o cuidado em liberdade e reconhece a arte como expressão de resistência, cuidado e transformação.

Vote aqui!

Próximos passos

A I Mostra Nacional de Práticas Profissionais na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) integra as ações do CFP em defesa da Reforma Psiquiátrica, da luta antimanicomial e da consolidação de uma Psicologia comprometida com os direitos das(os) usuárias(os) da saúde mental e com os princípios do cuidado em liberdade.

A cerimônia de premiação das práticas vencedoras ocorrerá durante o 23º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), no dia 5 de setembro de 2025, em Manaus (AM).

CFP prorroga inscrições para o Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) prorrogou até 1º de setembro de 2025 o prazo de inscrições para  a primeira edição do Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social. 

A premiação tem como objetivo reconhecer e valorizar profissionais da Psicologia que, por meio da avaliação psicológica, contribuem para a promoção da justiça social e para a transformação da realidade de populações socialmente minorizadas.

Podem participar profissionais registrados e adimplentes em seus respectivos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e que tenham desenvolvido trabalhos relacionados à prática psicológica, à pesquisa acadêmica ou ao desenvolvimento de ferramentas de avaliação psicológica no contexto da justiça social.

Os trabalhos submetidos devem abordar temas que articulem justiça social e avaliação psicológica em diferentes contextos, como direitos humanos e diversidade, saúde mental e políticas públicas, educação, inclusão social, populações em situação de conflito ou violação de direitos, justiça e sistema penal, esporte, entre outros.

Categorias

As inscrições podem ser feitas em uma das seguintes categorias:

Prática: relatos de experiências profissionais envolvendo práticas de atuação, ensino, extensão, entre outras, na área de avaliação psicológica e justiça social e/ou populações socialmente minorizadas;

Pesquisa: relatos de pesquisa empírica sobre avaliação psicológica, envolvendo construtos relacionados à justiça social e/ou populações socialmente minorizadas;

Testes Psicológicos: estudos psicométricos de instrumentos relacionados à justiça social.

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Julgadora composta por integrantes  ad hoc indicados pelo Plenário do CFP, formada por psicólogas e psicólogos.

Serviço

Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social
Inscrições prorrogadas até 1º de setembro de 2025.
Acesse o site do prêmio para realizar sua inscrição.

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12º Congresso Nacional da Psicologia conclui atividades e define o de  diretrizes de ação para o próximo triênio

O 12º Congresso Nacional da Psicologia (CNP) foi concluído neste domingo (6), em Brasília (DF), após quatro dias de debates e votações que definiram os rumos da Psicologia brasileira para o próximo triênio. 

Realizado desde 1994, o CNP é o principal espaço democrático e participativo da categoria, reunindo profissionais, estudantes e pessoas convidadas para deliberar as diretrizes que orientarão as gestões do Conselho Federal (CFP) e dos Conselhos Regionais (CRPs) de Psicologia (CRPs). Nesta edição, o CNP teve como tema “Psicologia e Democracia: a pluriversalidade do nosso fazer. Por uma Psicologia pluriversa e inclusiva”, reafirmando o compromisso da profissão com a promoção de direitos, a diversidade e a defesa da democracia.

Ao longo da etapa nacional, mais de 400 profissionais e estudantes de Psicologia eleitas(os) participaram das atividades, com base em propostas debatidas nas etapas preparatórias, os Pré-Congressos e Congressos Regionais da Psicologia (Coreps), realizados em todo o país. 

Do total de 235 propostas que chegaram ao 12º CNP, 187 foram aprovadas pelo pleno de pessoas delegadas, dialogando com os  três eixos temáticos do Congresso.

As propostas aprovadas irão compor o Caderno de Deliberações do 12º CNP, documento que servirá de base para a atuação institucional do CFP e dos CRPs entre 2025 e 2028.

“As atividades ao longo desses quatro dias concluem um processo amplo de escuta e diálogo da categoria, numa construção coletiva de diretrizes que irão orientar o fazer científico e profissional de mais de meio milhão de profissionais em todo o país. As mais de 180 propostas aprovadas refletem a diversidade de práticas e os desafios da Psicologia no seu exercício ético e profissional, e reforçam o papel fundamental da nossa ciência profissão”, pontuou Rodrigo Acioli, coordenador do 12º CNP.

Encaminhamentos

Além da aprovação de 187 diretrizes, a Plenária apreciou 24 moções apresentadas pelas(os) delegadas(os), reafirmando o compromisso da Psicologia com o cuidado à saúde integral e sua interface com pautas urgentes da sociedade.

As manifestações trouxeram à reflexão a importância da Psicologia em lutas como das pessoas LGBTQIA+, das pessoas com deficiência e das pessoas negras. Esses grupos trouxeram temas como visibilidade, direitos e representatividade, diversidade de corpos e territórios e a efetividade de políticas de inclusão nos processos participativos.

Eleições Sistema Conselhos de Psicologia

Como parte da programação do evento, na tarde de domingo (6) a Comissão Eleitoral Especial (CEE) apresentou as chapas homologadas para o pleito que ocorre de 23 a 27 de agosto deste ano. 

O regimento eleitoral prevê que cada chapa homologada para a Consulta Nacional e para os Conselhos Regionais tenham espaço de divulgação de suas propostas, no período entre 7 de julho e 22 de agosto, como mecanismo de transparência e fortalecimento do processo democrático. 

As atividades do 12º CNP foram transmitidas ao vivo pelo canal do CFP no YouTube. As sessões estão disponíveis para quem quiser rever os debates e decisões que marcaram essa importante etapa da história da Psicologia brasileira.

Confira a galeria de imagens do 12º CNP.

Conheça as chapas que concorrem à Consulta Nacional para o CFP e às eleições dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) no site eleicoespsicologia.org.br.

Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia reforça atuação integrada e democrática

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) sediou, no dia 6 de junho, o 2º Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia. O evento reuniu representantes das Ouvidorias dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) de todo o país com o objetivo de ampliar a troca de experiências, consolidar boas práticas e fortalecer a atuação conjunta desses espaços fundamentais para o diálogo com a categoria e com a sociedade.

A proposta do encontro foi criar um espaço de construção coletiva, com foco na definição de temas prioritários que orientarão as atividades de um grupo de trabalho específico ao longo do ano.

Entre os objetivos centrais está a elaboração de um manual de padronização de atendimento que irá subsidiar a atuação das Ouvidorias no Sistema Conselhos, promovendo mais eficiência, transparência e uniformidade nas respostas às demandas recebidas.

O conselheiro-presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou a importância do sistema integrado de ouvidorias. “Muito importante esse momento. Somos uma profissão que se constrói a partir da noção de escuta. Vocês engrandecem a Psicologia brasileira estando nesse lugar”, afirmou.

“O encontro é mais uma etapa de fortalecimento das Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia”, aponta o conselheiro do CFP responsável pela área de Ouvidoria, Roberto Chateaubriand.

Segundo o conselheiro federal, um dos principais desafios é adaptar as concepções tradicionais de ouvidoria no país à realidade específica do Sistema Conselhos, distinguindo o que se refere ao atendimento geral e o que é, de fato, atribuição da Ouvidoria.

A supervisora da Ouvidoria do CFP, Ana Clara de Medeiros, também destacou o papel estratégico das Ouvidorias na melhoria dos serviços oferecidos. “Podemos pensar juntos aqui sobre como aprimorar fluxos e melhorar, assim, a percepção do público externo sobre o atendimento de todo o Sistema”.

O encontro contou ainda com debates e abordou temas como padronização de formulários, fluxos de demandas que chegam pelas ouvidorias e o uso do Sistema de Gestão Cadastral, Financeiro, Processos e Fiscalização (BRC) nas práticas do Sistema Conselhos.

A realização do 2º Encontro de Ouvidorias reforça o compromisso do CFP com a construção de uma Psicologia ética, participativa e atenta às demandas da categoria e da população.

CFP publica relatório final da III Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS  

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (CONPAS), publicou nesta segunda-feira (26) o relatório final da III Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Realizada nas cinco regiões brasileiras entre junho e julho de 2024,  as etapas  promoveram debates sobre  experiências, saberes e práticas da Psicologia na efetivação dos direitos socioassistenciais, em diálogo com a realidade dos territórios.

Ao todo, 175 trabalhos foram apresentados por profissionais, estudantes, docentes e pesquisadoras(es) de Psicologia, além de outras(os) trabalhadoras(es) das políticas públicas que atuam de forma intersetorial no SUAS. A Mostra contou com a participação de 544 pessoas nas etapas regionais, que ocorreram em Aracaju/SE (Região Nordeste), Campo Grande/MS (Região Centro-Oeste), Porto Alegre/RS (Região Sul), Manaus/AM (Região Norte) e São Paulo/SP (Região Sudeste).

Com o tema geral “SUAS: O trabalho da Psicologia na efetivação dos direitos socioassistenciais”, a III Mostra promoveu o debate a partir de cinco eixos: intersetorialidade na construção da proteção social; implicações dos direitos humanos no trabalho da Psicologia; interseccionalidade como instrumento de enfrentamento da fome e das violências; atuação nos territórios amazônicos; e participação social como dimensão ética, técnica e política da profissão.

Ao longo dos diálogos, cada etapa apresentou  elementos que convergem com a perspectiva de uma atuação profissional pautada no compromisso e responsabilidade social da Psicologia no SUAS, com todas as formas de ser e estar no mundo, considerando a necessidade de respeitar as diversidades sociais. 

“A Mostra é um espaço de resistência e articulação coletiva, onde se reafirma o compromisso da Psicologia com os direitos humanos e com o fortalecimento do SUAS”, ressalta a conselheira federal e coordenadora da CONPAS/CFP, Neuza Guareschi.

Demandas e desafios regionais

As  etapas regionais evidenciaram especificidades locais ao promoverem discussões que permearam o campo da atuação prática nos diversos contextos em que a Psicologia está inserida no SUAS, demonstrando a relevância e a força da categoria em todo o território nacional.

Realizada em Aracaju, a etapa Nordeste abriu a III Mostra com foco na intersetorialidade e interseccionalidade na proteção social. Contou com 116 participantes e 54 trabalhos apresentados. Debates e rodas de conversa abordaram o papel da Psicologia no SUAS, controle social e precarização do trabalho. As atividades reforçaram ainda a importância da formação e mobilização da categoria na região.

Com 88 participantes e 24 trabalhos, a etapa Centro-Oeste destacou a diversidade territorial e os desafios da atuação em contextos rurais, urbanos e originários. A programação debateu também direitos humanos e saúde das(os) trabalhadoras(es) do SUAS, com  foco na precarização, no enfrentamento ao assédio moral e na necessidade de articulação com gestões municipais. 

A etapa Sul contou com 109 participantes e 44 trabalhos apresentados. Realizada em contexto de desastre climático no Rio Grande do Sul, teve como tema a interseccionalidade no enfrentamento da fome e das violências. Discussões abordaram emergências, segurança alimentar e saúde das(os) trabalhadoras(es). A programação incluiu minicursos, fóruns e rodas de conversa, com ampla articulação interinstitucional.

Em Manaus, a etapa Norte reuniu 55 participantes e  11 trabalhos apresentados. Os debates refletiram as especificidades da região amazônica, com foco em políticas públicas e direitos humanos nos territórios. Foram discutidas precarização do trabalho, resistência nos territórios e fortalecimento dos fóruns. A programação valorizou saberes locais e práticas coletivas diante dos desafios regionais.

Já a etapa Sudeste teve 176 participantes e 42 trabalhos apresentados. O evento destacou a participação social como eixo ético e político da Psicologia no SUAS. Discussões trataram de assédio moral, controle social, proteção à infância e violação de direitos. A etapa foi encerrada com uma carta de compromisso em defesa do SUAS e das(os) trabalhadoras(es).

Fórum de Trabalhadoras(es) e compromissos coletivos

Assim como nas edições anteriores, a III Mostra promoveu momentos dedicados à organização das(os) trabalhadoras(es) do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), por meio de rodas de conversa e do Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do SUAS (FNTSUAS). As discussões abordaram condições de trabalho, assédio moral, falta de estrutura e reconhecimento profissional, além da necessidade de fortalecer os fóruns e sindicatos como espaços legítimos de mobilização.

Confira o relatório final da III Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS.

 

Lançamento: CFP destaca orientações à categoria para a atuação profissional junto à pessoa surda 

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza no dia 14 de maio, às 17h30, um diálogo digital para lançar a Resolução CFP nº 09/2025, que orienta psicólogas e psicólogos de todo o país para o atendimento junto à comunidade surda. O evento marca um importante avanço dessa ciência e profissão na luta pela promoção dos direitos das pessoas surdas e pela construção de uma Psicologia cada vez mais acessível, inclusiva e comprometida com a equidade.

Durante o diálogo, será apresentada também, como parte dos esforços do Sistema Conselhos de Psicologia nesse campo, uma Nota Técnica que abarca a mesma temática, com base no modelo social da deficiência, no respeito à autonomia das pessoas e na promoção da acessibilidade.

Os documentos foram produzidos pelo Grupo de Trabalho Referências Técnicas e Éticas: Atendimento à População Surda no Âmbito da Saúde, da Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) e representam um marco histórico para a categoria profissional e para a sociedade, ao reafirmar o compromisso da Psicologia brasileira com a inclusão e a luta anticapacitista. 

A iniciativa também se alinha às diretrizes da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a LBI (Lei nº 13.146/2015), ao ampliar o debate sobre acessibilidade nos serviços de saúde e fortalecer a atuação ética e socialmente referenciada da Psicologia.

A live reunirá especialistas e representantes do Sistema Conselhos e que integram o Grupo de Trabalho responsável pela elaboração dos materiais, como a conselheira federal Rosana Figueiredo (CRP 22/0688); a conselheira do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP), Ana Tereza da Silva Marques (CRP 06/141032); a tesoureira do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-RS), Maria Luiza Diello (CRP 07/08488). Participa também do debate o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho (CRP 05/26077).

Saiba mais

A Resolução CFP nº 9/2025 estabelece diretrizes para a prestação de serviços psicológicos às pessoas surdas. A normativa reconhece a pluriversidade identitária, linguística e cultural da comunidade surda e define parâmetros para que a atuação de psicólogas e psicólogos esteja alinhada à acessibilidade e à promoção da equidade no cuidado em saúde mental.

Entre os principais pontos da nova Resolução estão o respeito à autonomia e ao protagonismo das pessoas surdas; a valorização das diversas formas de comunicação utilizadas pela comunidade surda; a obrigatoriedade de garantir acessibilidade comunicacional, tecnológica, física e atitudinal; e a necessidade de formação e aprimoramento contínuo de profissionais para atuação com essa população.

A normativa reforça ainda que a prestação de serviços psicológicos deve ser feita, preferencialmente, por profissionais proficientes em Libras, ou com o apoio de intérpretes escolhidos pela própria pessoa surda, sempre assegurando sua autonomia no processo de cuidado.

A Nota Técnica complementa a Resolução CFP nº 09/2025 ao destacar a importância de considerar a pluriversidade, a interseccionalidade e a sensibilidade cultural no atendimento, além de combater o capacitismo e o ouvintismo estrutural (discriminação e preconceito contra pessoas surdas, com base no padrão da capacidade de ouvir), conforme determinado pela LBI.  

Também é reforçado pela nota o uso de tecnologias assistivas, a integração de intérpretes com respeito ao sigilo, a inclusão de familiares no processo terapêutico e a adaptação de instrumentos psicológicos. 

Serviço  

Lançamento de Resolução e Nota Técnica para atendimento psicológico junto às pessoas surdas 

Data: 14/05/2025
Horário: 17h30
Transmissão ao vivo pelo canal do CFP no YouTube

Comissões de Avaliação Psicológica do Sistema Conselhos de Psicologia se reúnem em Brasília para debater desafios na área

Representantes das Comissões de Avaliação Psicológica dos Conselhos de Psicologia de todo o país realizaram em Brasília/DF, nos dias 28 e 29 de março,  um encontro que debateu os avanços e desafios na área, destacando os diferentes contextos de atuação e a atualização de normas técnicas.

Pela primeira vez, profissionais da Avaliação Psicológica de todo o Sistema Conselhos de Psicologia se reuniram para trocar experiências e identificar os entraves da temática  com o propósito de projetar ações para o futuro da profissão.

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho, reforçou durante a solenidade de abertura a necessidade de fortalecer a atuação das  comissões de avaliação psicológica em todo o território nacional. Para ele, iniciativas como o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) e as Comissões Consultivas em Avaliação Psicológica (CCAP) contribuíram para moldar o fazer da profissão no campo da Avaliação Psicológica no país. “São esses encontros que concretizam isso que nós temos tanto orgulho de mencionar, que trabalhamos em um Sistema Conselhos de Psicologia”, afirmou Bicalho.

Evandro Peixoto, conselheiro federal e coordenador da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP/CFP), observou  a diversidade de representações e a abrangência das diferentes áreas da Psicologia em torno da temática. Destacou ainda  a presença e a importância da avaliação psicológica em diversos contextos, como educação, trânsito, esporte e escolas. “Não há possibilidade de se sentir como um peixe fora d’água quando a gente fala de Avaliação Psicológica, porque justamente essa área tem esse espectro de horizontalidade”, pontuou o coordenador da CCAP. 

Diálogos

A programação do encontro teve início com uma mesa redonda sobre o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi), que explorou os desafios e avanços da área, bem como os procedimentos desse sistema. Ao longo do encontro, também foram discutidos tópicos como a avaliação psicológica em concurso público, a aplicação da avaliação para o manuseio de armas de fogo e a perícia psicológica no contexto do tráfego, com ênfase na segurança e na saúde mental. 

Juliana de Barros Guimarães, conselheira do CFP e especialista em perícia psicológica no trânsito, abordou as práticas de avaliação nesse contexto, considerando ainda  os impactos das decisões baseadas em avaliação psicológica para a segurança viária. 

Entre as(os) especialistas, também esteve presente Cristiane de Moura Faiad, que apresentou temas sobre avaliação psicológica em concurso público e para manuseio de arma de fogo, ao discutir aspectos técnicos e éticos nessas avaliações.

Durante os dois dias de atividades, as(os) participantes acessaram documentos de referência sobre as ações da CCAP, como a elaboração de pareceres, a atualização de documentos técnicos e normativos do CFP, a orientação para a categoria e para a sociedade sobre as normas relativas à avaliação psicológica, além de orientações jurídicas, por meio da Gerência Jurídica do CFP.

Comissão de Avaliação Psicológica (CCAP)

A realização desse encontro integra as ações planejadas da CCAP/CFP, como eventos de orientação para os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) sobre as demandas da avaliação psicológica e demonstra o compromisso contínuo da CCAP com a atualização da profissão, com a inclusão social e com o aprimoramento das práticas de avaliação psicológica em contextos diversos.

A CCAP/CFP desempenha um papel central na regulamentação da avaliação psicológica em diversas áreas, como concursos públicos, segurança e processos judiciais. Atualiza constantemente, ainda, os instrumentos e normativas no campo, garantindo que a profissão se adapte às necessidades atuais e aos avanços das pesquisas científicas.

Saiba mais sobre as ações da CCAP/CFP e o Satepsi em satepsi.cfp.org.br.

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