CFP prorroga inscrições para o Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) prorrogou até 1º de setembro de 2025 o prazo de inscrições para  a primeira edição do Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social. 

A premiação tem como objetivo reconhecer e valorizar profissionais da Psicologia que, por meio da avaliação psicológica, contribuem para a promoção da justiça social e para a transformação da realidade de populações socialmente minorizadas.

Podem participar profissionais registrados e adimplentes em seus respectivos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e que tenham desenvolvido trabalhos relacionados à prática psicológica, à pesquisa acadêmica ou ao desenvolvimento de ferramentas de avaliação psicológica no contexto da justiça social.

Os trabalhos submetidos devem abordar temas que articulem justiça social e avaliação psicológica em diferentes contextos, como direitos humanos e diversidade, saúde mental e políticas públicas, educação, inclusão social, populações em situação de conflito ou violação de direitos, justiça e sistema penal, esporte, entre outros.

Categorias

As inscrições podem ser feitas em uma das seguintes categorias:

Prática: relatos de experiências profissionais envolvendo práticas de atuação, ensino, extensão, entre outras, na área de avaliação psicológica e justiça social e/ou populações socialmente minorizadas;

Pesquisa: relatos de pesquisa empírica sobre avaliação psicológica, envolvendo construtos relacionados à justiça social e/ou populações socialmente minorizadas;

Testes Psicológicos: estudos psicométricos de instrumentos relacionados à justiça social.

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Julgadora composta por integrantes  ad hoc indicados pelo Plenário do CFP, formada por psicólogas e psicólogos.

Serviço

Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social
Inscrições prorrogadas até 1º de setembro de 2025.
Acesse o site do prêmio para realizar sua inscrição.

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12º Congresso Nacional da Psicologia conclui atividades e define o de  diretrizes de ação para o próximo triênio

O 12º Congresso Nacional da Psicologia (CNP) foi concluído neste domingo (6), em Brasília (DF), após quatro dias de debates e votações que definiram os rumos da Psicologia brasileira para o próximo triênio. 

Realizado desde 1994, o CNP é o principal espaço democrático e participativo da categoria, reunindo profissionais, estudantes e pessoas convidadas para deliberar as diretrizes que orientarão as gestões do Conselho Federal (CFP) e dos Conselhos Regionais (CRPs) de Psicologia (CRPs). Nesta edição, o CNP teve como tema “Psicologia e Democracia: a pluriversalidade do nosso fazer. Por uma Psicologia pluriversa e inclusiva”, reafirmando o compromisso da profissão com a promoção de direitos, a diversidade e a defesa da democracia.

Ao longo da etapa nacional, mais de 400 profissionais e estudantes de Psicologia eleitas(os) participaram das atividades, com base em propostas debatidas nas etapas preparatórias, os Pré-Congressos e Congressos Regionais da Psicologia (Coreps), realizados em todo o país. 

Do total de 235 propostas que chegaram ao 12º CNP, 187 foram aprovadas pelo pleno de pessoas delegadas, dialogando com os  três eixos temáticos do Congresso.

As propostas aprovadas irão compor o Caderno de Deliberações do 12º CNP, documento que servirá de base para a atuação institucional do CFP e dos CRPs entre 2025 e 2028.

“As atividades ao longo desses quatro dias concluem um processo amplo de escuta e diálogo da categoria, numa construção coletiva de diretrizes que irão orientar o fazer científico e profissional de mais de meio milhão de profissionais em todo o país. As mais de 180 propostas aprovadas refletem a diversidade de práticas e os desafios da Psicologia no seu exercício ético e profissional, e reforçam o papel fundamental da nossa ciência profissão”, pontuou Rodrigo Acioli, coordenador do 12º CNP.

Encaminhamentos

Além da aprovação de 187 diretrizes, a Plenária apreciou 24 moções apresentadas pelas(os) delegadas(os), reafirmando o compromisso da Psicologia com o cuidado à saúde integral e sua interface com pautas urgentes da sociedade.

As manifestações trouxeram à reflexão a importância da Psicologia em lutas como das pessoas LGBTQIA+, das pessoas com deficiência e das pessoas negras. Esses grupos trouxeram temas como visibilidade, direitos e representatividade, diversidade de corpos e territórios e a efetividade de políticas de inclusão nos processos participativos.

Eleições Sistema Conselhos de Psicologia

Como parte da programação do evento, na tarde de domingo (6) a Comissão Eleitoral Especial (CEE) apresentou as chapas homologadas para o pleito que ocorre de 23 a 27 de agosto deste ano. 

O regimento eleitoral prevê que cada chapa homologada para a Consulta Nacional e para os Conselhos Regionais tenham espaço de divulgação de suas propostas, no período entre 7 de julho e 22 de agosto, como mecanismo de transparência e fortalecimento do processo democrático. 

As atividades do 12º CNP foram transmitidas ao vivo pelo canal do CFP no YouTube. As sessões estão disponíveis para quem quiser rever os debates e decisões que marcaram essa importante etapa da história da Psicologia brasileira.

Confira a galeria de imagens do 12º CNP.

Conheça as chapas que concorrem à Consulta Nacional para o CFP e às eleições dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) no site eleicoespsicologia.org.br.

Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia reforça atuação integrada e democrática

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) sediou, no dia 6 de junho, o 2º Encontro de Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia. O evento reuniu representantes das Ouvidorias dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) de todo o país com o objetivo de ampliar a troca de experiências, consolidar boas práticas e fortalecer a atuação conjunta desses espaços fundamentais para o diálogo com a categoria e com a sociedade.

A proposta do encontro foi criar um espaço de construção coletiva, com foco na definição de temas prioritários que orientarão as atividades de um grupo de trabalho específico ao longo do ano.

Entre os objetivos centrais está a elaboração de um manual de padronização de atendimento que irá subsidiar a atuação das Ouvidorias no Sistema Conselhos, promovendo mais eficiência, transparência e uniformidade nas respostas às demandas recebidas.

O conselheiro-presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou a importância do sistema integrado de ouvidorias. “Muito importante esse momento. Somos uma profissão que se constrói a partir da noção de escuta. Vocês engrandecem a Psicologia brasileira estando nesse lugar”, afirmou.

“O encontro é mais uma etapa de fortalecimento das Ouvidorias do Sistema Conselhos de Psicologia”, aponta o conselheiro do CFP responsável pela área de Ouvidoria, Roberto Chateaubriand.

Segundo o conselheiro federal, um dos principais desafios é adaptar as concepções tradicionais de ouvidoria no país à realidade específica do Sistema Conselhos, distinguindo o que se refere ao atendimento geral e o que é, de fato, atribuição da Ouvidoria.

A supervisora da Ouvidoria do CFP, Ana Clara de Medeiros, também destacou o papel estratégico das Ouvidorias na melhoria dos serviços oferecidos. “Podemos pensar juntos aqui sobre como aprimorar fluxos e melhorar, assim, a percepção do público externo sobre o atendimento de todo o Sistema”.

O encontro contou ainda com debates e abordou temas como padronização de formulários, fluxos de demandas que chegam pelas ouvidorias e o uso do Sistema de Gestão Cadastral, Financeiro, Processos e Fiscalização (BRC) nas práticas do Sistema Conselhos.

A realização do 2º Encontro de Ouvidorias reforça o compromisso do CFP com a construção de uma Psicologia ética, participativa e atenta às demandas da categoria e da população.

CFP publica relatório final da III Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS  

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (CONPAS), publicou nesta segunda-feira (26) o relatório final da III Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Realizada nas cinco regiões brasileiras entre junho e julho de 2024,  as etapas  promoveram debates sobre  experiências, saberes e práticas da Psicologia na efetivação dos direitos socioassistenciais, em diálogo com a realidade dos territórios.

Ao todo, 175 trabalhos foram apresentados por profissionais, estudantes, docentes e pesquisadoras(es) de Psicologia, além de outras(os) trabalhadoras(es) das políticas públicas que atuam de forma intersetorial no SUAS. A Mostra contou com a participação de 544 pessoas nas etapas regionais, que ocorreram em Aracaju/SE (Região Nordeste), Campo Grande/MS (Região Centro-Oeste), Porto Alegre/RS (Região Sul), Manaus/AM (Região Norte) e São Paulo/SP (Região Sudeste).

Com o tema geral “SUAS: O trabalho da Psicologia na efetivação dos direitos socioassistenciais”, a III Mostra promoveu o debate a partir de cinco eixos: intersetorialidade na construção da proteção social; implicações dos direitos humanos no trabalho da Psicologia; interseccionalidade como instrumento de enfrentamento da fome e das violências; atuação nos territórios amazônicos; e participação social como dimensão ética, técnica e política da profissão.

Ao longo dos diálogos, cada etapa apresentou  elementos que convergem com a perspectiva de uma atuação profissional pautada no compromisso e responsabilidade social da Psicologia no SUAS, com todas as formas de ser e estar no mundo, considerando a necessidade de respeitar as diversidades sociais. 

“A Mostra é um espaço de resistência e articulação coletiva, onde se reafirma o compromisso da Psicologia com os direitos humanos e com o fortalecimento do SUAS”, ressalta a conselheira federal e coordenadora da CONPAS/CFP, Neuza Guareschi.

Demandas e desafios regionais

As  etapas regionais evidenciaram especificidades locais ao promoverem discussões que permearam o campo da atuação prática nos diversos contextos em que a Psicologia está inserida no SUAS, demonstrando a relevância e a força da categoria em todo o território nacional.

Realizada em Aracaju, a etapa Nordeste abriu a III Mostra com foco na intersetorialidade e interseccionalidade na proteção social. Contou com 116 participantes e 54 trabalhos apresentados. Debates e rodas de conversa abordaram o papel da Psicologia no SUAS, controle social e precarização do trabalho. As atividades reforçaram ainda a importância da formação e mobilização da categoria na região.

Com 88 participantes e 24 trabalhos, a etapa Centro-Oeste destacou a diversidade territorial e os desafios da atuação em contextos rurais, urbanos e originários. A programação debateu também direitos humanos e saúde das(os) trabalhadoras(es) do SUAS, com  foco na precarização, no enfrentamento ao assédio moral e na necessidade de articulação com gestões municipais. 

A etapa Sul contou com 109 participantes e 44 trabalhos apresentados. Realizada em contexto de desastre climático no Rio Grande do Sul, teve como tema a interseccionalidade no enfrentamento da fome e das violências. Discussões abordaram emergências, segurança alimentar e saúde das(os) trabalhadoras(es). A programação incluiu minicursos, fóruns e rodas de conversa, com ampla articulação interinstitucional.

Em Manaus, a etapa Norte reuniu 55 participantes e  11 trabalhos apresentados. Os debates refletiram as especificidades da região amazônica, com foco em políticas públicas e direitos humanos nos territórios. Foram discutidas precarização do trabalho, resistência nos territórios e fortalecimento dos fóruns. A programação valorizou saberes locais e práticas coletivas diante dos desafios regionais.

Já a etapa Sudeste teve 176 participantes e 42 trabalhos apresentados. O evento destacou a participação social como eixo ético e político da Psicologia no SUAS. Discussões trataram de assédio moral, controle social, proteção à infância e violação de direitos. A etapa foi encerrada com uma carta de compromisso em defesa do SUAS e das(os) trabalhadoras(es).

Fórum de Trabalhadoras(es) e compromissos coletivos

Assim como nas edições anteriores, a III Mostra promoveu momentos dedicados à organização das(os) trabalhadoras(es) do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), por meio de rodas de conversa e do Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do SUAS (FNTSUAS). As discussões abordaram condições de trabalho, assédio moral, falta de estrutura e reconhecimento profissional, além da necessidade de fortalecer os fóruns e sindicatos como espaços legítimos de mobilização.

Confira o relatório final da III Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no SUAS.

 

Lançamento: CFP destaca orientações à categoria para a atuação profissional junto à pessoa surda 

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza no dia 14 de maio, às 17h30, um diálogo digital para lançar a Resolução CFP nº 09/2025, que orienta psicólogas e psicólogos de todo o país para o atendimento junto à comunidade surda. O evento marca um importante avanço dessa ciência e profissão na luta pela promoção dos direitos das pessoas surdas e pela construção de uma Psicologia cada vez mais acessível, inclusiva e comprometida com a equidade.

Durante o diálogo, será apresentada também, como parte dos esforços do Sistema Conselhos de Psicologia nesse campo, uma Nota Técnica que abarca a mesma temática, com base no modelo social da deficiência, no respeito à autonomia das pessoas e na promoção da acessibilidade.

Os documentos foram produzidos pelo Grupo de Trabalho Referências Técnicas e Éticas: Atendimento à População Surda no Âmbito da Saúde, da Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) e representam um marco histórico para a categoria profissional e para a sociedade, ao reafirmar o compromisso da Psicologia brasileira com a inclusão e a luta anticapacitista. 

A iniciativa também se alinha às diretrizes da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a LBI (Lei nº 13.146/2015), ao ampliar o debate sobre acessibilidade nos serviços de saúde e fortalecer a atuação ética e socialmente referenciada da Psicologia.

A live reunirá especialistas e representantes do Sistema Conselhos e que integram o Grupo de Trabalho responsável pela elaboração dos materiais, como a conselheira federal Rosana Figueiredo (CRP 22/0688); a conselheira do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP), Ana Tereza da Silva Marques (CRP 06/141032); a tesoureira do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-RS), Maria Luiza Diello (CRP 07/08488). Participa também do debate o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho (CRP 05/26077).

Saiba mais

A Resolução CFP nº 9/2025 estabelece diretrizes para a prestação de serviços psicológicos às pessoas surdas. A normativa reconhece a pluriversidade identitária, linguística e cultural da comunidade surda e define parâmetros para que a atuação de psicólogas e psicólogos esteja alinhada à acessibilidade e à promoção da equidade no cuidado em saúde mental.

Entre os principais pontos da nova Resolução estão o respeito à autonomia e ao protagonismo das pessoas surdas; a valorização das diversas formas de comunicação utilizadas pela comunidade surda; a obrigatoriedade de garantir acessibilidade comunicacional, tecnológica, física e atitudinal; e a necessidade de formação e aprimoramento contínuo de profissionais para atuação com essa população.

A normativa reforça ainda que a prestação de serviços psicológicos deve ser feita, preferencialmente, por profissionais proficientes em Libras, ou com o apoio de intérpretes escolhidos pela própria pessoa surda, sempre assegurando sua autonomia no processo de cuidado.

A Nota Técnica complementa a Resolução CFP nº 09/2025 ao destacar a importância de considerar a pluriversidade, a interseccionalidade e a sensibilidade cultural no atendimento, além de combater o capacitismo e o ouvintismo estrutural (discriminação e preconceito contra pessoas surdas, com base no padrão da capacidade de ouvir), conforme determinado pela LBI.  

Também é reforçado pela nota o uso de tecnologias assistivas, a integração de intérpretes com respeito ao sigilo, a inclusão de familiares no processo terapêutico e a adaptação de instrumentos psicológicos. 

Serviço  

Lançamento de Resolução e Nota Técnica para atendimento psicológico junto às pessoas surdas 

Data: 14/05/2025
Horário: 17h30
Transmissão ao vivo pelo canal do CFP no YouTube

Comissões de Avaliação Psicológica do Sistema Conselhos de Psicologia se reúnem em Brasília para debater desafios na área

Representantes das Comissões de Avaliação Psicológica dos Conselhos de Psicologia de todo o país realizaram em Brasília/DF, nos dias 28 e 29 de março,  um encontro que debateu os avanços e desafios na área, destacando os diferentes contextos de atuação e a atualização de normas técnicas.

Pela primeira vez, profissionais da Avaliação Psicológica de todo o Sistema Conselhos de Psicologia se reuniram para trocar experiências e identificar os entraves da temática  com o propósito de projetar ações para o futuro da profissão.

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho, reforçou durante a solenidade de abertura a necessidade de fortalecer a atuação das  comissões de avaliação psicológica em todo o território nacional. Para ele, iniciativas como o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) e as Comissões Consultivas em Avaliação Psicológica (CCAP) contribuíram para moldar o fazer da profissão no campo da Avaliação Psicológica no país. “São esses encontros que concretizam isso que nós temos tanto orgulho de mencionar, que trabalhamos em um Sistema Conselhos de Psicologia”, afirmou Bicalho.

Evandro Peixoto, conselheiro federal e coordenador da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP/CFP), observou  a diversidade de representações e a abrangência das diferentes áreas da Psicologia em torno da temática. Destacou ainda  a presença e a importância da avaliação psicológica em diversos contextos, como educação, trânsito, esporte e escolas. “Não há possibilidade de se sentir como um peixe fora d’água quando a gente fala de Avaliação Psicológica, porque justamente essa área tem esse espectro de horizontalidade”, pontuou o coordenador da CCAP. 

Diálogos

A programação do encontro teve início com uma mesa redonda sobre o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi), que explorou os desafios e avanços da área, bem como os procedimentos desse sistema. Ao longo do encontro, também foram discutidos tópicos como a avaliação psicológica em concurso público, a aplicação da avaliação para o manuseio de armas de fogo e a perícia psicológica no contexto do tráfego, com ênfase na segurança e na saúde mental. 

Juliana de Barros Guimarães, conselheira do CFP e especialista em perícia psicológica no trânsito, abordou as práticas de avaliação nesse contexto, considerando ainda  os impactos das decisões baseadas em avaliação psicológica para a segurança viária. 

Entre as(os) especialistas, também esteve presente Cristiane de Moura Faiad, que apresentou temas sobre avaliação psicológica em concurso público e para manuseio de arma de fogo, ao discutir aspectos técnicos e éticos nessas avaliações.

Durante os dois dias de atividades, as(os) participantes acessaram documentos de referência sobre as ações da CCAP, como a elaboração de pareceres, a atualização de documentos técnicos e normativos do CFP, a orientação para a categoria e para a sociedade sobre as normas relativas à avaliação psicológica, além de orientações jurídicas, por meio da Gerência Jurídica do CFP.

Comissão de Avaliação Psicológica (CCAP)

A realização desse encontro integra as ações planejadas da CCAP/CFP, como eventos de orientação para os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) sobre as demandas da avaliação psicológica e demonstra o compromisso contínuo da CCAP com a atualização da profissão, com a inclusão social e com o aprimoramento das práticas de avaliação psicológica em contextos diversos.

A CCAP/CFP desempenha um papel central na regulamentação da avaliação psicológica em diversas áreas, como concursos públicos, segurança e processos judiciais. Atualiza constantemente, ainda, os instrumentos e normativas no campo, garantindo que a profissão se adapte às necessidades atuais e aos avanços das pesquisas científicas.

Saiba mais sobre as ações da CCAP/CFP e o Satepsi em satepsi.cfp.org.br.

Acesse a galeria de imagens do evento.

Participe da I Mostra Nacional de Práticas Profissionais da RAPS

Inscreva seu relato de experiência, até 2 de maio, na I Mostra Nacional de Práticas Profissionais da RAPS. A iniciativa busca reconhecer práticas inovadoras que impactam os serviços e políticas de saúde mental, dando visibilidade ao trabalho das(os) profissionais que atuam nesses serviços.

A Mostra integra um conjunto de ações voltadas a fortalecer a atuação de profissionais da Psicologia nos serviços de saúde mental. A iniciativa também inclui um levantamento sobre os principais desafios para a efetivação do cuidado em liberdade, identificados por profissionais que atuam na RAPS.

As sete práticas vencedoras na categoria Relato de Experiência serão premiadas com R$ 2 mil cada. As três melhores Manifestações artísticas votadas receberão prêmios em dinheiro, com valores de R$ 500 até R$ 2 mil. O prazo para participar dessa modalidade vai até 27 de junho e é de responsabilidade dos respectivos Conselhos Regionais de Psicologia.

As práticas profissionais serão avaliadas em etapas regionais, realizadas pelos Conselhos Regionais em cada estado, com o apoio da Rede Crepop. As melhores práticas serão selecionadas para a Etapa Nacional, que acontecerá em Brasília/DF. A cerimônia de premiação dos trabalhos vencedores está prevista para o dia 5 de setembro de 2025, durante o 23o Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), em Manaus (AM).

Acesse o edital, confira a retificação do edital e participe.

CFP lança orientações à categoria  para a atuação profissional junto a  pessoas com deficiência

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza na próxima quarta-feira (23), a partir das 17h, uma live para marcar o lançamento de uma nova Resolução CFP n. 7/2025 que estabelece normas para o exercício profissional de psicólogas e psicólogos junto às pessoas com deficiência e para o enfrentamento ao capacitismo. 

Durante o diálogo, será apresentada também uma Nota Técnica CFP n. 12/2025 que abarca a mesma temática. As publicações reúnem diretrizes e subsídios para a atuação da Psicologia no campo da acessibilidade e da garantia de direitos.

O diálogo digital contará com a participação de representantes do Sistema Conselhos de Psicologia, profissionais da área e convidadas(os) com atuação no campo dos direitos das pessoas com deficiência. 

Na ocasião, o CFP será representado pelo presidente Pedro Paulo Bicalho (CRP 05/26077) e a conselheira federal Rosana Éleres Figueiredo (CRP 22/0688), que fará a mediação do debate. Também integram o diálogo  as psicólogas Marivete Gesser (CRP 12/01621) e Edireusa Fernandes Silva (CRP16/3016). Os documentos foram construídos pelo Grupo de Trabalho “Orientação: Atuação junto à Pessoa com Deficiência’ (GT) da Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), composto pelo CFP e pelos Conselhos Regionais de Psicologia das regiões 01, 11, 12, 16, 17, 20 e 23. 

O GT foi criado em 2021 com o objetivo de propor uma resolução para o enfrentamento ao capacitismo e elaborar material técnico de orientação a psicólogas e psicólogos de todo o país. As publicações reforçam o posicionamento do CFP na defesa dos direitos humanos e da equidade nas práticas profissionais.

A Resolução estabelece princípios e deveres para a atuação de psicólogas e psicólogos junto às pessoas com deficiência, com base no modelo social da deficiência. O texto veda práticas discriminatórias e reforça o respeito à autonomia, ao protagonismo e à diversidade. Define ainda o uso do conceito de desenho universal e de adaptações razoáveis como diretrizes obrigatórias, além de prever o uso ético e acessível das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs). 

A normativa também orienta que profissionais evitem reforçar concepções assistencialistas e assegurem acolhimento e escuta qualificada em todos os contextos de atendimento.

A Nota Técnica propõe diretrizes para uma atuação que considere o modelo social da deficiência, reconheça barreiras e desigualdades estruturais e respeite a diversidade de experiências. O texto aborda aspectos como acessibilidade, uso de tecnologias, avaliação psicológica, práticas éticas e atuação interdisciplinar, com base em legislações nacionais e convenções internacionais. O documento orienta a categoria sobre o exercício profissional junto às pessoas com deficiência e contribui para o fortalecimento de uma Psicologia comprometida com os direitos e com a participação social.

Serviço

Lançamento de documentos orientativos para a atuação profissional junto a pessoas com deficiência

Data: 23 de abril de 2025 (quarta-feira)

Horário: 17h

Transmissão ao vivo pelo canal do CFP no YouTube

CFP realiza live para debater as novas referências técnicas  do CREPOP

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza, no dia 11 de abril, um diálogo digital para marcar o lançamento de duas novas referências técnicas: Atuação profissional em políticas públicas sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos e Atendimento às mulheres em situação de violência. A atividade será transmitida ao vivo pelo canal oficial do CFP no YouTube, a partir das 10h, e contará com a participação de conselheiras federais e profissionais da área que contribuíram com a elaboração dos documentos. 

Além de apresentar as novas publicações, o evento tem como objetivo fomentar o debate a respeito dos desafios da atuação de profissionais da Psicologia nas diversas políticas públicas relacionadas a esses campos temáticos, destacando aspectos técnicos, éticos e científicos. 

Participam da live a vice-presidente do CFP, Alessandra Almeida, e as conselheiras federais Neuza Guareschi e Clarissa Guedes, que coordenam o Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) e foram as responsáveis  pela elaboração das novas referências técnicas. 

Programação

A proposta da live é extrapolar os limites de cada referência e promover conexões entre os temas. A atividade será realizada sob a mediação da vice-presidenta do CFP, Alessandra Almeida (CRP 03/3642), e das conselheiras federais e coordenadoras do CREPOP, Neuza Guareschi (CRP 07/01309) e Clarissa Guedes (CRP 13/7675). Participam também como convidadas Heloisa de Oliveira Salgado (CRP 06/57626), que é psicóloga e pesquisadora, especialista em psicologia da infância, mestre e doutora (FSP-USP), e co-autora do livro “Como Lidar Luto Perinatal: Acolhimento em Situações de perda gestacional e neonatal” (2018); e Paula Rita Bacellar Gonzaga (CRP 04/64619), psicóloga doutora em Psicologia, professora da UFMG, mestra em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos, com atuação marcada em Psicologia Social e Direitos Humanos.

Também integram o debate Cleciane Cruz dos Santos (CRP 03/25720), psicóloga com atuação em direitos humanos e inclusão, saúde mental e atenção psicossocial; e Mariana Borelli Rodrigues (CRP 02/16540), psicóloga e doutora em Psicologia, com especialização em estudos feministas, gestão educacional e sexualidade humana. 

Saiba mais sobre os novos lançamentos

Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) em Políticas Públicas de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: a nova publicação traz considerações sobre os direitos sexuais e reprodutivos, discussões sobre a dimensão ético-política do tema, as desigualdades enfrentadas pelas diversas populações, atuação ética das(os) profissionais e múltiplos cenários no contexto da defesa às violações de direitos humanos no âmbito dos direitos sexuais e reprodutivos, considerando que todas as atividades profissionais devem estar alinhadas ao Código de Ética Profissional.

Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no Atendimento às Mulheres em Situação de Violência: em sua segunda edição, a publicação destaca a interseccionalidade nas políticas públicas e no cuidado oferecido. A publicação discute ainda violência contra as mulheres (com deficiência, pretas, de contextos rurais, quilombolas, indígenas, gestantes e puérperas, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, inseridas no meio acadêmico, político, corporativo, mulheres encarceradas ou em situação de rua), práticas de atendimento psicológico e as condições de trabalho dos profissionais da Psicologia, com foco no aprimoramento da atuação da categoria e no fortalecimento das  políticas públicas de combate à violência.

Serviço: 

Live sobre as novas referências técnicas: Atuação profissional em políticas públicas sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos e Atendimento à mulheres em situação de violência

Data: 11 de abril de 2025
Hora: 10h
Onde assistir: Canal oficial do CFP no YouTube.

Nota de Pesar: Iray Carone

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento da psicóloga Iray Carone, referência nos estudos de Psicologia Social, relações raciais e teoria crítica no Brasil. 

Iray Carone foi docente e pesquisadora do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Ela introduziu no Brasil os estudos de Psicologia Social voltados às relações raciais e à indústria cultural, ao analisar a mídia e sua relação com a sociedade..

Formada em Psicologia, Carone obteve doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975), com reconhecimento do título pela USP (1988). Realizou pós-doutorados na Universidade da Califórnia em Berkeley (1985), New School for Social Research (1989), Universidade Columbia (2001) e Universidade Nacional de Educação a Distância da Espanha (2010-2011).

Sua produção acadêmica abrange duas principais linhas de pesquisa: Psicologia Social e Teoria Crítica, com ênfase nas relações raciais no Brasil e nos estudos de Theodor W. Adorno sobre a indústria cultural; Epistemologia da Psicologia, com foco em paradigmas científicos e na função cognitiva da linguagem metafórica nas teorias psicológicas. 

Como professora da USP, sua abordagem crítica e interdisciplinar contribuiu para formar gerações com um pensamento crítico e engajado sobre a ciência e a profissão. Foi titular no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano da USP, onde lecionou disciplinas sobre metodologia crítica e teoria psicossocial. Entre 1998 e 2008, coordenou o programa de iniciação científica Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, na Universidade Paulista.

Ao tempo em que reconhece a importância desse  legado para a Psicologia e o conjunto da sociedade, o Conselho Federal de Psicologia se solidariza com a família e amigos de Iray Carone.